The Best Thing Thats Ever Been Mine escrita por manupotter


Capítulo 9
Why you gotta be so stupid?


Notas iniciais do capítulo

obrigada pelos reviews suas lindas, fofas e maravilhosas *-* e ai vai mais um capítulo :D
Beijinhoooooos ;*



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Hermione POV

Acordei com Sophia pulando em cima de mim, por que ela tinha que ficar tão animada com as aulas?

– Sophia, já acordei, pode descer. –Bocejei e ela saiu da minha cama.
Dei uma checada no relógio do meu celular que marcava sete horas, uma hora para eu me arrumar. Levantei pensando no que iria dar na aula hoje, esperava que não fossem confusões.

Tomei um banho rápido, me vesti com uma blusa grossa de mangas compridas, jaqueta de couro, calça skinny e botas ugg. Prendi meus cabelos em um coque, me maquiei levemente e passei meu perfume.

Desci para tomar meu café da manhã e quando finalmente fiquei pronta, ainda me sobrava tempo. Sentei no sofá e fiquei assistindo qualquer coisa que passava na televisão.

Uma buzina soou do lado de fora e eu pude ver minha irmã correr animada para fora de casa, já sabia que era o Rony. Peguei minha mochila, meus pais saiam mais cedo que eu e por isso só precisei me despedir da Dona Carmelita e sai de casa.

– RON-RON! –Sophia se agarrou no ruivo como se fosse uma pequena coala, ele começou a fazer cócegas nela e deu um beijo estralado na bochecha dela, assisti à aquela fofura com um sorriso bobo no rosto.

– Bom dia para você também, princesinha. –Rony ficou segurando Sophia no colo e quando me viu, abriu um sorriso de orelha em orelha.

– Estou com ciúmes. –Fiz bico e ele riu, enquanto me aproximava deles.
– De mim ou da sua irmã?

– Da minha irmã, é óbvio. –Menti, rolando os olhos teatralmente, ele gargalhou e me deu um selinho. – Ei, não na frente da minha irmã. –Sussurrei e ele me lançou um olhar arrependido.

– Grande Sophia, eu e sua irmã vamos para a aula dos grandões agora. Se cuida na aula dos pequenos depois, ok? Se alguém quiser roubar seus brinquedos não deixe.

– Eu estou na primeira série Ron-Ron, não brinco com brinquedos mais. Já sou grande. –Sophia exibiu um sorriso que demonstrava o orgulho de si mesma, ele riu e deu um último beijo na bochecha dela, soltando ela no chão em seguida.

– É mesmo, você já é grande. Agora vá lá com a Dona Carmelita esperar a hora de ir para a escolinha. –Ele deu um aceno e entrou no carro, fiz o mesmo que ele e coloquei meu cinto de segurança. – Sua irmã é tão orgulhosa quanto você.

– Não sou orgulhosa! –Protestei.

– Não, eu que sou. –Falou debochadamente.

– Cala a boca e dirige, Ronald. –Cerrei meus olhos e ele gargalhou, afundando o pé no acelerador.

O caminho até a escola foi calmo até, se não fosse pelo fato de que briguei com Rony porque ele deixou o rádio em uma estação onde só músicas clássicas tocavam, só para me impedir de infernizar a vida dele berrando as músicas o tempo todo.

Quando chegamos felizmente McLaggen não estava no estacionamento, mas uma hora ou outra Rony e ele iriam se conhecer. Desci do carro e já dei de cara com Cho e Cedrico em um canto se lambendo.

– Hey cachinhos dourados. –A japinha sorriu e me abraçou.

– Oi lisinhos pretos. –Ela gargalhou enquanto eu retribuía seu abraço. Depois de ser esmagada pelo Ced, Harry e Gina chegaram nos cumprimentando animadamente, Luna foi a última a chegar.

– Senhor Weasley, Diggory e Potter, venham aqui por favor. Tenho que conversar com vocês sobre a aula passada. –O professor de música da escola chamou os três para um canto em que não conseguia visualizá-los e fiquei sozinha com as meninas, até que senti uma mão sobre meu ombro. Me virei e era McLaggen.

– Oi Mione, até que enfim te achei. –Ele me abraçou calorosamente, fiquei sem saber como agir. E se Rony visse isso? Bom, eu não estava fazendo nada de errado e por isso retribui o abraço.

– Oi McLaggen.

– Mi, vamos procurar os meninos, te vejo depois. –Me deixaram na mão, argh.

– Suas amigas?

– Sim. –Dei um sorriso simpático.

– Você tem amigos meninos?

– Tenho. –Meu único pensamento estava no Rony agora, estava pensando em como falar para ele que era melhor ele desistir dos seus sentimentos por mim porque eu estava apaixonada por outro menino, mas eu não queria magoá-lo.

– Você parece nervosa.

– Só frio. –Menti.

– Quer meu casaco?

– Não é necessário, obrigada mesmo assim. –Olhei para trás e nada dos outros voltarem.

– Senti sua falta. –De repente seus braços me envolveram e ele aproximou seu rosto do meu.

MERDAMERDAMERDAMERDA

Virei meu rosto e tentei afastá-lo, mas o que obteve sucesso foi o punho de alguém acertar em cheio o nariz dele. Me virei assustada e Rony estava com um olhar assassino, olhei para baixo e McLaggen estava caído, sangue pingava do seu nariz.

– RONY, OLHA O QUE VOCÊ FEZ! –Gritei. Eu poderia ter negado o beijo por conta própria, caso ele não saiba!

– ELE TENTOU TE BEIJAR! –Nós dois gritávamos agora, todos os olhares do estacionamento estavam direcionados a nós.

– EU SEI NEGAR UM BEIJO! –Ajudei McLaggen a levantar e ele me lançou um olhar de culpa.

– Desculpa cara, eu não sabia que ela tinha namorado...

– E eu nem tenho mesmo!

– Como não? –Rony questionou, me olhando com raiva.

– VOCÊ NUNCA ME PEDIU EM NAMORO, QUE EU ME LEMBRE!

– Esse é o problema? Então namora comigo!

– Grande pedido, Ronald. Jamais esperaria por um pedido de namoro incrível desses. –Falei sarcasticamente. – Cho, mostra a enfermaria para ele. –Apontei para McLaggen enquanto me retirava de lá sozinha, indo em direção à entrada da escola. Eu estava furiosa com tudo e todos, não suportaria falar com mais ninguém.

– Mi, ME ESPERA! –Eu sabia que era a voz do Rony, mas eu não iria escutá-lo, não agora que eu queria praticamente matar ele. Fui até o banheiro feminino para me livrar de qualquer contato e percebi que Luna e Gina haviam me seguido.

– Eu sabia que uma hora meu irmão iria dar mancada. Quem era aquele garoto? –Gina perguntou enquanto se aproximava de mim.

– McLaggen, amigo de outra escola, ele... Gosta de mim. –Passei um pouco de água no rosto e suspirei. – Mas parece que depois de ficar com ele uma vez só na escola, não basta explicar que não queria mais nada. Eu amo a amizade dele, mas desse jeito não dá. –Olhei para a porta e Cho chegou correndo.

– Ron pediu desculpas ao menino e ele está vindo aqui pedir desculpas a você.

– Eu não vou aceitar.

– Mi...

– Nada de “Mi”. Ele tem que pensar antes de agir, e se alguém conta para o diretor o que houve? Rony poderia ser expulso. E se o nariz do McLaggen tivesse quebrado? –Cho bufou.

– É né, “e se”? Nada disso aconteceu então relaxa. Vem comigo, com a Gi e com a Luna para conversarmos civilizadamente sem gritos com ambos os meninos. –Suspirei profundamente e um pouco contrariada segui elas. Eu ainda estava com raiva dos dois, um porque tentou me beijar sabendo que eu não sentia nada por ele e o outro por ser tão estourado ao ponto de gritar até comigo.

Fomos caminhando pelos corredores até que achamos os meninos, McLaggen segurava um pano no nariz para estancar o sangue e Rony estava ao lado dele.

– Mione, foi um erro tentar te beijar sendo que eu sabia que você não gosta de mim do jeito que eu gostava. Me desculpa, por favor, quero ser só seu amigo, como antigamente. –Ele sorriu

– Ok, te desculpo. –Ele sorriu mais ainda me puxou para um abraço, sorri para ele e quando Rony foi começar a falar fechei uma carranca.

– Hermione, foi uma coisa estúpida chegar ao ponto de bater nele, e outra coisa estúpida foi gritar com você daquela maneira...

– Realmente.

– Vai deixar eu terminar de falar? –Minha vontade foi socá-lo até ele morrer porque estava começando a ser grosso novamente comigo, mas respirei fundo e assenti. – Que bom. Eu queria te pedir desculpas e te dizer que eu sinto ciúmes de você, caso não saiba...

– Sinto ciúme de tanta coisa, mas não é por isso que chego toda estressada batendo nos outros.

– QUE DROGA HERMIONE. Quer ouvir realmente o que eu tenho para dizer? VOCÊ me faz agir feito um idiota, você me mexe demais com a minha cabeça, tanto que acho que estou ficando louco, MAS LOUCO DE AMOR POR VOCÊ! SATISFEITA AGORA? –Ele deu as costas e saiu pelos corredores sozinho, enquanto todos observavam a cena boquiaberta.

Tentava digerir o fato de que ele havia acabado de se declarar, de uma forma estranha, mas havia. Ronald Weasley estava apaixonado por mim.

Rony POV


O professor Lockhart havia nos chamado só para avisar que eu teria que trazer meu violão na próxima semana para fazer uma demonstraçãozinha.

– O professor quer que eu mostre para todos o quão foda eu sou tocando de verdade, não estudando essas coisinhas de clave de sol, fá e blá blá blá. –Falei enquanto caminhava de volta ao estacionamento.

– Ah claro, você é o Deus do violão. –Cedrico debochou e Harry fez uma reverência para mim, dei um soco de brincadeira em cada um começamos a rir.

A alguns passos do estacionamento eu pude ver Hermione conversando com algum menino que eu não fazia nem ideia de quem era, decidi me aproximar para verificar. Chamei meus amigos e fomos andando até estarmos próximos o bastante dos dois para eu ver que o maldito estava tentando beijar a MINHA garota.

Antes que o folgado alcançasse os lábios que só eu tinha passagem permitida, acertei um soco em cheio no nariz dele. Comemorei por dentro enquanto ele gemia de dor no chão, seu nariz sangrava.
Mas o que eu não esperava era Hermione brigar comigo! Por que logo comigo, meu deus? Ela começou a defender o tal garoto que havia tentado beijá-la e eu como não estava entendendo nada, me irritei e gritei com ela. Depois que ela correu para longe de mim senti muita, muita culpa mesmo. Raiva de mim mesmo por ter sido tão idiota.


– Eu fui um babaca com ela, eu sabia que ela não estava afim de mim e mesmo assim insisti tentando dar um beijo nela. –Suspirei e ajudei o cara a se levantar.

– Você é o tal menino da outra escola que ela já ficou?

– Ela te falou sobre mim?

– Falou. Como eu posso te chamar?

– McLaggen. –Fomos juntos até a enfermaria e me apresentei para ele também. Ele parecia ser um cara legal, mas que deveria imediatamente esquecer seus sentimentos pela menina que agora deveria estar querendo me matar.

Logo após a Madame Pomfrey visualizar o nariz de McLaggen e ver que não havia fraturas finalmente podemos sair e ir para as tentativas de desculpas. Fomos caminhando pelos corredores até que encontramos as meninas.


O primeiro a se desculpar foi o McLaggen, Hermione aceitou e achei que seria fácil para mim também, mas me enganei. Ela estava mais grossa do que achei que ela seria um dia, nem me deixar falar ela deixava. Até que uma hora eu explodi, não agüentei mais essa atitude infantil dela e gritei (literalmente) tudo o que tinha para dizer.

Depois de berrar uma declaração de amor que não foi uma das melhores, eu admito isso, sai furioso pelos corredores com o objetivo de me esfriar um pouco para recomeçar a batalha de conseguir o perdão da bendita garota que eu estava apaixonado. Eu corria atrás dela feito um cachorrinho de madame, era horrível essa sensação de ser domado, quando meus amigos me avisaram eu não acreditei, mas agora eu sentia na pele o quanto é ruim.

Sentei em um dos bancos dispersos pelo corredor e suspirei. Quando olhei para a direita, Lilá vinha saltitando para perto de mim com as suas seguidoras fiéis logo atrás. Ótima hora para ela vir me incomodar.


– Oi Won-Won. Queria pedir desculpas pela última aula, pela bolada na cabeça da menina... –É isso! Ela deve saber o que seria bom para conseguir o perdão de uma menina.

– Hey Lilá, o que você gostaria que um menino fizesse quando ele precisasse te pedir perdão?

–Eu gostaria que ele tocasse violão para mim e se declarasse, na frente de todo mundo. –Resolvi esquecer a parte de que ela havia dito isso porque sabia que eu tocava violão e deve pensar que o pedido de perdão seria para ela.

– Obrigado pela dica. –Levantei para procurar meus amigos e deixei Lilá com uma cara confusa. Quando finalmente avistei eles corri pulei nas costas de Cedrico.

– Hey cara, o que houve que está tão animado? –Ele riu.

– Tive uma super ideia, REUNIÃO. –Berrei e Harry se aproximou da gente, McLaggen ficou em um canto. – Você também, cara. –Ele sorriu e ficou perto para ouvir. Eu tinha um mega plano na cabeça e com certeza iria usá-lo.


Hermione POV


As meninas praticamente piraram quando Rony disse aquilo para mim, mas elas sabiam que não era por causa de uma declaração berrada que eu iria perdoá-lo tão fácil, eu persistia e elas sabiam disso. Luna estava feliz por mim também, mas também estava de olho no McLaggen, menina rapidinha.


– Olha, a esquisita e suas “esquisitetes”. –A rainha das vacas loiras chegou falando debochadamente.

– Olha, a piranha e suas “piranhetes”. –Quase dei um abraço na Cho após ela dizer isso. Lilá pareceu não se intimidar, mas eu sabia que estava se roendo por dentro.

– Sabe quem vai pedir desculpas por me humilhar na aula de educação física passada e se declarar para mim? Rony Weasley. –Ela só devia estar brincando.

– Quem te disse isso, loira burra? Se até antes ele se declarou para a Mione. –Ok, era oficial, eu amava quando a Cho dava suas agulhadas.

– Então esse é o apelido da esquisitinha? Bom, só tenho uma coisinha para dizer, é só esperar que vocês vão ver o quão apaixonado o Won-Won está por mim. –Eu estava me segurando para não meter a mão na bochecha branca dessa vadia oxigenada e arrancar cada fio dos seus cabelos, mas eu queria pelo menos manter a minha integridade por lá e esperar a japinha virar a cara da rainha das piranhas no avesso.

– Esquisitinha é a sua mãe, querida. Quer saber? Nem vou metê-la no meio, ela não teve culpa de parir um ser tão ridículo feito você. –Gina, minha ruivinha linda tão infernal. Tenho orgulho dela.

– Não vou me rebaixar mais ao nível de vocês. Só me aguardem, tchau.

– Mas nem dá de rebaixar mais o seu nível mesmo, já que você está no núcleo da Terra uma hora dessas. –Luna disse, me fazendo gargalhar. A vaca apenas bufou e foi para longe da gente, para a nossa felicidade.

– Obrigada, lindas. –Sorrimos e demos um abraço coletivo.

– O que será que ela quis dizer com tudo aquilo? –Cho perguntou.

– Estava pensando a mesma coisa. –Suspirei. – De certo ela só quis provocar mesmo. –Elas concordaram e o sinal bateu.

– Tchau gatinhas, até o almoço. –Abracei Gina e ela acenou para as outras.

Passamos duas longas aulas de inglês, uma de matemática, uma de história e uma de artes finalmente o almoço chegou.

Saímos da sala aquecida e a temperatura havia abaixado muito, eu estava tremendo de frio mesmo bem agasalhada. Já disse que odeio o inverno? Caminhamos até o refeitório e encontramos os meninos. Cho se grudou no Ced e Gina no Harry, para se esquentarem. Me senti no mínimo solitária lá, mas aproveitei para me agarrar na Luna, que gargalhou quando andei abraçada a ela.


– Hey Mi, pega o meu casaco, está muito frio aqui. –Rony percebeu que eu estava tremendo e me estendeu sua jaqueta grossa de moletom.

– Por que não cuida da sua vida? –Fui um pouquinho grossa, eu sei. Mas ele teria que batalhar muito para me reconquistar.

– Eu tentando, mas ela é muito teimosa. –Não respondi. Eu estava praticamente derretendo por dentro e meus ossos se tornaram pudim, mas não demonstrei. Por que ele tinha que ser absurdamente fofo?

O almoço foi silencioso, e McLaggen participou dele com a gente e já ficou bem amiguinho da doce Luna, queria muito que os dois dessem certo. Depois que o almoço terminou fomos para as nossas respectivas aulas extras à tarde, Rony não insistiu no assunto das desculpas, mas ficou de segredinhos com os meninos, eu não estava nem um pouco feliz com isso.


Depois que a aula acabou ele me ofereceu carona, aceitei porque ele implorou.


– Você vai me perdoar, nem que eu tenha que ficar de joelhos para isso. –Ele sorriu cheio de confiança quando estacionou o carro, queria saber ler mentes para ver o que ele estava aprontando.


Apenas soltei um “Hum” por entre dentes e entrei em casa, era difícil me manter assim, mas eu sei que conseguiria. Entrei em casa e fiz as mesmas coisas que havia feito na volta da aula de ontem, passei o resto do dia com uma pulga atrás da orelha pendurada no telefone com as minhas amigas, a ligação estava até congestionada de tanta gente na linha.

Era oito e meia da noite, hora da janta e eu ainda estava falando com elas.


– Amanhã tem aula com o professor de química gostoso que a rainha das piranhas vive dando em cima. –Cho comentou.

– Ela dá em cima de tudo que se mexe, gente. –Pude escutar a voz da Gina dizendo isso, não pude deixar de rir.

O McLaggen foi muito fofo comigo hoje, ele disse que pareço uma anjinha linda. –Consegui até imaginar o sorriso bobo de Luna do outro lado do telefone.

– Seria ótimo se vocês ficassem juntos. –Falei animada.

É, e mais ótimo ainda seria você deixar de ser cabeça dura e aceitar o perdão do Ron.

– Gente, ele está armando algo com os amigos dele, vocês não perceberam isso ainda? Vamos esperar para ver no que vai dar, enquanto isso vou resistir à tentação. –Suspirei me lembrando do gosto dos lábios dele, o calor dos seus braços...

Você é uma menina complicada, Mi. –Gina disse e todas riram. De repente escutei o grito da Dona Carmelita alertando a janta.

– Gatinhas, vou desligar e ir jantar porque se não a empregada daqui vai vir quebrar o meu pescoço. –As três gargalharam e se despediram de mim. – Amo vocês, até amanhã. –Mandei beijo e desliguei.

Desci as escadas e durante a jantar meus pais me questionaram sobre a aula, falei somente sobre os professores, pulei toda a parte do drama de hoje.

Jantei rapidamente para ir dormir e percebi que havia recebido uma mensagem.


McLaggen:
O que você acha de eu convidar a sua amiga Luna para sair? Realmente gostei dela, ela cuidou muito bem do meu nariz soqueado pelo seu amigo. LOL

Respondi a mensagem com um “LOL” bem grande e escrevi que era uma ideia perfeita, e que a Luninha iria adorar. Pensei em perguntar sobre o que Rony estava armando, mas se McLaggen soubesse não iria me contar, essa curiosidade já estava me matando.

Fui dormir às dez horas das noite porque fiquei falando tudo o que eu sabia sobre Luna para ele, e olha que eu não sabia muito. Depois de mandar um boa noite, finalmente pude pegar no sono bem rápido.

Acordei por causa da minha irmã novamente, acho que ela havia se tornado meu despertador pessoal. Me arrumei rapidamente porque Sophia estava querendo me mostrar as atividades que ela havia feito nas aulinhas dela de qualquer jeito, ela se sentia orgulhosa por si mesma quando eu elogiava seus números escritos por extenso na aula de matemática, suas palavras escritas na aula de português ou até seus desenhos estranhos, mas fofos que ela fazia na aula de artes.

Durante a carona do Rony fui indiferente o caminho todo. E o que me deixou surpresa foi que ele agiu feito eu e não insistiu no perdão, já estava começando a ficar preocupada.

Quando finalmente chegamos na escola, fui encontrar minhas amigas e Rony se mandou com os meninos.


– Hey Mi, olha só, tem vaga para cheerleaders, vamos tentar? É amanhã os testes. –Cho falou enquanto observava um cartaz azul marinho com “Vikings” escrito em branco, a data e o local dos testes em amarelo.

– Teste para ser tiete de futebol? Nem pensar.

– Repete o que você falou –Reconheci a voz enjoada vindo da minha retaguarda. Hoje eu poderia dizer que não estava nem um pouco a fim de agüentar essa menina.

– Tiete de futebol...? –Bem na hora que me virei, Lilá tentou acertar um tapa no meu rosto. Segurei o pulso dela com força e sorri. – Não quer partir para o puxão de cabelo?

– Escuta aqui otária, tiete de futebol é o que a sua mãe foi, nós somos esportistas. Agora, retire o que disse. –Gargalhei sarcasticamente enquanto minhas amigas observavam esperando uma brecha para dar na cara da piranha oxigenada.

– Aqui é pré-escola para eu ter que retirar o que eu disse e ainda me desculpar com a coleguinha, por acaso? Não retiro nada. –Ela olhou para o pulso que eu segurava e bufou.

– Solta o meu pulso. –Fiz o que ela pediu um pouco contrariada, isso estava divertido.

– Agora sai da minha frente, não agüento mais ouvir sua voz nem ver você aqui. –Falei grossamente enquanto virava de costas e saia pelos corredores, com minhas amigas logo atrás de mim comemorando.

– Mi, isso foi lindo. Nós te amamos e te veneramos. –Gina me abraçou rindo.

– Aprendi com as melhores. –Pisquei para elas e o sinal bateu.


Durante as aulas conheci o professor Brad, o lindo de química que deixou os átomos e moléculas muito mais divertidas e gostosas de aprender, sem trocadilhos. Já a vadia loira se insinuou para ele a aula toda, o que me rendeu bons risos com minhas amigas quando o professor dava cortes nela.


Depois de mais algumas aulas chatas o almoço chegou, os meninos ficaram longe da gente o que rendeu brigas entre os casais. Harry e Cedrico explicaram às namoradas que eles estavam fazendo um negócio particular, e que depois a gente iria saber o que era.


– Estou farta desses segredinhos. –Bufei enquanto mordia um pedaço de pizza.

– Só você? Daqui a pouco eu esgano meu namorado. –Cho reclamou.

– Eu também. –Gina rosnou enquanto lançava um olhar reprovador ao Harry que estava sentado em uma mesa longe da gente. Luna mantinha um olhar distante.

– O que houve, Luninha? –Perguntei.

– O McLaggen me chamou para sair pelo parque hoje. –Ela abriu um sorriso enorme. Comemoramos com um brinde de suco, mas sem esquecer do fato de que odiamos os meninos no momento.

E mais dois dias de aula torturantes mantiveram-se iguais, os garotos se escondendo por ai da gente, planejando algo que nem tínhamos pistas.


A única novidade dos dois últimos dias letivos da semana foi o nosso teste para cheerleader. Como nenhuma era flexível o bastante para ter algum papel ótimo no grupo de cheerleaders como o topo da pirâmide, local que era ocupado pela piranha oxigenada, nós fomos aceitas para pelo menos treinar o nosso físico e aguardar um bom papel futuramente, já era um começo.

Passei o final de semana tentando investigar com as minhas amigas para ver se conseguíamos qualquer pista do que os meninos estavam aprontando, mas sem sucesso. Quase rezei para que a segunda chegasse rápido, o tédio me consumia dentro de casa e nenhum dos meninos manteve contato com a gente.


– É oficial, vou desmembrar cada um, enfiar em uma mala e enviar para a China. –Cho falou em um tom bravo, uma coisa que eu descobri sobre ela nesse pouco tempo de amizade: Ela odeia não receber atenção.

Já era domingo e se passavam das dez horas da noite, ainda estávamos penduras no telefone montando planos macabros para matar esses garotos que estavam nos torturando lentamente de curiosidade.


Eu ajudo. –Gina e Luna falaram juntas, Luna só estava assim porque McLaggen mentiu que eles não estavam planejando nada importante, mas que na hora certa a gente iria saber.

– É, eu também ajudo. –Falei dando um longo suspiro. – Bom, vou desligar para ir dormir. Não esqueçam de levar suas facas, serras elétricas ou qualquer coisa que possam feri-los gravemente. –Elas riram e se despediram de mim.

Escutei música para me ajudar a adormecer, e realmente ajudou. Meu despertador pessoal me acordou seis e meia da manhã, bem mais tarde do que o costume, mas eu estava realmente com preguiça. Tomei um banho rápido e coloquei uma roupa confortável, moletom e calça skinny, não estava realmente muito frio esta manhã. Calcei meu Chuck Taylor e comi algumas torradas quentinhas que a Dona Carmelita havia feito.

Quando finalmente a buzina do Rony soou, respirei fundo para não sair de casa e torturá-lo até que me dissesse o que ele estava aprontando com os outros. Apenas me despedi da Dona Carmelita e da minha irmã, quando entrei no carro Rony sorriu.


– Bom dia, Hermione.

– Bom dia. –Respondi secamente, ele estava com um olhar travesso, como se já suspeitasse que eu estava me corroendo de curiosidade. O caminho foi silencioso, apenas o rádio tocava uma música tão lenta que parecia fúnebre, ótima música para o momento.


Quando finalmente chegamos pude descontar minha vontade de socar a cara de cada menino até amassá-las com as minhas amigas. Dessa vez os meninos ficaram de segredos para cima da professora Rolanda, foi só eles se distanciarem que nós corremos para pelo menos pegar uma dica com ela, sem sucesso. Eles diziam para cada pessoa que sabia do segredo para não falarem nada para a gente, era hoje que eles morriam.


As cinco aulas da manhã se passaram calmamente, só a rainha das piranhas e suas “piranhetes” que quiseram se folgar para cima da gente dizendo que não seriamos nada no grupo das cheerleaders, e que nós nem merecíamos o uniforme dos “Vikings”. Sorte delas que a professora chata de biologia, Dolores Umbridge chegou antes que eu e minhas amigas pudéssemos bater com a cabeça delas contra as carteiras.


– Hey Luna, como foi o encontro com o McLaggen? –Eu estava sentada atrás de Luna e isso facilitava nossa conversa na aula da professora mais irritante da face na terra.

– Vou escrever em um bilhete. –Minutos depois um papel chegou na minha mão, estava escrito:


Perfeito. Ele é um doce e engraçado, fez eu me sentir muito especial. Até nos beijamos uma hora, rolou bastante química. S2

Comecei a rir baixinho do “s2” no final do bilhete.


– Que ótimo, Luna. Tomara que vocês dêem certo, ficam lindos juntos. –Sussurrei e passei o papelzinho para Cho que após ler fez uma cara apaixonada e sussurrou ‘Estou feliz por você’ Depois que a aula chata de biologia acabou podemos tirar alguns minutinhos para comemorar o grande passo que a Luninha deu.


No almoço os meninos estavam distantes da gente, igual os dias anteriores. Eu estava puta da vida e já estava a ponto de fazer um escândalo no refeitório. Quando finalmente a aula de educação física chegou, os quatro pestinhas sumiram.


– É sério, cadê meu namorado? –Cho olhava de um lado para o outro no ginásio. Gina estava com as mãos na cintura bufando furiosa à cada 5 segundos.

– Meninas, sentem-se nas arquibancadas. –A professora Rolanda chegou falando em um tom de comando.

– Mas cadê os meninos? –Perguntei.

– Daqui a pouquinho eles chegam, vão sentar. –Suspirei e minhas amigas e eu obedecemos a vontade da professora.

Alguns minutinhos depois uma música de fundo começou a tocar e os quatro entraram, Rony carregava um violão. Todos na arquibancada se olhavam sem entender nada.

De repente eles começaram a cantar What Makes You Beautiful, do grupo One Direction.


(Tradução da música: http://letras.terra.com.br/one-direction/1947050/traducao.html)

“If only you saw what I can see, you'll understand why I want you so desperately
Right now I'm looking at you and I can't believe
You don't know, oh, oh. You don't know you're beautiful.”

Eu fiquei sussurrando a música enquanto os quatro meninos cantavam tão lindamente que pareciam ter ensaiado... ESPERA AI, eles realmente ensaiaram! Era isso que até os professores esconderam da gente o tempo todo!

Pude escutar a rainha das piranhas suspirando apaixonadamente atrás de mim, deveria pensar que a música era para ela. Nem eu tinha certeza para quem era a música.

Houve uma parte em que os meninos pararam de cantar e apenas Rony continuou tocando o violão, fazendo som de fundo. Percebi que nessa hora eles iriam falar alguma coisa, e foi Cedrico que começou.

– Cho Chang, queria dizer muitas coisas mais no momento as palavras estão escassas, só quero te dizer que você é meu tudo, é o meu único e eterno amor. Obrigado por esses três lindos anos de namoro, por fazer cada dia que passo com você, um momento único e perfeito. Eu te amo muito e para sempre, minha japinha linda. –Escutei Cho soluçar ao meu lado, ri baixinho e a abracei.

– Eu vou matar meu namorado quando isso acabar, mas de beijos. –Gargalhei e fiquei aguardando a vez de Harry falar.

– Gina Weasley, possam existir mil obstáculos, mas nada impedirá que, meu amor por ti morra. Atravessarei até os maiores mares, mas não existirá água suficiente que afogue o amor que sinto por você. Acredite quando eu disse que te amo hoje e sempre, minha ruivinha. –Harry abriu um sorriso de orelha em orelha quando viu que Gina estava quase pirando do meu lado de tanta felicidade.

Agora era a vez de McLaggen.

– Luna, é quase impossível estar ao seu lado, e não querer pegar sua mão, e apertá-la entre as minhas. Você foi um pequeno anjo que caiu do céu para me deixar feito um bobo apaixonado. E a prova disso é que cá estou eu, na frente da sala toda me declarando à você. –McLaggen deu uma risada tímida e nós gargalhamos. – Não pediria isso se eu não tivesse certeza do que quero. Luna Lovegood, namora comigo?

Olhei para o lado e Luna soluçava sem parar, balançando a cabeça freneticamente em sinal de “sim”. Todos riram novamente do seu jeitinho fofo.

Meu riso cessou quando percebi que agora seria a vez de Rony falar.

– Hermione... -Senti meu sangue congelar nas veias e meu coração acelerou de antecipação. – Fui idiota com você tantas vezes, e a razão dessas babaquices que eu fiz foi porque eu estava me apaixonando por você e negava por dentro. Para mim, você merecia alguém melhor do que eu.

Mas vários conselhos depois eu posso dizer que você é a página mais linda que o destino escreveu na minha vida. Eu preciso de você, porque cada batida que meu coração dá é por causa de ti. Você é a única menina que faz meu coração acelerar quando está por perto, faz meu corpo estremecer quando sua pele toca a minha...

Hermione Jean Granger, depois de tantas burradas, você me perdoa e se torna oficialmente minha namorada? –Ok, se eu abrir minha boca agora para dizer algo vou ter uma crise de choro.


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Notas finais do capítulo

~le suspense pela resposta da Mione~ HAHAHAHAHAH
Gente, quero ser a Sophia para ser lambida desse jeito pelo Ron *----* KKKKKKKK
E essa Mione enfrentando a Lilá, que cena épica! Estou vendo queessas amigas estão influenciando ela, mas vai saber se isso é bom ou ruim? HAHAHAHAHA
e ai? O que vocês acham? A Mione aceita ou não, hein?
até o próximo, beeeeijos :*



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