Kiss With A Fist escrita por dudinhacorreia2


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Então,esse capítulo é muito impotante,pena que só faltam 2 capítulospra acabar a fic....



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Era ano-novo. Fomos todos pra frente do Space Needle (N/A: space needle é aquela torre que tem em Seattle... quem assiste Grey's Anatomy vai saber o que é, pq passa toda hora rs) assistir a queima de fogos. A neve tinha dado uma trégua, e isso me deixou feliz. Não me entenda mal, eu gosto de neve, mas ela atrapalha a visão.

E o Space Needle é incrível.

Bianca fazia graça com uma tiara com anteninhas prateadas. Mesmo fazendo tipo uns 3 graus, ela estava só de meia calça. Eu tinha colocado meia calça E uma calça jeans. E ainda estava com frio.

Vi alguns conhecidos. Clarisse estava lá, com a mãe. Grover também. Eu quase cheguei perto dele pra perguntar do Percy, mas me conti.

A contagem logo começou (nós chegamos meio atrasados). Bianca segurou minha mão e falou pra eu fazer um pedido.

Dez...

Legal, o que eu ia pedir? Eu tinha tudo que precisava. Ah, é, quase tudo.

Nove...

Parecia egoísmo pensar no Percy quando eu precisava tanto da minha mãe.

Oito...

Mas parecia falta de lealdade pensar nela e não pensar nele.

Sete...

Tentei parar de pensar e me concentrar no monumento a minha frente. Não estávamos muito perto, então dava pra ver perfeitamente.

Seis...

Me lembrei da primeira vez em que eu havia ido ao Space Needle. Com a minha mãe, aliás. Eu era tão pequena, mas acho que foi ele que despertou meu interesse por arquitetura, embora eu não me lembre com detalhes.

Cinco...

Mas eu me lembrava perfeitamente de ver o contorno dele, ao longe, quando andava de carro com Percy. Ele olhava pra mim e ria, falando que achava engraçado o modo como eu olhava pra lá.

Quatro...

Meu celular vibrou no meu bolso. Era uma mensagem de texto.

Três...

"Feliz ano novo", dizia a mensagem, "espero que você esteja bem.".

Dois...

Os gritos das pessoas contando ficaram mais altos, com a animação. Meu celular dizia que a mensagem era de Percy.

Um!

A multidão gritou quando os primeiros fogos de artifício estouraram. Eu abri um sorriso enorme. Ele estava vivo! Vivo! E se lembrava de mim!

Fui tirada do meu transe quando Bianca praticamente pulou em cima de mim, me esmagando num abraço.

- Feliz ano novo! – ela gritou, enquanto eu a abraçava de volta.

- Pra você também – eu ri.

Helen me abraçou, e meu pai abraçou nós duas juntas. Eu meio que me senti bem.

Os fogos continuavam, tanto no Space Needle, quanto na minha cabeça. A multidão fez silêncio pra contemplar, e eu fiquei quieta, observando as luzes.

Fomos exaustos pra casa. Compramos comida no drive-thru, e eu e Bianca engolimos os nossos sanduiches em três dentadas, de tanta fome. Só quando nós duas estávamos encolhidas no colchão, embaixo de uns quarenta mil cobertores – tinha começado a nevar -, eu contei pra ela sobre a mensagem.

- Eu sabia! – exclamou ela, erguendo o punho no ar. – Ah, Annabeth, eu sabia que ele não tava morto.

- Dã, isso eu também sabia.

- Não foi isso que eu quis dizer – Bianca deu uma risadinha. – eu quis dizer tipo... Ele não te esqueceu, sei lá.

Isso me fez sorrir.

- É melhor a gente dormir – falei, olhando o relógio na parede. – Já são 3 da manhã. Boa noite. – me virei pro canto, me enrolando como uma bola. Ela deu boa noite também e, em poucos minutos, a respiração dela se acalmou.

Peguei meu celular. Era melhor eu responder a mensagem.

Feliz ano novo pra você também – escrevi – E sim, eu estou bem. Espero que você também esteja.

Pensei em escrever algo tipo "ah, a propósito, ONDE VOCE ESTÁ?", mas desisti.

Fechei os olhos e dormi em pouco tempo.

Bianca e tia Judith foram embora de tarde. Depois de me fazer jurar por tudo que há no mundo que eu ia ligar pra ela pelo menos uma vez por mês, pra contar como estavam as coisas, ela me deu um abraço apertado e falou que ia sentir minha falta. Eu também sentiria a falta dela, e me senti no dever de falar isso.

Meu pai foi levá-las no aeroporto – aliás, elas moram em Denver, no Colorado -, e Helen pediu pra ir junto, porque ela tinha que ir no supermercado ou coisa assim. Bianca ordenou que eu fosse junto, mas eu estava imersa em minha própria bolha, e ela percebeu isso. Fiquei em casa.

Me debrucei na janela do meu quarto e liguei pra Thalia, que estava em Washington, com alguns parentes. Caiu na caixa postal, e deixei uma mensagem.

- Oi! Faz tempo que eu não falo com você, to com saudade. Feliz ano novo! Espero que esteja tudo bem aí. Me liga quando puder. Tchau – desliguei e joguei o celular na cama.

Fiquei parada no meu quarto por um momento, olhando pras paredes. Então a campainha tocou.

Desci as escadas correndo e abri a porta.

- Ei – disse Percy.

Eu pensei que ia desabar de alivio.

- Ai meu Deus – foi tudo que eu consegui dizer.

Percy me puxou pra um abraço. Fiquei paralisada por um segundo, mas depois o abracei também, deixando um suspiro escapar. Abracei com força pra provar pra mim mesma que ele estava vivo, e estava comigo.

- Ah, Percy – falei baixinho. Eu o ouvi rir.

Sem me separar dele, virei a cabeça pra olhá-lo.

- Como você faz uma coisa dessas comigo? Onde você esteve? – perguntei, tentando fazer cara de brava. Mas não consegui, é claro.

Ele só sacudiu a cabeça e riu mais.

- Depois. – Percy tirou uma das mãos das minhas costas e a colocou na minha nuca. Em pouco tempo seus lábios estavam nos meus.

Só isso foi suficiente pra um turbilhão de eletricidade zunir pelo meu corpo. Enlacei minhas mãos pelo pescoço dele e o puxei mais pra mim, aprofundando o beijo. Não sei como percebi, mas ele pareceu gostar disso.

Meu coração começou a bater mais rápido e mais rápido, e algum lugar da minha consciência ficou com medo de que ele explodisse. Mas esse pensamento logo se perdeu. Eu estava completamente focada nele.

Ele quebrou o beijo pra respirar, e eu fiquei agradecida por isso. Estava mais sem ar do que tinha percebido. Não ajudou nada olhar nos olhos dele – o ar saiu quase completamente dos meus pulmões.

- Nunca mais faça isso. – ordenei, quando consegui encontrar a minha voz.

Percy parecia tão zonzo e ofegante quanto eu, e isso fez um sentimento de triunfo se espalhar por mim.

- Claro que não – ele respondeu.


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