Friends By Fate 4 - The Final Battle escrita por Mandy-Jam


Capítulo 6
Apruna Matata


Notas iniciais do capítulo

Como Bruna estava extremamente ansiosa para ler esse capítulo, aqui está ele.
Estou quebrando as fucking rules para postá-lo em um dia de semana.
Boa leitura!



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Ártemis montara um acampamento com suas caçadoras em algum lugar no meio do Arizona. Todas elas estavam preocupadas com o momento em que Cronos atacasse o Monte Olimpo, mas elas não tinham permissão para ir para lá. Principalmente...

- Pode passar os cookies? – Pediu Bruna estendendo a mão para June. A caçadora lhe deu os biscoitos e Bruna os comeu lembrando-se de como seus amigos brigam por eles, em festinhas escondidas no Colégio Interno.

- Nós vamos levantar o acampamento amanhã de manhã e seguir para o sul. – Disse Ártemis. As caçadoras concordaram.

O dia já estava se pondo, e uma noite cada vez mais frio se aproximava delas. Bruna se encolheu um pouco, abraçando-se. Ela sentia falta de seus amigos, mas sabia que não teria como voltar atrás tão cedo.

Sentir que não havia mais um Acampamento Meio-Sangue, um lugar seguro no meio de todo esse mundo louco, a fazia sentir vontade de chorar. Quase que como lendo os pensamentos dela, Ártemis sentou-se perto da caçadora e lhe disse:

- Sente falta deles? – Perguntou ela.

- Sinto. – Murmurou Bruna – Lady Ártemis... Será que eles vão sobreviver?

- Não temos como saber isso. – Respondeu Ártemis. Consolar as pessoas não era sua especialidade, e notou isso quando Bruna abaixou o rosto – Mas... São poderosos. Eles têm bastante força. Vão se virar sozinhos.

- Mas... – Bruna olhou para ela – E quanto ao Olimpo.

Aí já era outra questão. Ártemis desviou o olhar, tentada a ignorar a pergunta que nem mesmo ela sabia a resposta, mas acabou murmurando...

- Ninguém sabe. – Respondeu. Bruna notou que algo errado estava acontecendo.

Se alguém tinha certeza de algo, esse alguém era Ártemis. Ela sabia exatamente a razão de um milhão de coisas. Conseguia ficar calma, quando vários outros entravam em pânico, mas se ela mesma estava desse jeito... O que seria dos outros Deuses?

- O que aconteceu? – Quis saber Bruna.

- Nada, minha caçadora. – Respondeu ela calmamente. Bruna ia insistir sobre alguma coisa, mas alguém deu um susto em todos.

- Mentira! – Exclamou Apolo. Ele pulou para o meio do acampamento das caçadoras, e todas as garotas sacaram as flechas. Ártemis teve que piscar os olhos algumas vezes para entender o que tinha acontecido.

- Apolo?! – Exclamou ela surpresa e irritada – O que está fazendo aqui?!

- Eu...! Eu...! – Apolo estava sem fôlego. O Deus do sol respirava pesadamente enquanto passava a mão pela testa tentando limpar o suor. A Deusa da lua revirou os olhos.

- Atirem. – Pediu para as caçadoras.

- Wow! Esperem aí! – Exclamou ele interrompendo-as. Apolo apontou para Bruna, e respirou mais um pouco – Você.

- Eu? – Perguntou Bruna sem entender.

- Eu tenho que falar com você. – Disse Apolo assentindo – Tem coisas que você precisa saber.

Bruna franziu o cenho ter ideia do que Apolo estava falando, mas então revirou os olhos, igual á Ártemis.

- Apolo... – Murmurou ela.

- O que? – Perguntou.

- Coloca uma camisa. – Disse ela. Apolo respirou fundo mais uma vez.

- Cara... Eu estou morrendo de calor. Eu corri muito. – Murmurou ele, mas ao ver que as garotas estavam olhando-o, sorriu torto e fez uma pose – E aí, gatinhas?

- Apolo! – Exclamou Ártemis – Se manda daqui, antes que eu te use como alvo!

- Você é sempre tão estressada... – Resmungou ele, mas então deu de ombros – Tudo bem. Eu só quero é falar com a Bruna mesmo.

- Ela não quer falar com você. – Rebateu Ártemis.

- Ela quer sim. – Confirmou Apolo.

- Eu não quero não. – Negou Bruna.

- Viu? Ela quer sim. – Confirmou Apolo ignorando o que Bruna dissera.

- Ela acabou de dizer que não! – Exclamou Ártemis.

- Não ponha palavras na boca da garota. Venha. – Disse Apolo puxando-a e a fazendo levantar do chão. Ártemis se levantou também, e furiosa com o irmão.

- Ótimo. Então eu vou também! – Exclamou ela.

Apolo revirou os olhos e andou para um canto mais afastado do acampamento. Bruna o seguiu junto de Ártemis, e os três pararam finalmente perto de um pinheiro.

- Certo. Aqui vai. – Apolo virou-se para Bruna – Você tem que voltar para perto dos seus amigos o mais rápido possível.

- O que? – Perguntou Bruna, dessa vez querendo ouvir o que Apolo dissera.

- Bobagem. – Resmungou Ártemis.

- Eles têm que ficar juntos, e você sabe disso. – Rebateu Apolo e depois olhou para a caçadora – Olha, as coisas não estão indo bem. O Olimpo está grandes problemas, e se você não...

- Apolo, para. – Disse Ártemis interrompendo-o – Bruna não é obrigada á fazer nada.

- Claro que não. Você pode continuar aqui com a minha irmãzinha e suas amigas caçadoras. – Confirmou Apolo – Vai provocar o fim do mundo, mas quem liga?

- Não é assim. – Contestou Ártemis – Só porque ela quis ficar com as caçadoras, não quer dizer que o Olimpo vá cair. Não é por causa da Bruna.

- Os doze têm que estar juntos! – Exclamou Apolo – Onze não são doze! Sem ela, está tudo perdido!

- Nós já temos os doze da profecia. – Rebateu Ártemis.

- Estou falando dos doze que realmente têm chances de salvar o mundo. – Corrigiu Apolo – São eles. Não tem discussão. E ou são doze, ou é zero.

- Só porque você dita as profecias, não quer dizer que tenha o direito de controlar as decisões das pessoas! – Exclamou Ártemis – Se eles tiverem que se juntar, farão isso, mas Bruna não é obrigada á te obedecer!

- Por que você tem sempre que complicar tudo?! – Exclamou Apolo.

Os dois estavam brigando, quando de repente... Eles se calaram. Apolo e Ártemis levaram as mãos para as cabeças como se estivessem sendo atacados por uma súbita enxaqueca.

- O que houve? – Perguntou Bruna preocupada.

Eles precisaram de alguns minutos, mas então negaram com a cabeça.

- Nada. – Respondeu Apolo, e Ártemis assentiu – Não é nada.

Bruna olhou melhor para a Deusa da Lua e notou que ela parecia cansada. Apolo também, o que a deixou um pouco preocupada.

- Por que quer tanto que eu volte para eles? – Quis saber Bruna.

- Porque vocês são mais fortes juntos, e precisamos de muita força no momento. – Contou Apolo – Se você não voltar, já era.

- Tudo bem, já chega disso. Apolo, para. – Disse Ártemis – Ela não tem nada a ver com isso. É cobrar demais.

Apolo ia falar alguma coisa, mas então acabou assentindo. Ele ergueu os braços em rendição, e Ártemis o fitou.

- Sinto muito. Mesmo. Desculpe. – Disse ele devagar – Não era a minha intenção. Eu vou embora agora.

Apolo virou as costas e sumiu. Bruna ficou confusa e com um pouco de medo. Apolo tinha vindo diretamente para pedi-la que voltasse aos seus amigos? Bem... Mas ela confiava em Ártemis. Se não era extremamente necessário, ela preferia ficar com as caçadoras. Ali ela poderia lutar contra Cronos. No Colégio Interno não tinha chances.

- Vamos voltar ao acampamento. – Disse Ártemis devagar. Bruna assentiu.

As duas voltaram para junto das caçadoras, comeram mais algumas besteiras, e acabaram caindo no sono.

No entanto... A noite de Bruna não seria tão calma.

- Psiu! – Fez uma voz. Alguém jogou uma pedrinha nela, e a caçadora piscou os olhos acordando. Suas mãos tocaram a terra para identificar se a pessoa estava longe. Técnica das caçadoras. E não estava.

- Quem...? – Bruna murmurou se levantando um pouco, mas foi atingida por outra pedra.

- Psiiiiu! – Fez a pessoa novamente. Uma mão surgiu dos arbustos e a chamou, convidando-a a entrar na escuridão da floresta.

Ela se levantou e segurou seu arco e flechas. Seus passos eram lentos, por isso foi atingida por outra pedra.

- Ai! – Exclamou ela ao sentir a pedra batendo em seu braço – Mas que droga! Para de jogar pedrinhas, miserável!

- Foi mal! – Respondeu a voz sussurrante.

Bruna foi andando mais rápido para o arbusto, e de repente... A pessoa colocou-se de pé agilmente. Era Apolo.

- Você de novo?! – Reclamou Bruna irritada – Já não tinha ido embora?!

- Eu fui e voltei. – Disse Apolo. Ela deu um tapa na própria testa, sem acreditar que ele podia ser tão persistente – Eu vim falar com você.

- Já chega, não ouviu a Ártemis?! – Reclamou Bruna – Eu não quero falar com você de novo.

- Eu vim pedir desculpas. – Disse Apolo, e isso a deixou surpresa. A caçadora abaixou o arco e flechas, e franziu o cenho – É sério.

- Pedir desculpas para mim? – Perguntou ela sem acreditar.

- Sim. Eu acho que fui muito agressivo quando falei que você destruiria o mundo se não voltasse para seus amigos. – Disse ele olhando para Bruna e mostrando que estava realmente arrependido – Eu sinto muito. Acho que eu realmente exagerei. Você sabe, não é? Deus das artes, teatro e tudo... Acho que sou um pouco dramático de vez em quando.

- É. – Confirmou ela. Bruna estava incrédula por ver Apolo ser tão sincero e admitir que estava errado, e esse sentimento só aumentou quando...

- E eu sinto muito pelo jeito que eu me dirijo ás outras caçadoras também. Eu tenho que entender que elas levam isso de voto de castidade á sério. – Assentiu ele extremamente sentido – Não sou um cara muito legal com vocês.

- Ahm... É. – Confirmou ela novamente, sem saber o que falar.

- Olha, eu só queria pedir desculpas mesmo. E desculpa por acertar uma pedrinha em você. Ahm... Três na verdade. – Corrigiu ele de última hora – Você me perdoa, Bruna?

Ela sentiu que, pela primeira vez, Apolo estava usando a cabeça. Bruna assentiu confirmando, e sorriu de leve para parecer mais simpática.

- Tudo bem... Eu te perdoo. – Confirmou ela.

- Legal. Olha... – O Deus do sol estendeu a mão com uma caixa de cookies – São os cookies do perdão. Eu sei que é uma ideia legal, porque eu já aceitei as pipocas do perdão. Acredite. “Perdão” dá um gosto melhor á comida. Vem pegar um.

Bruna franziu o cenho, e achou aquilo esquisito, mas como queria que Apolo fosse embora logo, foi mais perto de Apolo. Ela pegou um biscoito e mastigou.

Tinham o mesmo sabor de sempre. Talvez com mais chocolate, pensou ela enquanto mastigava.

Repentinamente, Bruna recebeu um abraço de Apolo. Ela sentiu o Deus do sol apertá-la ao máximo em um abraço de urso, e achou que a situação estava ficando esquisita.

- Tá, Apolo. Já chega. Eu já perdoei você e comi o cookie, agora me solta. – Disse ela assentindo e com medo dele. O Deus do sol começou a chorar de emoção.

- Oh, Bruna! Você me perdoa! É tanta emoção! – Exclamou Apolo enquanto chorava. Bruna arregalou os olhos.

- Apolo, você parece um maluco. O que deu em você? – Perguntou ela sem entender. De repente, Bruna foi erguida do chão. Apolo continuava abraçando-a firme, de modo que seu corpo estava grudado ao do Deus do Sol.

- Peguei! – Exclamou ele animado. Apolo começou a sair correndo carregando Bruna na sua frente, e a caçadora arregalou os olhos.

- O que?! Você está me sequestrando?! – Exclamou ela – Apolo!

- Vamos para New York! Temos um traseiro de titã para chutar! – Exclamou Apolo correndo. Bruna começou a se debater, mas ele era mais forte do que parecia.

- Apolo! – Rugiu ela – Não! Me solta agora!

- Tudo bem! – Exclamou ele. Apolo soltou Bruna, mas no banco do carona de seu carro. O sinto de segurança ganhou vida e apertou a caçadora o máximo de modo que ela não conseguisse fugir.

O Deus do sol entrou no carro, colocou seus óculos escuros, e riu.

- Toma essa Ártemis! – Exclamou ele rindo – Eu sou demais.

- Apolo, seu irritante! Me solta daqui! – Exclamou Bruna. Apolo fez que não com a cabeça, e ela rosnou para ele. O Deus do sol abaixou os óculos escuros e olhou para Bruna.

- Você rosnou para mim? – Perguntou ele confuso. Bruna rosnou novamente para confirmar, e Apolo inclinou a cabeça de lado. Subitamente, o Deus do sol arregalou os olhos como se tivesse entendido – Espera... Eu sei o que é isso!

Apolo colocou a mão sobre o ombro de Bruna.

- Esse é um daqueles sons que os animais fazem quando estão apaixonados! Você está apaixonada por mim! – Exclamou ele achando ter entendido tudo.

- O que?! Claro que não! Eu rosnei de raiva! Raiva! – Exclamou ela.

- Ah, Bruna... Como eu posso explicar isso? Você tem o seu voto, e eu sou um Deus ocupado. Não daria muito certo entre a gente. – Comentou ele, mas então parou para pensar – Espera... Eu não posso partir o seu coração desse jeito. Não é justo.

- Do que está falando?! – Exclamou ela.

- Tudo bem! Dane-se a minha ocupação! Somos imortais, e temos todo o tempo do mundo para fazer o nosso relacionamento dar certo. – Disse ele confirmando com a cabeça – Pronto. Resolvido. Nós podemos ficar juntos.

- Eu não disse que eu...!

- Apruna Matata. – Disse Apolo, e Bruna franziu o cenho – “Ap” de Apolo. E “runa” de Bruna. Matata, porque eu achei legal. Como Hakuna Matata. Eu sou um ótimo poeta.

- Você é um ótimo lesado! – Exclamou Bruna.

- Apolo! – Berrou Ártemis em algum lugar da floresta.

- Ih, sujou! Vamos dar no pé! – Exclamou ele dando partida no carro e indo em direção á New York.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?
Apolo, seu fofo. Apanda Matata não dá, né? Ok, ok... Eu shippo forever Apruna Matata.
Deixem reviews dizendo os melhores shipps de Friends By Fate! Hahaha! Vai ser engraçado.
Beijos e até o próximo capítulo!



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