A nova expressão no rosto de Kumi que mudara drasticamente, de um sorriso gentil se transformou num sorriso sádico sedento por vingança. Sua mudança repentina me provocou calafrios, me fazendo arregalar os olhos e recuar um pouco para trás cambaleando.

– Kumi... E-esta tudo bem? Eu... –Gaguejei, recuando para trás conforme Kumi insistia em se aproximar com o sorriso alargando cada vez mais.

– Não se lembra de mim... Amu? –Sua voz fina, agora grossa rouca um tanto distorcida me provocou medo. Continuei recuando... – Vamos ver se te recordas disto...

Com um rápido movimento quase que imperceptível por mim que estava paralisada, Kumi levou suas mãos aos botões da camisa desabotoando um por um, arrancando seus cabelos que na verdade era uma peruca... Não pude acreditar na imagem a minha frente.

– Tadase! –Gritei recuando cada vez mais para trás até bate com a parede, amaldiçoei deus e o mundo nesse momento só queria fugir correr só isso...

– Ora ora, quanto tempo não é amu-chan? –Ele foi se aproximando, apenas fechei os olhos esperando o pior... –O que acha de matarmos a saudade?

Suas mãos furam desabotoando minha camiseta. Eu continuei paralisada em estado de choque, não consegui dizer nada. Palavra alguma saia da minha boca nesse momento. Quando finalmente abri os olhos pude sair do estado paralítico e notar a situação que me encontrava que não era nem um pouco agradável... Estava apenas de sutiã e calsinha e Tadase apenas de calsa sobre mim. Gritei, me esperneei chorei em desespero.

– Nãaaaaao! –Berrava.

– Não adianta princesa, ninguém vai te escutar... Você será só minha, e de mais ninguém...

Suas mãos exploravam cada conto do meu corpo, eu nunca desejei tanto na vida que algo fosse apenas um pesadelo como agora, algo traumatizante um pesadelo sem escapatória onde não havia ninguém para te salvar enquanto dava gritos agonizantes... E Tadase apenas ria, com um sorriso admirando o cena horrível... Parecia gostar desse tipo de situação. Ele realmente era o vilão dessa história que deixara de ser um conto de fadas.

...

Quando finalmente a tortura física acabou (física não psicológica), estava jogada ao chão com o corpo esparramado jogado contra a parede, roupas amarrotadas cabelos bagunçados e olhos vermelhos, vermelhos de tanto chorar, juro que nunca gritei tanto na vida como hoje, tanto que acho que nunca mais vou poder gritar.

– O que achou... Da sua primeira vez? –Tadase falou com uma foz sexy fazendo charme sobre mim, aproximando-se mais uma vez...

–... –Não respondi, ele pareceu não gostar do meu silencio.

– Ótimo... –Sorrio malicioso. –Assim é melhor!

Se aproximo novamente tomando conta de meus lábios pedindo passagem para a língua...

Ao menos deu tempo de dar um último grito.

...

Ikuto Pov

Fiquei preocupado com Amu, eu não tinha confiança sobre essa Kim Kumiko, ela me era suspeita, por isso esperei na entrada até que Amu saísse. Já havia se passado muito tempo, estranhei Amu não era de demorar nos estudos. Então parti para procura-la pelos corredores da escola. Escutei ao longe um grito familiar, corri em direção a sala de onde via o grito. A porta estava trancada o que me fizera arromba-la sem hesitação.

Senti ódio percorrer a espinha com a visão que tive ao entrar na sala. Amu estava jogada ao chão com as costas apoiadas na parede, as roupas amarrotadas, cabelos bagunçados e olhos vermelhos ainda marejados. Senti ódio do provocador de tal situação a pessoa que mais amo no mundo. Corri até Amu a abraçando com força, ela correspondeu me abraçando com mais força, senti seu corpo tremulo ela chorava cada vez mais.

– Amu o que ouve... –Ela afagou sua cabeça no meu corpo chorado mais.

– I-ikuto... –Ela falava com dificuldade entre soluços sua voz era abafada...- Ele... Ele volto...

O ódio que senti ao entrar na sala não se comparava com o que sentia agora, a vontade de estrangular e matar cada pedacinho do maldito kid gay foi maior do que nunca.

– Está tudo bem... Eu estou aqui com você. –Ela afagou mais seu rosto no meu corpo.

– I-ikuto... Você jura? –Falou um tanto tremula com a voz abafada.

– Juro... –A abracei com mais forças secando suas lagrimas que insistiam em cair. –Eu te amo!

...