Eterna Paixão escrita por Luna Brandon


Capítulo 1
Capítulo 1 :: A Razão Da Minha Existência.


Notas iniciais do capítulo

Todos os leitores sejam muito bem vindos!
Como o prólogo é muito pequeno, postei-o junto com o capítulo 01.
Espero que gostem!



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:: Prólogo ::

Antes de você minha vida era uma noite sem lua, muito escura, mas havia estrelas...

Pontos de luz e razão...

E depois você atravessou meu céu como um meteoro. De repente tudo estava em chamas;

Havia brilho, havia beleza.

Quando você se foi, quando o meteoro caiu no horizonte, tudo ficou negro.

Nada mudou, mas meus olhos ficaram cegos pela luz.

Não pude mais ver as estrelas.

E não havia mais razão para nada.

Edward Cullen – Livro Lua Nova

***

(PONTO DE VISTA - Edward)

Fechei os olhos deixando que aquela brisa fria do gelo me inundasse. Era uma sensação boa, agradável.

Mas o perfume doce das flores de Esme que veio em seguida, fez com que eu me lembrasse dela, assim como em todos os dias e todos os minutos de minha vida, embora daquela forma fosse mais intenso. Às vezes, quando esta brisa floral me atingia, eu tinha a sensação de que Bella estava perto de mim novamente, pois isto era o mais parecido com o doce perfume de seu sangue... Aquele doce perfume floral que foi o que me fez decidir deixá-la por ser tentador demais.

Seu rosto suave e seus belos olhos castanhos dominavam cada segundo e cada pedacinho da minha mente. Cada vez que eu pensava nela, a dor me tomava novamente, mas era a única forma de saber que ela existia e de que tudo havia sido real.

De que ela era real.

Se ela soubesse como eu á amava e como eu me dilacerava toda vez que pensava nela...

Tentei imaginar o que ela estaria fazendo agora.

Provavelmente estaria feliz e radiante como ela sempre fora, seguindo com a sua vida á diante. A essa altura, provavelmente já deve até ter esquecido o meu nome e que eu existi em sua vida.

Embora fosse doloroso para mim, era o certo. Era o que ela precisava fazer.

Suspirei.

Abri os olhos e olhei o céu.

O Crepúsculo de novo. Mais um dia que se termina.

Parece que os dias estão se tornando cada vez mais longos à medida que o tempo passa e eu fico mais distante de Bella.

Sim, os dias se tornavam mais longos.

Parece que já não vivo mais a vida e sim, sobrevivo somente um dia de cada vez. Não consegui mais encontrar a vida em nada!

Bella era á minha vida e eu tive de deixá-la.

Pensar nela, me faz sentir novamente como se nada estivesse certo. Agora que estou longe dela é como se meu coração – que há muito tempo já não bate -, não existisse mais, como se houvesse um buraco. Como se tudo que houvesse dentro de mim tivesse ficado com ela.

E ficou.

Nada mais faz sentido. O mundo já não me interessa mais sem ela, tudo perdeu a razão.

Fechei meus olhos, trazendo à tona a lembrança do que vi por trás de seus olhos quando eu disse que não á queria mais. Como ela pode acreditar naquilo tão facilmente?

Embora eu tentasse, não conseguia entender como ela acreditou que eu não á queria mais, como se houvesse alguma maneira de eu existir sem precisar dela. Ela é a razão da minha existência.

Suspirei.

Eu estava cansado de lutar, estava tentando agüentar essa miserável dor de sua ausência. Essa miserável saudade reprimida que vivia dentro de mim. Mas não sabia mais por quanto tempo iria conseguir.

Eu estava tentando ser forte, mas sabia que uma hora iria ter de voltar para ter pelo menos a certeza de que ela estava bem e feliz. Vê-la uma última vez, para então partir de novo.

Mas será que eu seria forte o suficiente para me afastar dela depois de chegar tão perto?

Respirei fundo e abri os olhos novamente.

As estrelas já estavam começando á aparecer no céu, mas já não havia beleza.

Toda a beleza do universo fora tomada pela escuridão da ausência de Bella em minha vida.

Minha doce Bella!

Saí da sacada de meu quarto em direção as escadas, minha família estava reunida na sala conversando.

Eu havia acabado de voltar para casa depois de meses fora.

Não queria que a minha tristeza afetasse á eles também.

Se não fosse pelas informações que eu precisava de Alice, talvez nunca teria voltado.

Quando havia descido a metade dos degraus da escada, ouvi o arquejo de Alice e em seguida seus olhos ficarem inexpressivos.

Um claro aviso que eu tão bem conhecia: ela estava tendo uma visão.

Concentrei-me em sua mente e vi o que ela estava vendo.

Em seguida o mundo – se é que ainda existia um – desabou a minha volta.

Bella.

Minha doce Bella... Meu eterno amor... Minha eterna paixão... Ela pulou do penhasco em direção ao mar, mas não voltou.

Não voltou.

Então Alice voltou à realidade, mas eu não, não conseguia me mexer.

Seu rosto, seus olhos... O mar... Tudo aquilo preso em minha mente. As imagens giravam por de trás dos meus olhos, como um disco que tivesse voltando da estaca zero e dando o play novamente seguidas vezes.

Ela não!

Estava paralisado de uma maneira irracional, como se tudo fosse o fim á partir daquela visão.

Era ainda pior do que quando eu vi a morte dela diante de meus olhos quando a van de Tyler quase a pegou.

Eu estava por perto e consegui salvá-la, mas agora... Eu estava a quilômetros de distância!

– Oh Meu Deus! Não! Não! Não! - ela exclamou atordoada e olhou para mim.

– Alice o que houve? O que você viu? - perguntou Jasper sentado no sofá ao lado de Alice, enquanto o resto de nossa família observava aguardando uma resposta assim como ele.

– Ela... Ela... Meu Deus, ela se matou! – disse exasperada – Bella, ela pulou de um penhasco em direção ao mar mais não voltou. O futuro dela sumiu... É como se ela não existisse mais - Alice disparou para o meu lado.

Não existisse mais... Essas palavras me tiraram do transe.

Não podia ser. Ela não!

– Oh Deus, tem certeza Alice? - questionou Esme angustiada.

Rosalie, Emmett, Jasper e Carlisle entraram em estado de choque.

– Sim – limitou-se a responder olhou agoniada para mim. – Por favor, me diga... Temos de fazer alguma coisa. Edward o que vamos fazer? - Alice perguntou parada na escada me observando. Seus olhos estavam inflamados da mais pura angustia.

Mas aquilo não era nada se comparado ao que eu estava sentido por dentro.

Medo, dor, raiva, angustia e dor novamente. Eu era um homem em chamas da mais pura dor.

– Por favor, fiquem aqui – pedi. – Eu vou voltar pra Forks - disse rapidamente e disparei os degraus da escada acima em direção ao meu quarto.

Não, ela me prometeu. Ela me prometeu que não faria nada de imprudente!

Abri o cofre rapidamente e peguei o suficiente para pegar um avião pra qualquer lugar 500 vezes se preciso - não que eu fosse pegar um avião - e peguei a chave de meu volvo em cima da mesinha.

Quando desci as escadas Alice estava na sala com uma bolsa na mão.

– Eu vou com você – murmurou.

– Alice... - tentei argumentar ainda para a garagem, mais ela me interrompeu.

– Ela é minha melhor amiga e eu também a amo – argumentou. – Eu vou com você e ponto final.

– Argh! Vem logo não estou com tempo para discutir com você - murmurei enquanto entravamos no carro.

Poderia muito bem ir correndo, mas acho que conseguiria chegar mais rápido de carro.

“Boa Sorte!” desejou mentalmente, Esme.

“Tenho certeza que tudo vai dar certo filho” estimou meu pai.

Dei a partida no carro e arranquei com ele da garagem assim que o portão se abriu por completo.

De carro com uma velocidade além do limite permitido, no máximo em 1 hora e meia estaríamos em Forks.

Já estávamos passando por Olympic quando começou a chover. Alice já estava concentrada há mais uma hora tentando ver alguma coisa a respeito de Bella, mas não conseguia visualizar nada.

Isso já estava me matando.

Passou-se mais meia hora e então passamos pela placa de “Bem vindo a Forks”. Pensei que quando entrasse novamente nessa cidade essa angustia iria passar, mas só piorou, ainda mais porque Alice não via nada.

Não Bella. Não meu amor. Você não pode ter feito isso!

Parei o carro em frente á casa do pai dela, os pneus cantaram no asfalto.

Tentei ouvir os pensamentos do pai dela, mas estava tudo no mais perfeito silencio. Isto era sinal de que ele não estava em casa.

– O pai dela não está – informei a minha irmã.

– Vem, vamos entrar pela janela do quarto dela, como você costumava fazer - murmurou saindo do carro assim como eu.

Escalamos a parede do quarto e entramos pela janela.

Tudo estava arrumado e não havia nem sinal de Bella. Somente seu doce perfume inflamado em cada pedaço daquele ambiente.

– O que adianta nós virmos aqui se ela pulou no mar – Alice suspirou.

– Onde fica esse penhasco? – perguntei.

– Não tenho certeza, mas acho que em La Push, não podemos entrar lá por causa do tratado – falou.

– Vamos até a fronteira, tenho certeza que pelo horário os lobos devem estar fazendo patrulha. Vamos conversar com eles – disse, saindo pela janela.

Entramos no carro e pegamos a rodovia em direção á La push.

À medida que os minutos passavam essa angustia estava piorando.

Deixei o carro no acostamento da estrada e entramos em meio às árvores da floresta.

Tudo estava escuro, apenas a luz da lua iluminava através das árvores.

Era a Lua Nova, assim como na noite em que eu a deixei o que tornava tudo mais sombrio.

Não demorou muito até que Sam aparecesse.

“Edward, Alice, o que fazem aqui? Pensei que tivessem ido embora da cidade” pensou.

– Sam, nós fomos, mas Alice teve uma visão de Bella pulando de um penhasco em direção ao mar – falei. - Então nós voltamos para ver o que houve, o futuro dela desapareceu – expliquei. Ele abaixou a cabeça e me mostrou o que sabia.

Primeiro ele ouviu vários uivos, depois Charlie chegou à casa de Sue procurando pela Bella, em seguida Jacob Black chegou chorando dizendo que ela havia pulado do penhasco, mas ele não conseguiu salva-la, em seguida Charlie saiu correndo em direção ao penhasco.

Todos o seguiram.

Foi preciso três amigos de Jacob para segurá-lo. Ele queria pular na água também.

E então a dor me tomou novamente, dessa vez de uma maneira que não havia palavras para explicar.

Era tarde demais.

– Edward o que houve? - perguntou Alice, se agachando ao meu lado quando minhas pernas cederam e cai de joelhos na relva molhada.

Tarde demais.

Eu estava me sentindo... Não conseguia encontrar uma palavra.

Derrotado? Torturado?

Não descreviam o que eu estava sentindo. Nada descrevia. Não havia palavras para isso.

Preferia o veneno me queimando na transformação de humano á vampiro milhões de vezes do que essa dor que estava em meu peito. A dor da perda eterna.

A dor de perder a razão da minha existência.

“Sinto muito Edward” lamentou Sam.

– É tarde demais – sussurrei. Minha voz falhou na palavra tarde.

– Não, não pode ser. Porque ela pularia do penhasco? – perguntou-se Alice, em prantos.

Foi Sam quem respondeu me mostrando a imagem de quando eu a deixei.

Ela pálida, chorando, sem vida.

“Ela amava você, mais do que você pode sequer imaginar, Edward” pensou o lobo.

Minha culpa - respondi aos sussurros, mal conseguia encontrar minha voz.

Ela não havia me esquecido como imaginava que iria fazer.

Ela me amava e eu a machuquei.

Eu a matei a cada dia que nós ficamos separados.

Ela não havia feito o que me prometeu. Ela havia sido imprudente e por minha causa, agora ela... Ela... Não existia mais.

– Não Edward, não. Não é sua culpa, ela era humana. Já sabíamos que esse tipo de coisa poderia acontecer, eu só não entendo porque ela se jogou do penhasco - retrucou Alice.

– O que foi que eu fiz? – sussurrei perguntando a mim mesmo - Eu nunca devia tê-la deixado, eu menti pra ela com a intenção de protegê-la, mas olhe só o que eu fiz... Ela... Ela... Meu Deus! Ela me prometeu que não iria tentar nada de imprudente. Por que ela fez isso? – questionei á mim mesmo, agoniado.

Levantei-me do chão, mas a aquela altura, eu mal sentia o meu próprio corpo. Mal sentia a minha própria essência.

Alice ficou de pé ao meu lado no mesmo instante.

Bella sabia que eu não poderia viver sem ela!

Eu tinha que tomar uma decisão, uma decisão definitiva.

– Edward, o que vai fazer? – questionou. – Não consigo ver direito ainda, mas esse lugar... O que você vai fazer na Itália? - perguntou confusa e apavorada ao mesmo tempo.

– Nada mais importa – limitei-me a dizer e então disparei pela floresta apenas ciente de que estava sendo seguido por Alice e talvez o lobo também.

O que me importava?

Nada mais faz sentido.

Vida, alegria, amor próprio. Nada mais existia.

Ela não existia mais.

A razão da minha existência não existia mais.

Bella era o meu ar, a minha vida, a minha alma, o meu mundo e o meu universo. Ela era tudo para mim.

Nada disso exista mais. Nada!

Então para que continuar a fingir que eu ainda vivia se não havia uma razão para isso?

Não parei até chegar perto do aeroporto em Seattle, porém Alice já não me seguia mais.

Apresentei meu passaporte para a atendente, e comprei as passagens.

O avião sairia em menos de 1 hora.

(PONTO DE VISTA - Alice)

– É tarde demais- disse Edward, sua voz estava falha e cheia de dor e agonia.

E então eu senti como se um pedaço de mim tivesse se quebrado.

Ela era minha melhor amiga, uma irmã para mim.

Ah, Bella. Por que fez isso?

– Não, não pode ser. Porque ela pularia do penhasco? – perguntei-me.

Não conseguia acreditar. Era irracional.

– Minha culpa – Edward sussurrou.

– Não Edward, não é sua culpa. Ela era humana, já sabíamos que esse tipo de coisa poderia acontecer, eu só não entendo porque ela se jogou do penhasco - retruquei.

Tudo bem, ele agiu errado deixando-a aqui em Forks quando ele tinha várias alternativas, mas ela o amava, ela não iria querer morrer.

Recusava-me a acreditar naquilo.

– O que foi que eu fiz? – sussurrou o que parecia ser a si mesmo - Eu nunca devia tê-la deixado, eu menti pra ela com a intenção de protegê-la, mas olhe só o que eu fiz... Ela... Ela... Meu Deus! Ela me prometeu que não iria tentar nada de imprudente. Por que ela fez isso? – questionou, cheio de agonia.

Ele se levantou do chão.

Seus olhos estavam negros e cheios da mais pura dor, tristeza, culpa e desespero.

Ah meu amado irmão... Ele não merecia sofrer daquela maneira!

Levantei-me e fiquei de pé ao seu lado. No mesmo instante, embora Sam estivesse por perto, uma visão meio destorcida invadiu minha mente.

Eu conhecia aquelas torres, que pareciam mais de um castelo medieval. Ficavam na Itália.

De repente uma visão não nítida invadiu minha cabeça de uma maneira que quase entrei em choque.

Aro, com o pescoço de Edward nas mãos, como se fosse... Como se fosse matá-lo!

– Edward, o que vai fazer? Não consigo ver direito ainda, mas esse lugar... O que você vai fazer na Itália?- perguntei.

Tudo estava muito confuso, nada parecia estar decidido, mas era uma possibilidade.

– Nada mais importa - murmurou.

Foi o que bastou para que eu tivesse certeza do que ele iria fazer.

Droga!

Ele iria para a Itália para poder convencer aos Volturi de matá-lo.

Isso não... Eu já havia perdido a Bella, minha melhor amiga. Minha irmã!

Não podia perder meu irmão também.

Antes que eu pudesse dizer algo para impedi-lo ele já havia sumido.

Sam olhou para mim e ambos começamos a correr seguindo o rastro de Edward, mas nem eu nem o lobo éramos velozes o suficiente para conseguir alcançá-lo. Ele era muito rápido.

Parei de correr pegando o celular no bolso do meu Jeans.

O lobo em seguida parou e olhou para mim me observando.

Ele deu um latido, acho que queria saber o que eu estava fazendo.

– Vou ligar para o resto da minha família. Acho que Edward vai tentar fazer alguma besteira, parece que ele vai tentar convencer aos Volturi á matá-lo - expliquei enquanto a linha chamava, no segundo toque Esme atendeu ao telefone.

– Alice meu anjo, o que há de errado? - perguntou assim que atendeu.

– Esme, lamento. Chegamos tarde demais, ela não sobreviveu - expliquei, enquanto reparava que o lobo entrou no meio das árvores da floresta sumindo de meu campo de visão.

– Oh meu Deus! Como está Edward? – perguntou.

– Esme, eu preciso de ajuda. Tive uma visão, ele vai procurar os Volturi. Ele quer morrer também, sozinha eu não consigo impedir - disse á ela.

– Onde você está Alice? Estou indo para ai agora! – perguntou alarmada.

– Forks, perto de La push – falei. – Você irá ver perto da fronteira Quileute o volvo de Edward, vou te esperar perto do carro.

– Me espere então. – pediu. - No máximo em uma hora consigo chegar. Irei pegar a Mercedes, até logo – murmurou desligando o celular.

Na hora que estava guardando o celular Sam pareceu na forma humana.

– Oi sanguessuga! - disse ele num tom desbocado.

– Olá cachorro - respondi no mesmo tom.

– Okay, quem são os Volturi e o que eles representam no seu mundo? - perguntou o lobo.

– Os Volturi são uma família antiga e muito poderosa de nossa espécie. São a coisa mais próxima que temos de uma família real, eles são o poder, há leis em nosso mundo e é a função deles aplicarem elas. Se Edward infringir alguma delas só há um destino pra ele: a morte.

– Vampiros têm leis? - perguntou Sam.

– Sim, e somente uma delas e seguida regularmente: Guardar o segredo da existência de nossa espécie - respondi.

– Então você acha que o Edward vai tentar infringir a lei? – indagou.

– Eu não acho, tenho certeza.

– Há como impedir? - perguntou o lobo.

– Só se eu conseguir fazer com que ele mude de idéia ou impedi-lo de chegar até os Volturi – dei de ombros.

Não havia muitas opções, mas eu precisava tentar.

– E onde é que essas “Sanguessugas Reais” vivem?- perguntou, dizendo a palavra sanguessuga com nojo.

– Na Itália, Volterra para ser mais exata. Esme está vindo para cá, nós vamos tentar impedi-lo – informei.

– Posso ajudar em alguma coisa? Olhe, eu vi como ele ficou agora a pouco. Sei que ele amava Bella da maneira dele e ela era uma boa pessoa. Não acho que deva acabar assim, afinal ainda nem encontraram o corpo dela – disse o lobo para minha surpresa.

– Como é?- perguntei perplexa.

– Jacob viu a hora que ela caiu no mar, ele pulou logo em seguida pra tentar salvá-la, mas não há encontrou. O mar estava muito bravo - disse o lobo.

– E como vocês têm certeza de que ela morreu?- perguntei.

Um feixe de esperança finalmente apareceu.

Ela podia estar viva ainda!

– É impossível um ser humano sobreviver a ondas de quase 2 metros de altura e com uma velocidade de quase 100 km por hora. Ela pulou da parte mais perigosa do penhasco, não há possibilidade disso acontecer - explicou.

E então minha esperança desapareceu novamente.

– Você tem razão – suspirei. – Obrigado por ter oferecido ajuda, aliás, obrigado pela trégua Sam. Mas não, impedir Edward somente eu e Esme poderíamos fazer, mas posso lhe pedir um favor?

– O que?

– Me mantenha informada do que está acontecendo aqui em Forks. Quando o destino da sua alcatéia se mistura com o dos seres humanos ou de nós vampiros eu não consigo prever o futuro.

– Prever o futuro! – ele sussurrou indignado e então concordou - Okay, como eu faço pra entrar em contato com você?

– Por esse celular - disse pegando minha agenda na bolsa e escrevendo rapidamente o número.

– Tudo bem, pode deixar. Agora as equipes de buscas irão procurar pelo corpo dela, não há ilhas por perto, então não há possibilidade de um naufrágio. Se por um milagre ela estiver viva, deve estar em algum lugar perto da praia e a minha matilha está patrulhando as regiões distantes da praia pra ver se encontram algo - disse o lobo.

– Tudo bem, obrigada por tudo - agradeci e nesse mesmo instante ouvi o silvo do vento provocado pela velocidade.

Esme chegara.

– Alice, está tudo bem querida?- Esme perguntou alarmada, observando o lobo próximo a mim.

– Estou na mesma ainda Esme - respondi.

– Boa noite, Sam! - cumprimentou Esme educadamente sem juntando ao meu lado.

– Boa noite, Sra. Cullen! - respondeu o lobo.

– Sam, eu agora tenho que ir – murmurei. – Obrigada por tudo mais uma vez.

– Não há de que Alice. Pode deixar que eu irei fazer o que você me pediu, assim que tiver noticias, entrarei em contato.

– Ótimo. Até lá, então – respondi.

O homem-lobo disparou correndo para a floresta adentro.

– O que está havendo Alice? - Esme questionou confusa, assim que não havia mais vestígios do lobo.

– Acho que se pode dizer que é uma trégua – falei. – Agora vamos logo, temos que impedir Edward de fazer mais besteiras – suspirei, disparando para a rodovia novamente.

Surpreendi-me ao encontrar Rosalie encostada no volvo de Edward.

– Rosalie, o que faz aqui? - perguntou Esme assim que á viu.

– Acha mesmo que eu ia deixar vocês duas virem sozinha? – indagou. – Você conseguiu enganar Carlisle, Emmett e Jasper, com aquele papo de que iria tomar um arzinho Esme, mas a mim não. O que está havendo, de verdade? Encontraram a Bella, está tudo bem?

– Não, infelizmente Bella não sobreviveu. Edward foi procurar os Volturi, ele quer morrer também e nós vamos tentar impedir - resumi.

– O que? Vocês vão se meter com os Volturi? Isso já é um caso perdido - disse Rosalie revirando os olhos.

– Será mesmo um caso perdido Rose se continuarmos aqui- falei. – Se você quer ajudar volte pra Vancouver e nos ajude a despistar Carlisle, Emmett e Jasper.

– Tudo bem, irei voltar para Vancouver – Rosalie murmurou, revirando os olhos entediados.

– Ótimo! – Esme exclamou, abrindo a porta do carro. – Leve a Mercedes de volta, eu e Alice vamos pegar o volvo. Estamos indo para o aeroporto.

– Okay, boa sorte! – Rosalie nos desejou.

– Obrigada – agradeci, entrando no carro. – Vamos precisar.

Seria uma longa e tensa viagem.

Que a sorte nos ajude para que consigamos chegar a tempo de impedir que Edward faça uma besteira!


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam?