Ensinando A Amar E Aprendendo A Viver... escrita por jessy_waitman


Capítulo 4
Capítulo 3 - Minha pequena


Notas iniciais do capítulo

Gente eu sei que demorei, não vou dizer um monte de desculpas esfarrapadas, mas podem ter certeza que vem emoção por ai, Ahhh se deliciem com o Pov do Edward, leiam as notas finais =)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/200693/chapter/4

Capitulo 3 – Minha pequena

Pov Edward

Todos os dias vejo que não tenho salvação, porque ainda não acabei com minha existência?

Ah é, porque dizem que ainda vou encontrar minha destinada, devo ser o único vampiro solitário, desde que me transformei quando morria de gripe espanhola sinto que falta algo dentro de mim, e morar com 3 pares de almas apaixonadas não é fácil.

No começo achei que ia encontrá-la logo, mas nos primeiros anos de existência notei que ela não existia, me sentia vazio, oco, nunca tentei nenhum tipo de relacionamento por saber que um dia a encontraria, mas a fé foi sendo arrancada de mim a medida que eu via como meus irmãos e irmãs eram felizes com seus respectivos pares e o ranzinza aqui nunca iria achar alguém para partilhar a eternidade.

Fui para o Alaska passar um tempo com o clã Denali, mas não me senti bem, voltei pra casa em menos de uma semana. Estava em meu quarto pensando mais uma vez em como acabar com a minha existência quando senti uma forte dor, no meu pensamento me veio um acidente de carro, um lobo atravessou o caminho e a mulher não conseguiu parar a tempo. O aperto em meu peito ficou ainda mais forte, era sufocante. Analisando o acidente pude ver que a passageira estava em um estado debilitado mas um pouco longe do carro, esta havia sido atirada do veiculo, batendo fortemente as costas em uma arvore, quando tive esta visão meu corpo se curvou para frente quase como uma bola, ao ver ali ensangüentada e inconsciente uma garota linda, devia ter uns 17 anos, cabelos castanhos meio avermelhados, pele alva e lábios rosados que agora estavam pálidos.

Entrei em desespero ao perceber que aquela era minha destinada, a que eu tanto esperei agora estava desacordada e com seu corpo lavado em sangue.

Avisei Carlisle e ele imediatamente foi para o local, o segui, a minha vida estava ali, minha pequena e frágil vida. Cheguei no momento em que o carro pegou fogo, não dando chance para a mulher que estava desacordada no veiculo saísse. Pequei minha pequena no colo e corri para o hospital, levaram ela para a sala de cirurgia, ao que parece ela lesionou a coluna, acompanhei pela mente do meu pai, e a cada pensamento dele via que meu chão estava sumindo – “Edward vai ficar arrasado, ele mal descobriu que sua escolhida estava aqui e vai passar por isso...” – A mente do meu pai estava meio confusa, mas pelo que pude ver o pior estava por vir, arfei ao descobrir, paraplégica, não, não podiam fazer isso com ela, ela era inocente, não devia sofrer.

Ao sair da mesa de cirurgia ela foi levada para UTI, onde ficou desacordada por dois meses, não sai do seu lado, mesmo ela não sabendo quem eu sou, eu sabia quem era ela, e podia afirmar que sem ela eu não era nada.

                -Pai ela vai acordar não vai?

                -Isso depende dela meu filho, mas você precisa ir caçar, seus olhos estão negros e não será bom.

                -Tem razão, cuide dela, ela já é minha vida.

                -Pode deixar.

Não fui muito longe, abati 3 servos que estavam por perto e um urso, havia ficado 2 semanas sem caçar, apesar da sede, perto dela eu não tinha vontade de fazer mais nada, somente admira-la.

-Bom dia, parece que finalmente decidiu acordar- Ouvi meu pai falando, meu peito se encheu de esperanças, finalmente poderei vê-la, saber qual era a cor dos seus olhos e ouvir sua voz – pela sua cara está confusa, estou certo?

Pela mente do meu pai podia ver confusão estampada em sua linda face. A face de um anjo que foi destinada a um demônio.

                - Fique calma Isabella, você estava em coma, não precisa se preocupar, é perfeitamente normal não conseguir falar – Vi ela relaxando gradativamente.

                – Me chamo Carlisle Cullen, Muito prazer – Ela apertou a mão de meu pai e fiquei tenso, e se ela não gostasse da nossa temperatura, e se ela estranhasse e se assustasse, afinal essa é a pele de um monstro, um monstro repulsivo e parasita, que necessita que outros morram para sua sobrevivência, como ela poderia querer alguém como eu? Pensei em ir embora, ela nunca me querer por perto, principalmente quando souber o que eu realmente sou.

                - Pra...pra...prazer – Falou com a voz falha, e que voz, mesmo falha ela me tocava, era como o vento, melodioso e transmitia paz – Sabe... onde está... Renée?

Notei agora que não lia seus pensamentos, porque tinha que ser ela que não podia ler, sua expressão de que já sabia que algo estava errado me fez correr e assistir da arvore ao lado do seu leito. Queria abraçá-la e retirar todas as suas feridas, todas as magoas e decepções.

                - Infelizmente não pudemos fazer nada, ela não conseguiu sair das ferragens a tempo do carro entrar em chamas, me desculpe – Sua dor era visível, me angustiava vê-la assim, preferiria mil vezes passar pelo inferno a vê-la sofrer.

                - Ah ela acordou, com está anjo? – destroçada, quebrantada era o que podia se ver, só se via tristeza em sua face, era errado um anjo sofrer, ainda mais ela, não ligava pra mais nada, somente ela me importava.

                - Bom, vamos deixá-la descansando. – Assim que meu pai disse isso eles saíram e ela caiu em um sono profundo, desci da arvore e parei ao seu lado, segurei sua mão em sinal de que estava ali, e que faria de tudo para confortá-la, queria retirar toda essa dor que seu coração estava demonstrando e agüentando, pude ver um pequeno sorriso em seu rosto, e vibrei por dentro ao imaginar que o motivo era eu, que eu conseguia aliviar sua dor.

                Naquele momento pensei em falar pra ela que estaria aqui, não importa o problema, não importa as condições, eu estaria ali por ela. Mas algo me chamou a atenção nos pensamentos de meu pai, ele estava constantemente dizendo por pensamento “Seja Forte”, mas porque ele diria isso? Decidi deixar para depois, no momento tinha um coração para confortar, o coração da minha destinada precisava de conforto e eu estaria o confortando, até o momento dela saber sobre mim, agiria somente como amigo, vai doer mas são as regras, foi assim com meus pais e com meus irmãos, só me resta ter paciência.

                Charlie estava chegando e não podia me ver ali, tive que sair rapidamente com um aperto no peito por deixa - lá, mas antes sussurrei em seu ouvido um verdadeiro “Eu te amo”.

                Quem podia imaginar que Eu, um monstro em todos os sentidos poderia amar? Ela vai me ensinar a amar...

Pov Bella

                Sonhei que um anjo me dizia que me amava, sua voz era linda, parecia sinos tocando e eu realmente acreditei que ele me amava, isso me encheu de um sentimento que ainda não conheço.

                Quando acordei parecia que tinha corrido uma maratona, ainda estava triste mas o sonho me fez sentir melhor, aquele anjo do sonho tinha me convencido que ele estaria ali cuidando de mim, por mais estranho que parecesse eu sentia a verdade, sentia que tinha alguém me vigiando. Charlie entrou no quarto com o Dr. Cullen, que logo veio me examinar.

                - Então Isabella como está se sentindo?

                -Cansada, parece que corri uma maratona.

                -Isso é normal, mas vou fazer alguns testes em você para ver se está tudo bem.

                -Ah claro.

                Ele começou a analisar meu olho, pescoço, braço e quando chegou nas minhas pernas eu não sentia nada. Nada, era como se elas nem estivessem lá, como se fossem somente a lembrança do que eu era antes.

                -Doutor, porque não sinto minhas pernas, o que está acontecendo?

                -Se acalme, vamos fazer mais uns exames para não tirar conclusões precipitadas.

                Levou-me para uma espécie de túnel, aquele laser passando pelo meu corpo transmitia a imagem de como eu estava, e o resultado era o que eu temia.

                - Isabella, quero que seja forte, no momento da queda, você aparentemente lesionou a coluna, infelizmente você está paralitica – Meu mundo parou, não bastava perder a pessoa que eu mais amava agora descubro que não vou andar também, isso não é justo, o que eu fiz de tão mal assim para isso acontecer comigo?

                Comecei a chorar, como se isso fosse adiantar, como se fossem trazer meus movimentos de volta, mas eu sabia que não tinha mais volta.

                -Doutor, é possível reverter essa situação? Sei lá uma cirurgia, ou algo do tipo? – Disse Charlie comovido com meu sofrimento.

                -Sinto muito, pela região afetada é impossível, mesmo eu querendo mesmo fazer algo.

                Chorei tanto que eles tiveram que me sedar, aparentemente eu estava muito alterada, como acham que eu ficaria? Eu acabo de perder alguém muito especial, a mulher que me deu amor, que me tirou do maldito orfanato, e ainda descubro que não vou poder andar, que meu destino é ficar em uma cadeira de rodas.

                Na inconsciência, eu me vi junto de minha mãe Renée, e nela ela me dizia que estava bem e feliz, que tudo isso que estou passando vai acabar.

                Mas eu sei que não vai acabar, a não ser que eu acabe com tudo.

                Acordei com Charlie no telefone do outro lado do vidro, ele estava meio alterado e desesperado, pelo que percebi gritava com alguém, eu só vim pra trazer mais problemas pra ele. Talvez seja mesmo melhor eu acabar com minha vida, assim ele não tem que passar por isso. Mas uma voz na minha cabeça me disse “nem pense nisso”, era a mesma voz do meu anjo, aquela linda voz não ia ser esquecida, será que estava ficando louca?

Pov Edward

                As palavras de meu pai não saiam da minha cabeça, Paralitica, Paralitica, Paralitica...

Não era possível, não era justo, eu nunca amei ninguém, e quando eu finalmente encontro a minha destinada ela tem que sofrer desse jeito, se eu pudesse chorar eu choraria, mas eu era um monstro, e monstro não tinham lagrimas, eu vou protegê-la minha pequena.

                Uma das coisas boas das destinadas era que elas poderiam se comunicar com seus destinados por pensamentos, e logo vi sua mente partindo para um lado perigoso, um lado que eu não queria nem pensar.

                Concentrei-me e disse a ela por pensamento “nem pense nisso”, ela ficou meio em choque e me chamou de anjo, Ha que ironia, mal ela sabe que eu estou mais pra demônio, uma criatura obscura, sem alma e sem coração.  


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bom as coisas complicaram pro meu lado, mas sem problemas, ta tudo sobre controle, e claro se alguém quiser tacar alguma cadeira, um sapato, atá mesmo o computador ou note (net eh pequeno e não faz efeito então não adianta)eu sei que estou errada, quero agradecer a todas que leem, mesmo aquelas leitoras Fantasma ou Gasparzinha, vocês são importantes e se preparem que o proximo capitulo vai ser quando os dois se encontram, beijos amores e continuem lendo...By jessy Waitman®