No Way Back escrita por Sparkles


Capítulo 3
Mess


Notas iniciais do capítulo

Hey!
Consegui escrever o capítulo ontem, yay. Na verdade já estava escrito, mas eu mudei um monte de coisas.
É muito legal que vocês estejam gostando! ♥
Feliz leitura!



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A porta da casa estava entreaberta. Entraram com cuidado para não fazer barulho.Foram direto para o lugar onde seria o quarto de Gerard, que no caso era apenas quarto de Mikey naquela realidade.

O quarto estava completamente diferente do que era antes, ou seja, estranhamente organizado e limpo. As prateleiras estavam repletas de troféus de campeonatos de xadrez e outras coisas escolares. Além de livros, muitos livros. E lá estava Mikey, lendo um deles.

- Hey, Mikeeey!

- Gerard, você prestou atenção quando eu disse que ele não pode te ver nem ouvir?

- Sim, só tava testando pra saber se isso não é uma pegadinha ou algo do tipo...

Poison olhou sério para Gerard.

- Pegadinha... mesmo? Você acha que eu gastaria meu precioso tempo com você se isso não fosse sério? Olha aqui, eu tenho mulher e filha, ok?!

- Tem, é?

- Tenho, mas não interessa, vamos logo a parte um da sua missão. Então, Gerard, essa é a vida do Mikey se você nunca tivesse nascido.

- Hm, parece boa. Ele é estudioso, organizado. Pelo visto eu estava atrapalhando as coisas...

- É, de vista parece boa, mas preste bastante atenção nele.

Gerard se aproximou. Era estranho como Mikey não notava sua presença. Estava com a cabeça enfiada em um livro de física, e com uma observação mais atenta, viu que ele não estava lendo, e sim dormindo.

- Grande coisa, ele só está dormindo.

- Claro que ele está dormindo! Ele toma pílulas pra isso e pra muita coisa por sinal. Depois que a avó morreu, ele ficou muito depressivo. Seus pais nunca souberam como lidar com isso e medicar era tudo que podiam fazer.

- Isso também acontece na minha realidade.

- É, eu sei. A única diferença é que na sua realidade ele tinha você pra conversar, pra se inspirar, para dar um sonho pra ele. As coisas foram mais amenas porque você sempre esteve lá com ele. É uma pena que você não vai estar junto para tirar da cabeça desse menino os planos que ele fez pro fim de semana...

- Planos? Que planos? Não me diga que é o que eu estou pensando...

- Sim, é isso mesmo...

- Ele vai...

- Fugir de casa, vai sim.

- Ah, por um momento eu pensei que... deixa pra lá. Eu quero voltar, quero ajudar meu irmão. – disse batendo o pé

- Regras da missão, garoto. Só volta se a vida de todas as pessoas mais próximas a você estiver pior.

- Quem inventou essas regras?

- Euzinho. E eu sou fruto da sua imaginação futura, portanto foi você.

- Ah, tá, que seja... Vamos logo acabar com isso. Eu quero ver a Lindsey, ela certamente precisa de mim assim como o Mikey.

- Convencido. Nós vamos lá, mas antes tem umas pessoas que você deveria ver também.

E mais uma vez, Party Poison usou a sua raygun e fez o teletransporte dos dois. Foram parar no centro de Jersey. Havia uma fila gigante para algum lugar onde não se conseguia ver onde. Mais que depressa, Poison se desprendeu do chão e foi flutuando para o começo da fila. Gerard o seguiu a pé.

Chegando ao início da fila, Gerard percebeu que aquilo se tratava de um McDonalds lotado em plena hora de almoço. Animou-se logo.

- McDonalds, é? A gente vai lanchar agora, Poison?

- Não! Ou melhor... sim, depois a gente maloca alguma coisa da cozinha deles, já que estamos invisíveis. Mas agora foco, garoto.

- Tá certo... Quem nós vamos ver aqui? Aposto que é o esfomeado do Frank. Cabem doze bigmac’s e meio dentro daqueles um metro e sessenta de altura.

- Hahahaha, boa! Cara, eu tenho que usar essa piada com o Fun Gh... é... bem... Não! Ainda não é hora de ver o Frank. Preste atenção no balcão.

E lá atrás do caixa estava alguém um pouco mais alto que o esperado, com os cabelos naturalmente desgrenhados e mãos habilidosas demais para estar trabalhando naquele lugar. Os backing vocals de Ray deram lugar a frase “olá, posso anotar o seu pedido?” naquela realidade.

- Mas como assim?! O sonho da vida dele era ser guitarrista. O que ele tá fazendo aqui?

- Bem, Gerard, ele até tentou, mas nenhuma das bandas em que ele estava queria levar a carreira musical a sério. Esse era o único jeito dele ganhar algum dinheiro. Mas ainda não acabou, vamos olhar mais de perto.

Ray atendia as pessoas com a empolgação de uma lhama em tempos secos, ou seja, nenhuma. A gerente do local estava começando a se incomodar com isso e chamou-o para sua sala. Poison e Gerard o seguiram e ficaram observando pela janelinha. A mulher começou.

- Senhor Raymond, essa é a segunda vez que eu chamo sua atenção. As pessoas percebem esse seu desânimo, sabia?

- Foi mal. Vou tentar ser mais simpático.

- Outra coisa: o que eu falei sobre esses cabelos? Ou o senhor corta ou usa a redinha da loja. Desse jeito não pode ficar...

- Aham, eu ponho a redinha.

Ray saiu da salinha e voltou para o balcão, usando a redinha sobre os volumosos cachos. Tentou manter um sorriso forçado no rosto, mas fechava a cara toda vez que a gerente virava as costas. Gerard e Party Poison se entreolharam e pareciam compartilhar da mesma opinião.

- Aposto que você nunca imaginou em vê-lo assim, né?

- Não mesmo... Ele nunca usaria uma coisa dessas no cabelo.

- É sério, garoto. Se você nunca tivesse ligado para o Ray com a ideia da banda, o MCR nunca existiria. Você também faz falta aqui.

Gerard não respondeu nada, só concordou com a cabeça.

Naquele momento, uma barulheira enorme tomou conta do lugar. Aos poucos foi dando para perceber que eram distorções de guitarra e que estavam vindo da porta do estabelecimento.

- Como eu esperava! Olha, Gerard, ali está a terceira parte da sua missão.


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Notas finais do capítulo

Tomara que o McDonalds não me processe... rs
E então, o que acharam desse? Quero suas opiniões nos reviews. (:
xo