Im Sorry escrita por helloimrs


Capítulo 4
Capítulo 4




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Estávamos em uma sexta-feira de setembro. Sábado é meu aniversário de vinte e quatro anos. Eu não queria que ninguém soubesse, mas os meninos tinham visto meu calendário e estavam sabendo. Hoje temos um jantar na cozinha deles que já foi reformada, mas Yoseob disse que vai me levar para um lugar antes de irmos para sua casa.

Voltei da empresa de arquitetura, tomei um banho e me troquei. Quando acabei de ficar pronta, ouvi uma buzina do lado de fora. Era Yoseob.

— Kang Hye In, você vai sair comigo desse jeito mesmo? — perguntou ele quando entrei no carro.

— Se quiser, vá sozinho — retruquei enquanto saia do carro.

— Não, sua boba — disse ele puxando-me de volta —. Normalmente, uma garota normal não vestiria calça jeans e blusa moletom com tênis para sair com um cara.

— Tenho que ficar no nível da pessoa com quem estou. Você não é tão bonito, então eu não preciso me produzir toda — eu ri.

— Olha quem fala, está folgando demais hoje, baixinha — ele retrucou enquanto ligava o carro.

— Ainda me chamando de baixinha? — perguntei — Você não pode falar nada porque não é um dos mais altos do B2ST.

— Mas você é menor que muitas garotas — disse ele —. Até a IU é maior que você.

— Ta bom, Yoseob, ta bom — ele me mostrou a língua e nós rimos.

Ele me levou de carro até um parque de diversão. Eu não entendia o que ele queria com aquilo. Qualquer pessoa poderia reconhecê-lo.

Como se tivesse ouvi meus pensamentos, ele colocou a máscara e os óculos escuros.

— Vamos — disse ele sorrindo —. Ah, espere um pouco aqui.

Ele saiu do carro, o contornou e abriu a porta para mim.

— Você não precisa fazer isso — disse eu.

— Você nunca deixa a gente fazer isso, então tive que inventar alguma coisa — ele sorriu.

Fomos andando até a bilheteria, Yoseob comprou os bilhetes e nós entramos. Fomos até a roda gigante.

— Era aqui que você queria me trazer? — perguntei. Ele apenas sorriu.

Entramos na roda gigante e ele apenas ficou em silêncio, olhando para fora.

— O que houve? — perguntei eu — Você parece estranho.

— Baixinha — começou ele —, o que você faria se estivesse sentindo algo estranho? Algo que você nunca sentiu antes?

— Como assim? Não estou entendendo.

— Um sentimento a mais. Um sentimento por alguém muito próximo. Um sentimento muito forte — disse ele.

— Mas esse sentimento é correspondido? — perguntei.

— Eu não sei.

— Eu acho que...

— Você gosta, não gosta? — perguntou ele.

— Do que? — perguntei assustada.

— De rodas gigantes. Você gosta de ir com alguém especial, não é?

— Como você...?

— Sua flor favorita são tulipas vermelhas. Você não gosta de clichês, mas é apaixonada pelos clichês mais bonitos e menos comuns. Você quer ter uma relação com alguém que você ame de verdade e seja muito próximo a você. Você tem um orgulho forte e tem medo de errar com as pessoas e elas te deixarem mesmo depois de uma vida inteira de convivência, por isso você não se aproxima muito das pessoas. Você, na verdade, tem medo do amor, tem medo do sentimento de abandono e exclusão.

— Yoseob...

— Seus cadernos estavam comigo aquela vez. Desculpe — disse ele.

— Você leu tudo? — eu quase gritei.

— Desculpe. Não foi minha intenção. Desculpe, por favor. Faço qualquer coisa para te recompensar — disse ele desesperado.

— Queime seu cérebro e esqueça tudo o que leu — disse eu.

— Não fique brava, por favor — pediu ele.

— Você é um idiota — levantei a mão para dar um soco no braço dele, mas ele pegou minha mão antes.

Ele se aproximou de mim e eu ia me afastando com o coração acelerado. Ele encostou sua cabeça ao lado da minha e sussurrou em meu ouvido.

— Desculpe.

— Sai daqui — disse eu empurrando-o. Ele riu.

— Vamos. Já completamos a volta.

Saímos da roda gigante e fomos em direção ao carro. Ele abriu a porta para mim, mesmo eu reclamando, e fomos para um cabeleireiro.

— O que estamos fazendo aqui? — perguntei.

— Daqui a pouco é seu aniversário — disse ele —. Você precisa estar bonita.

— Mas...

— Nada de “mas” — ele me interrompeu —. É um presente nosso.

Entramos no cabeleireiro. Estava vazio, mesmo sendo sexta-feira.

— Noona, é ela — disse Yoseob para uma mulher.

— Ela é bonita — disse ela e sorriu para mim —. Venha comigo.

Não estava entendendo, mas Yoseob confirmou com a cabeça e fui atrás dela.

Ela me colocou sentada em uma cadeira e tapou meus olhos com um lenço.

— Você não poderá ver nada até terminarmos, então, por favor, não tente ver foi um pedido do Yoseob — disse a mulher.

Senti várias mãos em meu cabelo por um tempo e, quando pareciam ter terminado, tiraram a vendo de meu rosto, mas não havia nada que mostrasse meu reflexo. Fomos caminhando até uma sala e, antes de entrar, meus olhos foram tapados novamente.

— O que você está fazendo? — perguntei quando a mulher começou a tirar minha roupa.

— Trocando sua roupa. Você não pode ver — respondeu ela —. Fique tranquila, não há nenhum homem aqui.

Quando ela terminou, pude sentir um vestido em mim. Parecia leve em meu corpo, como se voasse facilmente ao mais leve vento. Era comprido até o joelho e isso me fez sentir mais segura.

— Agora, a maquiagem — disse a mulher —. Promete que não vai abrir os olhos? — pediu ela.

— Prometo — eu ri.

Ela tirou o lenço dos meus olhos e eu os mantive fechados. Então ela começou a fazer um monte de coisa em meu rosto até ter finalmente ficado pronto.

— Pode abrir os olhos — disse ela. Fiz o que disse, mas não havia nada refletor na minha frente.

— Eu ainda não posso ver? — perguntei.

— Ainda não — respondeu ela —. Agora você vai subir por aquela escada e ver o que te espera. Depois você poderá ver — ela sorriu e me conduziu a escada. Eu subi devagar até chegar ao topo.


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