A Vida De Alice Cullen escrita por Mary Alice Brandon


Capítulo 4
Você não pode me deixar...


Notas iniciais do capítulo

oi minhas flores.
boa leitura. :]
encontro vocês nas notas finais.



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Alice levou Jasper para aquela clareira na floresta ao redor da cidade, como ela tinha visto na visão. O cenário estava mesmo mágico e eles se sentaram sobre as raízes da maior árvore ali. Era uma linda árvore centenária, que estava toda verde e cheia de musgo por conta do grande volume de chuva que tinha ocorrido. Ela cheirava deliciosamente uma profusão de cheiros diferentes como musgo, terra e a própria madeira molhada.


E ainda havia chovido de leve todo o caminho que eles levaram para andar até ali, os dois andando num ritmo normal de humanos, muito envolvidos na conversa. Jasper contou tudo para ela sobre vampiros. Aparentemente ele já conviveu com várias centenas deles no sul do continente e sabia muita coisa sobre o que ela estava passando.


– Mas então me explique, você disse que vivia com Charlotte e Peter, amigos seus? - Alice disse enquanto eles se sentavam.


– Eu viajei com eles por um tempo, mas não tenho mais vontade de fazer isso. Viver por minha conta é muito mais satisfatório. Gosto muito da vida de nômade.


E ele continuou me contando detalhes do que ele conhecia até hoje. Alice notou como era muito fácil conversar com ele, os assuntos se sucediam rapidamente, sem que eles percebessem e a conversa fluía naturalmente. Ela estava extasiada com isso. Jasper era perfeito para ela, ele era tão gentil, divertido, alegre e lindo. Ela estava desesperada que ele desistisse de ir embora. Enquanto num momento de silêncio, depois de conversar por algum tempo, e Jasper estava apreciando a beleza da clareira, ela aproveitou para checar o futuro discretamente. Ela se concentrou naquela futura cena do beijo no alto da árvore quando ele prometeu um coelho para ela. A cena permanecia intacta. Ele não ia embora. Alice tentou suprimir a felicidade, mas aquele balão de esperança estava se enchendo de novo dentro dela.


– Alice, você me prometeu, não foi? - ele chamou a atenção dela de repente. Alice se assustou e olhou para Jasper, ele agora não olhava para a paisagem mas para ela, as sobrancelhas juntas na testa, uma expressão desconfiada no rosto.


– Desculpe, Jasper. Eu não resisti... – ela analisou se deveria continuar a falar o que gostaria. Talvez fosse cedo e ele pudesse se assustar.


Mas ela não agüentava mais. Ela queria poder amá-lo logo como ele merecia. Como eles dois mereciam e precisavam. Alice decidiu depressa, se reposicionou na raiz da árvore e começou a falar depressa para Jasper:


– Sabe, você é exatamente como eu via que você seria. Isso pode parecer óbvio, afinal, eu posso ver o futuro. - Alice disse num tom divertido e Jasper sorriu com ela. - Mas honestamente, não imaginei que houvesse um homem como você andando por aí.


Ela deixou que todo o amor, desejo, esperança, carinho, afeição, e todos os outros sentimentos bons que ela estava guardando com cuidado, escondidos dentro de si, escapassem. Era ridículo que ela precisasse preocupar-se não mostrar como gostava demais dele. Ela já o amava e ele teria que lidar com isso, de qualquer modo, e ponto final. Ela olhou dentro dos olhos dele enquanto relaxava. Os olhos vermelhos e brilhantes de Jasper foram aos poucos se arregalando de surpresa.


E a reação ao que ela fez foi instantânea. Ele mudou da posição tranqüila que estava para uma posição de alerta, duro como mármore. O sorriso que ele exibia foi substituído por uma expressão séria e calculista. Ela quase se arrependeu, mas mesmo assim respirou fundo e disse:


– Jasper, desculpe, mas eu não posso evitar, eu já sei o que acontece. Eu já sei como isso termina. Eu já me apaixonei...


A última frase foi difícil de dizer em voz alta. Era tão confortável quando ela só precisava pensar nisso e não ter que fazer confissões de amor num nível audível. Mas ele precisava saber como ela se sentia. Não pelo dom dele, mas ela precisava ter coragem de fazê-lo enfrentar isso de frente, e talvez ele tivesse alguma coragem também.


– Não diga isso, Alice. O que você está sentindo é normal, você é jovem, nunca teve experiência com vampiro nenhum antes e imagino que ter visões sobre isso deve ter sido empolgante, mas eu já lhe disse: não sou o que você pensa.


Um sentimento de ultraje passou correndo pela mente de Alice e ela falou mais rápido que esperava:


– O que você quer dizer com isso, Jasper? Você está insinuando que eu apenas quero que você se deite comigo e... – ela estava repleta de raiva agora. Alice se levantou e apesar de não ter mudado muita coisa, já que Jasper era muito maior do que ela, e mesmo sentado era quase como se ela ainda pudesse olhá-lo nos olhos, mas mesmo assim ela disparou com ferocidade pra ele, apontando o dedo indicador para o seu rosto. Toda a sua raiva muito óbvia no seu rosto. - Oras, seu homem sem respeito! Pois saiba que mesmo como uma vampira, eu não tenho esse tipo de intenções. Meus sentimentos são muito puros.

– Oh, sim, deveras puros. – a voz de deboche dele ia levar Alice à loucura. Ela tinha vontade de machucá-lo forte só para que ele nunca mais zombasse dos sentimentos dela assim. – Eu poderia sentir o seu tesão a quilômetros de distância daqui, sabia?

Ela parou tonta com a frase dele. Ela era tão óbvia assim?
Mas não era "só" isso que ela sentia.

– Bom, eu obviamente não posso mentir para você sobre como eu me sinto. – Ela cruzou os braços desistindo da briga e se afastou alguns metros dele, envergonhada da verdade estar tão cruamente exposta. – Mas você também não pode mentir de que esse é o único sentimento que eu tenho agora.

– Talvez... De fato, como eu disse, você, incrivelmente, consegue sentir muitas coisas ao mesmo tempo. Mas para eu causar esse tipo de sentimento foi porque o que você nos viu fazer não é o que um cavalheiro faria, e eu não pretendo desonrá-la, senhorita.

Ela queria chorar. Queria gritar que ele não ia desonrá-la. Que ele ia fazê-la completa, ia fazê-la feliz. Mas aquela onda de calmaria que ela sentiu no restaurante voltou a atacá-la.

– Eu vou partir agora. É o melhor a se fazer. Com licença.

Alice quis se mexer para impedi-lo. Ela não podia deixar que ele simplesmente fosse andando embora da vida dela. Mas a onda de calmaria se misturou ao seu medo e eles foram mais fortes, e ela se viu paralisada. Ela ouviu Jasper andar lentamente em direção a floresta, e antes que um segundo se passasse ela teve mais uma visão:


Ela era mesma na visão. O mesmo rosto, o mesmo cabelo curto e espetado na altura das bochechas, ela parecia a mesma em muitas coisas.


Alice estava caçando claramente. Mas numa floresta, e caçando animais. Havia outros vampiros com ela, ela não podia vê-los, mas o cheiro deles estava no ar não muito longe e, pelo jeito como ela não parecia se preocupar com isso, então eles deviam estar juntos com ela.

Depois de reparar esses detalhes ela percebeu os seus próprios olhos. Estavam rasos, perderam toda a vitalidade e alegria que sempre tiveram. E ela entendeu. Eles seriam frios e raros assim se ela seguisse na vida sem Jasper. Ela não ficou curiosa de ver a continuação da visão, para saber mais sobre quem estava com ela, nem nada. O abatimento na sua expressão era de entristecer.


Ela forçou a cabeça a cortar a visão, mas não conseguiu. Tudo o que aconteceu foi que a imagem na sua cabeça fosse substituída. Agora era uma Alice diferente, com roupas diferentes, mas com certeza, fisicamente, a mesma. Agora sozinha, viajando para o norte. As roupas que ela usava eram estranhas e tinham o cheiro floral de outra vampira. Novamente a Alice da visão não achava isso nada disso estranho.


Os acontecimentos dessa visão passaram um pouco mais rápidos dessa vez, ela quase estava feliz por isso. Era como se eles estivessem passando em velocidade máxima ao invés da velocidade normal de sempre. Isso era o que acontecia quando ela vasculhava como seria seu futuro, as imagens passando com pressa, algumas muito claras e nítidas, outras embaçadas e confusas. De modo geral era desse jeito quando ela procura algo específico no futuro. Mas Alice não sabia o que ela poderia estar buscando agora no futuro, ele apenas passava diante dos seus olhos rápido, e ela era indiferente aos detalhes.


Alice viu com pouco interesse que ela agora chegava a uma casa no meio de uma floresta, num local muito frio, mas esse frio não a incomodava, como sempre. Havia quatro mulheres vampiras e homem vampiro lá. Ela não entendeu a conversa porque tudo era muito rápido. O que ela podia estar fazendo ali, porque aquele local, nada disso interessava. A mente dela pensava em Jasper. A única informação que importava era ele.


Então uma frase que ela disse chamou a sua atenção e a visão desacelerou um pouco e passou a transcorrer em uma velocidade natural. O nome de Jasper apareceu na conversa e ela entendeu que essa seria a próxima vez que Alice ouviria o nome dele depois dessa noite. Infelizmente, era da sua própria boca. Alice se concentrou e pensou em ver aquela cena. Um átimo de segundo depois a imagem apareceu na frente dela.


Alice conversava com uma jovem muito gentil de cabelos loiros muito brilhantes que tinham uma tonalidade meio rosada na luz fraca do sol daquele dia. Elas estavam na sala de uma casa ampla e feita de madeira. Alice se assustou com a dor e desgosto no seu próprio rosto retorcido e a jovem passava a mão no seu ombro numa atitude protetora.


– "Ele se foi há muitos anos. Não tenho notícias nenhuma desde então. Parece que não é mais nosso destino nos cruzarmos. O nome dele era Jasper..." - A sua versão da visão disse, num tom rouco.


Então aquela seria a próxima vez que ela iria ouvir o nome dele? Então ele nunca mais estaria no seu caminho, nunca mais ela encontraria com ele?


E a dor e o choque fizeram Alice arfar desesperada por ar. A nuvem de calmaria que Jasper mantinha sobre ela se dissipou e ela mal pôde acreditar que ele até pouco tempo atrás ele a estava anestesiando. Não havia como anestesiar aquilo.


Uma dor que ela não imaginava ser possível a consumiu e ela precisou se apoiar naquela árvore centenária que até um minuto atrás abrigava os dois da chuva. Eles haviam conversando tanto, tão felizes. E agora tudo que ela via para si eram tristeza, mágoa e dor.


Ela tentou considerar aquilo, buscar uma solução plausível mas não conseguia. Alice podia ver a conseqüência daquilo - Jasper ia embora e ela não ia vê-lo de novo. Nunca mais. Acabava ali.
Tudo o que ela havia visto, tudo que ela esperava, todos os sonhos... Acabados.


Ainda não tinha passado nem um segundo inteiro ainda. A mente de vampira dela processava em alta velocidade todos os acontecimentos, a visão que ela teve, tudo que aquilo significava, toda a dor que aquilo trazia.


Tudo compreendido e sentido em menos de um segundo.


Como seria para ela continuar convivendo com isso até a eternidade? Se por um segundo ela sentiu aquele aperto tão sufocante no peito, como seria o resto da sua existência imortal?
Um novo desespero, mais forte e mais destruidor, tomou conta dela. Foi usando o máximo da sua força que ela conseguiu falar.

– Jasper – o nome dele escapou dos lábios dela enquanto ela tentava pensar apesar da enxurrada de sentimentos. – Por favor, Jasper, não!



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Notas finais do capítulo

O lindas e ai gostaram?
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Bom gostaria de fazer um pedidinho peque ni ninho:
queria saber se vocês poderiam indicar a fic para amigos, colegas, qual quer pessoa do fanfction ate os inimigos.
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Desculpa por estra pedindo isso flores mais é que a fic tem bem pouco comentário. (só 5 comentários para 4 caps. basicamente um comentário por capitulo.) e isso desanima qualquer altora ]: __________________ Vocês sabem como é ruim vocês tb escrevem. muito obrigada aqueles que tiverem lido e aqueles que fizerem isso.
desculpa pelo incomodo. amo vcs ate o próximo cap.



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