A Menina Dos Sonhos escrita por PunkFreak


Capítulo 3
3 - Relembrando


Notas iniciais do capítulo

Minha criatividade parece que sumiu. Prometi a mim mesma que hoje postaria um grande capítulo, mas vou quebrar a promessa por falta de imaginação. Raios.
De qualquer maneira é melhor que não postar capítulo algum, e como esta fic era para ser uma OneShot e já tem 3 capítulos por agora, por isso... Bem, apreciem a fic se ainda são capazes de o fazer com os meus capítulos sem qualquer criatividade... Prometo que o próximo capítulo vai ser maior, e desta vez vou cumprir!!



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Tinham passado duas semanas desde aquele sonho estranho. Era a primeira vez que sonhava com o garoto de cabelos ruivos desde a sua morte, porque até então só tinha tido pesadelos. Tentei afastar as memórias da morte dele, para evitar mais pesadelos. Não consegui.

Não sei porquê, mas as memórias daquele dia voltavam na minha cabeça. Ainda não conseguia pronunciar mentalmente o dia da... do desaparecimento dele. Estranho, mas não conseguia. Talvês ainda não conseguisse tornar real o pensamento de que ele já não estar aqui junto de mim, de nunca mais voltar a vê-lo. E isso doía, muito.

Me lembrei de cada segundo, como se estivesse vivendo aquele momento no presente, e não apenas relembrando um triste acontecimento do passado.

Flash back ON - Normal pov

– Aya-chan! Vem ver o que eu trouxe! Acho que você vai gostar, você ama gatos!


Imagem: http://agarotadosonhos.blogspot.com/2012/02/peluche.html


– Mas onii-san, isso não é um gato. É um tigre, seu baka - falei, olhando para cima. O garoto que estava à frente da garota era muito mais alto. Ela apenas tinha 14 anos e ele tinha 16, estando já numa fase de desenvolvimento. A sua voz já tinha mudado e ele já estava bem alto para a sua idade. Tão alto que ele tinha que se baixar para falar com a garota olhando-a nos olhos.

– Pode ser um gato laranja listrado, onee-chan - ele falou rindo, reforçando o "onee-chan" e falando-o no mesmo tom que a pequena garota à sua frente. Ele se baixou um pouquinho e bagunçou os cabelos da mesma. Aproximou o seu rosto ao dela fazendo-a corar, rindo da cara dela em seguida. Ela começou meio a gritar com ele fingindo estar zangada, e rindo às gargalhadas ao mesmo tempo.

De repente o garoto parou de rir. A pequena à sua frente não compreendeu, mas ia compreender em seguida da forma mais dolorosa.

O garoto empurrou-a para o lado, fazendo-a cair no chão. E de repente tudo se apagou.

Flash back OFF

Me sentei na cama bruscamente, ofegante e suando frio. Não acredito que tinha adormecido enquanto pensava na... no desaparecimento dele. Acabei tendo um pesadelo que preferia (e poderia) ter evitado.

É estanha a forma como eu consigo reproduzir certos momentos ao promenor, em sonhos. É claro que eu não conseguia controlar o tema dos meus sonhos, mas eles saíam, normalmente, perfeitos. Ou eram pesadelos tão perfeitos que assustariam até o mais corajoso ou sonhos que fariam qualquer um chorar de emoção e acordar feliz.

Por vezes esse facto assustava-me a mim mesma. Como eu tinha conseguido reproduzir este momento se aquele acidente já tinha ocorrido há dois anos?

– Aya! Estás atrazada, filha! - minha mãe falou, da cozinha. Bem, eu penso que era da cozinha, já que ela raramente saía de lá.

– Vou faltar hoje mamã! - gritei. Ela provavelmente me deixaria faltar. Bem, não sem aquelas perguntas bobas de sempre.

– Que foi, meu neném está doente? Ou tem alguma coisa a ver com um garoto, posso saber? - não sei como é que minha mãe consegue fazer um filme na sua cabeça tão rapidamente. Fingi uma tosse, e ela acreditou logo. Nem chegou a dizer mais nada, me deu um beijo na testa e fechou a porta do meu quarto.

Inspirei fundo e perdi as forças, caindo de costas na cama. Mais um dia, mais um pesadelo. E mais uma tosse fingida para conseguir faltar à escola. Nem sei como é que a minha mãe era tão tapada que não conseguia perceber que eu não estava de modo nenhum doente. Mas bem, melhor para mim.

Fazia alguns dias que eu tinha mudado de casa. Voltei para minha terra natal: Japão. Minha casa anterior era um apartamento nuns prédios azuis em Lisboa, Portugal. Agora tenho uma casa grande, com jardim e piscina. Claro que não é nenhuma mansão nem nada dessas coisas, mas é bonita, simples, e perfeita para mim. Parece que foi feita especialmetne para a minha pessoa.

Abri a janela e olhei para a rua. Aquela era a mesma rua... a rua do acidente que destruiu minha vida. Olhando para lá, quase conseguia ver um carro passando a grande velocidade e meu onii-san deitado no chão, no mesmo lugar onde eu estivera instantes antes. Sempre me culpei por causa daquele acidente: se ele não tivesse me empurrado, sería eu a morrer. E não ele.

Abanei a cabeça como se estivesse tentando afastar os pensamentos que estavam bem vivos na minha memória. Custava estar morando na mesma casa de antes. Na mesma casa onde eu passei minha infância inteira ao lado do meu onii-san.

É interessante: sempre o chamei de onii-san, mesmo ele não sendo da minha família. Ele era apenas um garoto órfão, que vinha todos os dias na minha casa para brincar comigo. Porque normalmente, as outras crianças sempre se afastaram de mim.

Me deitei de novo na cama, finalmente conseguindo desviar o olhar da rua do acidente. A rua que tinha destruído minha vida. A sua vida.


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Notas finais do capítulo

Não sei se ficou bom ou não, mas você pode me falar isso num review. Por cada review que você não deixa, uma fic morre (vamos lá esquecer a coisa do autor que morre, o eu fico viva na mesma. Coisa ruim não quebra, mas fica triste na mesma se não tiver reviews). Pode escrever um review nem que seja me chingando e condenando até ao quinto dos infernos. Nos vemos no próximo capítulo, que vai ser maior. Eu prometo!



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