Swords escrita por PunkFreak


Capítulo 5
5 - Mistérios (parte 2)




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Cho pov's

Que raiva, QUE RAIVA, QUE RAIVA! Como eu pude ser tão baka ao ponto de deixar que ele me beijasse? Afinal esse é o único geito de controlar uma espada, não sei como pude ser tão idiota ao ponto de deixar...

De qualquer modo tenho mais com que me preocupar do que com o facto de eu estar totalmente submissa a uma certa pessoa, tinha agora uma importante missão a cumprir. Tinha que trazer até Hiroshi uma nova pessoa, que é nada mais nada menos que alguém que ocupa um posto de extrema importância na minha vida.

Eu conheço o meu dono, ele é extremamente materialista. Quando eu apareci no castelo dele, há onze anos antrás, ele ficou tão feliz que acabou me contagiando com essa sua alegria momentânea. Nessa altura eu ainda não sabia nada sobre o que eu verdadeiramente era, nem sequer sabia que ele passaría a ser o meu dono a partir do momento em que eu me afeiçoasse a ele. Só agora compreendo o porquê de ele ser tão doce comigo, ele apenas queria meu poder como espada.

Mas eu nunca fui tão poderosa assim para suprimir as necessidades do meu mestre. Eu sou apenas uma espada do ar, o que eu posso fazer? Secar a roupa com meu super vento? Já devia ter reparado que não era assim tão valiosa como pensava, não consigo sequer proteger Hiroshi mesmo sendo uma espada. Tive o azar de ser a única espada sem poderes, sem possibilidades de salvar seu protegido do perigo.

Portanto agora tinha sido enviada para trazer outra pessoa até aqui. Essa pessoa não é uma espada, mas vai servir como um novo brinquedinho para Hiroshi-sama. Não pense que é um trabalho fácil trazê-la até aqui, mas mesmo que eu não tenha poderes, eu sou mais forte e resistente que uma pessoa normal.

– Já está pronta para a partida, ojou-sama? - alguém me bateu à porta enquanto falava. Eu tinha sempre o hábito de me distrair com meus próprios pensamentos, assim que tinha que vir sempre alguém me chamar para eu sair do quarto.

– Sim, já vou. Qual o primeiro local que visitaremos procurando pela... por ela? - eu já sabia onde era. Apenas era difícil para mim voltar para aquele sítio à beira-mar da minha infância.

Vamos começar pelas falésias de Moher, na Irlanda. Se já está pronta podemos ir agora?

??? pov's

Fiquei esperando ela ficasse melhor e me deixasse entrar no seu quarto. Não sei porquê, mas ela ficou extremamente irritada quando a beijei. Queria certificar-me que ela não era uma espada, mas realmente não aconteceu nada.

Então e aquele brilho que ela emanava do seu corpo, aquele sangue que saiu do peito dela, tudo isso são sinais que apenas espadas têm. Mas não aconteceu nada quando eu a beijei... estranho.

Bati à porta do quarto dela pela milésima vez. Surpreendentemente ela deixou que eu entrasse no seu quarto, talvez agora ela já estivesse mais calma.

– Você já não está cansada? - perguntei, ao que ela apenas negou com a cabeça.

Fiquei por algum tempo a encarando, tentando decifrar os seus pensamentos. Passei a mão pelos meus cabelos castanhos, constrangido, ao perceber que ela também me observava, provavelmente com uma expressão idêntica à minha.

– Hum... Você pode me explicar? - ela me perguntou, e o seu constrangimento era tão visível quanto o meu. Provavelmente apenas falou isso para quebrar o silêncio que já estava insuportável.

– O que você quer saber? - sorri-lhe e arranquei também um sorriso dela, mesmo que tenha sido meio forçado. Me pareceu sincero mesmo assim.

– Qual seu nome? - me pareceu que essa foi a primeira pergunta que lhe veio à cabeça. Me sentei na cama, tentando arranjar o melhor jeito de ficar à vontade, para poder falar com ela mais à vontade também.

– Meu nome é... - meus pensamentos pararam em cheio na questão que ela me fez, e só percebi agora que não sabia como lhe responder. Tentei assimilar em todas as minhas memórias essa informação, mas não a consegui encontrar.

Me aproximei mais dela, como se quisesse mais tempo para encontrar uma resposta. Me sentei ao lado dela, na cama, e um leve sussurro saiu da minha boca, quase que contra a minha vontade.

– Kasai.

E meus lábios foram parar aos dela quase que automáticamente, quase como se fosse a resposta à sua pergunta. Desta vez ela não tentou me afastar, e pude ver um ténue brilho emanar do corpo dela. Que garota estranha, não revelava a sua identidade. Acho estranho isso, mesmo sabendo que ela faz isso inconscientemente.

Meus pensamentos voltaram à conversa anterior e tentei compreender porque é que tinha dito aquela resposta. Kasai, de onde eu tinha tirado esse nome?



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Notas finais do capítulo

Tenho andado meio desaparecida, não acham? Mas bem, aqui está um capítulo novinho para vocês! Beijo e deixem reviews, por favor (é muito importante para mim, sério gente)! E leitores fantasmas apareçam, eu quero saber quem anda lendo esta fic, assim que deixem nem que seja um "continua". Vale até comentários chingando! :)