The Whore -a Prostituta- escrita por Bru20014


Capítulo 2
Conversas Noturnas




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Elliot foi de noite ao quarto de Jennifer, como eles haviam combinado na noite anterior.

“Aceita uma taça de champagne?” Jen ofereceu a Elliot.

“Só um pouco.” Ele disse sentado na cama.

Nesse dia, Jen estava vestindo um vestido curtíssimo vermelho e uma bota preta que ia até acima do joelho.

“Então me diga, por que todas as prostitutas entendem os virgens.” Ele disse.

“Na verdade me expressei mal.” Ela disse bebendo um gole de champagne “Eu queria dizer que todas as prostitutas que perderam a virgindade no ‘teste’ entendem os virgens.”

“Que ‘teste’?” Ele a perguntou.

Ela o contou:

“Depois que meus pais morreram eu vim para a cidade morar com o meu tio, que é o dono desse lugar. Quando completei 13 anos ele me botou pra trabalhar aqui.” Ela disse.

“Você trabalha aqui desde os seus 13 anos?” Elliot perguntou chocado.

“Ele queria me colocar pra trabalhar aos 11, mas aí eu o enrolei, dizendo que ainda não tinha ficado menstruada e transar antes de ficar menstruada poderia me fazer ficar doente e ele teria que pagar um médico... Enfim inventei uma história qualquer.

“Mas teve um dia que não pude esconder mais que já tinha ficado menstruada. Aos 13 anos ele me mandou pra cá. E ele ainda disse que seria bonzinho e não me mandaria pra rua.”

“Como assim pra rua?” Elliot a perguntou.

“Trazer os caras pra dentro. Ficar no ‘ponto’, sabe? Aí os caras param com os carros e levam a gente pra um motel qualquer... Sacou?”

Elliot só balançou a cabeça.

“Bom, minha primeira vez foi no ‘teste’.” Ela disse “Quando meu tio me ‘testou’.”

“Você quer dizer quando ele te estuprou?” Elliot disse.

“Na nossa profissão não existe estupro.” Ela disse “Os caras pagam a gente pra fazerem o que quiser com a gente.”

“Mas seu tio não te pagou, ou pagou?”

“Não, mas ele não poderia me deixar perder a minha virgindade com o meu primeiro cliente.” Ela disse.

“Se eu soubesse...”

“O que você iria fazer? Era só um pirralho de 13 anos.” Ela disse “Não ia conseguir me proteger nem se fosse hoje.”

“Quem te garante?” Ele disse.

Jen começou a rir “Como você é ingênuo.”

Ela acariciou o rosto dele “Você não viu o que eu já vi e vivi nem nos seus piores pesadelos.”

“Desculpa.” Ele disse.

“Não precisa se desculpar.” Ela disse.

“Eu acho que já vou por hoje.” Ele disse.

“Ta, até amanhã.” Ela disse.

“Toma.” Ele disse dando o dinheiro na mão dela.

“Adoraria dizer que não precisa pagar, mas meu tio me daria uma surra.”

“Ele daria mesmo? Ou você está falando por falar?” Ele perguntou.

“Ele daria mesmo.” Ela disse rindo, mas não era riso de felicidade.

“Me escuta.” Ele disse sentado na cama de novo e segurando o rosto dela com suas duas mãos “Eu vou te tirar dessa vida.”

Ela não disse nada só sorriu pra ele e pensou em quanto ela adorava o otimismo dele.

Ele saiu pela porta.

 

Todos os dias eles trocavam olhares na escola e todas as noites ele ia vê-la e eles conversavam. Nenhum beijo, nenhum abraço... Eles mal se tocavam.

Mas em uma noite...

“Sabe Elliot?” Ela disse “Eu estou louca pra transar com você.”

“O que?” Ele perguntou.

“Acho que estou me apaixonando por você.” Jen disse.

“Está?” Ele a perguntou.

“Estou.” Ela disse.

Nesse dia, Jennifer estava vestida como no primeiro, mas a calcinha e o sutiã eram vermelhos, o robe era o mesmo cinza semitransparente.

“Posso beijá-la?” Ele a pergunta.

“Pode.” Ela disse se deitando na cama enquanto ele subia em cima dela.

Ele tocava as pernas dela e desamarrava o robe cinza deixando-a apenas com a calcinha e o sutiã.

Ele inclinava sua cabeça e seus lábios se aproximavam até que finalmente se encostaram. De primeira ela mordia os lábios dele e depois começou a morder sua orelha e ia descendo seus lábios para o seu pescoço. Ela o beijava enquanto suas mãos tiravam a camisa de malha dele.

Quando fizera isso ela passou seus dedos por todo peitoral malhado dele.

Ele começou a beijar o pescoço dela e foi descendo até chegar ao umbigo dela.

Depois eles se fitaram e finalmente ele a beijou na boca. Suas línguas se acariciavam naquele beijo.

Ele pegou o dinheiro em sua carteira enquanto a beijava e quando ela menos esperava, ele colocava o dinheiro dentro de sua calcinha.

Depois disso ele se levantou.

“Até amanhã.” Ele disse.

“Até.” Ela disse sorrindo.

Depois que ele saiu do quarto, outra prostituta entrou.

“E como foi com ele?” Uma garota de mais ou menos 19 anos a perguntou “Ele já se entregou? Por que pela cara que ele saiu daqui...”

“Bom, ainda não transamos, mas estamos progredindo.”

“Ah, então não aconteceu nada de mais.” Ela disse.

“Nós demos o nosso primeiro beijo, e ele tem uma pegada incrível.” Jen disse rolando na cama.

“Mesmo?” A amiga disse.

“Sue, ele é incrível.” Jen disse.

“E olha só!” Jen disse abaixando a calcinha para mostrar o dinheiro.

Sue pega o dinheiro e começa a contar.

“Ele paga bem... Pra não transar, isso é estranho.” Sue diz.

“Não é disso que estou falando.” Jen fala tirando o dinheiro da mão de Sue e guardando esse em seu sutiã.

“Então o que é?”

“Lembra de quando eu te disse que ele não colocava o dinheiro nem no sutiã e nem na calcinha?” Jen comentou.

“Lembro.” Sue disse “Minha nossa! Não me diga que ele colocou?”

Jen só balançou a cabeça sorrindo.

“Então querida, é só uma questão de tempo até vocês dois...” Sue é interrompida por Jen.

“Fazermos amor.” Jen disse com um suspiro.

“Como?” Sue disse “Foi mal aí, mas tive a impressão de você dizer ‘amor’.”

“Foi exatamente o que eu disse.” Jen disse para amiga.

“Cuidado, cuidado Jennifer.” Sue disse “Você sabe que não existe príncipes encantados e que aquele cara não é o Richard Gere e nem você a Julia Roberts.”

“Eu sei.” Jen disse “Mas mesmo assim eu quero fazer amor com alguém pelo menos uma única vez na vida. Não to sonhando com um casamento ou sair dessa vida.”

“Mesmo assim... Como você vai continuar a transar com esses nojentos que vêm aqui ao mesmo tempo em que está apaixonada por esse tal de Elliot?” Sue a perguntou.

“Eu sei separar as coisas.” Jen disse.

“Não, você não sabe.” Sue disse “Você ta ferrada, Jen.”

Jen sabia disso, mas não havia nada que a pudesse controlar o seu desejo de ser feliz nem que fosse por uma única noite.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenha gostado! ;D
Mande sua Review me dizendo o que achou até agora, ok?