Friends By Fate 4 - The Final Battle escrita por Mandy-Jam


Capítulo 10
O dia ruim de Bruna


Notas iniciais do capítulo

Aqui está o novo capítulo.
Boa leitura!



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Enquanto todo o país parava lentamente, enquanto todos os mortais eram submetidos aos poderes de Cronos... Apolo coçava o queixo.

Todos os Deuses pareciam discutir intensamente sobre o que fariam, mas não o Deus do Sol. Ele só coçava o queixo e olhava para algum ponto distante na sala.

- Apolo! – Gritou Ártemis, fazendo-o levar um susto. Ele deu um leve pulo da cadeira, e olhou para a irmã chocado.

- Você não podia ser mais sutil? – Perguntou incomodado.

- Eu estou te chamando faz um bom tempo, irmão. – Disse ela irritada – Quer deixar para nós os problemas do mundo diante de um fim quase fatídico, ou prefere deixar sua burrice de lado para se juntar ao debate?

- Eu estava prestando atenção, grossa. – Resmungou ele, mentindo levemente. Apolo olhou novamente para um ponto distante da sala e coçou o queixo novamente – Eu só acho que esqueci alguma coisa...

Ártemis franziu o cenho achando que tratava-se de algo importante, mas logo deixou isso de lado que nem Apolo para prestar atenção ás discussões.

xXx

- Pronto. Agora saía do carro e salve o mundo, gatinha! Foi o que ele disse. – Imitou Bruna revoltada. A caçadora estava com um ódio profundo de Apolo, enquanto se debatia tentando lutar contra o cinto de segurança que ainda a prendia ao acento do carro – Você só esqueceu uma coisa, Apolo... De me soltar daqui!

Bruna berrou isso o mais alto possível. Ela estava no estacionamento do McDonnald’s, mas ninguém parecia notá-la. O cinto de segurança era como cordas, cumprindo a função de mantê-la prisioneira.

- Socorro! Alguém! Me soltem daqui! – Berrou ela olhando para fora. Uma pena que a janela estava fechada, já que assim seus gritos eram resumidos á múrmuros para quem passava do lado de fora.

Ela já não aguentava mais. Estava presa havia horas, e tinha que sair. Uma hora o ar acabaria, e ela não queria nem mesmo pensar nisso.

- Por favor! – Pediu Bruna em desespero e raiva – Apolo! Zeus! Ártemis! Atena! Hefesto! Mortais! Alguém!

Ela achou que seria inútil até que...

- Ei! – Chamou alguém do lado de fora. Bruna olhou para o lado, e viu um homem parado a encarando. Um mortal – Ei, você precisa de ajuda?

- Sim! – Berrou ela em resposta, abrindo um enorme sorriso – Sim, sim, sim! Eu preciso! Moço, abre a porta! Abre a porta, por favor!

- Está presa aí? – Perguntou em uma voz baixa e lenta, como se estivesse falando com alguém burro. Bruna tentou não se ofender. Deixaria para reclamar depois.

- Sim! Eu estou presa! – Respondeu em voz alta – Vem cá e abre a porta para mim! Por favor!

O homem andou até o carro. Seus passos eram calmos, como se não tivesse pressa para nada. Bruna se debatia violentamente no banco do carro, inquieta. O homem parou alguns centímetros do carro, e ela inclinou-se para perto da porta.

- Isso. É só abrir! A porta está aberta! – Exclamou ela comemorando. O homem sorriu devagar, e esticou a mão. O tempo parecia passar lentamente enquanto ele fazia isso, mas Bruna não tinha certeza se isso era real, ou se era só sua inquietação pregando peças em sua mente.

Mas de repente... O homem parou. Congelou, para ser mais exata. Ele esticou a mão, mas congelou á centímetros dela. Bruna franziu o cenho.

- O que? Vamos! Abre! – Pediu ela. Esperou alguns minutos, mas nenhum movimento do homem. Nada. Bruna começou a dar chiliques revoltados – Não! Me deixa sair! Abre logo a porta!

Estava começando a choramingar.

- Apolo... Eu odeio você. Odeio você, e o sinto de segurança do seu carro! – Chorou ela. Demorou mais alguns minutos para outra pessoa passar perto do carro, mas essa não iria embora ou congelaria.

- Bruna? – Perguntou Ray olhando para a caçadora presa no carro. Bruna levantou o rosto e olhou para a garota loira parada ao lado do carro – Bruna, o que você está fazendo aí dentro?

- Ray! Me tira daqui, pelo amor de Zeus! – Berrou Bruna em desespero. Ray arregalou os olhos levando um susto, e abriu a porta do carro. Viu que Bruna estava presa no cinto, por isso esticou a mão e a libertou.

A caçadora pulou para fora do carro e bateu a porta com força.

- Finalmente! – Exclamou ela em alívio, mas depois viu o mortal que havia congelado – Você me deixou na mão, seu mortal maldito!

- Bruna, ele não vai ouvir você. Ele está congelado. – Contou Ray. Bruna olhou-a e filha de Apolo contou tudo sobre o que Cronos estava fazendo – Mas porque você estava nesse carro? Você sabe dirigir agora?

- O que? Não! O maldito do Apolo fez ir com ele, mas depois me deixou aí dentro! – Exclamou Bruna. Ray sorriu para ela doce e malignamente ao mesmo tempo.

- Apolo e Bruna, estão namorando! E dentro do carro se beijando! – Cantarolou ela. Bruna ficou com o rosto vermelho e negou com a cabeça.

- Claro que não! Eu sou uma caçadora, e...! – Ela foi interrompida.

- Bei. Jan. Do! – Continuou Ray. Bruna rosnou, mas a filha de Apolo continuou cantando. A caçadora de Ártemis trincou os dentes.

- Tá, já chega. Foi muito engraçado, mas... – Interrompida de novo.

- Com quem será? Com quem será? Com quem será que a Bruna vai casar? – Cantou Ray ainda implicando – Vai depender! Vai depender! Vai depender se o Apolo vai querer!

- Ray, quer me escutar?! – Exclamou Bruna.

- Ele aceitou! Ele aceitou! Tiveram dois filhinhos e...! – Foi a vez dela ser interrompida.

- Chega disso! – Exclamou Bruna. Ray parou de cantar, e prendeu o riso.

- Certo. – Disse ela.

- Eu tenho que achar os outros. Eles têm que me ajudar á... – Bruna foi interormpida.

- Bruna, sinto te informar, mas são umas onze da noite, e eu não vou poder te ajudar. – Disse Ray.

- Por quê? – Perguntou sem saber.

- Porque mamãe vai chegar do trabalho, e ela não gosta que eu fique na rua essa hora. Eu tenho que voltar logo para casa. – Explicou Ray.

- Certo. Ei! Será que eu posso dormir na sua casa, porque eu não tenho mais para onde ir. – Disse Bruna olhando em volta.

- Ahm... Desculpa de novo, mas não. – Respondeu Ray triste.

- Por que não?! – Perguntou Bruna.

- Porque mamãe não gosta que eu fale com estranhos. Nem que leve estranhos para dormirem lá em casa. – Contou Ray. Bruna ficou chocada.

- Ray, mas onde eu vou ficar?! – A filha de Apolo olhou para o carro na sua frente, mas Bruna negou com a cabeça logo de cara – Nem tente dizer para eu dormir nesse carro, ouviu?!

- Calma! Eu já sei onde você pode ficar! – Exclamou Ray lembrando-se de um lugar onde sempre teria espaço para pessoas estranhas, desamparadas, e sem nenhum rumo na vida.

xXx

- Sinta-se á vontade. Pode dormir em qualquer lugar, mesmo. – Disse Marcos abrindo a porta de seu apartamento para Bruna – Só não ligar para a bagunça. Eu não estou com a mínima vontade de arrumar esse lugar.

Bruna olhou em volta e tentou não reparar a bagunça. O espaço era tão vazio, na realidade, que não daria para não reparar a bagunça se ela quisesse.

O apartamento era minúsculo. Uma cozinha, um banheiro, e a sala. Sendo que a sala era um grande espaço sem sofá. Só tinha um TV pequena, uma mesa de madeira entulhada de caixas de papelão, um bando de lençóis no cantinho, algumas roupas jogadas no chão, e um colchão velho.

- Você pode dormir ali. – Disse Marcos apontando para o monte de lençóis amontoados nos chão - Vai ser melhor para as suas costas.

- Mas o colchão não é melhor? – Perguntou Bruna.

- Acredite. O chão é melhor que esse colchão velho. Se Cronos não me matar, minhas costas matam. – Confirmou Marcos. O filho de Nêmesis andou até as roupas jogadas no chão, e as lançou para o outro lado da sala – Ignore as minhas roupas também. Ela ficam por aí, já que eu não tenho um armário.

Bruna começou a ajeitar os lençóis para formar uma cama para si, e foi tomada pela terrível visão de deitar-se ao lado de uma das meias sujas de Marcos. Ou pior, de uma de suas cuecas.

A caçadora fez uma careta, mas não o deixou ver.

- Por que você não tem... Ahm... – Bruna sentiu-se sem graça em perguntar, por isso deteve-se.

- Móveis? – Completou Marcos, e ela olhou para ele confirmando – Ah, é que o meu salário miserável no fast food não deu para pagar.

- Mas seus pais...?

- Eu estou aqui exatamente para ficar longe dos meus pais. Já tenho 18 anos, e não preciso de ninguém para mandar em mim. – Disse Marcos jogando-se em seu colchão. Bruna olhou para ele franzindo o cenho.

- Então isso foi uma crise de “eu tenho 18 anos, e vou me virar sozinho”? – Perguntou ela – Acho que... Não está tão bem assim.

- Por enquanto. Por enquanto, minha cara. – Sorriu Marcos maligno. Bruna ficou com um pouco de medo, por isso resolveu deitar logo para dormir. Mas antes que conseguisse... – Quer saber porque?

- Ahm... Não. – Respondeu ela.

- Tudo bem. – Confirmou Marcos. Ele deitou-se para dormir, e apagou a luz. Bruna estava quase pegando no sono quando ele a acendeu novamente – Tem certeza que não quer saber? Por que eu posso contar, já que você está aqui.

- Não, Marcos. Obrigada mesmo. – Disse Bruna mantendo seus olhos fechados.

- Mesmo? – Perguntou Marcos mais uma vez.

- Mesmo, Marcos. Mesmo. – Confirmou ela.

- Bem, eu... – Marcos ia desistir, mas acabou não se contendo. Ele correu até uma das caixas de papelão e olhou para Bruna – Eu vou contar! Olhe aqui!

Bruna passou a mão pelo rosto, desejando estar dormindo, mas acabou colocando-se sentada para olhá-lo. Marcos sorriu para a caixa de papelão em suas mãos.

- Vai vender papelão? – Chutou Bruna.

- Não! Vou vender o que está dentro da caixa de papelão. – Respondeu ele ainda sorrindo. Bruna olhou para as várias caixas de papelão, e franziu o cenho.

- Cara... Eu sei que você deve precisar de dinheiro, mas se for para vender drogas, é melhor continuar desse jeito. Pensa bem, Marcos. Isso não vale a pena! – Aconselhou Bruna. Marcos franziu o cenho para ele.

- Drogas?! Não! Não vou vender drogas! – Exclamou ele como se a ideia fosse estúpida. Ele colocou uma caixa no chão e chutou-a para Bruna. Ela a abriu e olhou o que tinha dentro.

Seus olhos se arregalaram e fitaram Marcos.

- Você vai vender isso?! Está falando sério?! – Exclamou Bruna.

- Claro. – Confirmou Marcos. Ele se aproximou e sentou ao lado dela – Amanhã de manhã todos os semideuses vão ter se tocado de que Cronos já tirou do caminho todos os mortais do país. Parentes de todos estão congelados, e envelhecendo mais rápido que o normal. E o Olimpo está ameaçado com isso tudo. Uma guerra iminente.

- E o que tem isso? – Perguntou ela.

- Eles vão querer se agarrar ás últimas esperanças. Torcer com todas as forças para que dê certo. – Disse Marcos.

- As últimas esperanças... Está falando dos doze? – Perguntou á Marcos.

- Como eu disse... Amanhã vai ser um ótimo dia. Vou ver a decoração do apartamento. Por enquanto... Boa noite. – Disse ele apagando a luz e indo dormir.


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Notas finais do capítulo

Curiosos para verem o que Marcos vai vender?
Aguardem. He he.
No próximo capítulo voltam os shipps. Quem vocês shipppam?
Até o próximo capítulo, e estou esperando os reviews! Beijos, e obrigada por lerem Friends By Fate!



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