A Vida De Alice Cullen escrita por Mary Alice Brandon


Capítulo 2
pontinha de ciúme


Notas iniciais do capítulo

enjoy!!!!!



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Julieta trazia uma bandeja com uma jará de suco, dois copos e um pequeno pote de amendoim para tira-gosto. Um sorriso que mal cabia no rosto estava na sua boca e ela parecia encantada com Jasper. O fato que ele era cheio de cicatrizes não a assustava e ela o olhava com espanto e prazer. Alice por uma fração de segundo sentiu ciúmes daquele olhar interessado, como que ela ousava olhar para ele daquela forma?. Julieta chegou até a mesa e o silêncio deles era absoluto. Ela sabia que não podiam falar coisas de vampiros na frente dela.




                Julieta


–Eu sei que vocês não me pediram nada, mas imaginei que seria bom trazer uma coisinha pra vocês degustarem enquanto conversam... - Ela colocou as coisas na mesa devagar. Seu olhar todo concentrado em Jasper, e Alice mais uma vez sentiu aquela ponta de ciúme e raiva.

Mas Julieta não pareceu perceber isso e quando estava quase terminando de colocar as coisas na mesa ela se virou para Alice e perguntou numa voz muito baixa, muito mais que o padrão normal de conversa dos humanos:

– Então? É ele o cara que você estava esperando? Seu namorado? Ele é lindo! Parabéns, menina!

Ela estaria sendo muito discreta, se Alice fosse uma humana mal conseguiria ouvir, e Jasper nunca poderia tê-la ouvido se fosse humano também. Mas na verdade eles eram vampiros, e Alice morreu de vergonha e embaraço, pois, pelos seus sentidos apurados, aquilo nunca seria ignorado. Jasper poderia ouvir aquelas perguntas com a mesma facilidade se Julieta tivesse gritado nos seus ouvidos.

– Muito obrigada, Julieta, isso foi muito gentil. – Alice disse tentando se conter.

– Ah, claro, qualquer coisa para você, querida. "Me conte tudo depois!" - Ela acrescentou quase sem palavras de novo quando estava se afastando da mesa e Alice sentiu sua impaciência de novo. Mesmo que aquilo tenha sido muito fraco, Jasper ouviu cada sílaba e ele estava rindo quando ela voltou a encará-lo. Provavelmente aquilo era hilário para ele. Alice queria ficar irritada com ele também, mas era difícil não admitir como aquilo era ridículo.

Ela estava farta de vergonha, e ele agora ria abertamente. Isso durou mais alguns segundos em que Alice não conseguia formular nenhuma frase interessante. O rosto de Jasper sorrindo era absolutamente diferente do jeito sério que ele mantinha o tempo todo e era muito mais bonito que o habitual. Ela ainda estava recuperando o fôlego de ver a beleza dele quando Jasper parou de sorrir, e disse:

– Eu realmente preciso partir, desculpe, mas não acho que... - ele disse, iniciando o movimento de se levantar.

E ele ia continuar a se explicar, mas Alice foi mais rápida. Ela pressentiu que devia mudar de assunto imediatamente.

– Me explique, por favor, como você pode saber meus sentimentos? – Ela perguntou curiosa. Ela precisava entendê-lo, definitivamente Jasper era uma grande surpresa o tempo todo. Ela nunca era surpreendida, mas até agora quase todas as conversas que tinha com ele eram envolvidas numa grande massa de névoa que impedia que ela pudesse saber muitos detalhes dele. Ela se inclinou mais pra frente, um misto de medo e a curiosidade que lhe deram a coragem de segurar a mão dele e impedir que ele se levantasse completamente.

– Por favor, me explique...

Ele a observou por alguns segundo, claramente se decidindo se permaneceria com ela ou não.

E quando ele se sentou de novo ela teve mais uma visão. Agora eles estavam num penhasco na floresta nos arredores da cidade, já estava noite e a lua estava alta no céu. Aquele era um local conhecido, muito lindo que ela adorava ficar quando queria ficar sozinha. O local era realmente lindo e eles estavam sentados lado a lado conversando. Ela não prestou atenção nas palavras, o cabelo loiro de Jasper refletia a luz da lua de um modo maravilhoso e a distraiu completamente. Ainda estava chovendo e eles estavam sentados sobre a raiz de uma árvore muito antiga, que não os protegia completamente dos pingos da tempestade e o jeito como as roupas dele estavam muito encostadas no corpo dele, delimitando exatamente o formato dos músculos e da pele dele...

– Senhorita?

Ela abriu os olhos e se obrigou a fazê-los voltar em foco. Não podia assustá-lo! Esse tinha que ser seu lema agora, por que mesmo podendo ver a visão, ainda não era muito firme e Alice entendeu que seu destino ainda estava sendo decidido.

– Você está bem? – Jasper parecia desconcertado com a manifestação que ela acabará de fazê-lo ver. Até hoje poucas pessoas, tinham-na visto captando alguma das visões do futuro, mas para eles era algo tão rápido e eles dificilmente prestavam atenção suficiente então era sempre fácil enganá-los. Mas Jasper era um vampiro como Alice e devia ver as coisas com velocidade idêntica. E ele tinha um grande olhar de preocupação nos olhos.

Alice sentiu um início de pânico de que ele, de que algum modo estranho, era capaz de sentir suas emoções e ela procurou esconder a atração por ele no fundo da mente. Vê-lo tão próximo na visão, e agora a fitando com a expressão preocupada estava sendo demais. Alice tinha que disfarçar de algum jeito.

– Não adiantar ter vergonha do seu sentimento. E nem tentar escondê-lo, eu já captei...

"Como ele fazia isso?" ela pensou curiosa. Ele ficava mais interessante a cada segundo, e Alice podia sentir que a atração estava lutando contra a curiosidade pelo lugar de sentimento dominante dentro dela. Alice tentou manter apenas a curiosidade.

– Você é muito desconcertante, senhorita. – Jasper falou com uma voz vacilante, ele parecia estar analisando ela profundamente. - Você tem muitos sentimentos ao mesmo tempo, sabia?

E antes que ela lhe perguntasse, Jasper apenas interpretou a curiosidade dela corretamente.

– Eu tenho um dom. Posso sentir a emoção das pessoas a minha volta com muita clareza. E até mesmo influenciá-las a sentir o que eu quiser também.

Alice ficou sem palavras, o dom dele era magnífico. Ele era tão especial e único quanto ela. Alice não conseguiu conter a expressão maravilhada e ficou medo que todo o seu assombro pudesse ser percebido por ele.

– Quer uma amostra? – ele adicionou. Ela nem teve tempo de resposta e logo uma grande onda de calmaria tomou conta do corpo dela, relaxando-a. aquilo ajudou um pouco a esconder os sentimentos que ela sentia por ele. – Não acho que conseguiria resposta nenhuma de você pelo jeito como você estava agitada. Pelo menos agora a senhorita está controlada...

Ele riu pra ela, um sorriso divertido, lindo, que lembrou a ela as visões mais íntimas que ela já havia conseguido ter deles. A calma estava desaparecendo quando ela sentiu uma nova onda atingi-la.

– Quem é você? – ele se inclinou pra frente e a observou com uma expressão séria. – Tenho absoluta certeza de que nunca a vi antes, seu cheiro é completamente novo pra mim. Mas ainda assim você se sente tão...

Ele não completou a frase.

– ...é muito estranho... Eu quero entender, senhorita. Como sabia que eu estaria aqui hoje? Quem é você?

Alice percebeu que ele a colocou contra a parede muito mais rápido do que ela esperava. Ela teria de dizer logo a verdade ou ele poderia se irritar e ir embora. Um medo do que podia acontecer se ela não fosse bem sucedida lhe acometeu.

– Não fiquei com medo. Eu não vou machucá-la, senhorita. Pode revelar a verdade, eu não irei lhe tocar.

Ele não podia saber que o medo dela não era dele. Foi sentindo uma enorme afeição que ela lhe explicou:

– Eu também tenho um dom. Eu posso ver o futuro. – o rosto dele mudou de expressão totalmente pela surpresa, e a boca dele se abriu levemente. - Não é algo muito preciso e exato. O futuro é diferente dependendo das decisões das pessoas. Nada fixou ou pré-determinado e por isso minha visão é muito sujeita a alterações. Mas ainda assim eu tenho uma boa habilidade de previsão.

– Você simplesmente me viu entrar aqui então...

– Sim, e eu sei que nós seremos grandes amigos! – ela acrescentou. É óbvio que aquilo era uma mentira deslavada. Ela não seria "amiga" dele, pelo menos pelo que ela sabia amigos nunca agiriam da mesma forma. Entretanto compartilhar tudo agora podia ter o efeito contrário do que ela desejava.

– Bom, eu como lhe disse tenho muita experiência e posso lhe dizer que esse seu stress e nervosismo não são normais. Geralmente as pessoas sentem-se assim quando estão mentindo... – ele disse ácido. – Eu já não lhe pedi que me revelasse à verdade, senhorita Alice?

Alice não conseguia enganá-lo com aquela conversa de encontro casual no restaurante. Isso era mal. Ela ia ter dificuldades agora, teria de falar a verdade e algo na cabeça dela dizia que ele não ia entender bem. – Você me disse que nunca se encontrou com vampiro nenhum? É mesmo verdade?

– Sim. Eu posso ver quando eles irão cruzar meu caminho e simplesmente mudo de rota e não os encontro.

– Você não se lembra nem daquele que lhe criou?

Bom, ela não tinha pensando nisso com muito interesse antes. Seu passado era um grande cenário branco.


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Notas finais do capítulo

muito obrigada as pessoas que estão lendo.
flor pode deixar que eu não vou desistir da historia não, eu já tenho 62 capítulos dessa historia prontos, a cada dia eu vou postando um.
bjs e espero que não em abandonem também.