H - Ponto Zero escrita por Siadk


Capítulo 18
018 – Labirinto


Notas iniciais do capítulo

[Beatriz]

Todos os personagens dessa história pertencem à mim. Por Favor não usar sem minha permissão!



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018 – Labirinto

[Beatriz]


Eu estava tremendo de medo. Sentindo medo como nunca senti antes. Geralmente eu tinha o mundo aos meus pés, era só mandar e todos obedeciam. A mente humana é fácil demais de ser controlada, pelo menos para mim. Mas a mente daquele homem simplesmente... não fazia nenhum sentido. Era extremamente confusa, nada estava em seu devido lugar.

 

– Mandei deitar no chão! – Gritou ele, com a arma apontada para a minha cabeça.

 

Não estava acostumada a obedecer, mas era isso ou morrer. No que eu estava me envolvendo? Porque eu não tinha seguido minha viajem tranquilamente como o planejado? Não importava muito naquele momento. E eu não estava entendendo exatamente o que estava acontecendo ali. Era possível dizer que aquilo era um roubo normal, se o assaltante não estivesse usando um uniforme policial, claro. Parecia desesperado, o suar escorria por seu rosto enquanto ele soltava baforadas de ar. Não parecia saber o que fazer ou sequer se deveria continuar fazendo.

 

Entrei na mente das outras pessoas. Como entrar em uma casa pela janela, ou melhor, pela própria porta da frente, que fora descuidadamente deixada destrancada. A melhor visão que eu tive foi a de uma senhora deitada perto do balcão. A visão passou como uma cena de filme mudo. Completamente em preto e branco. O homem entrou e já estava desesperado desde esse momento, atirou para cima e mandou todos se deitarem. Ou pelo menos foi o que pareceu, não pude ouvir o que ele tinha falado. Ninguém ali sabia que as intenções do homem eram de matar a todos.

 

O “policial” pegava o dinheiro. Logo estaríamos todos mortos. Em momento algum da minha vida eu pensei que iria morrer daquele jeito. Talvez essa seja a maldita ironia escondida na morte. Mas desistir sem tentar ao menos uma ultima vez me pareceu covardia demais. E covardia é, simplesmente, tediante. Entrei novamente na mente do criminoso. Abrindo uma porta de uma casa pacata de cidade pequena, só para entrar em um bizarro quadro surrealista. Um labirinto de portas, escadas, corredores e gigantescas salas completamente vazias. Eu corria pelo labirinto à procura de alguma coisa, mínima que seja, que ainda estivesse em seu devido lugar. Foi em um quarto escuro que eu achei. Era uma lembrança. Uma imagem, colocada cuidadosamente em um porta-retrato contorcido. Era turva e avermelhada, não era como as lembranças normais das outras pessoas. Verifiquei a imagem.

 

Ele já com a grana. Meu tempo estava se esgotando rápido demais. A imagem era a de um homem, ele tinha duas características realmente chamativas. A primeira era o seu cabelo completamente desarrumado, mal cortado, e alem disso o que ele vestia. Sem duvida nenhuma era uma camisa de força, desamarrada, soltando uma aura de perigo. “Droga! Com o que diabos eu estou me metendo?!” O policial apontou a arma para o caixa. Pude ouvir os gritos de interrogação se fundindo com os de exclamação. Me foquei na segunda das características. Medo! Pareciam serpentes de fumaça saindo do porta-retrato. O tal policial sentia um medo tremendo daquela lembrança. Era isso... Minha chance estava ali.

 

Usei a lembrança como uma chave que ligava o real ao irreal, e em seguida usei um comando. Simples, não tinha tempo para pensar em algo melhor.

 

Fuja!

 

Ele soltou a arma. O desespero dobrado. “Ótimo, agora ele vai correr para a porta e então estamos livres.” Mas não foi isso o que aconteceu. Eu não esperava que ele fosse fazer aquilo. Ele moveu a mão de cima para baixo, foi como se ele tivesse aberto um “zíper” no meio do nada. Um buraco, completamente sombrio, se formou na área em que o “zíper” foi aberto. Ele pulou. E no instante seguinte só restavam as perguntas, os choros e os gritos dos que estavam no mercado. Aquele homem já não estava em nenhum lugar ali por perto.

 

Mas o que diabos foi isso?

 

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Notas finais do capítulo

Notas do Sádico: Acabei demorando muito... denovo. Vou tentar postar pelo menos um cap toda terça e quinta, mas, infelizmente, não posso prometer nada. Alguem tem remedio pra matar preguiça?



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