Friends By Fate 4 - The Final Battle escrita por Mandy-Jam


Capítulo 11
Lucro, ships, e briga


Notas iniciais do capítulo

Desculpem muito pela demora. A desculpa é a de sempre... Escola. Ela poderia não existir, não é? Digo a escola.
Enfim... Aqui vai.



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Na virada da noite todo o país estava congelado. Nenhum mortal conseguia se mexer. A única coisa que viam era o tempo passar diante de seus olhos, mas não no sentido literal.

Seus corpos iam ficando velhos lentamente, e era só uma questão de tempo até que o feitiço de Cronos deteriorasse todos os mortais.

Tudo parecia morto e sem vida, exceto os quarteirões que rodavam o Olimpo. Vários semideuses haviam montado barracas para poderem acampar na frente do último lugar que conseguiam chamar de lar.

Esperavam poder impedir os titãs de destruir seus pais, mas não estavam tão confiantes. Ainda faltavam dois semideuses para que os 12 estivessem completos novamente. Rodrigo se recusava á aparecer, e Bruna estava desaparecida aos olhos deles.

Rhamon olhava em volta um tanto preocupado, quando Flávia se aproximou dele. Estavam em pé no meio fio em frente ao Empire States.

- O que houve? Está triste? – Perguntou a filha de Apolo. Rhamon olhou para ela, e deu um sorriso desajeitado.

- Não é isso. É que... – Rhamon não sabia explicar – As coisas ainda não estão resolvidas. Não estamos prontos.

- Vamos cair. – Murmurou Flávia, o que fez o filho de Deméter arregalar os olhos. Ele tinha essa possibilidade em mente, mas não esperava ouvi-la de alguém.

- Você... Você acha? Quero dizer... Acha ou viu isso como um flash do futuro? – Perguntou ele nervoso.

- Eu sinto. Não temos chance separados. – Falou ela preocupada – Onde está o Guigo? E a Bubis?

Rhamon franziu o cenho, mas encolheu os ombros tentando parecer calmo.

- Eles vão aparecer. Sabem que precisamos deles. São nossos amigos. – Falou ele. Flávia assentiu e resolveu ir para outro canto, onde seus meio-irmãos estavam – Não é mesmo?

A pergunta dele foi para o vento.

Rhamon sentou-se no meio fio da rua, mesmo sabendo que era imundo, e pensou no que poderia fazer. Ele não tinha ideia de como agir em uma guerra, principalmente em uma guerra mágica.

O que um filho de Deméter poderia fazer? Incentivar a grama á crescer? Aquilo não parecia muito útil. Poderia fazer aquele truque com as árvores, o mesmo que usara para ser expulso da escola, mas não sabia por quanto tempo aguentaria um gasto tão grande de energia.

Ela começou a brincar com umas folhas caídas, fazendo-as criarem raízes e grudarem no chão, quando alguém passou correndo e pisou nela.

- Ei! – Reclamou Rhamon. Ele olhou para um garoto pequeno e magro. Aquele era algum filho de Hermes, mas não soube o nome exatamente – O que é isso?

Rhamon notou que o garoto usava uma camisa verde com letras pretas. Estava escrito “Rhamon - Viva o garoto da cevada”. O filho de Deméter levantou-se e olhou para o garoto confuso.

- Onde conseguiu isso? Foi você que fez? – Perguntou ele. O menino sorriu.

- Não, eu comprei com naquela barraca ali. Ei! Você é o meu herói favorito! O que você faz com as árvores é muito legal! – Exclamou o garoto animado. Rhamon sorriu feliz, mas depois se tocou da camisa.

- Obrigado. Eu... Tenho que ver essa barraca. Até mais, garoto. – Disse ele correndo na direção que fora apontada. Rhamon encontrou Amanda no meio do caminho, que olhava para várias pessoas surpresa.

- Rhamon! – Exclamou ela – Tem gente com camisas nossas! Você viu isso?

- Eu vi... – Rhamon viu uma garota passar, mas essa camisa era diferente. Ele o parou e virou – Essa é de quem?

A garota era filha de Afrodite, estava na cara. Ela sorriu feliz, e olhou para os dois.

- De vocês! – Respondeu ela esticando a camisa – “Rhamon&Mariana - Rhamana!” Um casal.

Amanda e Rhamon olharam para a garota sem entender nada, mas a deixaram ir. Eles viram um garoto passar com uma camisa “Rovia”, que imaginaram ser Rodrigo e Flávia.

Eles foram em direção á barraca montada e viram algo que os surpreendeu. Marcos segurava caixas e mais caixas e as colocava em cima de um balcão.

- Ei! – Chamou Amanda. Eles se aproximaram, e Marcos sorriu.

- Quanto tempo nós não nos vemos, hein? Como vão vocês? – Perguntou ele sorrindo para os dois meio-sangues.

- O que você está fazendo? – Perguntou Rhamon sem entender. Marcos sorriu ainda mais, e apoiou o cotovelo na superfície de madeira da barraca de vendas.

- Estou ganhando uma grana antes do mundo acabar. É um negócio bem promissor se querem saber. – Respondeu ele calmamente – Mão de obra barata, mercado consumir abundante, e preços altos. Dá um belo lucro...

- Marcos... – Amanda o interrompeu – Cara, vender drogas não é legal. Mesmo, isso não vale a pena.

Marcos deu um tapa na madeira, irritado.

- Por que todo mundo acha que eu estou vendendo drogas?! – Exclamou ele – Não, ok?! Eu estou ganhando um dinheiro bem honesto. Olhem, se quiser.

Ele abriu uma caixa e jogou camisas sobre o balcão. Rhamon pegou uma que dizia “Mariana esmaga e arrasa”.

- Você está fazendo camisas nossas?! Qual é o seu problema? – Perguntou Rhamon olhando para o filho de Nêmeses, que deu de ombros.

- Tenho poucos móveis. – Respondeu.

- Não perguntei literalmente. – Rebateu ele.

- Você não nos perguntou sobre isso. – Comentou Amanda cruzando os braços. Rhamon assentiu com a cabeça, e Marcos tentou se safar.

- Escutem aqui, estou fazendo um favor á vocês. – Falou ele apontando para os dois com uma camisa na mão – Esses semideuses acham que o mundo está perdido. Que o Olimpo vai cair, e fim de história. Eles precisam de uma esperança. Na verdade, 12 esperanças. São vocês! E como eles podem se lembrar de suas últimas esperanças nos momentos mais difíceis? Quando estiverem no meio da batalha?

Marcos sorriu e apontou para o balcão.

- Usando camisetas com frases estimulantes de seus heróis. – Respondeu ele a própria pergunta – Por meros 45 dracmas, podem levar a camisa que quiserem.

- 45 dracmas?! – Exclamou Rhamon – Você está roubando eles. Está se aproveitando do medo deles!

- Estou nada. – Disse Marcos sem ligar. Ele olhou para o lado e sorriu – Eu ainda ajudei eles. Trouxe um dos seus amigos desaparecidos.

- Rodrigo? – Perguntou Amanda.

- Não, a Bruna. Ela foi para o meu apartamento pegar mais caixas. – Respondeu Marcos contando os dracmas.

O filho de Nêmeses foi surpreendido por um soco no balcão de madeira. Toda a barraca balançou, o que o deu um susto.

- Ei, quem pensa que...?! – Marcos foi interrompido.

- Você está fazendo camisas minhas, seu otário?! – Perguntou Mariana com raiva. Marcos fez uma careta para ela.

- Isso é da sua conta? – Rebateu.

- Tem o meu nome, seu retardado, é claro que é da minha conta! – Exclamou ela – O que você escreveu nelas?!

- Ah, sua só tem dois modelos. Os filhos de Ares não prestam atenção nas variedades. – Respondeu ele voltando a normalidade de um vendedor – Tem o modelo “Mariana esmaga e arrasa” e “Mariana – matadora”. Todas em vermelho, tamanho P, M, G, e GG. Quer uma?

Amanda esperava que Mariana dissesse “Não”, e continuasse bringando com Marcos, mas na verdade...

- Quero uma tamanho M. A “Mariana – Matadora”. – Pediu ela pegando moedas do bolso. Amanda e Rhamon olharam para ela surpresos.

- É a favorita dos filhos de Ares. – Contou Marcos pegando um tamanho M. A camisa era vermelho cor de sangue, e Mariana sorriu – São 45 dólares.

- 45 dólares?! – Exclamou Mariana – Não tem desconto para mim?! Sou eu que estou nessa camisa!

- Não. – Respondeu ele. Mariana o encarou fixamente por vários minutos, até que jogou um nota de 50 dólares no balcão e pegou a camisa das mãos dele.

- Otário. – Foi tudo o que disse até ir embora sem se importar com o troco.

- Olha quem diz. – Riu ele guardando o dinheiro á mais no bolso. Ele pensou que teria paz, mas outra pessoa apareceu. Nina jogou uma camisa em cima do balcão e olhou para Marcos.

- Que. Porra. É. Essa?! – Perguntou mostrando a camisa. Amanda e Rhamon começaram a rir.

- “Nina – Hamsters fedem”. – Riu Amanda lendo. A camisa era branca, e as letras pretas, bem destacadas. Marcos riu também.

- Essa é foi genial! Não sei nem como eu pensei nisso! – Riu ele. Marcos pegou outra camisa branca e mostrou-a para Nina – Tem essa aqui também.

- “Nina – Fucking Freaking Awesome”. – Leu Nina. A filha de Zeus estreitou os olhos, pesantiva. Depois estendeu a mão e pegou a camisa. Ela jogou a camisa do hamster para cima de Marcos – Vou trocar por essa. Tenha um bom dia.

- Qual é o problema das pessoas? – Perguntou Rhamon sem acreditar que ele era mesmo o único que se importava com estar na camisa de todos sem ser avisado.

Antes que pudesse falar alguma coisa, outra pessoa o interrompeu.

- Seu puto! – Berrou uma voz conhecida. Os três se viraram para ver Rodrigo avançar com uma camisa nas mãos. Ele apontou para Marcos com um ódio profundo – Meus pais foram congelados, o mundo está para acabar, e quando eu saio para a rua tenho que ver as pessoas usando essa merda?!

Rodrigo jogou a camisa preta no balcão e todos viram “Rodrigo&Nina para sempre” em letras brancas destacadas. Marcos prendeu um riso e olhou para Rodrigo.

- O que foi? Ficou com raiva porque eu acertei na loteria? – Perguntou Marcos. Rodrigo quase avançou no por cima do balcão em direção á Marcos, mas Rhamon o conteve.

- Você está fazendo camisa de casais que nem existem? – Perguntou Rhamon sem acreditar – Ah, claro. Por que ia querer perguntar para nós?

- Tsc. Como se vocês fossem ligar para isso. – Disse Marcos dando de braços. Rodrigo trincou os dentes com raiva. Ele notou que tinha uma caixa fechada, que Marcos estava guardando no canto, no chão mesmo.

Ele pegou-a, jogou sobre o balcão e rasgou-a para ver que camisas tinha lá. Marcos começou a brigar com ele, tentando impedi-lo.

- O que você está fazendo com isso?! Larga! Essas são camisas especiais! – Exclamou ele com raiva. Marcos puxou a caixa para longe, mas Rodrigo tinha pegado uma. A camisa era GG e completamente azul claro. As letras eram em azul marinho, mas o rosto de Marcos atingiu um tom de vermelho ao ouvir Rodrigo lê-la.

- “Marcos&Amanda – Diferente, mas existente”? – Leu Rodrigo. Marcos quase pulou no pescoço dele, mas Rhamon o impediu – Ah, essa você não saí por aí vendendo, né?! Seu babaca!

- Espera... Camisa especial? – Perguntou Rhamon lembrando-se do comentário dele. Marcos negou rapidamente com a cabeça.

- Deixa de ser idiota! É porque elas quase não vendem! Ninguém me conhece direito... – O rosto dele estava vermelho, em parte por raiva, mas a maior por vergonha. Ele puxou a camisa das mãos de Rodrigo, e os dois lutavam como cabo de força – Devolve isso!

- Não! – Berrou Rodrigo – Vou distribuir por aí! Que tal, hein?!

- Eu vou quebrar a sua cara, que tal?! – Rebateu com ódio.

- Para com isso! – Exclamou Amanda quando a camisa rasgou. Ela olhou para Marcos, e sorriu – Calma, está tudo bem.

O rosto dele ficou muito mais vermelho.

- O que...?! – Ele foi interrompido.

- Você não precisa ficar nervoso, Marcos. Está tudo bem. Pode fazer camisas com o meu nome sem problema. – Os olhos de Rhamon e Rodrigo se arregalaram, mas não tanto quanto os de Marcos.

- Não é nada disso que aquele babaca estava falando! Eu...! – Ele se interrompeu confuso – Espera... Está tudo bem por você?

- Sim. – Confirmou ela com um sorriso simpático. Marcos se aliviou, mas a filha de Hermes continuou a falar – Porque você vai me dar 15 dólares de cada camisa que você vender.

Marcos parou, e depois riu.

- Não vou não. – Negou ele.

- Ah, vai sim. Está vendo esse nome? É meu. Direitos autorais, querido. Pode ir pagando. – Disse Amanda estendendo o braço. Marcos riu com desdém.

- Me processe então, querida. – Rebateu ele com irritação. Amanda suspirou e olhou para ele extremamente séria.

- Olha, eu não queria ter que recorrer á isso, mas... O meu pai é o Deus dos mercadores. O meus irmãos controlam o mercado negro. Se você não tiver o meu apoio, está ferrado. Acho que comparado á ir a falência por causa da pirataria dos irmãos Stoll, ou Hermes fazer as camisas estragarem sem querer, você vai preferir me pagar 15 dólares. – Ameaçou ela.

- Isso é extorsão. – Reclamou ele.

- É. Isso os filhos de Hermes dominam bem. – Sorriu Amanda – Pode ir passando o dinheiro.

Marcos resmungou, mas antes que pagasse, Bruna voltou. A caçadora olhou para Rodrigo e sorriu.

- Você voltou! Temos uma chance contra os titãs afinal! – Disse ela animada – Que bom, Guigo. Assim vamos poder...

- Voltei? – Repetiu Rodrigo, desanimando a todos. Rhamon franziu o cenho.

- É, não é? Você veio... Lutar com a gente contra Cronos. – Falou o filho de Deméter bem devagar. Os olhos de Rodrigo analisaram os dele, e ele negou com a cabeça.

- Eu não voltei para nada. Saí para ver como a rua estava, e fui surpreendido por essas camisas babacas, e esse animal! – Exclamou ele apontando para Marcos. Ele apontou para os amigos depois – Eu lembro muito bem de como me chamaram de traidor! Eu já tomei a minha decisão. Curtam o fim do mundo sozinhos, porque eu não estou nem aí para isso!

- Rodrigo, você não pode nos deixar. Não temos chance sem você! – Bruna falou um pouco alto demais. Alguns semideuses começavam a prestar atenção na discussão.

- E onde você estava?! – Perguntou ele apontando para ela – Você nos largou para ir para a caçada! Enquanto ficamos presos naquela escola interna, você estava no meio do mato caçando bichinhos, sua traidora!

- Não me chame de traidora! – Exclamou Bruna.

E mais pessoas prestavam atenção á briga.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?
O próximo capítulo vai ser inteiramente de brigas. E podem deixar que ele não vai demorar tanto para chegar quanto esse demorou.
Espero pelos seus reviews! Beijos e até o próximo, leitores!