A Minha Vida Em Mystic Falls - Season 2 escrita por AnaTheresaC


Capítulo 28
Capítulo 28


Notas iniciais do capítulo

Look da Demi: http://sketchandpixel.files.wordpress.com/2011/10/panamweb.jpg



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Capítulo 28

POV Demi Gilbert

 Riley bateu à porta quando chegou. Desci as escadas mais depressa e abri-lhe a porta.

-Wow, assistente de bordo da Pan Am! – exclamou ele, rindo e dando-me um beijo na bochecha. – Linda, como sempre.

Ri, envergonhada.

-Obrigada.

Tia Melinda apareceu vinda da sala de estar.

-Divirtam-se – disse ela, sorrindo para nós.

-De certeza que sim! – exclamei e abracei-a rapidamente. – Até amanhã!

Saímos os dois de casa e entrei no carro de Riley. Guiou até á escola.

-Preparada para o encontro com Klaus? – indagou ele.

-Claro que sim – afirmei. – Ele não conseguirá chegar à Elena.

-Se ele te tocar num fio de cabelo que seja…

Coloquei a minha mão em cima da sua que estava na caixa das mudanças.

-Ele não vai. Klaus pode ter séculos de vida, mas eu tenho o poder de cem bruxas mortas. Eu e Bonnie, juntas somos uma só.

Riley enrugou a testa.

-Ainda não percebi bem essa coisa dos poderes partilhados.

-É simples. Se só uma de nós ficasse com os poderes, as hipóteses de morrer seriam enormes. Como elas dividiram o poder por nós as duas, essas hipóteses diminuíram drasticamente.

-Mas mesmo assim é possível.

-Claro que sim. Mas não precisas de ficar alarmado, Riley – afaguei a sua mão. – Eu e Bonnie somos responsáveis.

-E quanto desse poder é necessário para acabar com um Original?

-Todo – respondi simplesmente.

-Todo? – gritou ele, olhando para mim.

-Riley! – gritei de seguida quando vi os faróis no cruzamento, vindos do lado de Riley.

Ele travou bruscamente e o outro carro buzinou, passando por nós a alta velocidade.

-Demi, não podes usar todo esse poder! – exclamou ele, ainda com o carro parado. Ainda bem que não havia muitos carros na rua.

-Sim, posso! Tanto posso que vou, Riley!

-Vocês as duas podem morrer!

-Isso não é certo! – falei no mesmo tom que ele, exasperada. – Agora anda com o carro! Quero chegar à festa a horas!

Cerrou os dentes e continuou a guiar até à escola, mas eu sentia a aura dele irradiar chamas de raiva e frustração.

POV Elena Gilbert

-Oi, pessoal – cumprimentei quando cheguei à entrada da festa. Bonnie, Jeremy, Demi, Riley e Damon já lá estavam. – Vocês estão ótimas.

-Olá, Elena – disse Demi e abraçámo-nos com força. De seguida abracei Bonnie.

-Tu também – murmurou Bonnie.

-Estão prontas? – interrogou Stefan e todos acenámos com a cabeça. Riley simplesmente cruzou os braços e trocou um olhar carrancudo para Demi, que lhe respondeu com o seu olhar ameaçador.

Entrámos na festa e Dana tinha acabado de chegar perto do microfone, interrompendo a música.

-Boa noite a todos! Temos uma mensagem especial esta noite. Esta é para Elena. De Klaus – disse ela e eu arregalei os olhos.

This is dedicated

To my love

-O quê? – Demi estava incrédula. – Isto é ridículo!

-Foi um golpe baixo. Ele está a tentar assustar-nos – concordou Damon.

-Conheço todos daqui – falei, nervosa, olhando em redor, tentando ver alguém que não conhecia.

-Talvez ele não esteja aqui, só quer fazer-nos acreditar que está aqui – comentou Riley.

-É uma festa, pessoas. Espalhem-se! – exclamou Damon.

-Boa ideia! – disse Demi e puxou-o com a mão.

-Ei, eu não estava a falar de mim!

-Que pena! – falou ela, irónica.

Eles eram mesmo parecidos. Podiam já não estar juntos, mas continuavam com o mesmo feitio e até mais parecidos um com o outro do que quando estavam juntos.

POV Damon Salvatore

Já estava a dançar com a Demi há muito tempo. Ela tinha aquelas curvas adoráveis que me faziam perder a noção do tempo e estava vestida como uma assistente de bordo da Pan Am.

-Onde está o teu acompanhante? – perguntei, lembrando-me de que o Riley existia.

-Num canto qualquer a resmungar sobre coisas que ele acha que pode mudar.

-Como o problema de tu e Bonnie poderem morrer se matarem um Original?

Ela arregalou os olhos, surpreendida.

-Onde é que ouviste isso?

-Da boca da Bonnie quando estava a falar com o Jeremy.

-Oh – murmurou ela e encostou a sua cabeça no meu ombro. – Sim, é verdade. Mas não contes a ninguém, por favor.

-O vosso segredo está seguro comigo, mas com todo esse poder não há uma forma de aumentar as vossas probabilidades?

Rodei-a e voltámos a encontrar-nos.

-Cuidado, Damon. Vou começar a pensar que te importas comigo.

-Eu importo-me contigo. Caso não te lembres, quem acabou com a relação foste tu – falei e senti o amargo sabor na boca da traição e do medo de a perder.

-Pensei que já me tivesses esquecido – ela enrugou a testa, chocada. – Começaste a namorar com aquela jornalista.

-Uma diversão, Demi. É o que vampiros fazem: distraem-se – afirmei. – Mas…

-Mas…?

Respirei fundo.

-Era só voltares para mim e eu largava-a no segundo a seguir. Sem piscar, sem pensar, sem ressentimentos.

Ela suspirou e beijou-me a face.

-Não posso. Estar contigo é o mesmo que brincar com o fogo.

-Por favor… - implorei, apertando-a contra mim, querendo sentir o seu calor mais perto.

-Isto também é por ti, Damon.

-Tu és importante para mim. Dá-me um bom motivo para não ficarmos juntos.

-Eu tenho medo de me descontrolar perto de ti. Não quero arriscar, não contigo ou com Stefan ou com Caroline.

-Mas tu dás-te com a Caroline.

-Não sinto o mesmo por Caroline que sinto por ti.

Olhei-a profundamente nos olhos e beijei-a. Ela tentou afastar-me, mas não conseguiu, então entregou-se a mim.

POV Demi Gilbert

Assim que acabámos o beijo, corri dali para fora, tentando controlar as lágrimas de tristeza.

-Demi! – exclamou Bonnie e Elena, amparando-me, vendo o meu estado deplorável.

-O que aconteceu? – perguntou Elena e eu olhei-a nos olhos, mas não conseguia proferir uma única palavra.

-Elena! – exclamou Alaric, correndo na nossa direção.

-Alaric, o que aconteceu.

-Klaus… Klaus tem o Jeremy. Venham – disse ele e começámos a segui-lo.

Entrámos num pavilhão da escola e continuámos a andar atrás dele.

-Para onde estamos a ir? – perguntou Elena.

-Só mais um pouco…

-Espera, algo não está bem – murmurei, pegando nos braços das duas e parando-as, encarando Alaric sem piscar os olhos. Uma aura negra começava a crescer à volta dele, tornando-se cada vez mais visível aos meus novos olhos.

-Onde está o Jeremy? – indagou Bonnie.

Ele parou e riu.

-Eu só tinha que me afastar daquele Baile. Os Anos 60… argh, não foram a minha década favorita – virou-se para nós, com aquele brilho malicioso que tinha visto de manhã. – De quem foi a ideia, afinal? Prefiro muito mais os Anos 20. O estilo, as festas, o jazz.

-Alaric – proferiu Elena, mas ele continuou com aquele sorrisinho de lado. – Estás a usar verbena?

Ele parou de andar lentamente na nossa direção.

-E porque me perguntarias isso, Elena?

Continuou a andar e eu coloquei-a á frente de Elena.

-Ele foi hipnotizado – disse Bonnie.

-Não. Tenta outra vez.

-O que está a acontecer? – perguntei.

-Está bem, eu dou-vos uma dica: eu não sou o Alaric – proferiu ele, lentamente.

Então Elena disse o impensável:

-Klaus.

-Surpresa! – disse ele e eu arregalei os olhos.

-Não, não é possível – murmurou a minha meia-irmã.

-Relaxa, Elena, tu não és o meu alvo hoje – virou-se para Bonnie. – Mas tu és.

Avançou para Bonnie, mas nós unimos as mãos, conectando as nossas energias. Ele foi puxado para trás, batendo contra os cacifos e caindo no chão.

-Esqueci-me de dizer que tenho um bruxo do meu lado? Terão que me bater com muita mais força do isso!

Bonnie fez um gesto e ele foi parar ao fundo do corredor, partindo a vitrina que tinha os vários prémios conseguidos da escola.

Ele gargalhou alto.

-Podem atacar-me de todas formas! Se matarem este corpo, encontrarei outro. Talvez o Jeremy – disse ele, sadicamente.

-Corram – murmurei. – Encontrem ajuda. Corram!

Gritei a última parte e ela correram. Bonnie largou a minha mão, quebrando a nossa conexão. Estava ali sozinha, com o vampiro mais diabólico de todos.

-Agora vamos aos negócios á séria, sim? – cruzei os braços por cima do peito e fui até ele, andando devagar. Ele ergueu-se e sorriu para mim, causando-me arrepios na espinha.

-Uma destemida no grupo.

-Talvez. Talvez não – continuei com o meu plano que não tinha sido planeado de todo. – Porque queres matar a Bonnie? Ela é uma bruxa.

-Que não está do meu lado – completou ele e eu acenei com a cabeça, começando a andar de um lado para o outro. Ele inclinou o rosto para o lado.

-Certo. E quanto à Elena? Porque não é ela o teu alvo hoje?

-Porque ainda não é lua cheia.

-Então é preciso a lua cheia para realizar o ritual. Retirar energia de um acontecimento celestial, presumo.

Ele acenou com a cabeça e de repente as portas abriram-se. Vi a aura de Bonnie. Era um azul com violeta forte. Engoli em seco. Ela tinha um plano.

-Lamento, Demi – murmurou ela, aproximando-se de mim e colocando a sua mão na minha testa, fazendo-me apagar.

POV Elena Gilbert

-Bonnie, não! – exclamei, vendo-a a tentar matar Klaus. As portas da cafetaria fecharam-se, impedindo-me de entrar na cafetaria.

Stefan tentou arrombar a porta, mas sem sucesso. Tentei abri-la, mas também não estava a conseguir. As luzes do outro lado faiscavam e Klaus estava no chão, a gritar de dor. Uma queda de faíscas de lâmpadas que tinham explodido estavam por todo o lado e Bonnie olhou para mim, com fios de sangue escorrer do seu nariz, indicando que ela estava a gastar todas as suas energias. Parei de me debater contra a porta, fitando-a, triste. As luzes continuavam a explodir e a lançar feixes de luz por todo o lado.

Então numa convulsão horrível, aquele foi o último gesto que o seu corpo fez, caindo inerte no chão.

-Nãaaaaaao! – gritei e as portas abriram-se. Corri até ao seu corpo e tomei-lhe o pulso, mas não havia qualquer sensação naquele lugar.

-Bonnie, Bonnie, Bonnie. Stefan, não lhe encontro o pulso. Stefan faz alguma coisa! Por favor! Stefan por favor, dá-lhe sangue, faz alguma coisa, por favor! – gritei, desesperada.

Olhei para Bonnie, que tinha os olhos abertos, sem vida.

Stefan olhou para mim.

-É tarde demais. Desculpa – murmurou ele.

-Não, não, não, não. Por favor, não, não, não. Não! Bonnie! Por favor, Bonnie não!

-Stefan, tira Elena daqui – falou Damon aparecendo na sala. – Eu lido com o corpo.

-Como assim “lidas com o corpo”? – gritei para ele e as lágrimas toldavam-me a visão.

-A Xerife não pode saber disto. A última coisa que precisamos é de mais uma morte misteriosa – disse ele, frio e sem emoção no rosto, aproximando-se de nós.

-É a Bonnie! – gritei, chocada e soluçando, sem conseguir parar.

-Leva-a para casa. Agora. Para eu limpar isto – falou ele, num tom mais baixo para Stefan.

-Ei, ei – disse Stefan e pegou em mim. Não tive forças para resistir.

-OMG, Jeremy. E quanto ao Jeremy?

-Eu encontro-o – disse Damon.

-Não! – gritei, olhando uma última vez para Bonnie, voltando a soluçar sem parar.

POV Damon Salvatore

Entrei em casa e Elena veio logo ter comigo.

-O que fizeste com ela?

-Por favor, acalma-a – pedi a Stefan.

-Não falem como se eu não estivesse mesmo aqui à vossa frente.

Fitei-a, sério.

-Por favor, acalma-te.

-Tu sabias, não sabias? Sabias que se ela usasse todo aquele poder ela podia morrer, não sabias?

-Sim, sabia.

-Aaaah! – gritou ela e senti o estalo da sua mão pesada no meu rosto.

Voltei o rosto para a fitar outra vez.

-Precisas de me ouvir, e preparar-te para o que estou prestes a dizer. Bonnie tinha que morrer. Klaus a usar o corpo de Alaric foi uma surpresa total, ela não estava preparada para isso! E ele não ia parar, e nós não o conseguiríamos parar até ele saber que ela estava morta. Ele tinha que acreditar! Ela usou um feitiço. Bonnie está bem – concluí.

Elena passou da reação de dor para a de pura felicidade e eu saí da sala. Precisa de saber que Demi estava bem.

POV Demi Gilbert

Saí da casa de banho e recuei logo de seguida, deparando-me com Damon sentado na beira da minha cama.

-Só queria saber se estavas bem – disse ele, colocando as mãos no ar, como rendição.

Sorri e fui até ele.

-Obrigada. Aos dois. Sei que não me podes dizer onde está a Bonnie, mas espero que esteja bem – admiti.

-Ela está – confirmou ele e levantou-se, beijando-me a testa. – Dorme bem, Demi. Precisos de ti carregada e pronta a disparar, porque Klaus voltará a atacar em breve.

Acenei com cabeça.

-Obrigada.

Virou-me as costas, para sair pela janela, mas parou e virou-se para mim.

-Por mais que queiras admitir que não podemos ficar juntos, não acredito nisso. E se algum dia ficar entre ti e as tuas amigas, ficarei feliz por elas morrerem – inclinei a cabeça para o lado, repreendendo-o com o olhar. – Eu ainda te amo, Demi. Sempre. Te. Escolherei.

Suspirei e dei-lhe um beijo na face.

-Boa noite, Damon.

-Boa noite, Demi – disse ele e desapareceu pela janela.

©AnaTheresaC


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Notas finais do capítulo

A conexão e partilha dos poderes de Demi e Bonnie ficou esclarecido? Se não ficou digam-me, por favor.
O que acharam do capítulo? Foram oito páginas de Word!
Sim, Demi começou a ver auras. O que eu acho maravilhoso! *obrigada génio da imaginação por me teres dado uma ideia tão boa!*
NOVA FANFIC - Infinitamente Proibido: http://fanfiction.com.br/historia/338963/Infinitamente_Proibido/ageconsent_ok
XOXO



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