Belle's pov.

Eu peguei no sono bem rápido, na verdade eu tinha que aproveitar pra dormir enquanto as minhas aulas não iniciassem. E elas iriam começar daqui a três dias. Três torturantes dias sem fazer nada nessa cidade sem graça.

Decidi procurar por um starbucks, por que eu confesso, não vivo sem o café deles. Me troquei, peguei algum dinheiro em um pote na cozinha e fui. Só que quando cheguei na esquina de casa lembrei-me de que eu não sabia onde a Starbucks ficava.

— Perdida? — Alguém me abordou e eu dei um pulo por ter levado um susto. Era Harry.

— Harry! Meu Deus, quer me matar? Sim, eu estou perdida. — Respondi, ainda com os batimentos cardíacos acelerados.

— Desculpa. — Ele disse. — Onde você estava indo? — Ele perguntou.

— Starbucks só que me lembrei que não sei onde fica. — Falei.

— Eu estou indo pra lá mesmo. Vamos juntos. — Ele falou e estendeu o braço pra mim. Eu os entrelacei. Aquilo me dava uma sensação tão boa. Fomos andando e então o silêncio me matou.

— Então, Harry. — Falei e senti o olhar dele sobre mim. — A gente está sem assunto, então me fale de você. — Pedi.

— Bem, eu... — E então ele começou a contar a história dele, como ele foi ao X Factor, como ele passou, como a banda foi formada, e toda a jornada deles até hoje. E nossa, devo dizer que é uma bela história. Digna de filme. 

— É, o destino realmente capricha pra alguns. — Falei.

— Agora me fale de você. — Ele pediu. Nisso já estavamos lá, sentados na mesa, com os nossos pedidos.

— Bem, eu não tenho muita coisa pra falar. Eu gosto de Coldplay, Rolling Stones, e me orgulho disso. — Falei e Harry me interrompeu.

— Como assim? Você é minha alma-gêmea, só pode. — Harry falou e eu senti como se aquilo fosse sério.

— Isso não existe. — Eu falei.

— Claro que existe. — Ele disse.

— Não vamos discutir agora, por favor. — Pedi.

— Agora eu vou te fazer uma pergunta. — Harry disse, e eu assenti pra que ele continuasse. — Você também sonhava comigo, Belle? Por favor, fale a verdade. — Ele perguntou.

— Bem, eu... — Falei mas fui interrompida novamente. Caramba Harry.

— Pode falar. — Ele disse, com aquele olhar de anjo que me deixou hipnotizada. 

— Eu sonhava com você sim. E sonho até hoje, claro. É tão estranho,eu nem sei como isso pode acontecer assim, sabe? Mas sei lá, é estranho. — Falei.

— É estranho mesmo,ainda mais as situações que a gente passava nos meus/seus sonhos que eu não sei se são as mesmas, mas... Vamos começar do 0? Fingir que nunca nos conhecemos, começar do 0 mesmo? — Harry perguntou.

— Eu topo e sim, eram constrangedoras as situações. Ok, amigos! — Falei estendendo a mão, e ele a apertou. Nesse momento correntes elétricas passaram por todo o meu corpo, me fazendo gelar.

— Já pode soltar. — Ele disse e então eu automaticamente soltei, e acho que corei, por que ele começou a rir.

— Que foi? — Perguntou.

— Nada, só lembrei de algo. — Respondi.

— Estranha,você. — Ele falou.

— Concordo, eu sou muito estranha.

— Estranha até demais.

— Tá, essa conversa já está ficando estranha, então vamos parar de falar essa palavra? — Eu perguntei, rindo. — Vamos embora. — Puxei-o e então saimos da Starbucks. 

Ia ser bom começar assim. Sendo amiga do Harry. Era melhor do que ser mais do que isso realmente não querendo. Bem, já fiz um amigo em Londres. Até que essa cidade não é assim tão chata. Isso me lembrava algo.

Flashback on.

— Você está linda. — Ele me disse.

— Você está mais. — Respondi.

— Vamos? — Ele perguntou.

— Vamos, estou anciosa. — Falei.

— Olha só pra você, toda fofa. — Ele disse e eu corei. — Tenho sorte de ser seu namorado.

— Eu que tenho sorte de te ter. Você me fez esquecer dos meus problemas.

Chegamos a festa e então dançamos, nem eu nem ele bebemos nada. 

— Vou pegar algo pra gente beber, tá? — Falei.

— Vai lá, amor. — Ele disse me olhando.

Peguei as bebidas, nada demais. Mas quando fui entrega-las a ele, ele estava se esfregando naquela vadia da escola e então ele a beijou. Ele a beijou.

Peguei as duas bebidas e imediatamente joguei sobre os dois. No dia que ele tinha me dito as coisas mais lindas possiveis.

Sai daquela festa em disparada e só parei quando cheguei em casa. Eu não queria ver ninguém.Bem que nossa relação poderia ter sido só amizade.

Flashback off.

Senti lágrimas se formarem no meu rosto e começei a chorar.

— Você está bem? — Harry me perguntou.