Era hora do almoço e fizemos uma lasanha bem fail para comer. Depois do almoço fomos para o meu quarto para nos trocar, Belle botou uma blusinha branca e uma saia desfiada, Nathy vestiu um short dobrado e uma regatinha rosa, e eu escolhi um vestidinho floral tomara que caia. Um dos presentes que ele, Eric Spindler tinha me dado. Não deixaria de usar as roupas que ele tinha me dado só por que terminamos o namoro que na verdade nunca existiu de verdade. E alem do mais, se eu não vestisse as roupas eu ficaria nua, pois eu me empolguei tanto com a transformação que acabei doando minhas roupas antigas. Saímos para dar uma volta pelo parque, sentamos em um dos bancos da praça e conversamos, os garotos passavam e assoviavam para nós, piscavam e olhavam como se estivéssemos com um colar de melancia em tamanho real no pescoço, o que não era verdade.

-Hei meninas, olhem aquele ali. – estávamos falando dos garotos que passavam.

-É bonitinho... – Belle comentou. Eu estava quieta no meu canto quando um dos amigos do Eric passa por nós e me puxa de canto.

-Hei será que você não consegue ajeitar meu lado com a loirinha ali.

-Ajeitar? Ajeitar seu lado com a minha prima? – eu falei sorrindo. Ela estava precisando de um namorado e já que eu não tinha nada melhor para fazer resolvi ajudar. – Ta legal, senta naquele banco ali que eu a faço ir ate você.

-Beleza. – ela falou sentando onde tinha indicado.

-Nathy, arranjei uma paquera pra você. – eu falei animada olhando para ela.

-Quem? Onde? – ela falou olhando para todos os lados e sorrindo.

-Ali naquele banco. – eu falei apontando para o banco onde ele estava. – Ele se chama Mateus, é muito fofo e super simpático. Vai lá, ele ta querendo conversar com você. – eu falei sorrindo.

-Estou adorando essa cidade. – ela falou levantando-se e indo ate ele.

-Luh você está louca? O Mateus? – Belle perguntou.

-O que é que tem demais nisso? Ele é lindo, curtiu a garota... nada de mais. – eu falei sentando ao lado dela.

-Ta legal, vou guardar minha opinião só pra mim.

-Ótimo! – eu falei. Depois de um tempo conversando eu e Belle decidimos tomar um sorvete, saímos por alguns minutos e quando voltamos para sentarmos no banco vimos a cena do ano: Natalia aos beijos com Mateus.

-Aimeudeus! – Belle exclamou com a mão na boca.

-Foi rápido. – eu também estava espantada.

-Foi mesmo. – ela falou. Sentamos no banco saboreando o sorvete enquanto víamos a cena se repetir mais e mais vezes. Ate que cansamos de ver eles se beijando e mandei um SMS para ela dizendo que Belle e eu estávamos nos retirando, indo embora e que ela voltasse para casa depois de curtir mais um pouco. Ela nos olhou sorrindo e acenou, falando um “Ate mais tarde” para nós antes de irmos. Chegamos a minha casa para pegar as coisas da Belle e eu fui com ela ate sua casa para pegar meus presentes e estranhamente só notei naquele momento que ainda estava com a pulseira que o Eric tinha me dado. Eu repassei todas as palavras de Belle sobre eu ter dito a ele que o amava. E mesmo assim, não me lembrava de nada, nada mesmo.

-É linda não é? – eu perguntei assim que ela saiu do banheiro.

-O que é linda? – ela perguntou sorrindo.

-A pulseira que ele me deu. É linda não é? – eu perguntei sentando-me na cama.

-É sim, e o anel que ele te deu também é deslumbrante. – ela falou.

-Eu também acho. – eu nunca o tirava para nada, desde o dia em que ele o colocou em meu dedo.

-Tudo bem, mudando de assunto... você sabia que já faz um mês inteirinho que a Re foi pra Europa? Ela me mandou fotos semana passada, disse que eram pra vermos juntas, nós duas.

-Hum, que legal pra ela. Soube se ela arranjou algum gatinho ou paquera por lá? Já que ela prefere mandar fotos somente para você e evitar telefonar para mim. – eu falei cabisbaixa.

-A desculpa por não ter ligado para você é que seu celular sempre está desligado e as fotos... bom eu não sei por ela não as enviou para você também mas aposto que tem um bom motivo para isso.

-Sabe, eu nunca entendi direito porque ela viajou no fim das aulas, sendo que era só esperar mais algumas semanas para acabar a escola.

-Eu também nunca entendi.