New Ways, New Histories escrita por NielliCris


Capítulo 3
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Ai está mais um cap...espero que goste...boa leitura...bjoks!!!



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POV Mel


Durante a viagem Quil e Embry foram me colocando a par das novidades em La Push e me contando o que perdi nos anos em que fiquei longe, mas o que mais me deixou surpresa foi eles me contarem que havia uma gangue em La Push.

- Uma gangue? Em La Push? Vocês estão falando sério? – Eu perguntei meio chocada com a informação.

- Muito sério – Respondeu o Embry me olhando pelo retrovisor.

- É eles se denominam os protetores da reserva. – Quil disse parecendo um tanto raivoso e assustado com tudo.

- E quem faz parte disso? – Eu perguntei curiosa.

- São três garotos: Sam, Paul e Jared, não sei se lembra deles, mas os conhecemos desde crianças. – Os nomes me eram familiares, mas eu não lembrava os rostos.

- Todo mundo em La Push se conhece desde criança Quil. – Embry disse o óbvio e acabou levando um tapa na cabeça, aqueles dois nunca conseguiam falar sério.

- Como eu estava dizendo. – O Embry continuou fuzilando o Quil com o olhar. – Paul e Jared estudam com a gente, você vai vê – los na escola, Já o Sam é mais velho, mas ao contrário do que se esperava não foi pra faculdade, ficou na reserva e começou esse culto estranho.

Eu não comentei nada, mas confesso que estava curiosa pra conhecer esses garotos. Só não entendia o porquê de uma gangue em La Push que era uma reserva calma e pacata, porque precisaria de protetores?

Deixei minha curiosidade de lado quando vi passar por nós a placa que dizia: “Bem – vindos a La Push”, meu coração acelerou quando eu comecei a rever cada pequeno pedacinho do meu lar, aqui sim era o meu lugar de onde eu nunca deveria ter saído. Logo o Embry estacionou na frente da casinha vermelha e eu não aguentei mais de ansiedade e sai correndo em direção a minha nova casa. A porta estava aberta deixando claro que ele já me esperava, e assim que entrei eu o vi parado perto da entrada sentado em sua cadeira de rodas, eu senti meus olhos ficarem úmidos, mas não importei, eu podia chorar na frente dele sem parecer fraca.

Ele estendeu os braços na minha direção e eu não pensei duas vezes, saí correndo e pulei em seu colo o abraçando com toda força que eu tinha. E ali naquele abraço eu depositei toda minha angustia, meu medo, minha dor e também minha saudade.

- Pode chorar minha filha, chore tudo o que precisar, vai ficar tudo bem. – Ele disse com aquela voz de trovão já conhecida por mim, era idêntica a voz do meu pai. Eu ainda demorei um tempo pra me acalmar, e meu tio esperou pacientemente até que eu levantei o meu rosto que estava escondido em seu peito e o olhei.

- O que eu vou fazer agora tio Billy? – E perguntei com a voz um pouco rouca pelo choro excessivo.

- Você vai seguir em frente, aqui junto com sua família e vai ser feliz, como seu pai queria que fosse. – Ele disse com a voz calma.

- Mas dói tanto. – Eu disse sentindo uma lágrima escorrer e logo ser seca pela mão do tio Billy.

- Eu sei que dói minha querida, mas você tem que ser forte, pelo seu pai, por nós, mas principalmente por você, que merece ser muito feliz. – Ele disse olhando em meus olhos, suas palavras me acalmaram e eu pude sorrir um pouco vendo que ele tinha razão em tudo que dizia.

- Você tem razão tio Billy, e eu prometo que vou me esforçar e seguir frente.

- Essa é a minha garota. – Ele disse sorrindo e me dando um beijo na testa. – Agora vamos que eu vou lhe mostrar seu quarto.

Eu levantei do seu colo e nós fomos em direção aporta onde estavam as minhas malas, os garotos deviam ter colocado la e ido embora, depois eu me desculparia com eles, apesar de ter certeza que eles entenderiam meu comportamento. Tio Billy pegou duas malas e colocou no seu colo e eu pequei a última e fomos em direção ao meu quarto. Passamos pela sala e cozinha até chegarmos ao corredor que tinha quatro portas e eu sabia o que tinha em cada uma delas: a primeira porta era o banheiro, em frente a ele era o quarto do Jacob, ao lado do banheiro só que um pouco mais ao fundo o quarto do tio Billy que era uma suíte já que ele precisava de um banheiro especial e ao lado do quarto do Jacob era o antigo quarto das gêmeas e foi onde nós paramos.

- Esse vai ser seu quarto. – Tio Billy disse abrindo a porta e me dando passagem. O quarto era médio, tinha uma cama de solteiro, um armário grande que as gêmeas dividiam quando moravam aqui e uma cômoda.

- É perfeito. – Eu disse vendo o tio Billy sorrir aliviado.

- Bom eu vou deixar você descansar, pode tomar um banho se quiser e depois tente dormir um pouco, parece que não fez muito isso ultimamente. – Ele disse deixando as malas ao lado da cama e depois de me dar outro beijo na testa saiu.

Ele tinha razão, eu precisava de um banho e dormir um pouco, mas antes eu ia arrumar as minhas coisas que não eram muitas, nunca fui aquele tipo de garota que ia pro shopping todo fim de semana e tinha milhares de roupas. Assim que terminei de arrumar tudo eu peguei uma muda de roupas e uma toalha e fui tomar um banho, a água quente me deixou ainda mais sonolenta, assim que voltei pro quarto cai na cama me enrolando no edredom e dormi.

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Eu acordei renovada e totalmente descansada só que não fazia a mínima ideia de que horas eram, mas vi que já era tarde quando olhei pela janela e vi que já estava escurecendo. Eu me levantei e fui até o espelho do quarto pra me ver, as olheiras que havia escondido com a maquiagem durante a viagem não estavam mais lá, me deixando com uma expressão mais saudável. Eu ajeitei minha roupa e meu cabelo e depois sai encontrando o tio Billy na sala e me sentei ao lado dele estalando um beijo em sua bochecha.

- Dormiu bem? – Ele perguntou desviando a atenção da TV pra me olhar.

- Como um bebe. – Eu brinquei e ele riu. Eu me levantei indo até a cozinha pegar um pouco de água e quando estava voltando pra sala um carro parado em frente a casa me chamou a atenção.

- Tio Billy aquela não é a sua caminhonete? – Eu perguntei surpresa por vê – la ainda de pé.

- É sim, só que ela não é mais minha, eu vendi pra um amigo há algum tempo. – Ele respondeu olhando pra TV.

- E o que ela está fazendo em frente a nossa casa então? – Eu pude vê – lo sorrir quando eu me referi a casa como minha também.

- Bom, acho que isso você vai ter que descobrir. – Ele disse sorrindo e apontando na direção da garagem.

Eu estava morrendo de curiosidade então segui sua sugestão, deixei o copo no balcão da cozinha e sai pelos fundos da casa que dava na garagem. Conforme fui me aproximando comecei a ouvir vozes e o som de ferramentas. Eram duas vozes: uma era feminina, fina e suave e a outra era masculina, rouca e grossa, que me fez sorrir, fazia muito tempo que eu não ouvia aquela voz. Eu me aproximei mais e então pude vê – los, a garota estava sentada num banco, perecia ser mais velha que eu, tinha a pele branca como uma boneca de porcelana, o que deixava claro que não era de La Push, ela tinha os cabelos compridos e castanhos assim como seus olhos chocolate. Era muito bonita, mas parecia um pouco triste e um tanto familiar. Já o garoto eu conhecia muito bem, ele estava abaixado mexendo em alguma coisa que eu não conseguia ver, seus longos cabelos negros estavam amarrados num rabo de cavalo baixo. Os dois estavam tão absortos em seu trabalho que não perceberam a minha presença.

- Então esse é o motivo pra você ter se esquecido de mim não é Jacob Black? – Eu disse tentando fazer minha voz soar brava, mas não tive muito sucesso. Assim que ouviu minha voz ele se retesou e então se levantou num átimo e se virou dando aquele sorriso brilhante que era a marca registrada dos Black.

- Mel! – Ele disse e então veio até mim me pegando em um abraço sufocante, mas eu não me importei. – Eu sinto muito. – Ouvir sua voz tão perto fez um arrepio estranho percorrer minha espinha, mas não dei muita atenção a isso porque sabia que ele não estava só se desculpando por te me esquecido, tinha algo mais, senti meus olhos marejarem, mas eu não chorei.

- Eu sei, mas agora as coisas vão melhorar. – Eu disse apertando um pouco mais o nosso abraço e depois o soltei lhe dando um beijo na bochecha.

- Bom deixe – me apresenta – las. – Ele disse quando se virou e encontrou o olhar confuso da garota. – Mel, essa é Isabella Swan, uma amiga minha e Bells essa é Melanie Black, minha prima, ela vai morar aqui comigo e com meu pai.

- Muito prazer. – Ela disse tímida me estendendo a mão. – E pode me chamar de Bella.

- O prazer é todo meu. – Eu disse sorrindo aceitando seu cumprimento. – E eu te chamo de Bella se você me chamar de Mel certo?

- Certo. – Ela disse um pouco mais a vontade. – Sabe eu tenho a impressão que te conheço de algum lugar.

- Eu também. – Eu disse tentando me lembrar de onde a conhecia. – Só ao me lembro de onde.

- O pai dela é Charlie Swan, você deve se lembrar dele Mel. – O Jake disse e então eu consegui encaixar as coisas.

- É claro, agora eu me lembro seu pai sempre te deixava aqui com a minha mãe quando ia pescar com meu pai e o tio Billy.

- Eu também me lembro, mas achei que eu ficava com a mãe do Jake – Ela disse em dúvida.

- Você está certa, é que eu sempre chamei a mãe do Jake de mãe já que ela me criou desde os meus dois anos quando a minha mãe biológica foi embora. Eu disse dando de ombros indiferente.

- Ah sim entendo, mas e o seu pai, ele também vai morar aqui? – Ela perguntou e na mesma hora o Jake me olhou mais atentamente com medo da minha reação.

- Não, meu pai faleceu há alguns dias, por isso eu vim morar aqui. – Eu respondi sentindo um caroço se formar na minha garganta, mas não fiquei aborrecida com a pergunta afinal ela não sabia.

- Me desculpe, eu sinto muito. – Ela disse corando de vergonha o que foi engraçado.

- Ta tudo bem, não precisa se desculpar. – Eu disse sorrindo o melhor que pude. – Mas então o que vocês estão aprontando aqui? – Eu perguntei mudando de assunto.

- A Bella trouxe essas motos velhas e nós estamos consertando. – O Jake respondeu calmamente ajudando a aliviar o clima.

- Na verdade ele está consertando e eu estou só vendo e atrapalhando de vez em quando. – A Bella desse me fazendo rir.

- É vocês estão fazendo um ótimo trabalho. – Eu disse observando as peças no chão.

- Como se você entendesse alguma coisa de motores. – O Jake disse rindo debochado.

- Pois fique sabendo priminho que eu posso desmontar uma moto limpa – La e montar de novo se eu quiser, já fiz isso uma vez. – Eu disse rindo triunfante o vendo abrir a boca surpreso.

- Parece que o dom com carros e motos é de família. – Bella disse também rido da cara do Jake.

- JAKE, MEL E BELLA ENTREM QUE O NOSSO JANTAR JÁ CHEGOU. – Tio Billy gritou da entrada da garagem.

- Vamos que estou morrendo de fome. – O Jake disse se levantando como se nada tivesse acontecido e nós o acompanhamos rindo mais discretamente dessa vez.

- Sabe Mel, seria legal se você nos ajudasse com as motos, isso se você quiser é claro. – Bella disse e o Jake a olhou um pouco desapontado. Eu não era boba e conhecia meu primo o suficiente pra saber que o que ele sentia pela Bella ia além da amizade, e não seria eu que ia atrapalhar isso.

- Poder ser legal, eu prometo que vou pensar. – Eu disse e ela sorriu satisfeita, eu também não podia dizer não a ela, era visível e quase palpável e desespero dela em achar um pouco de paz e felicidade, dava pra ver em seus olhos, pelo pouco que conversamos eu puder ver que ela era uma garota legal e eu não queria vê – la triste.

Quando chegamos em frente a casa eu me surpreendi com a quantidade de pessoas presentes, realmente não esperava por isso.

- Mel, esses são alguns amigos meus, não sei se você lembra deles. Esse é Charlie Swan, pai da Bella. – Tio Billy disse apontando um homem alto que vestia um uniforme da polícia, ele era bem parecido com a Bella principalmente os olhos.

- Muito prazer. – Eu disse sorrindo.

- O prazer é todo meu, nossa garota como você cresceu, é eu to ficando velho mesmo. – Ele brincou me fazendo rir.

- E você só percebeu isso agora? – Tio Billy disse implicando com ele e ganhou um soco no braço, que ele ignorou. – Essa é a família Clearwater: Harry, Sue, Leah e Seth.

- Olá. – Eu disse ficando um pouco constrangida com tanta atenção, mas não ia ser mal – educada com os amigos do meu tio.

- Olá minha querida, é um prazer revê – la. – Disse Sue me abraçando de leve e eu sorri me sentindo mais a vontade.

Depois das apresentações nós fomos comer, Sue havia trago a comida e estava divina, todos comeram até se encher e depois veio a sobremesa, uma torta de chocolate deliciosa. Enquanto comíamos eu conversei com Seth, filho mais novo da Sue, ele tinha a minha idade e era muito legal, eu sabia que éramos do mesmo ano na escola e fiquei feliz por conhecer mais alguém.

Já era tarde quando todos foram embora, eu e o Jake ficamos encarregados de lavar a louça e aproveitamos pra colocar a conversa em dia e matar a saudade. Ele me contou o que aconteceu nesse anos em que estivemos longe e eu fiz o mesmo. Depois eu fui tomar um banho e dormir.

O domingo se passou calmo a Bella veio ver as motos e eu fui a praia dar uma volta e rever os lugares e dar um pouco de privacidade aos dois, já que tio Billy também tinha saído com o Charlie e o Harry pra pescar. Acabei encontrando o Quil e o Embry no caminho e eles me fizeram companhia. Quando voltei pra casa a Bella já estava indo embora eu me despedi dela que me desejou boa sorte no primeiro dia de aula.

Eu passei o jantar todo pensando em como seria o dia de amanhã, eu nunca tive problemas em fazer novos amigos, mas sempre ficava nervosa quando me mudava pra uma escola nova, apesar de não ter que estar sozinha dessa vez. Só espero que as coisa deem certo.


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Notas finais do capítulo

Bom espero que tenham gostado do cap...semana que vem tem mais...não esqueçam de comentar...bjoks!!!