Labirintos Tortuosos escrita por Black Cat


Capítulo 4
Um ato de loucura!!!


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura :)



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Era aproximadamente 2h da tarde em Londres, quando os garotos adentraram a sede da Akatsuki e se dirigiam à sala do chefe.


– Oi! – Shikamaru cumprimenta a secretária de Kakashi – O chefe pode nos atender agora?


– Aguardem um momento, por favor. – pede a secretária, fazendo uma ligação e logo em seguida, autorizando a entrada dos garotos – Ele os espera.

– Obrigado. – agradece Sasuke, indo em direção à porta do escritório.


Ao entrar no escritório, encontraram Kakashi olhando, pela janela, a cidade.


– Imaginei que vocês viriam. – confessa Kakashi, virando-se pra ver os garotos.


– Como tinha tanta certeza que a gente ia vir? – pergunta Naruto, com a sombrancelha arqueada.


– Digamos que seja intuição. – responde Kakashi, com um sorriso divertido no rosto – Vamos direto ao ponto, o que vocês querem?

– Queremos saber onde as garotas estão. – responde Neji, sendo direto.


– O Itachi falou que o senhor sabe... – murmura Gaara.


– Se ele falou tudo isso, ele deve ter contado a condição pra que eu fale, não? – pergunta Kakashi, divertido.


– O aniki falou... Mas ele é cabeça-dura para admitir algo do tipo. E nós temos direito de saber o paradeiro delas. – fala Sasuke.


– Verdade... Vocês têm. – concorda Kakashi, fazendo os garotos ficarem esperançosos – Mas, eu não vou poder falar.

– Isso é injusto!!! – pronuncia-se Naruto, indignado.


– A vida é injusta... – comenta Kakashi, enigmaticamente – Se o assunto de vocês comigo era somente esse, vocês podem deixar o relatório em cima da minha mesa e ir pra casa.

– O assunto era esse, sim. Mas como você não pretende falar, não há muito que fazer, por hora. – fala Shikamaru, dando um suspiro cansado.


– Vocês devem ajudar o Itachi a sair dessa negação. Quando ele tiver pronto pra assumir isso, eu poderei revelar o paradeiro delas. – fala Kakashi, com um sorriso solidário – Agora, vocês já estão dispensados e estão de folga. Aproveitem e descansem bastante. – fala, recebendo um aceno positivo de todos.


Assim que os garotos saem, Kakashi faz uma ligação.


– Oi, amor! – cumprimenta a pessoa do outro lado da linha.


– Oi, querida... Os garotos acabaram de sair daqui, como você previu.

– É compreensível que eles as procurem, meu amor. Mas você não falou nada, não é?


– Claro que não! – defende-se.


– Que bom! Ah, a Danny ligou. Ela não tá gostando muito das mudanças na Irmandade. Está perto de ela estourar. – comenta Cassy, dando risinho.


– Ela sempre foi explosiva. É normal! – comenta Kakashi – Amor, eu vou ter que desligar. Tenho aquela reunião pra ir.

– Tudo bem! Conversamos mais tarde. Te amo!!

– Também te amo! – despede-se Kakashi.


~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*


Enquanto isso, na casa dos garotos, o telefone tocava incessantemente, fazendo com que um moreno acordasse e atendesse ao telefone, irritado.


– Quem é? – pergunta, grosseiramente.


– Parece que alguém está irritado. – comenta a voz do outro lado da linha, ironicamente.


– DANNY? – pergunta Itachi, arregalando os olhos.


– Não há necessidade de gritar. – murmura Danny, com a sombrancelha arqueada – Oi, Uchiha. O Shikamaru se encontra?

– Eles saíram. – responde, automaticamente.


– Que pena! Queria falar com ele... – murmura a garota, decepcionada – Então, tchau, Uchiha. – fala, já desligando o telefone, até ser interrompida por Itachi.


– Eu conheci sua irmã hoje! – comenta Itachi, chamando a atenção da garota – É muito parecida com você.

– Onde você conheceu a Cassy? – pergunta, ameaçadoramente.


– Ela é esposa do meu chefe. – responde, sem pensar.


– O Kakashi trabalha para a Akatsuki? – pergunta Danny, incrédula.


– Ele assumiu o cargo logo após a morte do Madara. – comenta Itachi.


– Estranho... – murmura Danny – Eu vou precisar desligar, Uchiha – despede-se ao ouvir a voz de Petruccio a chamando.


– Você não quer falar com o Shikamaru? – pergunta Itachi, tentando prolongar a ligação o máximo possível.


– Eu já sei o que precisava saber. Adeus! – desliga o telefone.


– Com quem estava falando no telefone, Danny? – pergunta Petruccio, desconfiado, ao entrar no escritório.


– Não que seja da sua conta, mas eu tava falando com a minha irmã. O que quer?

– Quero falar sobre a missão.

– Achei que já tivesse passado todas as informações ainda agora. E você deveria ter ido pra o hotel. – censura Danny.


– O Senhor Henri Reverbel tem um ponto fraco importante. – comenta Petruccio, ignorando a censura da garota.


– E por que não falou isso antes? – pergunta, desconfiada.


– Simplesmente, porque não acho que todos devessem saber. – responde Petruccio, sério.


– E que seria?

– Ele gosta de jogar clandestinamente.

– E no que isso iria nos ajudar a capturá-lo? – sibila Danny, ainda incomodada com o fato de apenas prender o sujeito.


– Aqui em Kalamata tem um cassino bastante famoso, se posso colocar assim. Poderíamos capturá-lo quando ele tivesse saindo de lá. O que acha? – pergunta Petruccio, com um sorriso divertido no rosto.


– Se já tinha esse plano, por que teve reunião? – pergunta Danny, franzindo o cenho.


– Porque ordenaram essa reunião.

– Vou falar com as garotas e vamos planejar essa captura. Se era só isso, pode voltar pra o hotel. – resmunga Danny.


– Na verdade, eu já planejei tudo. E não será necessário que todas venham pra essa missão. – comenta Petruccio, com um sorriso malicioso, o que fez Danny ficar apreensiva.


– Deixe-me adivinhar... – fala Danny, ironicamente – Será uma missão em dupla, você e eu. Acertei?

– Sim. E será hoje. Pra ser exato, daqui a 5 horas. – fala, após olhar a hora no relógio que marcava 7h da noite.


– Se não tenho outra opção, tudo bem. Eu vou ao hotel lá pelas 10h. E a gente combina tudo. Agora, volte ao hotel. – ordena a garota, perdendo a paciência.


– Você está mais estressada do que o normal. – comenta Petruccio – Aconteceu alguma coisa?

– Nada que seja da sua conta. – responde Danny, sem um pingo de paciência, empurrando Petruccio em direção à porta – Até mais tarde! – bate a porta na cara do garoto.


Ao se virar pra ir embora, Petruccio encontra-se com as garotas na sala, que estavam segurando o riso por causa do fora que tinha acabado de levar, o que o fez ficar irritado e sair, batendo a porta com toda a força.


Após ele sair, as garotas dirigiram-se ao escritório para falar com Danny.


– Ele saiu muito irritado. – comenta Sakura, rindo. – O que aconteceu?

– Faz tempo que ele não fica tão irritado. – fala Ino, divertida.


– Danny, aconteceu algo? – pergunta Hinata, ao perceber a cara fechada da amiga.


– A missão será hoje. – fala Danny.


– QUÊ?? – perguntam as garotas.


– Não pode ser hoje... – recusa Temari.


– A gente nem fez um plano ainda. – replica Tenten.


– A missão será de dupla. Petruccio e eu. – bufa Danny, massageando as têmporas.


– Por que isso? – pergunta Sakura.


– Coisas daquele estrupício.

– E você não reclamou? Não esperneou? Nem nada parecido? – pergunta Ino, incrédula.


– Desde quando eu sou mulher de espernear? – pergunta Danny, com a sombrancelha erguida, fazendo as garotas franzirem o cenho. – Mas respondendo tua pergunta, não. Não reclamei.

– Quem é você? E o que fez com a Danielle Vespucci? – pergunta Tenten, divertida.


– Engraçadinha. – resmunga Danny.


– Mas falando sério... Por que não reclamou disso?

– Porque quanto antes essa missão acabar, mais rápido eu poderei fazer algo que estou pensando. – responde Danny, misteriosamente.


– Que seria? – pergunta Hinata, curiosa.


– Assim que acabar essa missão, eu vou à sub-sede da Irmandade, em Londres. Preciso tirar uma coisa que não sai da minha cabeça. E só lá, terei as respostas que eu quero. – fala Danny, fazendo as garotas arregalarem os olhos.


– Você não pode ir. – replica Temari – Você sabe disso.

– Não me importo. – rebate Danny – O que papai poderá fazer? Me exilar novamente? Não conseguirei ficar aqui sem saber o que realmente tá acontecendo.

– Nada que a gente diga fará você mudar de ideia, né? – pergunta Tenten.


– Não. Eu vou pra Londres, levando o capturado até a sede.

– E o que a gente faz? – pergunta Sakura.


– Vocês ficarão de olho na Senhora Reverbel. Até ela ser convocada a voltar a Londres, pelo menos.

– Tudo bem. Você já falou ao Petruccio que também vai a Londres? – pergunta Ino, desconfiada.


– Não. Não preciso dar satisfação de meus atos pra ele, vocês sabem...

– Louca... – resmunga Sakura.


– O que aconteceu pra você querer tanto ir a Londres? – pergunta Tenten.


– Na hora certa, eu contarei. Agora, alguém me diz que o jantar está pronto, por favor. Estou faminta.

– O jantar está pronto, sim, Danny-chan. – confirma Hinata, vendo as garotas sorrirem abertamente e correrem pra cozinha.


– Esfomeadas... – murmura Hinata, com um sorriso divertido no rosto, indo em direção à cozinha.


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Enquanto isso, em Londres, era 5h da tarde, e os garotos acabaram de chegar em casa.


– Onde estavam? – pergunta Itachi, sentado no sofá, passando os canais sem se deter em nenhum.


– Fomos à sede, e depois fomos comprar comida. Por quê? – pergunta Shikamaru, desconfiado.


– A Danny ligou e queria falar com você. – responde Itachi, franzindo o cenho – Agora, me diz... O que ela poderia querer contigo? – pergunta Itachi, aproximando-se ameaçadoramente dos garotos, especificamente de Shikamaru.


– Ciúmes, Itachi? – pergunta Gaara, com um sorriso presunçoso.


– Não fale asneiras. – ordena Itachi, afastando-se dos garotos.


– Aniki... Você sabe o que a gente sente pelas garotas. – fala Sasuke, chamando a atenção de todos pra si – E eu sei que você não sente nada pela Danny,– comenta, fazendo os garotos estranharem a conversa – mas, por favor, finja esse sentimento pro Kakashi pra que ele possa nos dizer onde elas estão.

– Teme... – Naruto começa a falar, sendo interrompido por Neji, que entendeu aonde Sasuke queria chegar.


– É sim, Itachi. Se você fingir, o Kakashi nunca saberá que é fingimento, e a gente poderá, finalmente, terminar com essa busca. – argumenta Neji.


– Isso é uma boa ideia... – comenta Itachi – Assim, vocês podem largar do meu pé e parar de me culpar por não ter notícias delas. Posso fazer isso, sim. – concorda Itachi, com um sorriso divertido no rosto, fazendo os garotos sorrirem abertamente.


– Então... Faça logo. – pede Gaara, entregando o telefone pra o moreno.


– Amanhã, irei à sede e falarei com ele. Hoje, não.

– Tudo bem. Obrigado, Itachi. – agradece Shikamaru, vendo o moreno assentir e ir em direção às escadas.


Assim que Itachi subiu as escadas e entrou em seu quarto, Neji solta a boca de Naruto, que começou a tossir, tentando puxar o ar pra seus pulmões.


– MALDITO. Eu quase morro asfixiado, imbecil. – Naruto fuzila Neji com o olhar.


– Desculpe, Naruto. Mas você ia acabar estragando tudo. – responde Neji, calmamente, ignorando o ataque histérico do amigo.


– Eu não ia fazer nada. – refuta Naruto, contrariado – Eu entendi o que o Sasuke fez, tá? Ele usou psicologia reversa com o Itachi. É o que a dona Kushina sempre faz com o senhor Minato. Vejo isso desde criança. Quando meu pai não fazia o que minha mãe queria, ela usava isso. E sempre funcionou.

– Foi uma ótima idéia, Sasuke. – parabeniza Shikamaru, batendo de leve nas costas do amigo.


– Eu sei! – vangloria-se Sasuke – Falando em pai e mãe, faz tempo que não ligo pra eles... Estranho a dona Mikoto ainda não ter dado um chilique com o descaso dos filhos.

– Talvez ela apareça qualquer dia desses aqui, que nem da última vez. – lembra Gaara.


– Espero que ela não apareça sem avisar. – murmura Sasuke – Eu vou subir e tomar banho.


Os garotos acenam com a cabeça e sentam-se no sofá pra assistir o jornal, que passava uma reportagem que chamou bastante atenção deles. A repórter entrevistava Hatake Kakashi, presidente da Akatsuki, sobre as mudanças que a empresa iria sofrer futuramente. Kakashi foi evasivo, e disse que as mudanças eram internas, no departamento de pessoal, e que isso é segredo de Estado.


– Que mudanças serão essas? – pergunta Neji, após a entrevista.


– Não sei, mas eu não gostei desse mistério. – fala Gaara, categórico.


– Nenhum de nós, mas teremos de esperar. – suspira Shikamaru, resignado.


– Espero que eu não seja demitido. – admitiu Naruto – Eu vou na cozinha preparar rámen. Alguém mais quer? – pergunta, recebendo um aceno positivo de todos. – Ok, eu vou fazer o do teme e do Itachi, também.


~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*


A noite, em Kalamata, estava mais fria do que de costume, fazendo uma garota, com um vestido minúsculo vermelho e uma bota de cano alto, se encolhesse de frio, mesmo com um casaco cobrindo sua pele.


– Maldição... – bufou Danny, olhando no relógio, que marcava 10h da noite – O Petruccio tinha que me fazer vestir isso? Tô parecendo uma prostituta, vestida assim. – resmungou, ao avistar a porta do hotel.


Ao entrar no hotel, todos os olhares pairaram em si, fazendo com que a garota corasse um pouco. Mesmo constrangida, andou a passos rápidos em direção ao escritório, entrando sem nem ao menos bater.


– Você está atrasada. – resmungou Petruccio, que encontrava-se na sala com Sai, Tsunade e Shizune. – Mas está linda, digna de uma princesa.

– Não vem com essa, imbecil. Vamos terminar isso logo, antes que eu me arrependa de te deixar respirar por mais algum tempo.

– Está de TPM? – pergunta Sai, inocentemente, recebendo um olhar mortal de Danny, e um olhar de condescendência de Shizune e Tsunade.


– Não, animal. Não estou de TPM. – sibila Danny – Vamos logo com isso, antes que eu desconte minha raiva em vocês dois. – fala, olhando diretamente pra Sai e Petruccio, o que fez ambos se intimidarem com a intensidade do olhar.


– Danny, você precisa se acalmar. Se não, você não irá conseguir capturar o Senhor Reverbel, sem matá-lo. – pondera Tsunade.


– Eu sei... – murmura Danny, acalmando-se aos poucos.


Após Danny acalmar-se, Petruccio explicou o plano. Apesar de não admitir, Danny sabia que era um bom plano, e que tinha tudo pra dar certo.


Quando o relógio marcou meia-noite, Danny e Petruccio já se encontravam próximo ao cassino clandestino. Passou-se 30 minutos, e o senhor Reverbel decidiu ir embora e voltar para o hotel. Ao chegar em seu carro, foi abordado por Danny, que pela hora e pelas roupas, ele pensou se tratar de uma prostituta. Quando ele ia dispensar a garota, pois havia deixado a esposa sozinha no hotel, Petruccio deu uma pancada no pescoço dele, fazendo-o desmaiar.


– Que sutil. – fala Danny, cínica.


– Ele está vivo, não está? – responde Petruccio, com o cenho franzido – Então, isso é o mais importante. Agora, precisamos levá-lo até o jatinho da Irmandade.– fala pra Sai, que havia acabado de chegar, juntamente com Tsunade e Shizune.


– Sim. – Sai pega o homem e leva até o carro.


– Então, meu amor... – fala Petruccio, aproximando-se de Danny e olhando-a, maliciosamente – Você pode voltar pra casa. Shizune, acompanhe-a. – pede, recebendo um aceno positivo de Shizune.


– Eu vou pra Londres. – informa Danny, fazendo todos olharem estupefatos para si – Nem adianta olhar assim pra mim e nem argumentar. Eu vou, e já está decidido.

– Você não pode. – pronuncia-se Tsunade pela primeira vez.


– Quero ver se alguém consegue me impedir... – desafia Danny, indo em direção ao carro em que Sai colocou o capturado.


Petruccio tenta impedi-la, segurando o seu braço. Só que ele não contava com a possibilidade de a garota estar armada. Quando Petruccio segurou seu braço, a garota virou-se bruscamente e atirou na perna do rapaz com sua arma silenciosa, fazendo o mesmo arregalar os olhos e Tsunade franzir o cenho pra esse comportamento.


– O QUE PENSA QUE ESTÁ FAZENDO? – pergunta Petruccio, gemendo de dor.


– Não grite. – ordena Danny – Vamos deixar as coisas claras por aqui... Eu mando, você obedece. – fala Danny, aproximando-se de um Petruccio caído no chão e pasmo. – Se eu disse que vou a Londres, eu vou a Londres. Nem que pra isso, eu tenha que te matar. Você não sabe o quanto eu me seguro pra não fazer isso.

– Se você fizer isso, seu pai irá puni-la. Você sabe... – retruca Petruccio, levantando-se.


– Se você morrer, eu digo que você tentou abusar sexualmente de mim, e eu apenas me defendi. – fala, triunfante, fazendo Petruccio bufar.


– Sua sorte, Danny-chan, sabe qual é? – pergunta Petruccio, ignorando a presença de Sai, Tsunade e Shizune.


– Qual? – pergunta Danny, com um sorriso divertido.


– É que eu me apaixonei por você. Assim... Explosiva. Pode escrever, você ainda vai se apaixonar por mim. – fala Petruccio, convencido, indo em direção ao carro.


– Vai sonhando, seu inútil. – resmunga Danny, constrangida pela declaração do rapaz na frente dos outros três, fazendo Petruccio sorrir minimamente.


– Você é impossível, Danny-chan... Já não basta eu ter de cuidar da saúde do capturado, você ainda vai me fazer cuidar do Petruccio.


– Desculpe-me, Tsunade. Mas eu precisava me impor. – fala Danny, sem remorso.


– Se você o tivesse seduzido, ele teria te levado sem precisar disso. – comenta Sai.


– Até parece que eu ia tentar seduzir essa coisa. – fala Danny, com uma careta de nojo, chegando no carro, vira-se pra Shizune – Shizune, avise as garotas que a missão correu bem e que eu devo estar voltando em breve.

– Tudo bem, Danny-chan. – reverencia Shizune.


~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*


A viagem até Londres transcorreu sem nenhum imprevisto. Quando desembarcaram, eram 6h da manhã.


– Esse jatinho é muito lerdo... – reclama Danny, ao ver o sol nascer na cidade.


– Você que está ansiosa demais, Danny. – replica Tsunade, espreguiçando-se.


– Verdade. O que está acontecendo, Danny-chan? – pergunta Sai, arrastando o Senhor Reverbel, ainda sonolento por conta dos medicamentos.


– Nada. – murmura Danny, indo ao carro da Irmandade e cumprimentando o motorista.


– Quem nada é peixe... – brinca Petruccio, com a perna enfaixada após Tsunade ter retirado a bala e suturado o ferimento.


– Se quiser outro ferimento, continue com as gracinhas. – resmunga Danny, entre dentes.


– Calminha, amor. – fala Petruccio, levantando as mãos em sinal de paz e entrando no carro, juntamente com os outros.


Após essa pequena discussão, o silêncio prevaleceu no carro, sendo quebrado apenas com os sons indecifráveis que o capturado emitia de vez em quando. Como quase não havia trânsito na cidade, eles chegaram à sede em 20 minutos. Ao entrarem, todos os olhos viraram-se pra eles, principalmente para a filha do chefe, que todos sabiam não poder voltar a Londres, sob nenhuma hipótese, até o período de exílio acabar. Aqueles olhares sobre si estavam incomodando a garota, de tal forma que o nível de sua irritação subiu consideravelmente. Entraram no elevador e apertaram o andar mais alto do prédio.


– Bom dia! – cumprimenta Cassy, ao ver Petruccio, Tsunade e Sai trazendo Henri Reverbel, sem notar a presença da garota atrás deles. – Meu pai pediu que entrassem assim que chegassem.

– Não cumprimenta sua irmã mais nova não, anee-chan?! – pergunta Danny, com um sorriso bobo no rosto.


– Danny-nee-chan... – murmura Cassy, levantando-se e abraçando a irmã, com lágrimas nos olhos.


– Você... tá... me... sufocando. – fala Danny, tentando se desvencilhar do abraço de urso da irmã mais velha, fazendo Cassy soltá-la, constrangida – Também senti sua falta. – confessa Danny, baixo, retribuindo o abraço.


– Você não deveria estar aqui. – fala Cassy, com os olhos arregalados, ao se dar conta do absurdo que era a irmã estar em Londres.


– A gente falou isso pra ela. – resmunga Tsunade, contrariada.


– Eu até levei um tiro por tentar impedir. – fala Petruccio, apontando pra perna enfaixada, fazendo Cassy franzir as sombrancelhas para a irmã que deu de ombros.


– Nosso pai ficará uma fera. – comenta Cassianna – Sua sorte é que mamãe está aqui, e vai impedir que você seja castigada... muito!

– Isso não me importa. – fala Danny, olhando as unhas – Vamos entrar logo.


Ao entrar, o pai da garota olha em direção aos “convidados” com um sorriso no rosto, que se desfez automaticamente ao ver a sua filha mais nova adentrando o escritório, com um sorriso cínico.


– O QUE FAZ AQUI? – pergunta, ficando vermelho.


– Que linda recepção depois de tanto tempo sem nos vermos, papai. – resmunga Danny, franzindo o cenho – O senhor poderia ao menos fingir que sentiu minha falta, né? Oi, mamãe. – cumprimenta Danny, ao ver a mãe no canto da sala, olhando-a estupefata.


– Você não deveria estar aqui. – resmunga o senhor Vespucci, tentando se acalmar.


– Eu sei, mas tenho perguntas e quero as respostas. – fala Danny, diretamente, fazendo com que seus pais e sua irmã trocassem um olhar cúmplice, o que não lhe agradou em nada.


– Petruccio, o que houve com sua perna? – pergunta Bianca Vespucci, ao notar a faixa na mesma.


– Acidente de trabalho. – responde Petruccio, rapidamente.


– Não é necessário que me defenda... – sibila Danny – Eu atirei na perna dele quando ele tentou me impedir.

– Filha... – suspira Giovanni.


– Que foi? – pergunta Danny, estressada – Eu não sou obrigada a obedecê-lo. Hunf!

– O que aconteceu com ela? – pergunta Bianca, olhando pra Tsunade.


– Não me pergunte. Ela está estressada desde ontem.

– Vamos terminar logo com isso... – interrompe Giovanni – Petruccio e Sai, levem o Senhor Reverbel pra sala de interrogatório. – ordena, recebendo um aceno positivo dos dois – Tsunade, ligue pra Kalamata e fale pra Shizune que por hipótese alguma autorize que as outras venham a Londres.

– Ok, Senhor Vespucci – responde Tsunade, saindo da sala.


– Agora, mocinha... – começa Giovanni, olhando pra Danielle – Pode me explicar por que me desobedeceu?

– Porque quero respostas. E agora. Não depois. – fala Danny, convicta que algo errado está acontecendo.


– O que deseja saber? – pergunta Giovanni, dando-se por vencido.


– Primeiro, por que essa mudança brusca nas ações da Irmandade? Capturar? Isso não é o que eu fui treinada a fazer.

– Minha filha, agora que Uchiha Madara morreu, por que matarmos as pessoas quando podemos fazê-las pagar na justiça, presas? Você acha que a morte rápida que você dava é um castigo suficiente?

– Não. – responde Danny, contrariada. – Aceito essa justificativa. - fazendo com que a mãe e a irmã respirassem aliviadas – E a segunda pergunta... Como assim Hatake Kakashi é o novo chefe da Akatsuki? – perguntou incrédula, fazendo a irmã arregalar os olhos.


– Como você soube? – perguntam todos, temendo que ela já soubesse de tudo.


– Tenho minhas fontes... E não me enrolem, podem me explicar?

– Essa eu respondo, papai. – intromete-se Cassianna, tomando as rédeas da situação – Kakashi trabalhava pra Akatsuki desde que me casei com ele. Bem, ele trabalhava na França, que era onde morávamos até que Uchiha Madara foi assassinado, e o Kakashi nomeado presidente.

– Se é assim, por que trabalha aqui? – pergunta Danny, desconfiada – É meio irônico que marido e mulher trabalhem no mesmo ramo e em empresas rivais.

– Porque ele sabe o quanto é importante, pra mim, reaproximar-me do papai e da mamãe, e principalmente de você. Por isso, ele aceitou que eu viesse trabalhar aqui.

– Você tem um marido muito bom. – elogia Bianca, fazendo Giovanni franzir o cenho pra o comentário da mulher e Danny sorrir.


– Está tudo esclarecido, Danny? – pergunta Bianca.


– Sim, mamãe. – responde Danny, fingindo não estar mais desconfiada. – “Kakashi pode ser compreensivo, mas não tanto. Aí tem coisa, e eu vou descobrir o que é.” Se me dão licença, eu vou pra um dos cômodos da sede, descansar um pouco antes de voltar pra Kalamata. Até logo, papai, mamãe e Cassy-anee-chan.


Após sair do escritório do pai, Danny pega o elevador e em vez de parar no andar dos cômodos, desce até o térreo. Ao chegar lá, aproveitando o momento de distração da recepcionista e do segurança, que estavam paquerando no balcão, sai e pega um táxi que passava por perto.


– Pra esse endereço, por favor. – pede Danny, mostrando o endereço para o motorista. – “Papai deveria contratar empregados mais competentes”.


O táxi demorou 30 minutos para chegar em seu destino, já que as ruas de Londres começaram a ficar mais movimentadas por conta dos trabalhadores que se dirigiam ao seu trabalho. Quando adentrou as portas do prédio, eram exatamente 7h e 20 minutos.


– Com licença, a presidência fica em que andar? – pergunta Danny à simpática recepcionista.


– No 25º andar. – responde, gentilmente – Tem uma audiência com o presidente?

– Digamos que sim. – responde a garota – Obrigada por me dizer a direção. – faz uma reverência e caminha em direção aos elevadores.


Ao chegar no 25º andar, Danny prepara-se mentalmente pra esse encontro. Sabia que hania extrapolado todos os limites da racionalidade ao vir até ele, mas não havia outra solução. Se sua família não queria contar o que estava havendo, ele iria contar.


– Bom dia, senhorita. Deseja alguma coisa? – pergunta a secretária, parando de digitar um documento pra olhar a visitante.


– Sim. Desejo ver Hatake Kakashi. – fala Danny, após tomar coragem.


– Só um momento. Ele está com um dos funcionários da empresa. Vou ver se ele pode lhe atender. – fala, ligando pra o chefe – Senhor, tem uma moça que deseja vê-lo... Não, ela não marcou hora... Tudo bem, senhor. – desliga o telefone – Ele falou que você viesse mais tarde, pois ele está resolvendo algo importante.

– O que tenho pra falar com ele também é algo importante. – retruca Danny – Quer saber, eu vou entrar. Já vim até aqui, e nada, nem ninguém, irá me impedir de conversar com ele. – fala a garota, indo em direção à porta do escritório rapidamente. Sem dar tempo a secretária impedir, Danny invade o escritório de Kakashi, deparando-se com a pessoa que menos gostaria de encontrar.


– VOCÊ??? – perguntam Danny e Itachi, incrédulos.


– Yare, yare – suspira Kakashi, olhando de um para o outro.



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Notas finais do capítulo

Yo minna *foge das pedradas*
Sei que faz mais de um mês que eu não posto, mesmo eu dizendo que não iria demorar.
Peço desculpas, e espero que ninguém tenha abandonado nesse tempo =x
Eu devo uma explicação a vocês... O capítulo demorou por 3 motivos principalmente.
Motivo nº 1: Fiquei doente, e passei quase duas semanas de cama.
Motivo nº 2: Tive várias provas na faculdade, o que me impediu de começar a escrever o capítulo, por mais que eu quisesse.
Motivo nº 3: Quando eu consegui começar a escrever o capítulo, a falta de inspiração se abateu sobre mim. Não sabia como conduzir esse capítulo, até que ontem, alguma coisa surgiu em minha mente.
Por esses motivos, a fic atrasou mais do que o esperado e desejado. Gente, me desculpem mesmo!!!
Passado o momento de desculpas, tenho uma coisa a esclarecer no capítulo:
A Danny não surtou, apenas ela gosta de ter o controle das coisas, por isso todas as atitudes dela parecem tão loucas. Mas uma coisa boa aconteceu com essa revolta dela: o Petruccio foi colocado em seu devido lugar, o que não era sem tempo huahuahuahauha
No mais, agradeço a todos que estão lendo e tem paciência com os nossos imprevistos!!!
Até o capítulo 6 :)
Danny Uchiha