A Vida De Alice Cullen escrita por Mary Alice Brandon


Capítulo 5
cicatrizes


Notas iniciais do capítulo

oi flores mais um capitulo
desculpa a demora
é que as minhas aulas começaram ai eu fiquei sem tempo
mais prometo que postarei mais frequentemente.
bjs e boa leitura minhas flores



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– Você viu alguma coisa agora? – a voz de Jasper estava mais longe do que Alice esperava. Ela se virou desesperada e percebeu que ele já estava muitos metros longe dela, quase na entrada da floresta.
– Não, espere. Por favor! Você não entende. Eu vi que você vai partir, eu vi, mas, por favor...
Ele parou onde estava e cruzou os braços numa atitude defensiva. O rosto dele estava duro e magoado. E ela entendeu. Ele sentia também. Tudo, toda a dor e tristeza do futuro. "Eu sinto todos os seus sentimentos junto com você, Alice" ela lembrou-se.
Eles ficaram em silêncio por um minuto, se encarando. Alice tentando se acalmar já que ele não estava mais se afastando, sua mente pensando em como dizer as palavras sem irritá-lo.
– Você vai fazer isso mesmo comigo? Me condenar a essa vida, de verdade? - ela cortou o silêncio afinal, de modo abrupto.
– O que houve? O que você viu? – a expressão dele não relaxou nem um pouco. Ainda era dura e fria.
– Vi como será minha vida se você partir. Eu vi como seria meus dias sem você comigo. Vi que essa é nossa única chance. Se você partir mesmo eu não vou te ver nunca mais. Nunca mais você vai aparecer no meu caminho... A nossa história vai se perder para sempre.
Ele não melhorou mesmo diante dessas palavras. Jasper continuou de braços cruzados, os olhos frios, mas quando falou sua voz não estava assim, e parecia carregar tanta dor quanto ela sentia.
– Alice, você não deve ter tanta certeza de que uma vida sem mim é tão terrível. Eu não sei o que você viu, mas aparentemente você não viu meu passado. Você não sabe o que eu sou. Eu não sou um vampiro bom, querida. Eu sou um guerreiro de guerras terríveis, macabras. Feitas entre vampiros recém criados, combatendo pelo controle de cidades humanas. Eu já vi o horror de perto. Muito perto. Meu corpo é marcado por cada vampiro que eu já matei. Eu sou um assassino, Alice. De vampiros e de humanos. De pessoas más e de pessoas boas. Eu sou um demônio, querida, e você é um anjo. E eu não vou fazer isso com você. Você merece muito mais do que eu.
Alice ouviu cada palavra dele em silêncio. Ela pensou em protestar várias vezes, mas ele a chamou de querida duas vezes. E isso era mais forte que se ele a tivesse paralisado de novo.
Ela queria ir lá e abraçá-lo. E dizer que estava tudo bem. Queria mostrar para ele que ela sabia daquilo. Que ela sabia que ele podia ser muito, mas muito mais do que ele pensava que era.
Mas Alice demorou muito para se expressar e o rosto dele se encheu de nojo. Jasper tinha sentido seus sentimentos antes dela explicá-los.
– Chega de me amar, Alice! Isso é ridículo. Você não sabe com o que você está se apaixonando.
E ele tirou o casaco marrom que vestia, depois a sua camisa, e ficou com o peito nu na clareira. Todas as suas dezenas de cicatrizes muito visíveis, mesmo sob a luz da lua. Seus olhos se levantaram e ele a encarou. Se o coração de Alice pudesse se quebrar ele o teria feito de novo. Jasper acreditava que mostrar o peito nu assim para ela era razão para assustá-la.
Ela sentiu sua garganta se fechar de dor por ele. Uma tristeza profunda por ele acreditar que realmente era esse monstro terrível que pensava.
– Eu lhe disse...
– Não! Jasper Whitlock, nunca mais você diga isso! – Ela correu pra encontrá-lo e ele mostrou intenção de se afastar dela, mas Alice não deixou.
Ela se aproximou bem perto dele, até que pudesse tocar nos seus ombros. Todo o peito de Jasper, a pele da barriga, dos ombros, seu pescoço e queixo eram cheios de cicatrizes de Mordidas. Os braços também eram muito marcados, até sobre as suas mãos. Mas nada disso a assustava mais. Mal a haviam assustado no começo, agora era apenas como o corpo dele era, e ela já o amava há muito tempo. Exatamente como ele era. – Você não é um monstro. Você é um homem, Jasper. Um homem bom, que teve uma história difícil, como muitas pessoas têm, mas que decidiu por agir melhor do que isso.
Ele continuou duro como mármore sobre o toque dela e ela começou a se desesperar de que ele não reagiria a ela. Eles estavam a menos de um metro de distância agora, Alice segurando seus ombros.
Passou um segundo de silêncio absoluto. Alice desejando com cada célula do seu corpo que ele suavizasse a sua expressão, esperando uma reação.
E então ele reagiu:
– PARE COM ISSO, ALICE! – ele gritou para ela, mas ela continuou com a mesma expressão de dor contida que estava antes – Pare com esse amor! Isso não está certo! Você não deve sentir amor por mim!
Uma estranha onda de sentimento a atingiu e ela demorou um segundo para entender que ele estava a obrigando a ficar com raiva.
– Não, Jasper! Eu não vou ficar com raiva. Eu não ficar irritada. Nem com medo, nem nada assim. Eu só sei sentir amor por você.
Ele urrou de raiva e Alice teve que segurá-lo no mesmo lugar para que ele continuasse lhe ouvindo.
– Eu te amo! E há muito anos... Muito antes de você entrar naquele restaurante hoje eu já lhe amava. E eu já sabia do seu corpo, meu amor, eu já sabia... Eu sinto muito por qualquer guerra horrível que você esteve envolvido, mas eu não me importo. Tudo que eu me importo é que eu já vi nós dois juntos. Eu já vi como será nosso futuro... É tão maravilhoso...
Jasper olhava para baixo e ela se aproveitou disso, ficou na ponta dos pés e aproximou o rosto do dele, encostando a testa na dele. Ele parecia muito macio e quente perto dela, e ela se assustou porque imaginava que a sensação seria de pele dura e fria como a dela. Mas ela deixou essa pequena surpresa de lado e terminou de convencê-lo:
– Eu não sei como você era, mas eu vi que você será o melhor homem pra mim que eu poderia desejar. Eu já vi que nos fazer um ao outro muito felizes, e que você vai me salvar de muitas maneiras. E eu adoraria fazer o mesmo por você.
Ele parou de lutar com ela. A expressão dele era vazia. Quase choque. Alice imaginou o que ele estava imaginando.
– Sabe, eu não tenho noção do meu passado. Acordei no meio da noite como vampira, e isso é tudo o que eu sei. Não sei dizer, de repente, eu era até pior que você...
Jasper deu um grunhido irritado para ela como se ela tivesse falado um absurdo e ela teve que reprimir um sorriso bobo dessa atitude gentil dele. Ela não achava que estava falando nenhuma mentira. Ela não tinha idéia nenhuma do seu passado.
– Mas hoje eu tenho direito a uma segunda chance. Eu estou viva – "ou pelo ainda não estou totalmente morta" ela pensou – e tenho você aqui comigo. Acho que não importa muito como você era, ou que coisas você fez. Você também tem direito a uma segunda chance como todas as pessoas têm. E eu adoraria muito, mas muito mesmo, que essa segunda chance fosse comigo.
Ele não respondeu ainda. Jasper estava muito duro, os braços soltos ao lado do corpo, nenhum músculo se movia e os olhos encaravam Alice diretamente, quase como se ele pudesse ler sua alma.



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Notas finais do capítulo

e ai o que acharam? mereço reviews?



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