My Life Inside Your Heart escrita por Babi


Capítulo 22
Decisões & Escolhas - POV Allan parte1


Notas iniciais do capítulo

bom dia My lifers (:
e ai como voces estão? boom dessa vez eu nao demorei tanto para postar, não é mesmo hahahahah
bom gente como uma pessoa muito fofa(Sirlene) me pediu, estou postando um capitulo especial, espero que voces gostem...
nos vemos la embaixo.
Já adiantando - o que voces acham de eu fazer sempre capitulos na visão de Allan?
Se apoiarem me falem, viu?



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Essa semana para mim não tem sido nada fácil, depois de tudo que aconteceu, pensei que finalmente alguma coisa poderia dar certo, que algo de bom poderia me acontecer. Mas vi que eu estava totalmente errado, as coisas só estavam piorando, isso era o que mais me frustrava, eu sempre soube que iria encontrar dificuldades ao longo do caminho, mas essas ultimas estavam me destruindo.

Eu havia me tornado uma pessoa totalmente diferente do que eu costumava a ser antes, mas não era proposital, claro que não, isso estava além de minha capacidade de autocontrole, se não tivesse eu nunca teria saído de mim, não na frente de Duda. Ela me dissera que eu estava a assustando, e aquilo estava me corroendo. Nunca foi a minha intenção assustá-la, não quando ela é a pessoa que eu mais admiro, ela é a pessoa que eu amo, não seria capaz de fazer aquilo se estivesse sob controle. Sabia que era preciso tentar mais, que não poderia desistir assim tão fácil. Mas o que eu posso fazer? De que maneira posso me aproximar dela sem coloca-lá em risco?

Eu preciso pensar com mais cautela, preciso ser menos impulsivo. Eu preciso começar a controlar minhas emoções para que eu possa ajudá-la. Não posso ficar perdendo sempre o controle, mas sei também que isso não depende somente de mim. Como meu pai mesmo disse, eu não tinha total controle sob minhas ações, ele deixou bem claro que ele me manipularia se precisasse, e pediu para que eu me afastasse dela, tanto que eu a evitei o máximo possível essa semana, havia a magoado, mas se isso fosse preciso para não machucá-la, eu faria. Porém quando Clara me chamou para ir ao evento, onde apresentariam a Sra. Boullevard como administradora de quase tudo na empresa, não consegui recusar, já que quanto mais eu recusava mais ela insistia, e por final, vencido pelo cansaço eu aceitei.

Chegando no dia do evento, eu estava nervoso, havia dias que meu olho não voltava a ser verde, como normalmente era. Lembrando-se de olhos verdes, lembrei-me da minha mãe, sentia uma falta dela, ela morava na cidade ao lado, uma hora de viagem. Estava pronto para ir ao evento, e estava a caminho, quando eu dou meia volta e sigo em direção oposta, para a saída da cidade, daria tempo de dar uma passada na casa de minha mãe, e olhar dentro daqueles profundos olhos verdes, que eu tanto amava. Dirigi ávido pelo reencontro, estava com muitas saudades. Eu ia absorvendo cada detalhe que existia no caminho. Passei da placa que falava “Volte sempre a Satle!”. Logo após já passava da placa “Bem-vindo a Portland”.

Cheguei à rua que minha mãe morava, eu havia passado minha infância ali, quando não imaginava que nada disso iria acontecer comigo, eu somente me divertia, sem nenhuma preocupação. Eu observava tudo, e ali estava do mesmo jeito a primeira arvore que eu havia subido, ali estava o poste onde eu e meus irmãos brincávamos de pique esconde, quando éramos unidos, nenhum havia saído de casa, e nunca mais voltado. Assim como eles eu optei por deixar minha mãe, não sabia ao bem o motivo de tudo aquilo, mas sentia muitas saudades dos bolinhos de arroz, do bolo pro café da tarde, sentia falta do cheiro de canela que ela sempre exalou. E principalmente sentia saudades de sua voz me aconselhando, me dando bronca, de seus braços me aconchegando, quando nada nesse mundo me acalmava. Estacionei em frente a casa, ela estava igualzinha.

Apertei a campainha da casa, ouvi os passos agitados por dentro, com certeza ela não estava esperando por visitas. Quando ela viu pelo “olho-magico” da porta, e percebeu que era o filho caçula dela, ela abriu apressadamente a porta, e pulou em meus braços, eu a apertei em um abraço demorado, não havia percebido o quanto eu estava precisando daquilo. Quando ela nos separou, para poder me olhar bem, ela me mediu de cima a baixo, e percebeu o que eu mais temia que ela percebesse, mas ela deixou isso de lado, mas sabia que ela iria tocar no assunto mais tarde, primeiro ela tinha que ver como eu estava.

– Meu querido! Que saudades! – ela disse com a voz embargada, me pegando em outro abraço apertado. Eu era mais alto que minha mãe, então quando ela ia me olhar, ela tinha que levantar o pescoço. – Você está bem? Faz tempo que não te vejo. Venha, entre aqui!

– Estou ótimo mamãe! Morrendo de saudades, e precisando de um pouco de apoio materno. – disse, e foi só ai que percebi o quanto estava vulnerável, o quanto estava carente, e precisando dos conselhos de minha mãe.

– O que está acontecendo com você? Seus olhos! O que houve com eles? – antes que eu pudesse falar alguma coisa sobre o que estava acontecendo, ela mesma me perguntou com a sua voz doce, e meiga, como sempre me surpreendendo, como uma boa mãe sempre faz.

Eu comecei a contar a ela, sobre tudo, inclusive sobre a Duda, os olhos dela mostravam um brilho de preocupação, e compreensão.

– Mas filho, você por acaso percebeu que seus olhos não estão mais verdes? Que eles estão iguais aos de seu pai? Em um profundo preto, que absorve qualquer emoção, e a qualquer sentimento. – minha mãe não desviava o seu olhar de mim, sobretudo dos meus olhos, os olhos verdes dela perfurando os meus pretos.

– Sim mãe, percebi sim. E você sabe o que isso significa, não sabe?! – algo estava me dizendo que eu tinha ido a procura de apoio, e poderia sári de lá com algo além disso.

– Sei sim! Vocês está sendo influenciado por seu pai, e ele pode te usar pra fazer algumas coisas. E meu maior medo é que você se torne frio como seu pai. – disse minha mãe preocupada, e quase chorando.

– Pois é! Ele me visitou como eu te disse, e eles está fazendo isso para machucar quem eu mais amo, não quero que nada aconteça a ela mãe. O que eu posso fazer?! Não tem nada que eu possa fazer? – perguntei com esperança, como sempre ela fazia isso me enchia de esperanças.

– Sim meu filho, esqueceu-se que eu vivi com seu pai?! Por muito tempo. – minha mãe me disse, e eu ficava imaginando se ela fazia ideia de que meu pai nunca a amou. Mas algo me dizia que sim, que ela sabia, já que ela sabia muito a respeito desses tipos de coisas.

– O que você sabe mãe?

– Você irá precisar da ajuda da garota, ou então acho que você não terá muitas chances, meu querido. – minha mãe me respondia, mas eu não estava muito certo de que poderia colocar Duda no meio de tudo aquilo.

– Mas isso não a colocará em riscos?! – perguntei preocupado com o que poderia acontecer com Duda se eu expos mais ela a essas coisas.

– Isso eu acho que teremos que arriscar, mas não acho que ela vá correr algum perigo com você por perto! – minha mãe como sempre estava colocando muita fé em mim, mais do que eu merecia. Ela sempre acreditara em mim, sempre confiara, e mesmo depois que eu sai de casa e nunca mais coloquei as caras ali, ela ainda sim estava acreditando com todas as suas forças em mim. A olhei um pouco descrente desta vez, não sabia se seria forte o bastante para poupar Duda de alguma coisa mais. E vendo como eu estava sem esperanças, ela continuou. – Pense meu filho, tem algo querendo separar vocês dois, pode ser seu pai, mas não acho que ele chegaria a tal ponto...

– Como você pode ter tanta certeza que não é aquele canalha? – eu não era muito de chamar meu pai de pai assim na frente dos outros.

– Bom, meu filho, ele não é um canalha, ele é somente o que ele é. Ele não tem sentimentos, não tem bondade, mas também não tem maldade, seu pai, Allan querido, é neutro, ele não pode controlar isso. – minha mãe fez uma pausa, vendo se eu queria intervir, mas estava querendo as respostas, e ela tinha, então deixei que continuasse. – Seu pai pode está te controlando Allan, para conseguir alguma coisa, algo que pode ter sido tirado dele, ou então quer dar uma lição a você, como se fosse se vingar, mas ele não é do mal, e ele não é o pior dos problemas.

– Como assim mãe? O que pode ser pior? – agora não estava mais entendendo. Ok! Meu pai era neutro, ele não era nem do bem, nem do mal, isso eu acho que eu sempre soube, mas sempre quis ignorar. Mas não estava entendendo a parte de ter mais coisa com que se preocupa, além de meu pai esta me manipulando.

– Allan, seu pai não é o único que quer te afastar de Duda, filho! Olhemos pelo lado do seu pai por enquanto. Seu pai quer separa-los, pelo fato de que a sua liberdade está com ela Allan. Se você se juntar com a Duda, o seu destino será diferente do destino dos seus irmãos, seu pai não conseguirá manipular mais você. – minha mãe parou para poder raciocinar alguma coisa que eu não sabia o que, e suspirou esfregando os dedos nas têmporas. – Sabe Allan, você nunca foi igual aos seus irmãos, e acho que é isso que seu pai mais tem raiva.

– Como assim mãe? Lógico que sou, assim como eles, eu fiz questão de me emancipar, e sair de casa, mãe, eu te abandonei.

– Claro que não, meu filho, você fez a coisa certa, e eu sei disso. Se você fosse igual aos seus irmãos, você não estaria aqui me pedindo ajuda, já que não teria alguém que ama, e seria muito orgulhoso para vir até a mim. – minha mãe disse serena, e mostrando sinceridade, mostrando que não estava dizendo àquilo para que eu me sentisse melhor, e sim porque era a verdade. – Filho, sempre soube que você não herdara muitas coisas de seu pai, tirando o que está evidente que você herdou, você pegou as melhores partes de mim. E sempre que você falou comigo, nunca consegui identificar nenhuma hostilidade vindo de parte unicamente sua. Sempre tinha o dedo do seu pai no meio, porque seu pai quer você ao lado dele. – minha mãe pegou minhas mãos, e as uniu com as delas, olhou bem para meus olhos pretos, e ali deixou seu profundo olhar, enquanto os meus eram um poço de sentimentos não refletidos, um poço vazio, os dela eram cheios de emoções. – Agora partindo para o ponto de vista de seus outros problemas Allan. Como eu disse, não é só seu pai que você precisa se preocupar, e sim também com força do mal, se eu entendi bem, acho que elas também estão separando vocês.

– Mas o que eles têm a ver com isso? O que isso vai mudar na vida deles?!—perguntei constrangido, frustrado, não aguentando mais essa pressão toda.

– Filho, pense bem, vocês dois juntos ficam fortes, muito mais fortes do que quando estão separados. Com o que você me contou que quando a Duda falava algo a você, você voltava ao normal e agora não, é pelo fato dela estar se distanciando de você, perdendo a fé em você. E você não pode deixar isso acontece, ela é o seu destino, não deixe que eles separem vocês. Seja forte Allan, não desista, por mim, e principalmente pela Duda, ela precisa de você. Sabe o que mais? – minha mãe estava olhando cada vez mais profundo em meus olhos, vendo que eu não responderia, que eu estava mudo, ela continuou. – Esse amor é verdadeiro, o que o torna tão forte quando acredita nele. Nada poderá interferir na felicidade de vocês, se vocês se juntarem, e formarem uma dupla. – minha mãe deu uma pausa para que pudesse tomar fôlego, e acho que achar as palavras certas para me dizer o que estava prestes de me falar. – Não há nada nesse mundo que separe duas pessoas que se amem incondicionalmente, então querido, lute, lute com todas as suas forças.

Eu abracei minha mãe com todo o amor que eu tinha por ela, meus poderiam estar vazio, desprovido de qualquer emoção, mas pelo menos eu poderia demonstrar por gestos, e seria assim que faria com Duda hoje.

– E o mais importante meu filho querido, não tenha medo, pois estas forças obscuras se alimentam de seu medo. Das nossas fraquezas, do que tememos. – minha mãe me lembrou, tinha sido mais ou menos isso que eu havia dito a Duda, para que ela não ficasse com medo, não demonstrasse nada quando estávamos na construção abandonada, já que eles não nos deixariam em paz enquanto tivessem com o que se divertir. – Você precisa sair dessa, e se unir a Duda, para poder ajudá-la, pelo que você me falou, eles estão a usando também, estão mexendo de alguma forma com ela. E ela precisa aprender a lidar com isto. E sinceramente meu filho, não acho certo o que você está fazendo, deixando ela sozinha para lidar com isto, sem a sua orientação.

– Mas mãe, eu não posso. Ela nem sabe de meus sentimentos. – eu disse frustrado com tudo que estava acontecendo, eu só queria ela comigo, e olha a complicação.

– Eu acho que já passou da hora de você explicar todos os seus sentimentos a ela filho. Você precisa dela, e ela de você.

– Mas eu não sei se ela vai acreditar em mim mãe, depois de tudo que eu fiz com ela, eu machuquei muito ela, a magoei de tal forma. Estou com medo de ela acabar me odiando, de achar que eu estou brincando com ela. Além disso, não sei e posso controlar meus impulsos posso acabar machucando ela novamente, não sei se conseguirei não ser frio com ela sobre o controle de meu pai

– Filho, sinto muito, mas isso você vai ter que arriscar, nada mais justo que ela duvidar de você, eu sei que você não fez por querer meu querido, mas ela não sabe de nada, ela está totalmente no escuro, será normal que ela fique com raiva de você, duvide de você, mas você não pode desistir. – ela pausou passando sua mão em minha face, e refletido nos olhos dela como nesses últimos dias eu parecia vazio. – Acho que você tem que aprender a lutar pelo que você ama.

– Mas não sei se vou conseguir vencer esse lado de mim mãe, ele é muito forte. Eu quero realmente ficar com a Duda, mas não sei se conseguirei . Eu não quero ficar sem ela, mas eu tenho medo de expô-la demais.

– Apenas lute meu filho, se você desistir de tudo nunca saberá do que é capaz de fazer. Filho eu tenho fé que você e ela vão vencer todas as dificuldades juntos, eu sei que você vai conseguir meu filho, apenas acredite nisso.

– Como eu posso acreditar nisso mãe? Sendo que nesses últimos dias eu só tenho me entregado cada vez mais aos comandos do meu pai, e ele mesmo disse, e eu te falei, que eu não poderia me aproximar de Duda senão ele ia dar um jeito de eu mesmo machucar ela, e eu não vou suportar isso mãe. – quando acabei de falar percebi que minha voz tava embargada, e que eu estava quase gritando, e o que eu mais estranhei foi o fato de eu estar chorando, faziam anos que eu não chorava. Minha mãe diminuiu um pouco do espaço que tinha entre nós, passou a mão em meus cabelos, e depois limpou minhas lágrimas.

– Allan eu sei que é difícil, mas também sei que você é capaz, por mais que você mude você continuará essencialmente sendo o mesmo de sempre. E suas lágrimas foram mais do que uma confirmação disso. Você acha que seus irmãos choram? Que eles alguma vez veio me ver, ou me ligaram como você sempre fez? Seus irmãos, infelizmente, e quando digo isso é com muito pesar, eles se entregaram facilmente para seu pai, eles foram fáceis demais, fraco demais, mas você, meu filho, você ainda está o mesmo, você é forte, e eu não posso deixar de estar muito orgulhosa disso. – ela sorriu para mim com afeto, enquanto eu fui absorvendo tudo o que ela dizia. Certo! Eu sabia que meus irmãos haviam sumido, não sabia de mais nada deles. Mas não sabia que eles tinham sido tão fáceis, pensei que assim como eu levou tempo, mas isso não significava nada. – Sabe Allan, acho que passou da hora de eu ter uma conversinha séria com o senhor Jael. – mesmo com o tom de brincadeira de minha mãe, fiquei preocupado, não sabia do que meu pai seria capaz de fazer, se ela interferisse em seus planos.

– Mãe você não irá falar com ele. Não sabemos do que ele é capaz de fazer com quem interfere em seus planos.

– Allan Scott Thomppson, eu sei lidar com seu pai, garoto tá achando que eu sou quem ein?! eu convivi com Jael 10 anos da minha vida!!! Acha que eu sou uma mulher qualquer? Se eu fosse não teria sobrevivido normalmente com seu pai.

– Senhora Elisabeth Scott Thompson a senhora esqueceu-se de quem nós estamos falando?! – perguntei arqueando as sobrancelhas, mesmo que ela tenha vivido 10 anos com Jael, ele era perigoso quando não conseguia o que queria, e se minha mãe fosse questionar alguma coisa que ele ta fazendo era possível que ele a matasse. E não suportaria perder minha mãe.

– Sei muito bem de quem estamos falando, ainda não tive amnésia. – ela brincou para aliviar um pouco a minha tensão, porem não adiantou muito. – Eu não tenho medo de seu pai Allan, se tivesse não teria vivido com ele. – ela novamente fez uma pausa, acariciou meu rosto, e tomou-o em suas mãos, o erguendo, fazendo com que eu encarasse os olhos perfeitos dela. – Agora vamos encerrar essa conversa, porque da forma como está vestido aposto que tem algum lugar para ir. Você não iria vir me ver com essa elegância toda.

– Mãe... – minha mãe estava tentando me convencer de que ela estava bem, e que ficaria, mas eu não iria estava ficando convencido.

– Allan querido eu sei me cuidar, agora vá falar com a garota, diz o que você sente por ela porque a única maneira de você continuar o mesmo é amando, os seus irmãos abriram mão de seus sentimentos pelo poder, se entregaram a escuridão no coração deles e se esqueceram de quem realmente são, se tornaram frios e calculista, arrogantes e percepcazes e não sabem mais o que é amar, mas você Allan é diferente deles, você pode escolher um outro caminho não mudando o que estar aqui – ela coloca a mão onde meu coração bate ritmadamente, eu olho fundos em seus olhos novamente, sentindo falta de morar naquela casa, e de sempre ter o abraço da minha mãe, mas eu não queria voltar, não agora, já que preciso ajudar Duda. E mesmo se quisesse não poderia voltar, eu havia feito a minha escolha – você é mais do que aparenta ser meu lindo, o bom do livre arbítrio é você poder escolher que caminho seguir no final e eu espero que você faça a coisa certa, como você sempre fez. – minha mãe pausa, e me da um beijo na testa, como ela fazia antes, quando eu estava tristonho, e ela sempre me consolava. – Te amo meu filho querido.


– Também te amo mãe! E muito! – eu disse me levantando e a abraçando muito forte, afinal eu não sabia quando eu a veria de novo, talvez em pouco tempo, talvez nunca mais, nunca se sabe.


–Filho antes de ir, gostaria de te dar algo para que você dê a Duda. – minha mãe me diz, saindo de meu abraço e sumindo pela casa, subindo as escadas, onde daria ao seu quarto. Depois de um tempo ela volta com uma caixa aveludada vermelha, e já poderia prever que era uma joia e rara. – Abra! – eu abri, e fiquei um tanto que boquiaberto. A joia era um colar, ele era uma corrente de ouro branco, com um pingente de cruz que tinha rubis vermelhos, e diamantes negros. E os brincos eram o conjunto do colar: cruzes com rubis e diamantes. A olhei em busca de explicação, para saber onde que ela havia arranjado aquilo. Era tão fino, nunca havia visto algo tão delicado, e tão bem feito. Combinava com Duda, mas não poderia aceitar, não algo assim. – Aceite! Foi uma coisa que seu pai me deu quando nos conhecemos, no começo eu usava, mas depois o deixei guardado, largado no armário.

– Mãe, não posso...

– Allan, sou sua mãe, e estou mandando você aceitar, não estou pedindo. – minha mãe havia assumido um tom mandão, e eu percebi que se eu recusasse ela ficaria muito chateada, ela fechou a caixinha e me entregou. – Dê a ela quando for o momento certo, você saberá quando dar a ela.

– Obrigado mãe! – eu disse dando um beijo no alto da cabeça dela.

– Não tem de quê filho. E não se esqueça de que eu sempre vou te amar, ouviu?! – minha mãe esperou por uma resposta minha, e eu somente assenti. – Quando der quero conhecer pessoalmente a Duda. – assenti novamente, e começo a ir à direção da porta, pronto para deixar minha mãe, e enfrentar o que quer que eu fosse enfrentar ao encontrar com Duda. Quando chegamos a porta minha mãe me deu um abraço apertado, e passou a mão pelo meu rosto, e depois pelos meus cabelos, com as pontas dos pés. – Mantenha contato, me ligue sempre.

Depois de me despedir de minha mãe, entrei no carro, e dei partida, estaria na porta do evento em uma hora e meia. Enquanto ia absorvendo o silencio, fui lembrando tudo. Quando o meu primeiro irmão, Nicolas, saiu de casa, eu tinha mais ou menos uns 12 anos, enquanto ele tinha 17 anos. Antes dele se entregar aos cuidados do meu pai, eu era muito apegado a ele, no primeiro dia sem ele naquela casa foi ruim, minha mãe veio me consolar, enquanto meu outro irmão e irmã, James e Lauren, planejavam sair de casa, eram gêmeos, tinham 14 anos, e quando completaram 16 anos deixaram a casa, e eu segui o exemplo, porém sai de casa aos 15 anos, e fui morar em apartamento de inicio, e logo depois me mudei para essa casa que eu morava.

Minha mãe foi perdendo seus filhos aos poucos, ao menos eu ligava de vez em quando, porém os outros filhos haviam a abandonado. Eu me sentia culpado por ter me emancipado tão cedo, e saído sem mais nem menos de minha casa. Eu e minha mãe sempre fomos muito ligado um ao outro, e eu de um dia pro outro havia a deixado naquela casa enorme.

Antes que pudesse me dar conta, já estava chegando ao endereço que Clara havia me passado, virei à segunda direta da rua Street Holey, e logo em seguida deixei o carro parado em uma vaga do estacionamento. Olhei no espelho do retrovisor, e vi que meus olhos não haviam mudado. Liguei para Clara para que ela pudesse me orientar ali dentro. Fiz aquilo somente para poder não entrar sozinho naquele lugar, e receber o olhar cortante de Duda.

– Oi Allan! – Clara vinha caminhando graciosamente com os olhos brilhando. Ela estava linda vestida daquele jeito.

– Clarinha! – a cumprimentei. Ela pegou meu braço e foi me puxando, eu estava um tanto que receoso quanto a estar ali, mas minha mãe havia me dito para lutar contra tudo, e conseguir o que eu queria.

Clara me guiou ate a entrada, e sem parar foi me puxando em direção de uma menina deslumbrante, que estava emitindo um ar confiante, e dominador, e quando percebeu que era eu quem estava indo até ela, endureceu o olhar, e empinou o nariz, me mandando um olhar desafiador, e por próprio orgulho enviei um olhar hostil a ela. Eu só piorava mais as coisas.



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Notas finais do capítulo

bom é isso, espero que voces tenham gostado...
espero reviews,
kisses (: