Im Sorry escrita por helloimrs


Capítulo 5
Capítulo 5




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Enquanto eu subia, reparei na minha roupa. Eu estava usando um salto alto muito bonito, era como se fosse um sapato de boneca em um rosado claro, mas em formato de um salto alto. O vestido era branco tomara-que-caia, a barra não era reta e havia um cinto preto em volta de minha cintura.

Meu cabelo estava bem diferente. Como ele é comprido, estava todo encaracolado, minha franja jogada de lado, a parte de cima estava lisa e começava a enrolar abaixo da orelha. Estava lindo pelo que pude sentir. Só não pude ver meu rosto.

Continuei subindo e, quando cheguei, vi uma trilha no chão. Eram velas vermelhas em formato de tulipa. Yoseob estava no final dessa trilha. Ele estava com um terno preto e o cabelo arrepiado para cima do jeito que sempre gostei.

Andei até ele e ele se virou ao ouvir o som dos meus passos. A expressão em seu rosto mudou de nervoso para espanto.

— Estou tão feia assim? — perguntei.

— Sim, está muito feia — ele riu. Ele olhou em seu relógio e começou a contar.

— O que está fazendo?

— Parabéns — ele disse e me mostrou o relógio. Já era meia noite.

— Tudo isso por causa de um aniversário? — perguntei rindo.

— Por causa do seu aniversário — respondeu ele. Ele estendeu para mim algo que estava em sua mão —. Seu presente — disse ele. Era uma tulipa vermelha de plástico, mas não era uma simples tulipa. Começava com vermelho e ia clareando até chegar ao branco. Era linda.

— Obrigada — agradeci sorrindo. Acariciei a flor som carinho. Era a primeira vez que recebi uma flor de um homem. Somente uma flor. Sempre achei esse gesto lindo, não sei bem o porquê, mas nunca fui chegada a buques e ele provavelmente leu isso em meu caderno.

— Você fica tão feliz com uma simples flor de plástico — disse ele —. Que diferente.

— Até parece que você não me conhece — disse eu mostrando a língua pra ele.

— Não vai cheirar? — perguntou ele.

— Uma flor de plástico? — perguntei e ele afirmou com a cabeça. Franzi o cenho para isso, mas fiz o que ele disse.

A flor tinha o cheiro do perfume dele. Isso me fez sorrir e, ao eu me afastar, vi um pequeno brilho no fundo.

Yoseob se aproximou de mim e tirou algo de dentro. Era um anel em uma fina corrente. Eu olhei para ele assustada, mas ele mantinha a expressão séria.

— Não sei como você vai reagir, mas eu tenho que tentar pelo menos — disse ele —. Kang Hye In, você quer ser minha namorada?

— O que? — perguntei assustada.

— Eu gosto de você. Desde quando? Nem eu sei. Talvez desde a primeira vez em que nos vimos, talvez com o passar do tempo, talvez por causa de nossa forte amizade. Eu realmente gosto de você.

— Yoseob, eu...

— Não vou te obrigar a nada — disse ele —. Nem sei o que você sente.

— Eu...

— Desculpe, eu não devia ter falado isso. Acho que me precipitei demais. Devia ter esperado mais.

— Mas...

— Você deve estar me achando um bobo agora e...

— Dá pra parar de me interromper? — Quase gritei pra ele me ouvir.

— Desculpe. Eu...

Interrompi-o novamente dando um beijo em sua bochecha.

— Obrigada pelo presente — agradeci —. Eu gostei muito.

— Mas...? — ele deixou a pergunta subentendida.

— Não tem mais — respondi —. Eu gosto de você também. Talvez antes do que você de mim — disse sem jeito.

Ele sorriu e se aproximou de mim. Colocou a corrente em mim e me abraçou.

Havia sonhado com esse momento há muito tempo. Poder abraçá-lo assim. Sentir-me segura em seus braços.

Continuamos assim por um tempo até ele se afastar e tirar de dentro da camisa dele uma corrente com um anel idêntico ao meu, a única diferença era a largura. Nem a largura fazia tanta diferença. Yoseob tinha mania de me chamar de “mão-de-bebê”, já que minha mão era pequena e gordinha.

— Se você não for carinhoso comigo, terminarei com você — disse eu rindo.

— O mesmo vale para você, baixinha — rebateu ele apertando a ponta de meu nariz —. Temos que ir agora. Temos um jantar, lembra?

— Sim. Vamos.

Fomos andando um ao lado do outro até o carro e ele mais uma vez abriu a porta pra mim. Fomos até minha casa e entramos para poder guardar as roupas que eu havia trocado. Deixei-as em meu quarto rapidamente e, quando voltei para sala, Yoseob estava olhando para minha sala de dança.

— Quando você vai deixar a gente entrar ali? — perguntou ele. Eu ri.

— Venha aqui — chamei enquanto abria a porta —. Vou te mostrar agora.

Puxei-o pela mão e ele veio atrás de mim e entrelaçou seus dedos nos meus. Olhei para ele e estava com uma expressão de espanto e, ao mesmo tempo, maravilhado no rosto.

— Você que fez isso? — perguntou ele.

— Sim — respondi —. A sala de vocês vai ser como essa, mas bem maior e com mais coisas inclusas.

— Aqui é lindo — disse ele —. Kikwang iria adorar isso, todos iriam amar essa sala.

— A de vocês será melhor, eu garanto — disse eu.

— Como pode ser melhor que essa?

— Ela será maior. A caixa de som maior também. Projetei a sala de vocês como uma perfeita para uma sala de dança.

— E essa não é perfeita? — perguntou ele — Essa sala é linda, baixinha. Mas eu quero ver você dançar — disse ele sorrindo.

— Agora não.

— Por favor — implorou ele fazendo uma expressão que era difícil dizer não.

— Só dessa vez — cedi rindo —, mas se você achar péssimo, algo que já é previsto, não me culpe. Não estou com a roupa adequada também.

— Pode deixar. Não te culparei — ele sorriu.

Coloquei uma música com que criei uma coreografia e comecei um pouco relutante, mas, como sempre, consegui me soltar ao longo da música. Era bom estar dançando, mesmo com aquela roupa. Era reconfortante estar fazendo algo que eu amava. Conseguia sentir cada batida da música em toda parte de meu corpo, era como se eu me ligasse à música de todas as formas possíveis enquanto dançava e isso era a sensação que eu mais amava.

Quando a música acabou, olhei para Yoseob que estava com uma cara de espanto em seu rosto.

— Eu disse que não pode me culpar — disse eu.

— Você dança muito bem — disse ele espantado —. Por que não seguiu esse caminho?

— No meu país, música é pouco valorizada. Eu não teria chance — respondi —. Queria muito ter seguido esse caminho, mas estou feliz agora. Trabalho com algo que gosto e tenho algo que amo como hobbie. Se eu tivesse escolhido outro caminho, será que eu teria me encontrado com vocês?

— Nós teríamos nos encontrado de qualquer jeito — disse ele —. Se isso aconteceu, era pra ter acontecido, não importa o tempo, mas estávamos destinados a nos conhecer. Eu acredito nisso.

Eu não sabia o que responder, então só sorri para ele.

— Vamos — disse ele —. Os outros já devem estar nos esperando.


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