No Way Back escrita por Sparkles


Capítulo 4
Unexpected Places


Notas iniciais do capítulo

Eu fiquei meia hora pensando se dividia esse capítulo em dois ou não, mas resolvi postar assim mesmo, por inteiro.
Quanto ao esquema de postagem, não sei quando vou conseguir postar o próximo, talvez só pro meio da semana. Eu também não pretendia fazer muitos capítulos, no máximo uns 10, porque eles são meio grandes para o que eu estava acostumada a escrever nas outras fics. Mas tudo é um caso a se pensar.
Espero que gostem do capítulo, acabou de sair do forno! lol



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Em meio a power acordes e distorções, ali estava ele. Com uma camisa preta qualquer, uma calça jeans, boné e all star, parecia só mais um jovem aspirante a guitarrista. Ali estava Frank, tocando e cantando.

- HOLDING YOU AS WAVES CRASHING DOWN ON THE JERSEY SHORE...

Deixou o boné no chão e as pessoas foram deixando algumas notas para o músico iniciante. Frank deu uma pausa rápida, mas logo voltou a mini apresentação. Alguns em volta se animaram e outros nem tanto, demonstravam apenas indiferença. A música estava realmente alegrando o ambiente, mas a gerente não achava o mesmo.

- Raymond, manda esse garoto embora da porta! Ele está incomodando nossos clientes.

Ray estava até curtindo a música, mas como já tinha tido problemas demais para um dia só, foi lá cumprir a ordem da chefe.

- Hey, cara, sua música é muito legal, mas tem clientes se sentindo incomodados. Você vai ter que sair...

- Stop calling my house, my house, my houseeeee!

- Cara, é sério! Desculpa, eu não queria mesmo, mas daí eu vou ter que chamar a segurança...

- DON’T WANNA GO! Don’t wanna drive back hoooome!

- Raymond, vou chamar a segurança! – disse a mulher já pegando o telefone

- Tá vendo, cara. Não sou eu, é a gerente.

Nisso dois seguranças enormes vieram “ajudar” Frank a se retirar do estabelecimento. Ele estava se mexendo tanto para se livrar que por descuido, soltou sua guitarra no chão e esta consequentemente dividiu-se em duas partes.

- Vocês vão pagar por isso! Idiotas! – gritou Frank completamente revoltado

Nada naquele lugar parecia mais revoltada do que a expressão de Gerard.

- Filhos da mãe! Você viu o que eles fizeram com o Frankie, Poison? Eu não acredito que quebraram a guitarra!

- E eu não acredito que não tem ketchup! Onde já se viu faltar ketchup num lugar desses, hmpf...

- O pior de tudo é ter que assistir a isso calado.

- Pois é, mas faz parte da sua missão... A propósito, peguei um hambúrguer pra você, quer? Só não tem ketchup.

- Tudo bem, eu to morrendo de fome.

Sentaram e comeram em dois minutos. Quando já estavam saindo, a gerente chamou Ray para sua sala novamente.

- Agora ele vai ser demitido...

- Vai?

- Aham... Isso para você ver como são as coisas: Frank é um guitarrista frustado, Ray vai ficar sem emprego...

- Parece que a vida de todos é ruim nessa realidade.

- Calminha ai, nós não visitamos todos ainda...

- Eu sei, falta a Lindsey.

- Ainda não é a hora. Tinha mais gente lá com você quando desmaiou, lembra?

- Você no caso estaria falando do Bert?

- Elementar, meu caro Gerard Watson.

- Gerard WAY, você quis dizer...

- Eu sei que é Way. Não atrapalhe meu “momento detetive”, hm...

- Ah, tanto faz... Vamos logo ver como o Bert está ferrado...

- HAHA, não exatamente...

- O que?

- Nada, vamos!

E mais uma vez, fizeram o tele transporte com a raygun de Party Poison.

Foram parar ao lado de uma árvore, em meio a plantas e flores em geral. Ouvia-se ainda o barulho de um pequeno riacho correndo ali perto. Poison estava totalmente distraído com a paisagem e Gerard estava tentando formular perguntas em sua cabeça.

- O Bert mora no meio do mato? É isso mesmo?

- Ah, não, que isso... A paisagem aqui é realmente bela, não acha?

- Sim, é sim... mas onde estamos afinal?

- Na casa do Bert, ou melhor, no jardim.

- Jardim?! Isso tudo está no quintal dele?

- Exato. Agora vamos entrar, espera só até você ver a casa dele...

E entraram. A casa era enorme! Uma escadaria bem no meio da sala, uma televisão grande, tapetes, alguns cães e lá, sentado no sofá estava Bert McCracken. As inúmeras garrafas de cerveja que bebia agora davam lugar a taças de vinho. E essas eram muitas! Uma de suas estantes era dedicada apenas as bebidas alcoólicas.

- Primeiro de tudo, onde ele conseguiu dinheiro para isso tudo?

- Ué, com o The Used. A gravadora naquela época estava doida atrás de uma banda para fazer um contrato. Na sua realidade, essa banda foi o My Chemical Romance, só que como aqui vocês nunca existiram, eles contrataram o The Used.

No fundo, Gerard ficou com uma leve pontinha de ciúmes, mas ela logo sumiu. Era estranho falar, mas estava feliz por Bert naquela realidade. Feliz mesmo, até o momento em que olhou para o mini bar da casa e lembrou-se da sua segunda pergunta.

- E aquilo ali, ele ainda bebe, é?

- Pois é, este é o grande problema... Com a fama esse vício foi ficando cada vez pior. No começo ele só bebia em festas, mas depois foi trazendo as festas para casa e com isso, o vício para casa. Só que agora não tem mais festas, só sobrou o vício.

- Por que não tem mais festas?

- Porque o Bert não soube lidar com tanta fama. A imprensa que vinha a suas festas gravava logo seus piores momentos, ou seja, aqueles em que ele já estava alterado. Depois colocavam essas coisas na televisão e todos ficavam contra ele. É uma história um tanto complicada... entende?

- Acho que sim... Mas no que eu influenciaria se eu existisse nesse mundo?

- Bem, Gerard, você foi a única pessoa que pediu ao Bert que parasse com a bebida. Mesmo que ele não tenha te dado muita atenção, mais cedo ou mais tarde ele ia ceder. Afinal, os amigos... Opa!

- O que foi?

- É meu celular. Vou ter que atender, só um minuto...

- Tudo bem...

Party Poison foi para um canto da sala e tentava falar o mais baixo possível. Gerard tentava decifrar as palavras que ele dizia, mas depois desistiu quando Poison percebeu que estava sendo observado. Começou então a prestar mais atenção na casa e também no dono da casa. Bert tinha acabado de se levantar e dirigia-se ao mini bar. Ah, o mini bar!

Aqueles vidros com o doce líquido de cor âmbar encaravam Gerard, mas ele sabia que não podia, não devia. Mesmo sem sentir, foi acompanhando os passos de Bert em direção ao mini bar. Quando ambos estavam quase lá, ouviu-se a voz de alguém.

- Para! Não ouse encostar o dedo nessa garrafa!


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Notas finais do capítulo

Ah, eu amo esses finais de capítulo... rsrsrsss xD
Mas então, o que acharam? Reviews?
A proposito, as músicas que o Frank canta são todas do Pencey Prep e são muito legais, by the way. *-*
Beijos, my dears!