A Minha Vida Em Mystic Falls - Season 2 escrita por AnaTheresaC
Capítulo 33
POV Demi Gilbert
Entrei no quarto da minha tia e vi que tudo se mantinha igual, como se ela não tivesse morrido. Controlei as lágrimas para não caírem e fechei a porta do quarto.
-Ficará mais fácil – afirmou Damon, aparecendo no corredor, com Buddy atrás dele. – Mas já sabes disso.
-O que queres? – perguntei num murmúrio.
-Pedir desculpas.
-Damon…
-Por favor, Demi. Alimentar-te do meu sangue foi errado.
Acenei com a cabeça.
-Sim, foi.
-E sei que não mereço o teu perdão, mas… preciso dele.
-E eu preciso de algum tempo. Talvez muito tempo – afirmei.
-Claro. Tira o tempo que precisares – disse ele e saiu de casa, deixando-me sozinha com Buddy.
POV Stefan Salvatore
Atirei-me para cima de Damon, que estava na janela principal da sala sem o seu anel, tentando matar-se. Caímos os dois no chão.
-Sai de cima de mim – disse ele e eu levantei-o e encostei-o contra uma parede.
-Não vais fazer isso.
-Acabei de fazer – falou o meu irmão e andei com ele até à parede do corredor que dava para a cave. – Sabes o que aconteceu com a Rose, Stefan.
-Não me importa – afirmei e com a nossa velocidade vampírica desci as escadas e atirei-para o chão de uma das divisões da cave. Fechei a porta e tranquei-a. – Não vais morrer hoje.
-Qual é o plano super-homem? – perguntou ele, com o seu tom sarcástico.
-Irei encontrar uma solução para isto.
-Boa sorte com isso – desejou ele.
- Bonnie está há procura. Qualquer coisa.
-Sempre o herói, Stefan. Apenas diz-me adeus e acaba com isto – ele tossiu sangue para o chão.
-Fica quieto e poupa a tua força – falei.
POV Klaus Mikaelson
-Primeiro de tudo, preciso de falar com Demi. Sabes onde ela vive, presumo – falei para o meu irmão, enquanto ele conduzia pelas ruas de Mystic Falls.
-Sim, sei – ele ficou tenso. – Ela é uma ninfa.
-Eu sei – afirmei. – A tia dela pediu-me para lhe entregar uma coisa.
Tirei do bolso do casaco a carta.
-O que é isso?
-Uma carta – Elijah olhou para mim sério. – Não sei, não cheguei a abri-la.
-O que vais fazer com ela, irmão? Com a Demi, não com a carta.
Sorri.
-Isso já é um assunto que só a mim me diz respeito, irmão.
-Desde quando escondemos segredos um do outro?
Observei-o atentamente.
-Tu tens sentimentos por ela!
Ele cerrou os dentes.
-Um erro comum, segundo me disseram.
Gargalhei.
-Claro! O poder das ninfas! Mas pelo que sei, ela ainda não é uma ninfa completa.
-Por causa da proximidade dela com os Salvatore, aconteceram-lhe várias coisas. Ela já foi mordida pela serpente.
Fiquei atento.
-Isso eu não sabia. Mas aquele ser maravilhoso acabou de se tornar muito mais interessante.
Elijah parou o carro.
-É aqui.
Coloquei a mão no manípulo da porta, mas Elijah parou-me com a sua interrogação:
-Vais torná-la tua, não vais?
Fitei-o e sorri, deixando o suspense no ar.
-Isso, irmão, só a mim me diz respeito – abri a porta, mas decidi dar mais algumas pistas. – Imagina: uma ninfa abençoada pela serpente e um híbrido. Não seria uma magia poderosa?
-Tem cuidado – aconselhou ele. – Sabes que brincar com as ninfas é como brincar com o fogo.
Acenei com a cabeça.
-Eu sei bem que sim.
Ah, Lilianne. Prometeu-me ajudar a encontrar Katerina, mas afinal estava a levar-me para uma cilada. Felizmente, Elijah percebeu tudo primeiro e consegui fugir a tempo, caso contrário, já estaria morto na altura.
Subimos para o alpendre e ele tocou à campainha.
-Já vou! – exclamou uma pessoa de dentro da casa. O seu som musical deixou-me intrigado, e assim que abriu a porta, mais intrigado fiquei. – Elijah. Klaus.
-Olá de novo, Demi – falou Elijah, sorrindo sonhador para ela. Não o criticava, ela era realmente muito bonita e a cópia perfeita de Lilianne, á exceção do cabelo que era castanho em vez de vermelho. – Apresento-te o meu irmão, Klaus.
Ela desviou o seu olhar para mim e abriu a boca de espanto.
-Acho que já tivemos ocasião para nos conhecermos.
-Oh, por favor, não chamemos ao ritual uma “ocasião” – fingi-me ofendido. – Posso entrar?
-Não sou estúpida – afirmou ela, saindo de casa e fechando a porta atrás de si. – O que querem daqui?
-Tão direta! – exclamei, não conseguindo evitar em não sorrir.
-Sim, tu também foste quando não hesitaste em matar Elena, Jenna e a minha tia.
-Por falar nisso, aqui está – tirei do bolso a carta. – Ela pediu-me para ta entregar. Entre outras promessas.
O seu lábio inferior tremeu e aceitou a carta. Passou por mim e foi sentar-se no baloiço que havia no alpendre.
POV Demi Gilbert
Abri a carta, tentando não chorar.
Demi,
Lamento ter-te deixado sozinha. Era um mal necessário, jamais coloquei a opção de te tornares vampira.
Klaus entregou-te esta carta por um motivo muito simples: ele passará a ser o teu Protetor. Não lhe digas nada, não agora. Primeiro quero que vás até ao meu quarto e abras o quadrado do lado esquerdo da lareira. Klaus irá ser muito útil, afinal, ele anda por este Mundo há mil anos. Ele pode ajudar-te a encontrar informações sobre a tua linhagem.
Por favor, perdoa-me por não ter sido a tia que precisavas e a mãe que tanto desejavas. Sei que a minha irmã fez um trabalho maravilhoso contigo, jamais teria conseguido criar-te como ela te criou.
Quero que sejas feliz, Demi. Quero que tenhas filhos, um marido, uma casa e um emprego que te faça feliz. Quero que sigas com a tua vida, apesar de me teres perdido. Apesar de teres perdido toda a tua família num curto espaço de tempo.
Agora, quero que olhes para o futuro com um sorriso nos lábios e os olhos a brilhar como estrelas, como eu sei que fazes.
Amo-te,
Melinda
Fechei a carta e as lágrimas começaram a escorrer pelo meu rosto. Os soluços vieram logo a seguir e eu tapei o rosto com as mãos, sentindo a dor no meu coração perfurar mais fundo ainda.
-Ei, então – falou Klaus, com a sua pronúncia britânica.
O baloiço agitou-se e não duvidei que tivesse sido ele a sentar-se ao meu lado. O seu braço rodeou os meus ombros. Encostei o meu rosto no seu peito, chorando sem parar. Eu sabia que ele tinha feito coisas horríveis, mas naquele momento tudo o que eu precisava era de alguém a quem me apoiar.
Elijah puxou delicadamente a carta das minhas mãos e eu deixei-a escorregar pelos meus dedos. Passados alguns segundos, colocou a sua mão no meu antebraço, apertando-o com suavidade.
-Não estás sozinha, Demi – afirmou ele e abri os olhos, fitando o seu olhar triste e preocupado.
POV Katherine Pierce
Stefan entrou.
-Já se passaram dois dias e eu continuo aqui! Eu já deveria de me ter livrado da compulsão do Klaus, ele devia de estar morto!
-Houveram complicações.
-Complicações?! – eu estava furiosa, facto.
-Não importa, só preciso de o encontrar. Tens alguma ideia de onde… - ouvi passos a aproximarem-se da porta e empurrei Stefan contra a parede, colocando um dedo nos meus lábios como sinal para se calar.
-Klaus, voltaste – a porta abriu-se e ele e Elijah entraram. – Olha só quem veio para uma visita.
Livrei Stefan do meu aperto e fui para o centro da sala.
-Continuas sempre a aparecer, não é? – indagou Klaus.
-Preciso da tua ajuda, para o meu irmão.
-O que quer que seja vai ter que esperar. Tenho um compromisso com o meu irmão que requere a minha atenção imediata – ele foi até uma prateleira.
-Entendes a importância de família, caso contrário não estarias aqui – disse Elijah para Stefan. – O meu irmão deu-me a sua palavra em como me iria reunir com a minha família.
-E assim farei – afirmou Klaus, aparecendo à frente de Elijah e enfiando-lhe a adaga no coração.
Elijah gritou e eu arfei, assustada. Ele pegou no ombro do irmão com força, tentando lutar, mas Klaus apenas sorriu e quando Elijah dissecou todo, deixou-o cair no chão.
Encarou Stefan e prensou-o à parede.
-Agora, o que eu farei contigo?
©AnaTheresaC
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Irei postar o próximo capítulo na 4ª e o primeiro capítulo da 3ª temporada sairá no domingo, mas eu depois aviso-vos!
Só mais um capítulo!!!!!
Boa Páscoa!
XOXO