Friends By Fate 4 - The Final Battle escrita por Mandy-Jam


Capítulo 12
O salvador


Notas iniciais do capítulo

Sinto muito mesmo pela enorme demora em postar.
Dessa vez não foi bem culpa de um bloqueio, e sim por preguiça mesmo.
Mas... Aqui está um capítulo caprichado para vocês!
Boa leitura.



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- É traidora sim! – Berrou ele.

- Não sou não! – Protestou Bruna. Alguns semideuses em volta paravam para olhar a cena, preocupados, mas também curiosos sobre o que estava para acontecer.

- Você traiu a gente como sempre! Você nos largou para ficar com suas amigas caçadoras! – Disse Rodrigo com raiva concentrada – Deixou a gente naquele inferno de colégio e deu o fora assim que pôde. Chama isso de que? Amizade?!

- Cala a boca, Rodrigo! Isso não foi porque eu quis, eu só...! – Ela foi interrompida. Viu que várias pessoas estavam murmurando incomodados com a atitude dela. Bruna não estava nem um pouco afim de ser a vilã da história, por isso tentou inverter a situação – E quanto a você? Acha que pode falar de alguém, seu idiota?

- O que?! E você acha que pode falar de mim?! – Berrou ele de volta com raiva.

- Ahm... Gente, calma. Sem briga. – Disse Rhamon olhando para os dois, mas foi ignorado. Amanda saiu correndo para chamar os outros.

- Pode falar o que quiser de mim, mas eu estou aqui! Eu voltei para enfrentar Cronos com os meus amigos, pela minha família. Mas você nem mesmo se importa com o que possa acontecer com o Olimpo, e nem com a gente! – Reclamou Bruna apontando para ele – Você é um traidor!

- Não me faça parecer o vilão! Vocês é que não se importam com o que vai acontecer comigo! – Berrou ele com irritação – Tudo o que vocês fazem é reclamar de mim e do meu pai! Eu sempre faço tudo errado, eu sou o culpado de tudo, eu é que faço besteira... É só isso que vocês falam!

- Não é verdade! – Berrou Bruna.

- É sim! – Rugiu Rodrigo com raiva. O chão começou a tremer fazendo alguns semideuses perderem o equilíbrio – Todos aqui estão reunidos para lutar contra Cronos para salvarem eles! – Rodrigo apontou para o Empire States – Mas ninguém nem mesmo pensou em lutar para ajudar o meu pai!

Rodrigo apontou para a terra e parte da calçada explodiu. Alguns semideuses se encolheram com medo, e recuaram.

- Vamos lutar por todos! Mas os olimpianos estão em apuros e...! – Bruna foi interrompida.

- Em apuros?! Eles são o que agora?! Crianças?! – Berrou Rodrigo com ódio – Eles são mais velhos do que o mundo e estão dentro do Olimpo em segurança, e todo mundo quer protegê-los. Meu pai foi preso, e o Mundo Inferior caiu nas mãos de Cronos e ninguém quer nem mover um dedo para ajudá-lo!

- Todos estão em perigo! Se Cronos dominar o Olimpo, acabou tudo! A nossa única chance é ficar aqui e proteger o que restou! – Protestou Bruna.

- Quer dizer que meu pai é uma causa perdida?! – Berrou ele com raiva.

- Não foi isso que eu disse! Mas os Deuses precisam mais da nossa a ajuda agora! Não podemos fazer nada por Hades por enquanto! – Berrou Bruna irritada.

- Ah, porque a inútil da Ártemis realmente deve ter prioridade para você! Ela não faz nada além de matar bichinhos na floresta! Realmente, acho que o mundo não sobreviveria sem ela! – Implicou Rodrigo revoltado. Bruna trincou os dentes começando a perder a cabeça.

- Não fale assim da Ártemis! – Berrou ela com raiva.

- Você só sabe proteger gente inútil! O mundo estaria melhor sem ela do que sem o meu pai. – Retrucou Rodrigo – Aquela matadora de sátiros.

- Oh! – Fizeram todos os semideuses ao redor. Os outros já tinham chegado junto com Amanda para ver se podiam ajudar, mas congelaram ao ouvir aquela acusação.

- Ártemis mata sátiros?! – Perguntou Flávia chocada – Como ela pode?!

- Ela não mata sátiros! – Exclamou Bruna com vergonha por todos estarem olhando para ela de modo acusador – Ninguém na caçada mata sátiros! É mentira!

- Você matou meu sátiro? É por isso que eu demorei para chegar ao Acampamento? – Perguntou um semideus na multidão.

- Não! Eu não matei seu sátiro! – Exclamou Bruna.

- Mas... Como vocês podem matar sátiros e saírem em pune?! – Perguntou uma semideusa chocada. Bruna trincou os dentes.

- Nós não fazemos isso, eu já disse! – Exclamou Bruna e depois olhou para Rodrigo – Não fala besteira!

- Besteira é preferirem ajudar quem ainda está bem, ao invés de cuidarem do real problema! – Exclamou ele – Cronos vai matar todos vocês, e vai levá-los para o Tártaro. Os monstros vão sempre retornar, os Campos de Punições vão ficar cheios de semideuses, e isso tudo porque vocês preferem ajudar aqueles idiotas que nem mesmo ligam para vocês!

- Já chega! – Berrou Bruna com raiva. Ela de um empurrão no Rodrigo e o filho de Hades caiu no chão. Todos formaram um círculo em torno deles, como uma arena.

O filho de Hades se levantou lentamente e olhou para Bruna com ainda mais ódio.

- Traidora! – Exclamou ele. O chão debaixo dos pés de Bruna se ergueu se fosse um tapete, e derrubou-a no chão. Outro terremoto começou e as pessoas tiveram trabalho para se manterem de pé.

- Não sou traidora! – Berrou Bruna de volta – Você é que é!

Rodrigo pisou no chão revoltado, e Bruna teve que rolar para o lado rápido para não afundar em uma cratera.

- Você ficou maluco?! – Perguntou ela com raiva. Ela colocou-se de pé e acertou um soco na barriga de Rodrigo. O filho de Hades cambaleou para trás – Você podia ter me matado!

- Você começou com isso! – Berrou ele de volta.

- Por que você está tão irritado, Rodrigo?! As coisas já não estão ruins o suficiente?! – Perguntou Natália irritada. Ela entrou no meio da briga, separando os dois – Se você não quer nos ajudar, não nos atrapalhe.

- Atrapalhar?! – Repetiu ele e depois riu sem achar graça – Eu vou salvar a pele de todo mundo sozinho. Vou libertar o meu pai, enquanto vocês lutam em vão para Cronos não destruir o Olimpo. Quando o Mundo Inferior estiver de volta nas mãos de Hades, não se preocupem. Eu guardo um cantinho bem quentinho para vocês no inferno.

Rodrigo saiu empurrando as pessoas com raiva. Ele não queria ser visto como vilão, mas não conseguia acreditar que seus amigos estavam contra ele. Bruna olhou-o se afastar e sentiu o coração um tanto apertado.

Será que eles tinham mesmo tratado Rodrigo tão mal? Ela não se sentia como uma traidora, mas os olhares que foram lançados á ela pareciam mostrar outra coisa.

- O que foi? – Perguntou Bruna olhando para os semideuses que a encaravam – O que houve?

- Você mata sátiros. – Murmurou um garotinho. Ela bufou com raiva.

- Eu não...! – Ela foi interrompida.

- E você deixou todo mundo para ir para a caçada. – Comentou outra garota.

Ela sentiu como se ninguém ali realmente quisesse sua ajuda. Ela deveria ir embora assim como Rodrigo tinha feito? Devia deixar a batalha para seus amigos?

- Parem com isso. Já chega de ficarem acusando os outros. – Disse Natália puxando Bruna para longe da multidão – Continuem organizando o acampamento. Nós vamos precisar de muito preparo para vencer Cronos.

Todos os onze foram para um canto separado discutir o que fariam.

- Acho que nós vamos morrer. – Comentou Nina olhando em volta – É uma impressão minha.

- Eu acho que Rodrigo não vai guardar um cantinho legal no inferno para a gente. – Murmurou Amanda com sinceridade – Tenho a impressão que ele não estava falando do Elísio.

- Ninguém vai morrer, otárias. – Disse Mariana – Quero dizer... Eu pelo menos não vou morrer.

- Ninguém vai morrer. – Disse Mateus revirando os olhos – Para de falar só sobre você. Nós somos um grupo.

- Éramos um grupo. – Corrigiu Rita.

- Ainda somo um grupo. - Comentou Mariana em rebate – Você não viu o que aconteceu? Só aquele lesado é que foi embora. Mas todos nós ainda estamos aqui. Vamos lutar que nem semideuses de verdade, enquanto aquele covarde leva um chute de Cronos.

- Não podemos deixar ele levar um chute de Cronos. – Disse Rita com pena – Acho que devíamos ficar juntos. Devíamos ter ido atrás do Rodrigo para perguntar se ele...

- Perguntar o que? Rodrigo, você quer um abraço? – Zombou Mariana – Nós estamos no meio de uma guerra. E como papai diz: “Na guerra nós não temos tempo para abraços”.

- Mas o Rodrigo ficou mesmo triste. – Disse Flávia também com pena – E ele é nosso amigo. Acho que merece um abraço.

- Não vai resolver nada! Ele quer dar uma de revoltadinho. Quando ele se ferrar, vai acabar voltando para nós. – Rebateu Nina dando de ombros.

- Se ele voltar, Nina. O moleque foi para o Mundo Inferior. – Disse Mateus apontando para a direção que Rodrigo tomara.

- O que ele acha que vai fazer? Vencer todo mundo com a raiva dele? – Perguntou Vinícius dando pouca importância.

- Conhecendo o Rodrigo? É exatamente isso que ele vai fazer. – Confirmou Natália. Eles passaram um momento sem dizer nada. Rita olhou para a destruição provocada pelo terremoto dele. A calçada estava destorcida, quase impossível de passar sem torcer a perna, ou se machucar.

- Mas ele tem muito poder. Vocês viram aquilo? – Comentou ela. Natália e os outros olharam para a destruição e para a cratera no chão, e assentiram – Se ele fizer isso e pegar Cronos de surpresa, quem sabe ele não consegue?

- Com a cabeça quente que ele tem? Acho que não. Não adianta ter o poder e não saber se concentrar para usar. – Comentou Natália.

Todos lançaram olhares discretos para Mariana e depois desviaram os olhares.

- Por que vocês olharam para mim?! – Reclamou ela.

- Nada não. – Negou Natália. A filha de Ares estava pronta para reclamar, quando uma luz verde se acendeu. Ela iluminou os onze, ofuscando suas visões.

Nina sentiu uma mão agarrar o ombro dela com força e soltou um berro.

Uma voz sibilante falou.

- Quando a batalha final se aproximar devagar

Os doze unidos deverão lutar

Pelas mãos de um salvador o mundo resistirá

Ou o Tempo as pessoas irá esmagar

E todos os Deuses sofrerão a ira

E por Cronos perderão a vida.

Rachel tossiu um pouco, como se tivesse algo preso na garganta. Todos arregalaram os olhos com medo. Nina sentiu seu corpo suar frio. O oráculo soltou um suspiro.

- Sinto muito gente. Eu planejava só dizer oi. – Comentou ela encolhendo os ombros – Acho que vocês estão com problemas, não é?

- Obrigado Rachel! – Falaram todos juntos e irritados. A garota ruiva ficou sem graça e se afastou assoviando. Nina passou a mão pelo rosto.

- Então era essa a profecia da guerra? Tinha que falar logo agora? – Perguntou a filha de Zeus com raiva. Ela respirou fundo – Acho que Rodrigo é esse tal de salvador, e vai ganhar de Cronos sozinho sem que nós façamos nada. Eu voto para deixar ele se divertir no Mundo Inferior e esperar para ver no que dá.

- Temos que lutar juntos você não ouviu? – Reclamou Natália – Por que eu tenho que ficar pensando em tudo?!

- Porque ninguém mais tem paciência para isso? – Chutou Vinícius dando de ombros. Ela bufou e olhou para os amigos.

- Temos que tirar aquele idiota de lá. Se Cronos pega ele, estamos perdidos. – Disse Natália tensa – Alguém tem que ir atrás dele, mas não todo mundo. Um grupo pequeno. Talvez só duas pessoas mesmo. Voluntários?

Todos desviaram o olhar como se tivesse algo mais importante para fazer. Nina começou a assoviar distraída, Amanda foi olhar para as unhas, Flávia mexeu no cabelo.

- Ótimo. Muito obrigada, Vinícius, e Nina! Vocês são ótimos amigos por se voluntariarem! – Exclamou Natália sorrindo e batendo palmas.

- Eu não falei nada! – Exclamou Nina chocada – Não vou para o inferno resgatar o Rodrigo!

- Eu também estou sem vontade. – Comentou Vinícius.

- Ou é isso, ou todo mundo morre. – Comentou Natália.

- Ou outra pessoa vai no meu lugar. – Rebateu Nina.

- A gente te espanca se você não for. – Retrucou Mateus estalando os dedos das mãos. Nina sentiu medo só de ouvir o som, e sorriu de leve.

- Ahm... Onde estão os meus raios mesmo? 


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Notas finais do capítulo

Vou atualizar as fics que eu deixei para por um tempo para me redimir com vocês.
Mas o que acharam? Quem vocês acham que vai ser o salvador do Olimpo? Se é que não vão perder para Cronos. He he.
Desculpem mais uma vez pela demora. E para aqueles leitores que vão ao acampamento em SP... BOA CAÇA Á BANDEIRA!