Sequestro Relâmpago escrita por Mayara Rabelo


Capítulo 1
De repente... O sequestro!


Notas iniciais do capítulo

Essa história foi baseada em fatos reais. Esses fatos estarei colocando no último capítulo para explicação. Será uma fanfiction de três capítulos, espero que gostem.
Preparem seus corações...



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- Alô?

- Sara? Sou eu, meu amor.

- Oi querido. Já está á caminho de casa?

- Quase. Estou ligando para saber se você quer que eu compre algo pra você. Então, quer? – Grissom pegou um carrinho de compras.

- Está no supermercado?

- Sim. – Ouviu um choro conhecido. – O Brian está bem? Porque está chorando?

- Acho que sente saudades do papai. – Sorriu. – Mas eu realmente não sei, meu amor. Desde que você saiu ele está inquieto. – Sara balançava cuidadosamente seu bebê de oito meses em seus braços.

- Me deixe falar com ele. Quem sabe ele para um pouco.

- Certo. – Sara encosta o telefone no ouvido do filho. – É o papai meu anjo.

- Filhão? Está com saudades do papai? – Grissom parou o que estava fazendo no instante que seu filho falou alguma coisa desconexa. – Fiquei quietinho com a mamãe que quando o papai chegar vamos brincar bastante juntos, certo?

Sara tinha lágrimas nos olhos de tanta emoção. Brian ficou completamente vidrado ouvindo a voz de seu pai, gesticulava algo com as mãozinhas e falava coisas com um sorriso sem dentes á amostra. Eles tinham um sentimento tão grande um pelo outro que surpreendia a quem os visse quando estavam juntos.

Do mesmo modo era quando Sara estava fora por algum motivo. Parece que ele sentia um vazio. Ficava meio triste e só quando estavam reunidos é que ficava totalmente feliz. Grissom se sentia orgulhoso por estar se saindo um bom pai. Amava sua família mais que ele mesmo. Faria e daria tudo para protegê-la.

- Gil, ele ficou quietinho agora, acho que daqui á pouco dorme. – Sara aconchegou seu filho deitando-o em seu colo se sentando na cadeira. – Porque você não vem logo para casa?

- Estou comprando algumas coisas, meu bem. Quero preparar um jantar para nós. Quer algo especial?

- Traga o que quiser, certo? Eu só preciso que você compre mais iorgute para o Brian já que ele devorou todos que restavam. – Grissom riu.

- Levo sim. Querida, nos falamos daqui á pouco então.

- Certo. Amo você.

- Eu também amo muito você e o Brian. Mais que tudo e acima de todos.

- Que coisa mais linda, amor. Também o amamos assim. Tchau.

- Tchau, querida.

Dos lábios de Sara brilhava um lindo sorriso. Grissom estava cada dia mais lhe impressionando, deixando escapar seus sentimentos de maneira natural. Depois da experiência de ser pai e marido, passou a encarar a vida diferente, fazendo das coisas simples as mais incomparáveis.

.....

As prateleiras cheias de variedades o deixava confuso. Nunca foi daqueles que faziam feiras, ou algo assim, mas depois de casado tinha que se acostumar. E uma das coisas que mais o deixava apaixonado é o fato de sempre levar uma coisa pra seu filho. Era tão maravilhoso ter o pensamento “Meu filho pode querer, então vou levar”. Não tinha como medir, era indecifrável tamanho sentimento.

Mesmo Brian tendo somente oito meses de vida, Grissom já imaginava o futuro. Por isso ás vezes pensava em levar uma coisa diferente, mas ao lembrar-se de sua idade chegava á até rir de si mesmo. Imaginava-se ensinando biologia, dando lições para sua vida, conselhos amorosos, coisas que ele desejou fazer com seu pai e não recebeu isso dele.

Colocou o tablete com seis iorgutes no carrinho para terminar suas compras. Prepararia um espaguete á bolonhesa que Sara amava. Ah! Não podia se esquecer do Champanhe... Sara sempre adorava para acompanhar.

Perceberam que Grissom faz tudo por amor? Ele vive para fazer Sara feliz, fazer seus gostos, vive para fazer seu filho também feliz porque fazia parte do preenchimento do seu coração. Tudo isso porque sua VIDA eram eles. Nada mais.

.....

O caminho de casa ocupava no máximo vinte minutos do seu tempo. Estava ansioso, pois queria ver seu pequeno grande homem. Era assim que Grissom o chamava. Além de querer ver sua esposa, que devia estar o esperando inquietamente. Na esquina de casa observava um carro se aproximando junto ao dele, imaginou que fosse algum visinho, algo assim.

Parando o carro em frente ao seu portão, Grissom desceu do carro e seguiu até a mala para tirar as compras que fez. Nesse momento...

- Hey Tio! – Um homem de mais ou menos vinte anos acompanhado de mais quatro caras da mesma idade chegava perto de Grissom.

- Tio? – Grissom o olhou de sobrancelha levantada com a expressão extremamente assustada e desentendida.

- Será que o senhor pode nos ajudar? – Disse chegando mais perto.

- Como quer minha ajuda? – Fechou a mala ainda com as coisas dentro, não havia dado tempo de retirar. E não podia confiar naqueles caras.

Eles se aglomeraram ao redor de Grissom, o cercando de modo que não conseguisse se desvencilhar deles. A sensação que dava, era de estar sendo perseguido. Grissom engoliu em seco e olhou para o cara que falava.

- Vai ajudar mesmo, tio? – Seu sorriso dava medo.

- Depende. – Grissom tombou a cabeça pro lado como sempre fazia quando estava em dúvida. Suas mãos nos bolsos era uma maneira de se controlar ao nervosismo, que mesmo assim, não parecia estar adiantando.

Um dos caras que estavam atrás de Grissom o golpeou com soco nas costas que o fez cair no chão. Uma tontura forte o atingiu e logo sentiu estar sendo levado.

- O que vão fazer comigo? – Dizia tentando se soltar dos dois homens que o seguravam fortemente. – O que querem? Me soltem!

- Isso é um assalto tio. Um assalto! – Diz o cara que falou inicialmente. – Vamos dar um passeio ao banco certo? – Os caras riram malignosamente fazendo Grissom ter náuseas. Era o mesmo tipo de caras que prendeu por seus quase quarenta anos de trabalho. E agora, era sua vida que estava em jogo.

.....

Amordaçado e um pouco zonzo, Grissom estava na mala de um carro ouvindo gargalhadas daqueles caras que dentro do carro, faziam algazarras.

Lembrava de sua esposa.

Sara o esperava, e agora ele estava sendo seqüestrado. Como avisá-la? Se seus braços estavam amarrados e dentro daquele espaço mínimo o que tinha era um pouco de ar para respirar? Seu corpo doía por conta dos empurrões levados até chegar a esse carro e tinha certeza que estava uma marca roxa.

Mesmo assim ele tentou. Com uma grande dificuldade, conseguiu pegar o celular no bolso de trás de sua calça e o jogou para frente, perto de sua cabeça. Com a boca, abriu o telefone e, como Sara foi à última a quem ligou, apertaria duas vezes no botão verde e a ligação era feita. Com muito esforço conseguiu. Deitou sua cabeça por cima do celular e escutou chamar. Estava tremendo.

- Amor? – Como era bom ouvir essa voz.

- Sara... Sara meu bem! Por favor, preciso que me escute. – Nunca sentiu seu coração palpitar como estava nesse momento. – Eu fui seqüestrado. Tudo isso foi um assalto, ok? Prometo que ficarei bem.

- Querido? A ligação está cortando... Onde você está? – Sara colocava Brian no berço. – Gil? Você falou assalto? – Seu coração estava entrando em pânico.

- Isso meu anjo. Assalto. Sequestrado. Mas eu vou ficar bem, certo?

- Você foi seqüestrado? Gil, e ainda acha que ficará bem? – Entrou em desespero. – Como quer que me sinta? Vida, como está ligando? Eles estão com você? É uma só pessoa?

- Sara, calma. – De repente o carro parou. – Amor, preciso desligar, eles pararam o carro. Vão me tirar daqui.

- Eu vou ligar para o Brass. Pra o Nick. – Sara andava de um lado pro outro dentro de casa com a mão livre na testa.

- Não! – Falou alto. – Não ligue pra ninguém. Será bem pior. Darei tudo que eles quiserem e ficarei bem. – Uma lágrima escapou de seus olhos. – Me prometa que vai ficar bem, cuidando do Brian. Quero que não se apavore. Porque eu vou voltar.

- Não. – Já chorava. – Não, Griss! Não posso! Por Deus, eu tenho que fazer alguma coisa!

- Sara! Me escuta! – Sua voz estava muito alterada. – Eu vou voltar, pra cuidar de você e do meu filho! Do nosso filho! Por mim, quero que fique bem!

- Griss... – Seu desespero partia o coração de Grissom. – Eu te amo... Me deixa fazer algo. Não posso ficar sabendo que você está sendo agredido, roubado e não fazer nada. Eu não quero te perder... Não quero...

- Você não vai me perder... – Seu tom de voz melhorou, mas escutou os caras saindo do carro. – Te prometo que voltarei. Pra nós cuidarmos do nosso bebê. Pra sermos uma família. Só quero que me prometa que vai ficar bem e não vai contar pra ninguém. É melhor pra todos.

- Prometo que ficarei bem... – Ela não prometeu mais nada.

- Eu te amo Sara.

- Eu... – Em um choro desesperante. – Eu também te amo, Gil. Volta, por favor, volta pra mim... Volta pra nossa casa! – Soluçava freneticamente.

- Vou voltar. Isso é uma promessa.

E a ligação caiu exatamente na hora em que a mala se abriu.


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Notas finais do capítulo

O que vai acontecer com nosso Grissom?