Para Sempre Você. escrita por sarah


Capítulo 3
Capítulo 3.


Notas iniciais do capítulo

demorei mas voltei lálálá



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Acordei com aquela sensação de frio e então percebi que o cobertor estava no chão, assim como um dos travesseiros e o controle remoto. Minhas costas doíam um pouco por ter dormido de mal jeito no sofá, mas aquilo não me abalava. Olhei para o notebook aberto sobre a estante da sala e aquele tweet ali, com aquilo, comecei a sorrir. Fui para meu quarto, que ainda estava uma bagunça devido as coisas da mudança que eu nem tinha arrumado, peguei uma roupa qualquer e fui para o banheiro. Depois de alguns minutos pensando na vida embaixo do chuveiro, troquei de roupa, escovei os dentes e prendi o cabelo em um coque froxo. Calça jeans, blusa de frio e um moletom florido por cima; eu estava pronta. 

Como ainda não havia ido ao mercado, resolvi ir em algum café para tomar um chocolate quente e comer alguma coisa. Chamei um táxi e liguei para minha mãe enquanto esperava.

"Bom dia, Mary. Fiquei feliz por ter ligado." - falou animada. "Acabei de sair da reunião da loja, nossa próxima coleção será um sucesso."

"Bom dia, mãe. E como são as roupas? Já estou ansiosa para usar." - respondi, sorrindo, sem me importar como fato de que ela não podia ver.

- Hm, moço, você conhece algum café aqui perto? - perguntei ao homem do táxi assim que entrei. 

- Claro, café é o que mais tem em Londres. - sorriu e então começou a dirigir. 

"Hm, mãe, preciso desligar. Hora do café da manhã." - brinquei, só por saber o que ela falaria a seguir.

"Claro, eu já estava estranhando não ouvir você falar sobre comida. Até mais, querida." - então ela desligou. 

Olhei para o celular e lá tinha uma foto nossa, na inauguração da loja que sonhamos a vida inteira em ter. Com nossa marca fazendo sucesso, tudo estava voltando ao normal e a saudade do meu pai já ficava menor. 

- Aqui, moça. - ele parou o carro em frente a um café que tinha a aparência muito bonita e parecia ser um lugar confortável. Entreguei o dinheiro a ele e então desci. 

Estava frio, muito frio, deixando o lugar ainda mais mágico. Chovia um pouco, mas não tanto quanto antes. Encarei o lugar antes de entrar, e quando finalmente me preparei para passar pela porta, ouvi barulho de buzina e alguns gritos. 

- Ei! - era voz de mulher, adolescente, na verdade. - Educação seria bom, sabia? - estranhei o fato de que a pessoa não estava falando em inglês, mas sim, português. 

Olhei para a frente e então vi essa mesma menina caída no chão, com uma mala grande jogada ao lado e uma bolsa alguns metros de distância. Vi também um táxi, o mesmo que me trouxe até aqui. A garota estava encharcada e fazia cara de choro. Analisei a situação e então corri até o lugar, estendendo a mão para que ela se levantasse.

- Acho que ele não vai entender nossa língua. - falei, em português, sorrindo. - Prazer, Mary. 

- Ai não, ai não, eu sei quem você é, claro que sei. - ela falava rápido, ainda no chão. - Você é a Mary, sim, a Mary, a menina que o Niall seguiu no twitter e mandou recadinho. - não pude evitar uma risada quando ela falou "recadinho". 

- Hm, é, acho que sou. - falei, um pouco envergonhada. Balancei a mão e então ela segurou e finalmente se levantou. 

- Claro que você é, dãr. - fez uma cara engraçada e então riu. - Ah, mesmo que não queira saber, sou a Carla. - sorriu novamente e abaixou-se para pegar a mala e a bolsa.

Deduzi que ela era brasileira pelo sotaque paulista e pela aparência, era muito bonita, pele bronzeada, corpo bonito, cabelos médios e escuros. Senti vontade de abraçá-la na mesma hora em que cheguei a conclusão de também ser do Brasil, apenas para matar a saudade das pessoas. Mas claro, não o fiz. 

- Bem, eu estava indo tomar chocolate quente ali naquele café, se quiser vir comigo. - falei, meio sem jeito, tentando parecer legal. 

- O que? Você me convidando pra ir tomar chocolate quente com você? É claro que eu vou. - falou, quase gritando. - Imagine, eu sendo vista com a menina que conversa com o Niall? - conclui que, assim como eu, ela também era directioner. 

Fomos até o café e ela foi ao banheiro para se secar, depois voltou, toda sorridente. Carla parecia um pouco doida e engraçada, estava me tratando como se eu fosse famosa ou algo do tipo, mas era divertido. 

- Então, o abraço dele é realmente bom? - perguntou e nessa hora seu sorriso estava ainda maior. 

- É maravilhoso. - respondi, com a voz falha e algumas lágrimas nos olhos. 

- Ah Mary, não chore, me desculpe. - eu ri, porque ela realmente estava se culpando. 

Fizemos o pedido: ela se contentou apenas com um café, enquanto eu, pedi por um chocolate quente e algumas panquecas. Combinação um pouco estranha, talvez. Assim que a garçonete saiu, Carla me olhou e sorriu.

- Sabe que olhando, vocês formariam um casal muito bonito. - começou. - Bonito, fofo e guloso. - então nós rimos juntas. 

- Não me iluda, por favor. - brinquei, sabendo que seria impossível eu e Niall sermos um casal, e bem, eu tinha quase certeza de que nunca mais daria a sorte de encontrá-lo de novo. 

Ficamos conversando até que nosso café da manhã chegou. Do nada, ela pegou o celular e ligou para a mãe, dizendo que estava tudo bem e que achava que tinha feito uma amiga, no caso, eu. Me senti feliz com aquilo, porque eu realmente queria uma amiga e ela parecia legal.

- Do que ele tem cheiro? - perguntou, guardando o celular.

- Hm, ele tem cheiro de Niall, acho. - falei, estranhando a pergunta e dando risada. 

[...] 

- Sabe Mary, você é legal. Fiquei muito feliz em te conhecer. - disse, enquanto eu esperava o táxi, já fora do café. 

- Também gostei de você, sabe, é meio louca mas é legal. - dei risada e ela também. 

Ela pediu o número do meu celular e então passei, pegando o táxi, alguns minutos depois. Mas eu não planejava ir para casa. 

- Para onde, moça? - perguntou o taxista, e dessa vez, era uma mulher. 

- Hm, milkshake city. - falei tão rápido que até ela riu da minha cara. 

Eu sei, eu sei, ainda estava de manhã e eu havia acabado de tomar chocolate quente. Mas minha vontade de conhecer e provar cada comida de lá era muito maior que eu. Chegamos rápido, então desci e entrei. Não encontrei ninguém, nem mesmo o atendente, achei estranho e então resolvi voltar e procurar algum outro lugar para ir, até que ouvi vozes e logo após, um homem que parecia ter quarenta anos e cinco meninos, apareceram no balcão. 

- Ai não, Mary, sua sortuda. - falei baixinho para mim mesma, colocando a mão na boca para não gritar. Gritar de felicidade. 


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Notas finais do capítulo

hm aí está (:



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