Subimos, subimos e subimos. Não achamos nada, me enganei ao disser que os sequestradores não estavam muito longe, fazia umas 3 horas havíamos saído.

- ok, vamos descansar – disse.

- Ate que enfim.

Bruno pegou sua garrafa de agua e bebeu muito.

- temos que continuar, vamos descansar só mais cinco minutos.

- muito pouco – disse ele – que tal vinte minutos?

Mas não descansamos nem cinco e nem vinte minutos, logo depois que ele disse isso ouvimos um barulho, de uma cobra.

- o que é isso? – perguntei.

 - deve ser uma cobra.

- mas o barulho foi muito alto – disse um pouco assustada esperando o pior.

E infelizmente eu estava certa no que pensei, não era uma cobra. Era um brasílico!

- Feche os olhos e corra para trás daquela arvore – Ordenei a ele.

- mas e você? – ele perguntou.

- Não se preocupe comigo, vai!

Ele foi, esperei que tivesse fechado os olhos.

Fui andando devagar ata a parte de trás do brasílico, em uma distancia segura, ele não me viu, peguei meu arco e uma flecha, abri um pouco os olhos e atirei. Infelizmente meu plano não deu certo, só serviu para chamar a atenção dele, fechei meus olhos na hora que o vi virando na minha direção e corri, corri o mais rápido que pude, senti algo me puxando e pensei que fosse meu fim, mas era o Bruno, ele me puxara para um esconderijo em baixo de uma arvore.

- enlouqueceu? – ele disse – esse foi o plano mais absurdo que eu já vi.

Ele sorria, mas tremia.  

- eu pensei que ia funcionar.  Mas eu tenho outro plano, é arriscado, mas é um plano. Me de sua espada.

- ah não – ele disse.

- me dá sua espada, senão ficaremos presos aqui.

- tudo bem, toma.

Peguei sua espada e sai do esconderijo. Localizei o brasílico ainda com meus olhos um pouco fechados, ele estava de costas para mim. Hora perfeita para executar o plano.  Corri ate suas costas, subi em cima dele e finquei a espada, fiz isso muito rápido, quando terminei vi uma cobra gigante se contorcendo e fazendo um barulho horrível, fechei meus olhos e continuei a ouvir barulhos, e pensei que fosse meu fim, mas nada aconteceu, senti uma mão me puxando e quando vi era uma garota.

- você esta bem? – ela perguntou – muita coragem a sua.

- estou bem sim. Hm Obrigado.

- meu nome é Thalia, filha de Zeus e caçadora de Artêmis.

- Meu nome é Rafaella, filha de Ares.

- Rafa, você esta bem? – ouvi a voz do meu irmão preocupado.

- estou. Hm, esse é meu irmão Bruno – Apresentei.

Havia outras garotas que olharam para ele e sussurraram algo. Depois me lembrei de que as caçadoras não podem namorar e rejeitam os meninos.

- Obrigada pela ajuda Thalia, mas o que aconteceu? – perguntei.

- Bem chegamos aqui e vimos o brasílico, íamos atacar, mas vimos você indo com uma espada ate ele. Esperamos para ver o resultado, e não foi muito bom, o brasílico ia te atacar, sorte que você fechou o olho, ou teria morrido. Então assim que vimos que ele ia te atacar lançamos flechas nele e ele desabou.

- Obrigada, obrigada mesmo.

- Sabe, você devia pensar em virar caçadora, você tem muita coragem.

- Obrigada, vou... Pensar – Disse – Precisamos continuar a missão. Obrigada pela ajuda.

Continuamos a subir a colina. Agora estava de olhos bem abertos, tentando fazer o mínimo barulho possível.