Brilliant Mind escrita por Lady Holmes


Capítulo 33
Madeline Covington e Mycroft Holmes


Notas iniciais do capítulo

Acho que será uma BIG surpresa para vocês esse cap... É o penúltimo, ou seja, logo teremos o epílogo. Espero que gostem. :*



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- Me pergunto o que a senhorita está fazendo aqui, Srta...

- Covington. Madeline Covington. - A jovem disse. Ela estava muito abatida, e Sherlock percebeu, preocupada.

- Muito bem, afinal, o que quer aqui?

- Eu... Eu soube que Jennifer estava nesse hospital e pensei em perguntar se ela está bem...

- E porque... Ah. Quem ele tinha? - Madeline encarou Sherlock, e algumas lágrimas surgiram.

- Meu irmão mais novo. Ele... Oh, as coisas que eu fiz para Jennifer. Eu sei, ele sempre... Sempre de olho, sempre exigindo que eu fizesse o que ele manda. Agora, ele se foi, meu irmão está livre e eu achei que pudesse... Bem, obviamente é uma idéia ridícula. Jennifer tem toda a razão de ficar brava comigo, furiosa.

- Mas ela não vai ficar. - Sherlock disse. - Não se você explicar a ela. Jennifer passou por muita coisa e, acredite, ela vai entender.

- Posso... Posso falar com ela agora?

- Ela está fazendo exames. Venha, você pode esperar ali dentro. - E então, ambos entraram.

 Jen estava deitada dentro do aparelho de tomografia.

- Isso vai demorar muito? - Não houve respostas. - Sério Mycroft, era necessário me colocar em um aparelho para conversar comigo?

- Uma vez eu disse para Dr.Watson que quando desejamos desviar a atenção de meu adorável irmão mais novo, devemos fazer algumas coisas que pareçam maluquices.

- Pois bem, estou aqui, sendo analisada, podemos ter nossa conversa sem que Sherlock suspeite.

- Como foi que isso aconteceu?

- Isso? Que diabos é isso Mrs. Holmes?

- Pode me chamar de Mycroft... Isso, essa... relação de vocês.

- Ah. Eu não sei bem. Só, aconteceu. Porque você se importa?

- Ora, ele é meu irmão.

- Não vejo vocês dois como irmãos... Mais como arquiinimigos. Mesmo que você o tenha salvo.

- Bem, creio que você tem a mesma visão que meu pequeno irmão.

- Sabe, ele não é tão inútil quanto pensa.

- Eu penso que ele é brilhante. E sortudo.

- Brilhante tudo bem, mas sortudo? Você andou vendo a vida dele ultimamente?

- Sim, estou falando com parte dela agora. - Foi ai que Jennifer compreendeu. Mycroft queria dizer que Sherlock tinha sorte... Por tê-la.

- Só... Tenha cuidado.

- Com o que, exatamente?

- Você conheceu Moriarty e sabe que ele não vai parar até ser morto ou...

- Matá-lo. Sim, não sou idiota. Mas também deve ter percebido uma coisa Mycroft?

- Que vocês dois juntos são uma má combinação para os criminosos? - E ambos riram. - Oh sim Jennifer, eu percebi. Só espero que saiba se cuidar.

- Mas isso é o que eu sempre faço! - Ela disse, fingindo estar magoada. - Tomarei cuidado Mycroft, e cuidarei dele também.  - Depois disso não houve respostas e, poucos minutos depois, Mary retornou.

- O QUE? Não mesmo! - Disse Jen, quando Sherlock entrou contando-lhe que Madeline estava ali.

- Uma chance? - Ele disse.

- Você viu o que ela fez comigo? Você estava lá quando eu quebrei a cara dela também!

- Se você deixá-la explicar...

- Sherlock ela... Ela infernizou minha vida e eu tenho que escutá-la agora?

- Eu não estou falando de perdão, mas se você escutar o que ela tem para falar... Talvez tudo se resolva. - O olhar dele era tão sincero que ela apenas revirou os olhos, fazendo sinal para que ela entrasse.

Madeline entrou, ela estava arrasada, preocupada e... Com medo. Jennifer se arrumou na cama, agora interessada no que a garota tinha a dizer.

- Eu vim... Vim lhe pedir desculpas. Tudo que eu fiz... As coisas que ele me obrigou a fazer...

- Ele, você quer dizer, Moriarty? - Ela concordou. Jennifer ficou pasma, sem saber o que dizer, Afinal ela odiava a garota, mas... E se tudo aquilo foi armado? E se Moriarty sempre esteve lhe vigiando, querendo que ela se sentisse sozinha, brincando com sua mente para que, se necessário, ela fosse um alvo fácil?

Oh, ele estava tão errado.

- Quem ele tinha?

- Meu irmãozinho... Você se lembra do dia que nos conhecemos, não se lembra? - Ela concordou. - Ele... Ele havia aparecido pouco antes, levando meu irmão. Ele tinha apenas cinco anos e... - ela respirou fundo. - Ele disse que eu poderia mante-lo vivo, era só fazer o que ele mandasse. Então, naquele dia, eu sabia quem era você. Por isso lhe chamei e... Olha, eu sempre quis que você percebesse. Você sabia de tudo, absolutamente tudo, mas nunca percebeu que eu... eu...

- Olha, eu... Não posso mentir. Não tem como eu esquecer das coisas dessa maneira. Não posso simplesmente te perdoar, porque eu sempre vou lembrar disso. O que eu posso fazer, e é o que eu pretendo, se você concordar, é claro, é começar de novo. Não do zero, mas de novo. - A morena sorriu. - Aliás, me desculpe pelos socos, eu estava realmente furiosa.

- Eu sei que foi horrível, mas garota, eu lhe salvei de uma furada porque aquele cara... Nem vou começar a listar os defeitos. - Ambas riram. E depois, uma hora se passou, e as duas estavam se tornando cada vez mais amigas. Jen descobriu que Madeline queria fazer direito também e que, na realidade, adorava as coisas que ela fazia. No final, a garota foi embora, alegando que devia deixar um tempo para Sherlock, e parabenizando Jen pela conquista.

Já era de noite, todos já haviam ido embora, mas Sherlock estava ali. Jen havia lhe convidado para deitar-se com ela, então eles estavam deitados juntos, ela aninhada nos braços do detetive.

- O que tinha no cd? O cd que você deu para Moriarty?

- O filme da Cinderela. - Jennifer riu.

- O que tem no verdadeiro cd?

- Aquele é o verdadeiro, eu só gravei em cima. - Sherlock disse.

- Quer dizer que o projeto Mentor se foi para sempre?

- Bem, talvez meu notebook discorde dessa afirmação. - Ambos riram. - Mas havia duas pastas naquele cd.

- O que? - A garota pediu, agora olhando os belos olhos azuis de Holmes.

- Jennifer. Umas das pastas era Jennifer. - Os olhos de Jennifer Mars se arregalaram. - Um vídeo de seus pais. Eu o assisti.

- Você... Você ainda o tem?

- Eu não teria gravado o filme da Cinderela se não o tivesse. - Jennifer sorriu.

- Quando eu voltar é a primeira coisa que você vai me mostrar, compreendido?

- Sim senhora! - O casal riu.

- Quando eu sair daqui... Onde eu vou ficar?

- No 221B é claro!

- Como se Mac fosse permitir. Ela já sabe... De nós dois, quero dizer?

- Não. - Ele disse, sem entender.

- Ah, isso explica porque ela ainda não teve um ataque. - Ela riu. - Mas se está tudo bem pra você, está tudo bem para mim.

- Para mim está tudo perfeito. - E então Sherlock a beijou. 


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Notas finais do capítulo

Quem chutaria que Madeline estava no meio de tudo isso, não é? Quem imaginaria que Moriarty estava de olho em Jen a tanto tempo??