Jú estava chateada com o que havia dito. Ela não queria ter dito que era apenas uma ficada que tinha rolado entre Chaz e ela. Mas aquela infelizmente era a verdade.

 O garoto havia lhe dito coisas lindas mas depois estava olhando para a primeira garota que havia passado na frente dele. Aquilo não tinha futuro, o jeito era partir pra outra. O que ela devia ter feito a muito tempo.

 Mas isso não incomodava tanto assim a Jú e sim o fato de ter mentido para Laura, aquilo estava pesando em sua consciência.

Passaram-se dois meses...

Muitas coisas haviam mudado.

Na verdade a galera havia se dividido em dois grupos. Tudo por causa de Chris que não aceito o fato de Laura ter dado uma chance a Ryan, e assim foi decretada a divisão.

Aquilo tudo era tão infantil. De um lado ficava: Chris, Vitoria, Iara e Chaz e do outro estava: Laura, Jú, Ryan e Justin.

Vitoria e Iara tanto que persistiram que seus pais as deixassem estudar pelo menos esse ano no Canadá. Chris e Vitoria estavam ficando, mas isso não era novidade para ninguém.

 Laura e Ryan estavam namorando, a garota estava vivendo um conto de fadas, Ryan a fazia se sentir importante. A paparicava como se ela fosse um bebe. Fazia praticamente todas as suas vontades. Mesmo assim seu coração ainda pertencia a Chris, mas com esses dois meses ela aprendeu a esconder esse sentimento. Não queria magoar Ryan.

Ryan, Laura e Jú estavam no aeroporto se despedindo de Justin que iria viajar para fazer alguns shows, mas não demoraria muito a voltar.

-Juju, você promete me trazer o autografo dele? – pedia Jú um autografo do Usher

-Eu prometo que trago um autografo pra você.

-Um não, eu quero um montão pra eu esfregar na cara daquela vadiada Camila, aquela vaca vai comer bosta porque o capim acabou! – dizia Jú

Ryan e Justin começaram a rir da fala de Jú.

-Justin, vamos – disse Kenny

-Tchau gente, eu prometo que vou trazer muitos autógrafos – disseele indo em direção ao avião.

Esperou Justin entrar no avião e assim foram embora. Laura e Ryan estavam na frente, enquanto Jú estava atrás com os fones de ouvido. Laura olhou para trás vendo tudo tão ‘deserto’, antes eles precisavam se dividir em dois carros para ir todo mundo ou então ir um no colo do outro. Agora estava sobrando espaço. Laura se lembrava de como tudo aconteceu.

Flashback On

Estava todos na sala, iriam ver a final da libertadores na casa de Chris. A garota havia combinado com Ryan que eles iriam dizer a todos que estavam juntos. Ela sentia aquele frio na barriga mais Ryan disse que era normal e que estaria ao lado dela caso acontecesse algo.

Ryan olhou em direção a Laura e fez um sinal de que seria agora. O garoto se levantou e chamo a atenção de todos. E assim pronuncio que eles estavam juntos.

Todos ficaram felizes e começaram a comemorar, menos Chris e Vitoria. Ryan ficou esperando uma reação de Chris, mas o menino nada fez apenas se levanto e se retirou da sala e aquele clima pesado voltou a reinar. Ryan foi atrás do garoto, enquanto Vitoria tomou coragem indo dar os parabéns a Laura.

Minutos depois Chris voltou colocando todos para fora da casa dele. E naquele dia foi decretado ha divisão de grupo. Chris passa por eles e finge que eles não existem.

Flashback Off

-REMEMBER DECEMBER – gritou Jú enquanto cantava

Laura se assustou um pouco, pois estava com o pensamento longe, já Ryan soltou um riso e continuo se concentrando na estrada.

Laura On

Assustei-me com os gritos de Jú.

Ela estava viajando com os fones, pelo canto do olho percebi que Ryan estava olhando pra mim, olhei em direção a ele, mas ele simplesmente volta a olhar para frente. Tinha algo de errado, muito errado. Sempre que olho pra ele, o mesmo sorri pra mim. Mas hoje tinha algo de errado com ele.

-HERE WE GO AGAIN – continua Jú a gritar no banco de trás.

[...]

Quando Ryan estacionou o carro em frente á casa da Jú, eu já havia de ter perdido 40% da minha audição. Ela estava tão intertida com os fones, que deu um breve ‘tchau’ e saiu do carro cantando. Olhei para Ryan e mais uma vez ele ignorou meu olhar.

-Será que da pra você parar de fazer isso? – disse já não aguentando mais aquilo

-Com o que? – se fez de idiota

-Eu sei lá, me diga você porque esta agindo assim comigo?

-Me diz você porque VOCÊ esta agindo assim! – gritou ele segurando o volante com um pouco mais de força, ele nunca havia gritado comigo antes, aquilo me assusto.

-EU ESTOU ASSIM PORQUE VOCE TA ME TRATANDO DIFERENTE!

-EU JÁ NÃO AGUENTO MAIS SER SEU PALHAÇO!

-PALHAÇO? MAIS DE QUE DIABOS VOCÊ ESTA FALANDO?

-DO CHRIS! É DELE DE QUEM EU ESTOU FALANDO!

-CHRIS...RYAANNNNNNNNN O CARROOOOOOOOOOO

O mesmo voltou seu olhar rápido para a estrada assim desviando por pouco do carro que vinha em nossa direção, foi por muito pouco.

-Esta tudo bem? – perguntou ele depois de parar o carro e respirar fundo

-Não, não esta nada bem, você grita comigo do nada, e quase me mata, seu idiota!

-Se você não percebeu ele estava na pista errada, vai me dizer que eu sou o culpado por isso?!

-Sim, você é culpado por isso, por aquilo, por tudo!

-Tudo? Esta falando do Chris?

-Sim, eu estou falando dele, do carro, d-de eu já nem mais do que eu to falando – disse abrindo a porta do carro e saindo.

-Entra no carro de novo Laura – gritou ele

Ignorei-o e continuei andando enquanto minhas lágrimas caíam. Mais uma vez eu estava vendo o fim do mundo e espero que mais uma vez amanha esteja tudo bem de novo.

-Você não vai entrar aqui dentro não?

-NÃO!

-Ok

E lá se foi ele colocando o pé no acelerador e sumindo do meu campo de visão. Não sei quem estava ou não certo nessa briga, mas sei que doeu muito brigar com Ryan.

Minha vontade era de pegar o celular e ligar pra ele dizendo ‘volta’ ou então gritar, mas acho que ele não iria me escutar mesmo. Eu sei onde estou, mas ainda é muito longe da minha casa. Esta ficando tarde e é perigoso andar sozinha por aqui.

Minha vida ou meu orgulho?!

Eu não iria poder fugir da minha responsabilidade, uma hora ou outra iria ter de conversa com Ryan. Peguei o celular e liguei.

Ligação On

-Volta – disse sussurrando

-[ele respirando fundo]

-Não me deixa aqui sozinha, eu to com medo, volta – suplicava.

-

Ele não falava nada, mas ao longe vi seu carro preto voltando. Desliguei o celular e esperei ele se aproximar mais de mim, o carro estava em uma velocidade impressionante. Parou o carro diante de mim e abaixo o vidro.

-Eu sempre vou voltar pra você – disse ele mais calmo