Labirintos Tortuosos escrita por Black Cat


Capítulo 14
Adoráveis Surpresas!


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura :)



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Na cafeteria de Atenas, três garotas mantinham-se estupefatas com a recente informação dada por Temari. Após a pergunta de Danny, seguiu-se um silêncio incômodo, sendo quebrado por Sakura.

- Temari, o que quer dizer com pacto? – pergunta a rosada, tentando entender o que estava passando na cabeça das garotas que foram a Lárissa.

- Vocês só podem estar loucas. – resmunga Danny, franzindo o cenho.

- Calma, Danny, Sakura. Meninas, expliquem isso, por favor! – pede Hinata, olhando diretamente para Ino, Tenten e Temari.

- Fala, Temari. – pede Ino.

- Por que eu tenho que contar? – resmunga Temari – Vocês também estavam lá e participaram tanto quanto eu.

- Falem de uma vez! – sibila Danny, impaciente.

- Tudo bem! – toma coragem Tenten – Os garotos foram enviados a Lárissa pra investigar o senhor Rachmaninov, e acabamos nos encontrando lá.

- Essa parte nós entendemos! – interrompe Sakura.

- Posso terminar? – pergunta Tenten, retoricamente – Continuando... Como estávamos interessados na mesma pessoa, decidimos nos unir pra realizar a missão rapidamente.

- Deixa ver se eu entendi. – pede Hinata – Você está nos dizendo que trocaram informação com o grupo adversário para completar a missão? – pergunta, recebendo um aceno positivo das três – Ai meu Deus! Se a Irmandade descobre, vamos ser mandadas ao Alasca! – murmura, afundando-se na cadeira.

- Vocês tem noção de quão arriscado isso foi? – pergunta Sakura, franzindo o cenho.

- Os garotos não irão nos entregar. – defende-se Ino.

- Eles podem até não nos entregar, mas se tivesse alguém da Irmandade vigiando vocês?! – sibila Sakura – Como iriam explicar se unir ao inimigo?

- Mas não havia, e eles não são nossos inimigos, Sáh. – Tenten defende os garotos – E se quer saber, funcionamos muito bem trabalhando em equipe. – fala, com orgulho.

- Só podem estar loucas. – resmunga Sakura – Danny, fala alguma coisa.

- Verdade, Danny. – concorda Temari – Achamos que você seria a que daria o chilique, e não a rosada aqui. – comenta, fazendo Sakura arquear a sobrancelha.

- O que fizeram foi arriscado, mas foi o certo nesta situação. – pondera, fazendo todas arregalarem os olhos – O que foi? – pergunta, ao notar o olhar surpreso de todas.

- Quem é você e o que fez com a nossa amiga? – pergunta Ino, divertida, diminuindo a tensão.

- Estou tentando ser prática. – responde Danny – Vocês conseguiram completar a missão, e é isso que importa. Agora é torcer para que o Petruccio não descubra. – resmunga.

- E quanto ao Sai? – pergunta Tenten – Contamos a ele?

- Por enquanto, não. – responde Danny – Ainda tenho dúvidas acerca da confiabilidade dele. Não sei se ele está aqui pra nos ajudar ou nos espionar.

- Verdade. – comenta Hinata – E, garotas, o que mais vocês combinaram com os garotos? – pergunta, sabiamente.

- Os garotos vão nos mandar uma cópia do material obtido sobre o senhor Rachmaninov. – responde Ino, com medo da reação das amigas.

- E vocês? Vão dar o quê em troca? – pergunta Sakura, sendo direta.

- Quando soubermos algo sobre essas encomendas, falaremos. – explica Tenten.

- Então, estamos trabalhando em parceria com os garotos? – pergunta, recebendo aceno positivo de Temari – Não gosto nada disso! Nadinha! Mas como não há nada que eu possa fazer para dissuadi-las, só peço que sejam discretas na troca de informações. – suspira Danny, dando-se por vencida.

- Obrigada! – agradecem Temari, Tenten e Ino, abraçando a morena e chamando atenção dos fregueses da cafeteria.

- A conversa está muito boa, - interrompe Sakura, com um sorriso sarcástico – mas acho que já é hora de voltarmos ao hotel, ou o Sai vai começar a desconfiar da nossa demora.

- Você está certa. – pondera Hinata – Ele já estranhou o fato de não voltarmos ao hotel, imagina se demorarmos mais! – comenta, recebendo acenos positivos de todas, que já estavam se preparando para saírem.

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Ao chegarem ao hotel, Sai esperava-as no quarto, entediado, assistindo televisão.

- Você não deveria estar vigiando? – pergunta Sakura, fechando a porta do quarto.

- E estava. – responde Sai, entre bocejos – Mas após a chegada, ela tomou banho e decidiu dormir, alegando estar esgotada.

- Sabemos o tipo de esgotamento que ela se submeteu. – comenta Ino, rindo maliciosamente.

- Como assim? – pergunta Danny, curiosa, sentando-se em frente ao computador e checando o casal.

- Pasmem! – Tenten começa, fazendo suspense – Eva Zuchatello tem um caso com o homem por trás de todo o esquema.

- Não... – enfatiza Hinata, rindo – As coisas ficam mais divertidas a cada segundo.

- Meninas, - fala Danny, olhando Ino, Tenten e Temari diretamente – aproveitem esse tempo para descansar no outro quarto. Vocês devem estar cansadas, e quero todas descansadas quando precisarmos agir.

- Você está certa. Estou um caco. – suspira Temari, espreguiçando-se.

- E o relatório da missão? – pergunta Tenten.

- Vocês já nos contaram o que aconteceu. Repassarei as informações para a chefia. Não se preocupem. – sorri Danny.

- Já que você insiste. – murmura Ino, indo em direção à porta do quarto, sendo acompanhada por Temari e Tenten.

- O que aconteceu na missão, Danny? – pergunta Sai, sério – Vocês, por algum motivo oculto, não vieram para cá assim que elas desembarcaram.

- Deixa de ser neurótico, Sai. – resmunga Sakura – Só queríamos tomar café, e estava muito cedo para o restaurante do hotel servir o café-da-manhã.

- Está certo. – concorda Sai, fingindo que acreditava na desculpa dada pela rosada – Então, quem vai me contar o que aconteceu nessa missão?

Hinata iniciou o relato da missão das garotas, dando as informações obtidas sobre Vladmir Sharapov/Yvan Rachmaninov, sobre a encomenda que viria para Atenas, deixando de lado o reencontro com os garotos e o pacto que as garotas fizeram com os mesmos. Após terminar o relato, Sai ficou sério e fez a pergunta que lhe estava incomodando desde o início:

- Esse Vladmir ou Yvan, que seja, é procurado pela polícia internacional, então não é estranho ele estar andando a luz do dia, e como medida de segurança, apenas uns guarda-costas? Ele já teria sido reconhecido no aeroporto, em algum lugar. Isso é esquisito.

- Eu me fiz essa mesma pergunta. – pondera Danny, levantando-se da cadeira – E isso é o que precisamos descobrir. Vocês, – aponta pra Sai e para as outras garotas que permaneceram no quarto – procurem algo nos arquivos da Irmandade sobre esse cara, enquanto eu ligo pra sede, falando dos nossos progressos. – finaliza, recebendo um aceno positivo de todos.

- Sim, senhora. – responde Sakura, batendo continência, o que retirou um sorriso sarcástico da garota e risinhos divertidos de Hinata.

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No quarto ao lado, Temari estava conversando pelo viva voz com os garotos, para assim, Ino e Tenten também pudessem falar.

- Eu sei que a gente prometeu dar notícias assim que chegássemos, mas a Danny convocou uma reunião, e não pudemos ligar. – explica-se Temari, após ouvir o sermão de Shikamaru e Gaara.

- Deixem de ser exagerados. – resmunga Ino, rindo – Estamos bem.

- E a Danny já sabe sobre nós? – pergunta Gaara, do outro lado da linha, preocupado.

- Graças ao imbecil do Neji, infelizmente sim! – resmunga Tenten.

- O que diabos fiz agora? – pergunta Neji, estressando-se.

- Você deixou um chupão no meu pescoço, seu estúpido! – responde Tenten, esquecendo que todos ouviam a discussão.

- Amiga, não é momento de DR. – interrompe Ino – Temos pouco tempo.

- Me desculpem! – murmura Tenten, constrangida.

- Algum motivo pra ligação além de informar que estão bem? – pergunta Itachi, pronunciando-se pela primeira vez.

- Na verdade, não. – responde Temari, divertida – Só ligamos pra avisar que, por incrível que pareça, a Danny aceitou bem o nosso acordo, mesmo com a Sakura sendo contra, no início.

- Como assim? – pergunta Sasuke, interessado.

- Não temos tempo pra explicar. – diz Ino – Quando tivermos alguma novidade sobre as encomendas, entramos em contato por aquele e-mail codificado.

- Enviaremos os vídeos em breve. – informa Itachi – Tchau, garotas.

- Tchau, meninos. – despedem-se as garotas, desligando o telefone.

Após desligar o telefone, Tenten dá um suspiro cansado.

- Acho que agora podemos descansar, não é? – pergunta a morena, indo em direção ao banheiro.

- Mais do que merecido. – murmura Ino, recebendo um aceno de concordância de Temari.

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Em Lárissa, os garotos permaneciam observando o senhor Rachmaninov, que no momento, encontrava-se mexendo em seu notebook.

- Seria tão mais simples se pudéssemos colocar as mãos nesse computador. – comenta Naruto.

- Isso é verdade, mas não há como pegarmos o computador sem despertar atenção. – fala Sasuke, sentando no sofá do quarto.

- Alguma novidade? – pergunta Itachi, saindo do banheiro após o banho.

- Tudo na mesma. – responde Neji, mexendo no computador.

- Isso é problemático... – resmunga Shikamaru – Nenhuma notícia dessa maldita encomenda.

- Espero que as garotas tenham mais sorte do que nós. – torce Gaara – Esse acordo que fizemos é bastante útil.

- Falando nelas... – começa Naruto – Que estranho isso de a Danny ter aceitado bem a nossa aliança, né?! Confesso que não achei que seria tão fácil!

- A Danny é louca, mas também é inteligente. – fala Itachi, fazendo todos os garotos darem sorrisinhos maliciosos – O que é? – pergunta, franzindo o cenho.

- Você! Confessando que a Danny é inteligente. – responde Sasuke, maliciosamente.

- Parece que alguém aqui está começando a aceitar os sentimentos que tem. – brinca Neji.

- QUÊ?! – Itachi se descontrola – Não é nada disso que vocês estão pensando. Eu apenas falei que nossas informações são muito úteis, por isso ela aceitou bem. – explica Itachi, fazendo todos olhá-lo sarcasticamente.

- Tá certo, Itachi. – pondera Shikamaru, arqueando a sobrancelha – O importante é que ela não vai impedir as garotas de continuarem conversando conosco.

- Estava preocupado com isso, pra ser sincero. – confessa Gaara – Ainda bem que eu não vou ter que ficar sem notícias da Ino e da minha irmã.

- Sinceramente, tenho inveja de vocês. – resmunga Naruto – Eu queria falar com a Hinata.

- E lá vem de novo a mesma ladainha. – alfineta Itachi, recebendo um olhar mortal do loiro.

- Itachi... – adverte Sasuke.

- Ei, calem a boca. – ordena Neji, olhando as câmeras – O senhor Rachmaninov está ao telefone.

Todos se calaram para poderem ouvir a conversa do homem, a fim de encontrar algo útil para finalizar essa missão. O senhor Rachmaninov, sem saber que estava sendo vigiado, começou a falar com o fornecedor da encomenda. Ele parecia nervoso no início, mas com o passar da conversa, um sorriso de canto começou a surgir em seu rosto, mostrando satisfação. Pelo que deu a entender, a encomenda chegaria dentro de dois dias em Atenas. Logo, despediu-se do fornecedor e ligou para um dos seus seguranças, exigindo sua presença imediatamente. Após 5 minutos, o segurança chegou, e Vladmir ordenou que ele reservasse um jatinho para Atenas amanhã à noite e reservasse um hotel também. O empregado acenou com a cabeça e foi fazer o que lhe foi ordenado. Após a sua saída, o patrão voltou ao notebook.

- Finalmente, alguma novidade. – comemora Shikamaru.

- Se ele vai a Atenas, nós também vamos, não é?! – pergunta Naruto, esperançoso – E se nós vamos a Atenas, eu vou poder ver a Hina-chan.

- Espera aí, Naruto. – interrompe Itachi, franzindo o cenho – Só iremos a Atenas se o Kakashi autorizar, e mesmo que ele nos diga que podemos, nós estaremos lá em missão, e não pra encontros românticos. Pode esquecer!

- Quero ver quem vai ser homem de me impedir de ver a minha Hina-chan. – fala Naruto, mordazmente.

- Acalme-se, Naruto! – intromete-se Sasuke – Não liga pro Itachi. O importante é cumprirmos a missão.

- O Sasuke está certo. – pondera Gaara – Quanto às garotas, vamos ver como as coisas ficam. Não sabemos se elas estão sendo vigiadas. Você iria querer prejudicar a Hinata e as outras? – pergunta, recebendo um aceno negativo do loiro – Então?! Não vamos nos precipitar, tá?!

- Vocês não conseguem entender... – resmunga Naruto, derrotado – Vocês viram as garotas. Eu quero ver a Hina também.

- Eu entendo o que sente, Naruto. – fala Sasuke – Não pense que é só você que está frustrado com tudo isso, porque não é.

- Já que vocês vão ficar aqui se lamuriando, - alfineta Itachi – vou ligar ao Kakashi para saber qual nosso próximo passo.

- Seu irmão é um pé no saco. – rosna Naruto, olhando Itachi sair para ligar do outro quarto.

- Eu sei. – murmura Sasuke.

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Em Londres, o presidente da Akatsuki encontrava-se em seu escritório, na companhia de sua esposa, namorando um pouco, quando foi interrompido pelo toque do telefone.

- Não vai atender, amor? – pergunta Cassianna, divertida, sentada no colo de Kakashi.

- Que jeito tem?! – suspira Kakashi, atendendo ao telefone – Oi, Katherine. O que houve? – pergunta, arqueando a sobrancelha com a resposta da secretária – Itachi? Pode passar.

- Itachi? – pergunta Cassy, curiosa – Será que aconteceu algo?

- Isso que vamos saber. – comenta – Espero que o motivo da ligação seja importante, estava bastante ocupado. – fala Kakashi, ao iniciar o diálogo com um de seus agentes, fazendo a esposa sorrir maliciosamente.

Itachi ignorou o azedume do chefe, porque ele também não estava com o seu melhor humor, e começou a contar os progressos da missão, deixando de lado o encontro com as garotas e o acordo entre eles, finalizando com o motivo da ligação: saber se deveriam seguir o senhor Rachmaninov ou não até Atenas. Em seu íntimo, não gostaria de ir até a cidade porque sabia que iria ser complicado segurar Naruto, mas não iria expor isso de jeito nenhum. Após perguntar se eles deveriam ir ou não, Kakashi manteve-se calado por alguns segundos.

- Você disse Atenas? – pergunta Kakashi, incerto, olhando para esposa, preocupado, olhar esse devolvido pela mesma – Está certo, Itachi. Se você diz que o bandido está indo a Atenas, vocês devem ir também. É a missão de vocês. Desejo boa sorte e, por favor, não saiam do foco da missão, ok?! – pede Kakashi, ignorando o início das perguntas de Itachi, desligando o telefone.

- Amor, eles tem que ir mesmo para Atenas? – pergunta Cassy, preocupada – Sabe que as garotas também estão lá.

- Eu sei, e suspeito que eles saibam também. Mas não há nada o que se fazer, já que eles têm uma missão. – murmura Kakashi – Espero que não façam nada estúpido. Sinto que o reencontro está cada vez mais próximo... – fala, dando um suspiro cansado.

- Verdade. Papai falou que após essa missão, se tudo ocorrer bem, elas poderão voltar a Londres. Espero que nada de muito grave ocorra. – torce a garota, olhando para o relógio – Meu horário para almoço está acabando, preciso voltar à empresa. Até mais tarde, meu amor. – despede-se Cassy, dando um beijo apaixonado em Kakashi.

- Até. – suspira Kakashi, vendo a esposa sair de seu escritório.

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Após desligar o telefone, Itachi permaneceu um tempo olhando para o mesmo, pensando.

- Falou com o Kakashi? – pergunta Sasuke, entrando no quarto – O que houve?

- O Kakashi sabia que as garotas estão em Atenas. – responde Itachi, olhando o irmão seriamente.

- Isso não me surpreende, se quer saber. – resmunga Sasuke – E aí? Vamos ou não a Atenas?

- Kakashi autorizou. – responde o mais velho, percebendo o sorriso de canto do irmão mais novo – Conto com você para segurar o Naruto, quando chegarmos lá. – informa, recebendo um olhar cético de Sasuke – E conto que não se unirá a ele para fazer algo estúpido.

- O que quer dizer com algo estúpido? – pergunta, irritado.

- Quero dizer, procurar a Sakura. – explica Itachi, impassível – Não pense que não entendo o que você e o Naruto estão sentindo, porque eu entendo, mas se vocês forem atrás delas, e a Irmandade souber, poderão fazê-los mandar as garotas para o outro lado do mundo.

- Você acha que alguém está vigiando-as? – pergunta Sasuke, preocupado.

- Sinceramente, acho que sim. Por isso, peço que você se controle e me ajude a controlar o Naruto.

- Está certo. – assente Sasuke, meio a contragosto – Eu não gosto da ideia, mas não quero prejudicar as meninas ainda mais.

- Isso que se fala. – diz Itachi, dando um peteleco no irmão mais novo – Agora vamos contar a novidade aos outros.

- Odeio quando faz isso. – resmunga Sasuke, seguindo o irmão.

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Em Atenas, era por volta de 2h da tarde, quando Ino, Tenten e Temari entraram no quarto onde os outros estavam vigiando o casal Zuchatello.

- Finalmente acordaram. – comenta Sakura, tirando os olhos do computador.

- Boa tarde, gente. – cumprimenta Ino, bocejando.

- Boa tarde. – cumprimenta Hinata, sorrindo – Tomei a liberdade de pedir o almoço de vocês no quarto.

- Você é a melhor, Hina-chan. – agradece Tenten.

- Cadê a Danny e o Sai? – pergunta Temari, notando a ausência dos dois.

- Ah, isso... A senhora Zuchatello recebeu uma ligação de um dos seguranças do senhor Rachmaninov, avisando que o mesmo está vindo para cá dentro de dois dias. – responde Sakura, séria – Daí, ela foi ao shopping fazer compras.

- E a Danny e o Sai foram vigia-la. – complementa Hinata.

- E o marido dela ficou no hotel? – pergunta Ino, mais acordada.

- Ficou, sim. Lendo. – responde Sakura, desviando a atenção do computador por alguns minutos.

- Esse marido da senhora Zuchatello deve ser apenas um laranja nesse esquema. – reflete Temari – Ela faz tudo, e pelo que deu a entender lá em Lárissa, eles vão se livrar do homem após a chegada dessa encomenda.

- Agora que você fala, faz todo o sentido. – Tenten arregala os olhos – Ele não parece ser uma pessoa má.

- Ele não é. – comenta Sakura – Conversamos na cafeteria sobre livros no dia que o Sai chegou, e ele parece ser uma boa pessoa.

- Como assim, “conversamos”? – pergunta Ino, curiosa – Não me diga que a Danny mandou você seduzir o cara.

- Claro que não, porquinha! – cora Sakura com a ideia de seduzir o senhor Zuchatello.

- Então? – arqueia a sobrancelha.

- Porquinha, foi apenas uma coincidência. – responde Sakura, séria.

- Que coisa mais sem graça. – graceja a loira, recebendo uma almofada na cara.

- Espero que essa missão termine logo. – suspira Hinata – Deixa que eu atendo. Deve ser o almoço. – fala, após uma batida na porta do quarto.

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No shopping de Atenas, um casal fingia olhar as vitrines das lojas, enquanto vigiava Eva Zuchatello, que acabara de entrar em uma loja de lingeries, após uma visita ao sex shop.

- Sério que estou sendo pago para vigiar uma mulher fazendo compras de produtos eróticos?! – resmunga Sai, fazendo Danny rir.

- Por isso que ela insistiu que o marido ficasse no hotel. – comenta Danny, acariciando o rosto de Sai, fingindo ser uma mulher apaixonada – Seria difícil ela explicar isso ao corno.

- Você é tão sutil. – sussurra o moreno, sorrindo apaixonadamente – Por que não voltamos ao hotel?

- Porque se daqui ela for a algum lugar que nos interesse, temos que estar de olho. – murmura a garota – Estou surpresa que você consiga fingir paixão por alguém. – alfineta, recebendo um sorriso sarcástico do garoto.

- Você e as outras garotas não sabem nada da minha vida pessoal. – resmunga Sai, ficando corado levemente.

- Desculpa. – pede Danny, sinceramente – Não quis lhe ofender. Vamos continuar vigiando a mulher. – fala, recebendo um aceno positivo do seu parceiro de missão.

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No hotel, Ino, Tenten e Temari terminavam de almoçar, enquanto Sakura e Hinata continuavam a observar as câmeras no quarto do casal Zuchatello.

- Estava pensando... – inicia Temari, incerta – Se Vladmir Rachmaninov está vindo para cá, os garotos também estarão?

- Eles também estão vindo. – responde Sakura, franzindo o cenho – Acabaram de comprar passagens.

- Sério? – pergunta Ino, entusiasmada.

- Não sei o motivo da sua animação, Ino. – murmura Hinata, frustrada – O Sai ainda está aqui, e ele não pode saber que estamos em contato com eles. Lembra?!

- Tinha esquecido. – resmunga Ino – Ah, antes que me esqueça, Sáh-chan, será que você poderia vir comigo até o outro quarto?

- Para quê, Ino? – pergunta Sakura, desconfiada – Estou vigiando aqui.

- Quero contar a minha reconciliação com o Gaa-kun. – responde Ino, sorrindo maliciosamente – Precisamos aproveitar que o Sai não está aqui.

- E por que você não fala aqui na frente de todas? – pergunta Sakura, ainda desconfiada.

- Porque a Hinata é muito inocente para ouvir o que eu tenho a dizer. – fala a loira, já puxando a rosada pela mão – Hina, você pode vigiar, né?

- Sim, Ino. – responde Hinata, divertida, um pouco antes do furacão loiro fechar a porta do quarto.

- Hina, será que posso contar da minha reconciliação com o teu primo?! – pergunta Tenten, olhando diretamente para a morena de olhos perolados, que assente.

- Não se preocupe. Estou indo à piscina. – informa Temari, pegando um roupão e um biquíni em suas malas e saindo logo em seguida.

- Então, Ten-chan... O que você quer me contar da reconciliação? – pergunta a garota, sorrindo docemente.

- Na verdade, não é sobre o Neji que gostaria de lhe falar. – confessa Tenten, sorrindo divertida da cara confusa da amiga.

- Então, sobre o que quer falar? – pergunta, arqueando a sobrancelha.

- Sobre o Naruto. – responde, fazendo a amiga corar e sorrir apenas com a menção do nome dele.

- O que foi? Ele disse alguma coisa? Ele mandou algo para mim? Ele ainda me ama? – despeja várias perguntas de uma vez só, fazendo Tenten rir.

- Calma, Hina-chan. Ele pediu para te dizer que ainda te ama, que nesse tempo todo, não se esqueceu de você e que não vai desistir da história de vocês. Pedi pra falar em particular, porque sei que você gosta das coisas mais discretas. – explica, percebendo que a amiga estava chorando – O que foi, Hina-chan? – pergunta, preocupada.

- Ele ainda me ama! – disse Hinata, com a voz tremendo e os olhos lacrimejando – Eu estou com tantas saudades dele. Queria ter ido com vocês para essa missão em Lárissa.

- Amiga... – murmura, abraçando a garota – Vocês dois ainda vão se encontrar, o amor de vocês é muito forte. Vai dar tudo certo! – Tenten anima Hinata, que parou de chorar.

- Espero que seja o mais rápido possível. – torce, dando um sorriso radiante – Agora, vamos voltar ao trabalho, né?! – pergunta, recebendo um aceno positivo da amiga.

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Enquanto isso, no outro quarto, Ino revirava sua mala, procurando algo que Sakura não sabia o que era, o que estava deixando-a impaciente.

- Ino, o que diabos você está procurando? – pergunta Sakura, batendo o pé no chão.

- Onde será que eu coloquei isso? – pergunta Ino para si mesma, ignorando a impaciência da amiga rosada – AH! LEMBREI! – fala, revirando a nécessaire – Aqui! – Ino entrega um envelope azul a Sakura, que franziu o cenho.

- O que é isso, Ino? – pergunta Sakura, arqueando a sobrancelha.

- Cheira o envelope. – ordena Ino, divertida, fazendo Sakura olhá-la ceticamente.

No entanto, mesmo achando o pedido da loira esquisito, não resistiu à curiosidade em cheirar aquele envelope. Ao aproximar o envelope de suas narinas, captou um delicioso perfume conhecido, mas que não sentia há muito tempo. Arregalou os olhos levemente e olhou a amiga, que só lhe ofereceu um sorriso malicioso.

- O que significa isso? – pergunta Sakura, mordazmente.

- Exatamente o que está pensando. – responde Ino – Uma carta para você! E sabe de quem.

- Eu não vou ler isso. – rosna Sakura, jogando a carta longe como se a mesma estivesse pegando fogo.

- Por que não?

- Por que eu leria um bocado de mentiras escrito por ele? – pergunta a rosada, com um sorriso triste.

- Porque ele te ama, cabeça-dura. – responde Ino, ficando irritada com a atitude infantil da amiga – Será que essa testa grande não serve para nada? Quer saber?! Faça como quiser. Prometi a ele que te faria ler, mas você está mais amarga do que a Danny. – resmunga a loira, batendo a porta do quarto.

- Ela que fica zangada?! – franze o cenho – Eu que deveria estar irritada. – senta na cama, olhando a carta que permanecia no chão – Acho que deveria ler, né? – pergunta a si mesma – Assim, posso afirmar que ele só escreveu mentiras. Isso mesmo, vou ler. – resolve, pegando o envelope do chão, cheirando-o novamente e abrindo-o e começando a lê-la.

“Querida Sakura,

Provavelmente, ao pegar essa carta, você deve ter jogado longe, dizendo que não tinha interesse em nada do que eu viesse falar. Espero, sinceramente que a Ino tenha conseguido te convencer a ler.

Você sabe que não sou a pessoa mais comunicativa, então serei breve.

Sei que pensa eu que estava no esquema do Madara, mas não estava. Posso ser muitas coisas, mas não sou esse monstro que vocês pensaram que somos durante todos esses meses. Não sabia de nada ilícito que aquele bastardo fazia, até o dia da captura de vocês.

Entretanto, não é sobre esse maldito que desejo falar, mas sim de nós dois. Sim. Nós dois! Você é minha, Sakura, e sabe disso. Esses últimos meses foram, com toda certeza, os piores meses da minha vida. Tinha vezes que achava que ia enlouquecer de saudades. E eu sei que, por mais durona que você seja ou tente ser, também sentiu a minha falta. Um amor como o nosso não se acaba assim.

Pensar que você está a poucos quilômetros de mim realmente me frustra. Gostaria de estar aí, e poder dizer tudo isso pessoalmente, mas por enquanto, não posso. Não pense que vai conseguir fugir de mim. Vou atrás de você até no inferno, se for preciso. Amo você!

Seu,

S. U.”

Após ler a carta, Sakura soltou um ofego discreto e tinha lágrimas nos olhos. Sabia que deveria rasgar a carta, mas não conseguiu. Tentou se acalmar, mas as palavras de Sasuke estavam rodando em sua mente. Não queria admitir, mas o moreno ainda mexia com ela. Ficou andando em círculos no quarto durante uns 20 minutos, sem saber o que fazer, até que a porta foi aberta de repente.

- Sakura, você... – iniciou Danny, franzindo o cenho ao notar o quão instável se encontrava a amiga – O que aconteceu? – pergunta, preocupada.

- Nada, Danny-chan. – fala Sakura, desviando o olhar da morena.

- Você está querendo começar a mentir para mim a essa altura do campeonato? – pergunta Danny, arqueando a sobrancelha.

- Desculpa. – pede a rosada – Toma. – entrega o envelope a Danny, que o abre, vendo de quem é.

- Sasuke te mandou uma carta? O que ele diz?

- Que me ama. – responde Sakura, amargurada – Que irá atrás de mim até o inferno, se for preciso. Que é inocente...

- E você? – pergunta Danny, sabiamente.

- E eu o quê? – pergunta Sakura, sem entender aonde a amiga queria chegar.

- Você acredita na inocência dele? Você ainda o ama?

- Não sei.

- Sáh, sei que você quer se fazer de forte, mas não precisa mentir para mim.

- Eu quero acreditar na inocência dele. – confessa, corando – E eu ainda o amo. E me odeio por isso. – despeja, deixando as lágrimas rolarem por seus olhos.

- Amiga, - inicia a morena, colocando a mão no ombro de Sakura – você sabe que eu não sou a pessoa mais sensível do mundo, nem sou como a Hina que sempre sabe o que dizer, mas se o ama de verdade, dá uma chance para ele se explicar. Você está sofrendo com a separação, é visível. Antes, eu tentei ignorar o sofrimento de vocês, porque estávamos sob vigilância constante, mas agora, está cada vez mais perto de obtermos nossa liberdade. Então, quando se encontrarem, deixe-o falar. Fugir não vai mudar o que você sente.

- O que você fez com a Danielle Vespucci? – pergunta Sakura, sorrindo aliviada após ouvir tudo o que a morena falou.

- Digamos que decidi confiar na minha intuição. – responde Danny, enigmaticamente – Agora, vamos focar no trabalho, porque todas nós desejamos voltar a Londres logo.

- Sim. – concorda a rosada, guardando o envelope em sua mala e seguindo a morena até o outro quarto.

Ao adentrarem no quarto, percebeu que Sai não se encontrava no mesmo, o que causou estranheza em Sakura. Hinata, Tenten, Ino e Temari, ainda de roupão, encontrava-se de frente ao notebook, sentadas no sofá. Pelo que percebeu, as quatro estavam muito animadas.

- Cadê o Sai? – pergunta Sakura.

- Ele teve de voltar a Kalamata, urgente. – responde Danny, sorrindo abertamente – Estávamos voltando do shopping quando Petruccio ligou, exigindo a presença dele. Ele só passou no hotel para fechar a conta e pegar suas malas. Deve estar em direção a estação de trem agora.

- Entendi. – pondera Sakura – E por que vocês parecem estar tão animadas?

- Você não falou a ela? – pergunta Ino, não se aguentando de animação.

- Não falou o quê? – pergunta Sakura, olhando Danny, desconfiada.

- Bem... Iremos aproveitar que Sai não está aqui e vamos decidir nossos próximos passos com... – Danny é interrompida pelo som de uma conversa por vídeo codificada, que foi aceita automaticamente, fazendo as quatro garotas que estavam sentadas no sofá pularem de animação.

- Quanto tempo, garotas. – cumprimenta uma voz sexy que Sakura conhecia muito bem, fazendo-a arregalar os olhos e virar rapidamente para o notebook, vendo a imagem dos garotos na tela, e virar novamente para Danny com um olhar inquisidor.

- Surpresa... – murmura Danny, tensa com o olhar da garota em si.


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Notas finais do capítulo

Oi queridos leitores *fugindo das pedradas*
Quanto tempo, né?! =x
Sei que demorei a postar, mas culpem a falta de tempo e a minha falta de criatividade.
Quando eu tinha tempo, eu não tinha criatividade. E quando eu tinha criatividade, eu não tinha tempo. Ou seja, problemático rsrs
Espero que perdoem a demora e que não tenham abandonado a história :)
Torço que o capítulo consiga compensar um pouco da demora em postar. ^^
Agora, falando da fic...
E agora? Essa conversa tem tudo pra ser uma completa baderna... Como será que a Sakura irá reagir???
Isso são cenas dos próximos capítulos :P
Obrigada a todos os leitores, que mesmo com os nossos contratempos, não nos abandonaram. Adoro muito vocês ♥
Até o próximo capítulo!!!
Bjs, Danny