My Life Inside Your Heart escrita por Babi


Capítulo 20
Musica e sentimentos


Notas iniciais do capítulo

e aaaaai pessoal, booom primeiramente devo pedir mil desculpas, certo?! kkkkk'. É estou ate com vergonha, faz mais de 1 mes que nao posto nada, mas bom, dessa vez nao foi só a escola, devo acrescentar festas, e planos pra festas futuras, mas escola principalmente, já que eu fiquei de recuperação em 5, e amanha irei fazer minha ultima, entao para nao deixar voces esperando mais, estudei tudo que tinha que estudar de tarde, e estou postando agora.
Poooodem mandar varios xingamentos pra mim nos reviews, eu mereço kkkkk'.
Bom esse capitulo teram mais gente novas, e espero que gostem delas, e é o evento do papis da Duda. Espero que gostem. Ah o capitulo está bem gradinho, eu ia dividi-lo em dois, porem como demorei muito eu nao dividi. Ah e mais, agradeço todos os reviews, estarei respondendo todos jaja
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–Duda!—ouvi meu pai me chamando, virei para o local que ele estava e acenando para que me aproximasse.

–Já volto gente!—eu digo indo ao encontro do meu pai, ele está acompanhado de novo, de gente que eu não conhecia desta vez. Meu pai já tinha falado com vários acionistas que eu conhecia enquanto eu estava conversando com Elo e com Mel sobre Allan, escola, e os herdeiros dos sócios e dos acionistas que eram lindos. Quando cheguei perto de meu pai, ele me lançou um sorriso largo e disse:

–Quero que conheça o filho de um dos meus advogados. Andrew Parnelly.

–Prazer! Maria Eduarda! —eu me apresentei.

–Esse nome não é americano, é?!—ele perguntou interessado, Andrew era alto, loiro, olhos redondos e pretos como a imensidão do céu, nem tão forte, nem tão magro, nariz afilado, era típico menino de capa de revista, mas era mais sério, tinha um semblante calmo, tinha uma postura impecável, e o sorriso dele era bem simpático, com aquela boca carnuda.

–Não é mesmo, minha tia que escolheu. Ela mora no Brasil!—eu disse com um sorriso, e demonstrando paciência, sem ter nenhuma, e também sem vontade de dar o sorriso que estava dando.

–Você é brasileira?!—perguntou ele curioso, interessado, confuso, e de um jeito engraçado.

–Não, ela é, mas eu não. Ela é irmã do meu pai. —disse apontado para meu pai que tinha se distanciado um pouco, para conversar com o pai de Andrew, eu o conhecia do quinto evento que eu havia ido. Dei um sorriso. —Então ela quis que meu pai colocasse esse nome.

Andrew riu e disse:

–E por que seu pai colocou?!

–Porque ela ameaçou, disse que se ele não colocasse meu nome assim, ela nunca mais iria falar com ele. —eu expliquei dando o melhor sorriso. Não queria ser mal educada, mas estava começando a ficar meio desconfortável naquele ambiente. —Andrew, me desculpe, mas vou me ausentar, irei pegar algo para beber.

Eu disse deixando o locar, indo em direção às meninas. Estava passando pelas mesas, quando ouvi uma risada familiar, virei-me e Allan estava sentado em uma cadeira me fitando, de cima a baixo.

–Pra quê?! Pra que sorrir tanto?! Quando não se tem motivo para mostrar um sorriso!—Allan ainda estava com aquela atitude pelo qual eu briguei com ele na terça e não falei mais com ele.

–Não te interessa Allan!—eu disse. Allan estava bebendo um copo de uísque, Olhei fundo nos seus olhos, estavam pretos, o verde tinha sido substituído pela escuridão, como estava a semana inteira.

–Por simpatia?! Ou por idiotice?! Já que não vejo o porquê, sendo que um dia todos eles podem te virar as costas!—disse Allan com a voz sínica.

–Isso é problema meu!—eu disse grossamente, sem paciência nenhuma.

–Ah!—disse ele com pouco interesse, e logo continuou. —Só não se esqueça de que tudo isso aqui são coisas materiais, e que a simpatia dessas pessoas, é por puro interesse material, e a sua simpatia também é, Maria Eduarda! E um dia tudo isso acaba, e todos morrem!—disse Allan sinistramente, dando um sorriso sínico no final.

–Poof! Dane-se Allan!—eu fui continuar a andar, mas a voz de Allan me paralisou de novo:

–Todos morrem! Você pode ter escapado da morte uma vez Maria Eduarda, mas não pode escapar a segunda vez!—a voz de Allan estava estranha, não era exatamente ele, mas mesmo assim o que ele disse me deu medo. Porem não demonstrei aquilo, e logo disse:

–O quê?! Virou profeta agora?!—perguntei sarcasticamente.

–Não só estou repassando o recado!—disse Allan com um sorriso sínico, e sinistro.

–Ah é?! De quem?!—perguntei devolvendo o sorriso sínico.

–Da morte!—disse Allan com um olhar sombrio. E o pior é que o jeito que ele falou me mostrou que ele não estava de brincadeira, ele estava me alertando. Instantaneamente vi a figura preta no espelho em que tinha atrás de Allan, ela estava do lado da entrada. Engoli em seco, ela estava aparecendo constantemente nessa semana. Ignorei completamente, e voltei a atenção para o caminho que estava fazendo. Quando olhei para a porta vi Henry entrando, ele estava parecendo outra pessoa, o cabelo bem arrumado, não estava emaranhado como sempre, apesar de que eu o prefiro meio bagunçadinho, ele estava com um smoking preto, sofisticado. O olhei de boca aberta, ele estava parecendo um príncipe, enquanto Allan estava com um encanto misterioso, Henry estava parecendo um príncipe galanteador. Sai em direção ao Henry, o pai dele estava do seu lado, a mãe estava de seu outro lado, usando um vestido lilás, frente única, até os pés, com um decote em V, estava com um scarpin prata, usando um bolsa que parecia par do vestido. Dei um abraço nela, e dei um aceno de cabeça para o pai de Henry, e dei um abraço apertado no meu francesinho metido a besta.

Pedi licença para os pais de Henry, e o puxei pelo braço, parei em um canto e comecei a enchê-lo de perguntas:

–Cadê seu irmão?! Como ele está?! O que ele falou a seus pais?!

–Meu irmão foi pra casa, mas não troca uma palavra sequer comigo, ele está estranho, ele não é daquele jeito. —Henry disse um tanto que pensativo. Mediu-me de cima a baixo e disse: --Você está linda!—ele deu um sorriso largo e sincero, não aquele sorriso pervertido de sempre.

–Obrigada!—disse corando. —Você também está lindo.

–O que aconteceu?! Eu vi você conversando com Allan, e agora você está pra baixo! Que aquele idiota fez?!

–Não aconteceu nada!—eu menti, não era justo envolver Henry em uma coisa como essa, sem dizer que ele deveria saber bem menos do que eu sobre Allan.

–Não minta pra mim Dudinha, aconteceu alguma coisa. —disse Henry carinhosamente. Nessa semana Henry vem se mostrando um menino completamente diferente daquele garoto safado, ele estava carinhoso, estava respeitando mais, ele estava mudado, e não sei o que era essa mudança, eu havia me aproximado muito dele, era perigoso eu acabar me apaixonando por ele. Apesar de que eu estava tentando, desde a minha briga com Allan, eu venho tentando sentir algo a mais por Dan ou então pelo Henry, mas não dá, algo me impede.

–Aconteceu nada, só que o Allan está sendo babaca. —eu disse dando um sorriso amarelo, Henry entrelaçou o meu braço no dele.

–Isso o Allan sempre foi Duda! Olha, já que você não quer me contar o que aconteceu, eu vou te dizer uma coisa: dê uma chance ao Allan, ajude ele Duda, você pode salvar Allan, ele não está agindo por vontade própria, tenho certeza disso, ele te ama Duda! Eu não acredito que estou te dizendo isso, por mim ele morreria nas mãos do pai, mas eu sei o que você sente por ele, e não quero te ver sofrendo. —disse Henry me deixando confusa, eu não estava entendo o que ele queria dizer com aquilo.

–Como assim Henry?! O que você está dizendo?! O que você sabe que eu não sei?!—perguntei desconfiada.

–Não posso mais falar nada Duda, sinto muito, já falei demais!—disse Henry olhando nos meus olhos, demonstrando cansaço.

–Obrigada pelo conselho Henry, já me ajudou muito! Mas eu não sinto nada a mais por Allan. —eu disse, resolvendo não pressionar Henry. Ele havia me dito algo importante já.

–Não negue seus sentimentos Dudinha, é pior, você está só guardando, e guardando, quando chegar a um ponto critico, tudo vai explodir, e suas emoções ficaram bagunçadas, se já não tiverem bagunçadas!—disse um Henry sábio, amigo, e fofo. Ele nesses dias estava mostrando ser uma pessoa bem responsável. Dei um sorriso fraco, e baixei minha cabeça tentando conter minhas lagrimas. —Quer ir lá fora se acalmar?!

–Não, Obrigada Henry!—disse levantando a cabeça, e mostrando um sorriso.

–Lembre-se do que eu disse!—Henry deu um beijo no topo da minha cabeça. —Vamos, quero conhecer seu pai.

Eu e Henry estávamos indo em direção ao meu pai, até que ouço uma voz aveludada, aconchegante, bastante familiar, me chamando.

–Duda!—ouço a voz masculina me chamando, e logo me viro certa de que imaginei tal coisa, sentia saudades daquela voz, poderia está imaginando coisas, já que queria muito abraçar, e beijar a bochecha do dono da voz até dizer chega. Mas não estou imaginando nada, lá está ele, com um sorriso largo, bem vestido, e mais bonito do que nunca. Faziam dois anos e meio que não nos víamos, pedi licença para Henry, que sorriu e foi se juntar aos pais, e fui em direção dele.

–DEREK!—quase grito de empolgação, e tive que me conter para não sair correndo, fui andando até ele. Derek era meu primo, ele era mais velho que eu, mas mesmo assim sempre que ia para o Brasil não desgrudávamos um do outro. Ele era alto, loiro, olhos caramelizados, nariz fininho, e com um que de empinado (eu o zoava por causa disso), boca carnuda, corpo levemente malhado, olhos um pouco redonda, mas também um pouco puxadinho. Dei um sorriso enquanto me aproximava, e logo me joguei em seus braços, dando um abraço apertado, e longo, desejando nunca mais sair dali, ele me aconchegou em seus longos braços malhados. Ele estava usando um smoking preto, refinado, e com gravata borboleta prata. Eu dei uma arrumadinha na gravata já que eu sem querer tinha entortado. Derek riu e disse:

–SURPRESA!—disse ele com um sorriso largo, mostrando seus dentes brancos e bem alinhados. Fiquei olhando ele por muito tempo, estava decidindo se estava sonhando ou se era realidade, era tudo o que eu precisava: um abraço do meu primo/melhor amigo/irmão mais velho. —Gostou da surpresa?!

–Se gostei?! EU AMEI! Estava com muitas saudades, e precisando de você!—eu disse sem nenhuma vergonha, Derek era meu confessionário, ele sempre me ouvia, sempre me apoiava, era perfeito. —Pera ai, você era a surpresa que meu pai tinha falado que ia fazer para mim?!

–Isso mesmo! E tem mais, mas vou deixar para ele contar, não vou estragar a alegria do velho! —Derek me fez rir, com ele ao meu lado eu ficava mais leve, sabia que teria um porto seguro, em que eu não precisasse esconder nada. Eu sabia que poderia falar qualquer coisa, lógico que menos sobre a minha paranormalidade.

–Bom, então vamos até lá falar com o meu pai, que quero saber o que mais ele tem pra me surpreender.

–Calma, estou esperando minha mãe e Brianna! —ele falou, logo me surpreendendo, pensara que ele estava sozinho.

–Pensei que estava sozinho! Mais uma parte da surpresa, é?! Estou com saudades de todos. —eu disse abraçando ele.

–Faz tempo que não nos vemos, você está uma moça linda Duda!—ele disse me fazendo corar, Derek tinha vinte e um anos, enquanto eu tinha 17.

–E você está um homem muito elegante, deve está arrasando muitos corações, não está?!

–Na verdade, não muito!—eu tinha certeza que ele estava sim arrasando corações, mas ele nunca admitira isso, ele não gostava de meninas no pé dele, gostava de meninas mais reservadas, já ficara com muitas meninas na vida dele, mas nunca levou a serio, e ele também não gostava de ter uma aparência tão notável, e nem uma riqueza tão admirável, pelo fato das pessoas só verem o que ele tinha, e a beleza dele. — Mas você, eu tenho certeza!

–Poof, talvez, mas não acho que quem eu queira, esteja com o coração arrasado por mim!—eu deixei escapar aquela, ele me olhou nos olhos, preocupado, e logo perguntou:

–O que aconteceu Duda?! Você não era assim, você sempre foi sorridente, dá para ver que você está escondendo algo ruim, algo que está te fazendo mal. Você está triste, e dá pra eu perceber isso!—Derek sempre conseguira ver o que mais ninguém via, conseguia entender o que se passava dentro de mim quando ninguém via o que realmente eu sentia. Eu baixei a cabeça, e respirei fundo, logo disse:

–Vamos deixar isso para outra hora, não posso demonstrar o que realmente sinto, tenho que mostrar que estou feliz!

–Ele está aqui, né?! O menino que está te fazendo sofrer, não é mesmo?!—o que Derek havia falado tinha me feito olhar para Allan, fazendo assim ele seguir meu olhar, mas eu tinha desviado meu olhar para Allan involuntariamente. —É esse?!

Eu somente acenti, e olhei pra ele que estava preocupado.

–Não se preocupe com isso! Eu resolvo depois.

–Duda, não sofra por homem algum, você não merece isso, você merece ser feliz. —disse Derek. —E outra, talvez ele também goste de você.

–Pode deixar!—disse dando um sorriso fraco, era evidente que ele não iria pensar que eu já estava bem, que eu iria conseguir resolver algo assim. E sem dizer que todos estavam dizendo que Allan me amava, mas não era isso, se ele realmente me amasse, não teria me tratado daquela forma.

Vi minha tia, e minha prima entrando, eu e Derek fomos em direção a elas, dei um abraço em cada uma. Minha tia me apertou contra ela. Minha tia Luíse era loira, dos olhos azuis, magra, baixinha, bonita, cabelos longos e lisos, boca carnuda. Ela estava vestindo um vestido regata preto com um trançado nas costas branco, curto, com decote na frente, usava uma sandália de tirinhas branca com detalhes vermelhos, brincos de perolas, um colar com um coração de pingente, que foi dado pra ela de seu marido falecido. Dei um abraço em Brianna, que era típica mulher brasileira, corpão, cabelos pretos e levemente ondulados (havia puxado ao pai), olhos redondos azuis, nem tão alta, nem tão baixa, da mesma idade que eu, as pessoas costumavam achar que eu e Brianna éramos irmãs, pelo fato de que eu possuía quase o mesmo corpo e altura dela, nós sempre nos damos bem, às vezes brigávamos, mas não nos odiávamos como eu e a Bia. Ela estava usando um vestido longo prata com uma fenda lateral na perna esquerda, estava usado um scarpin preto de camurça, um brinco de prata em formato de pena, com uma pulseira com um pingente de pena de prata também, sem nenhum colar. Meus primos, e minha tia eram brasileiros, porem sempre souberam falar inglês.

–Que saudades Duda!—Brianna disse, pegando nas minha mãos, e as balançando pra cima e pra baixo.

–Também, fazem quase três anos que não nos vemos! —eu disse sorrindo, a medindo com aprovação. Agora sim eu poderia esfregar na cara do Allan que tinha pelo menos alguns motivos para sorrir.

–Você abandonou a gente, né senhorita! Nunca mais foi ao Brasil nos visitar. —disse minha tia com um jeito de que não estava nada contente.

–Me desculpe tia, era pra eu ter ido ano passado, mas aconteceu alguns imprevistos!—eu disse, lembrando-me dos imprevistos, e aquilo fez me arrepiar.

–Tudo bem Duda! Mãe fica quieta! Acho que é chato pra Duda lembrar porque ela não foi ao Brasil nos visitar. —disse Derek me defendendo como sempre.

–Olha como fala comigo moleque!—minha tia falou me fazendo rir, ela era uma peça rara, eu a amava como se fosse minha segunda mãe. —Eu estava só brincando querida. Mas gostaria que você fosse ao Brasil esse ano nas suas férias de julho.

–Irei tia, sem duvidas, estou com saudades de lá!—eu disse, e realmente estava, apesar de amar a America do Norte, a America do Sul era muito legal, já viajara para alguns lugares de lá com minha tia, e sem dizer o meninos brasileiros que tinha, apesar de que aqui também tinha, e como!

–Duda, vejo que já viu sua primeira surpresa!—disse meu pai se aproximando de nós, procure por minha mãe, e ela estava conversando com a mãe de Henry, que estava do lado do pai dele, olhando pra mim, com satisfação nos olhos, acho que era por eu está começando a me alegrar.

–É vi sim! Obrigada pai!—disse pra ele, o abraçando. —Mas como você convenceu da tia vir para cá?!

Minha tia era completamente nacionalista. Não gostava de deixar a sua terra por nada, as únicas vezes que veio para cá, foi quando ela fora criada aqui, quando eu nascera, e Bia e a Clara nasceram.

–Simples, eu disse que você iria ficar muito feliz, e prometi que você iria ao Brasil nas suas férias. —meu pai disse com um ar exibido, eu sabia que não tinha sido nada fácil convencê-la.

–Obrigada de novo!

–Filha vamos nos sentar na nossa mesa, preciso falar algumas coisas pra você. Derek, acompanha-me! Brianna, Luíse fiquem a vontade.

Eu e Derek fomos com meu pai até minha mesa, e estava me preparando para o que ele iria dizer, seria mais uma surpresa, isso eu tinha certeza, eu não estava mais aguentando, mas iria manter a minha promessa de não entrar na mente do meu pai.

–Duda, o Derek irá ser seu auxiliar, o que faz com que ele tenha que morar aqui! Pronto falei, não aguentava mais segurar isso. —meu pai disse logo, sabia que estava sendo difícil pra ele esconder aquilo de mim. Aquilo havia me pego de surpresa, Derek iria me auxiliar, e iria morar aqui, eu sempre quisera que ele morasse perto de mim. Eu dei um sorriso largo, olhei de Derek para meu pai sem acreditar. —E tem mais, ele vai morar lá em casa, não irá ficar em nenhum outro hotel, ele e Brianna estarão morando aqui. Bom, era isso, não sei dar noticias, alguma duvida?!

–Não, só quero te agradecer infinitivamente pai!—eu disse, quase chorando de alegria, dei um abraço nele, e peguei no braço de Derek. —Vem gostosão, vou te apresentar para minhas amigas.

Puxei Derek até onde Clara, Bernardo, Elo e Mel estavam. Clara com certeza ainda não tinha visto Derek, e eu tinha certeza que ela não se lembraria dele, faziam mais de sete anos que eles não se viam. Cheguei lá, toda entusiasmada, e já fui dizendo:

–Gente, tenho que apresentar meu primo. Derek, essas são Elo, Mel e a Clara, que você já conhece, e esse é o Bernardo, namorado de Clara. —eu disse sorrindo. Clara ficou de boa aberta, sempre dizia a ela que Derek estava cada vez mais bonito, que ele sempre é legal, e ela sempre me dizia sentir saudades dele. Elo e Mel quase babaram, eu só comentara um pouco com elas sobre Derek.

–Derek?! QUE SAUDADES!—Clara se jogou nos braços de Derek, que retribuiu o abraço rindo, Bernardo olhou com cara feia, fui até ele e sussurrei que ele era nosso primo, logo o rosto de Bernardo voltou a se suavizar.

–Clarinha, como você cresceu anjinho, e já namorando?!—Derek tinha treze anos quando veio fazer um intercambio para cá e conheceu Clara, eu o conhecia desde os meus dois anos. —E ficou linda, assim como a Duda.

–Ah, como se você não estivesse mais lindo do que já era quando te conheci. Cara, que saudades que eu estava de você. —disse Clara com um sorriso. Ela o mediu de cima a baixo e completou. —Por quanto tempo você vai ficar?!

–Ele vai morar aqui Clarita!—eu disse sorrindo toda alegre, parecendo uma boba.

–Sério?! AI QUE BOM! Iremos sair muito. Ai estou muito feliz de te ver aqui, Duda sempre me fazia inveja, falando que você estava cada dia mais legal, e mais bonito, e as saudades cada vez mais aumentando. Eu tenho a nossa foto guardada até hoje. —disse Clara, referindo-se a foto que eu, ela e Derek havíamos tirado, na época Bia estava na casa da vó delas, e não queria voltar de lá, por ter brigado com Clara. Foi a melhor época da minha vida. Derek sorriu, e dirigiu-se para as meninas:

–Prazer em conhecê-las!—ele focou em Mel, era claro que ele havia se interassado por ela, agora bastava saber se ele iria querer algo sério, ah! Mas quando esse evento terminasse, eu iria encurralar ele.

–Clara, a Brianna e a tia Luíse vieram também, depois você apresenta elas para Bernardo, e para as meninas. —eu disse. —Eu e Derek vamos conversar, tenho muito que contar a ele.

–Vai lá vocês dois, podem deixar que eu apresento sim. —disse Clara sorrindo. Ela sabia que eu precisava conversa com ele, precisava colocar tudo pra fora. Eu e Derek fomos para um pufe em um canto um tanto que isolado, nos sentamos lá, e eu encostei minha cabeça no ombro dele, como sempre fazia quando precisava de amparo.

–Que saudade eu estava de me encostar em você. —eu disse sentindo o cheiro de seu perfume levemente adocicado, com um leve cheiro de terra molhada.

–E eu estava com saudades dos seus abraços desesperados. Sempre que você me via no aeroporto vinha correndo nos meus braços, e quando estava aflita, me abraça e chorava tudo que estava segurando há tempos! —ele disse, me pegando de surpresa, não imaginava que ele lembrava-se dessas coisas. Ele era meu irmão mais velho, desde pequena eu chorava nos ombros dele, por coisas bestas ou não. —Mas agora me diga o que tanto te aflige.

Eu contei a ele uma versão, omitindo alguns detalhes, como os pesadelos, a figura preta, e contei da minha paixão por Allan, e a hostilidade dele, e o jeito fofo de Allan às vezes.

–Duda, ele deve está confuso, meu amor, ele simplesmente deve está querendo descobrir o que sente!—disse Derek.

–Mas Derek, ele está sendo hostil, e estranho em determinados momentos. —eu disse.

–Faça o seguinte: não desista dele Duda, não deixe que algo assim te impeça, você nunca foi de desistir, então faça como sempre fez. Deixe as coisas fluírem, vamos ver no que vai dar, não tente parar de sentir algo por ele, como você está fazendo. —Derek estava acariciando meu cabelo, me acalmando, e me aconselhando. Já era a sexta pessoa que me falara para não desistir de Allan. Primeiro foi Clara, depois Alicia, depois Elo, Mel, Henry, e agora Derek. Mas não sabia se era capaz de aguentar tanta dor.

–Vou tentar!—eu disse.

–Não tente Duda, faça, você consegue superar isso. Isso é uma das menores coisas que você já superou. Não deixe isso por isso mesmo, converse com ele, e tente expressar o que você sente por ele!

–Mas Derek, eu não sei se aguentarei a dor da rejeição.

–Você não sabe se ele irá te rejeitar Duda, ele não é louco de fazer isso. Você é bonita, é carinhosa, você é uma menina que em minha opinião, é rara.

Eu sorri segurando, como sempre, a lagrimas de rolarem, e o abracei forte. Quando ouvimos o ruído do microfone demos um pulo, olhamos para a direção do barulho, e vi meu pai com o microfone na mão.

–Boa noite a todos! —disse ele com um sorriso encantador nos olhos, ele estava sorrindo com prazer, e algo nos olhos dele me dizia que ele estava aprontando algo. Fiquei tentada a ler a mente do meu pai, mas uma hora ou outra iria descobrir. —Gostaria de apresentar minha filha que vai ser a minha mais nova porta-voz, e meu sobrinho que irá auxiliar ela, gostaria que eles viessem até aqui, pode ser?! Já está tudo preparado?! —Eu não estava entendendo nada do que meu pai estava fazendo. Ele olhou para um funcionário do Buffet que acenou com a cabeça. Merda de promessa, pra que eu tinha que fazer aquela promessa?! Agora não poderia ler a mente do meu pai sem me sentir culpada depois. —Duda, Derek, venham para cá. Peguem as coisas. —meu pai disse para o mesmo cara do Buffet.

Eu e Derek nos olhamos confusos, pelo visto meu pai também não havia falado nada sobre essa parte a Derek. Derek me deu a mão e fomos para o palco, um tanto que relutantes.

–O que será que o maluco do seu pai está tramando?! —perguntou Derek, me fazendo rir, saindo uma risada nervosa.

–E eu vou saber?!

Chegamos ao palco, e meu pai começou a falar:

–Bom, faz tempinho que minha filha não faz isso, mas acho que não está tão enferrujada, tragam o violão dela! —meu pai disse olhando pra mim, eu fiz uma cara espantada, pensei em dá pra trás, fugir de lá, mas achei Allan na multidão, olhando pra mim, um tanto que desafiador, então ergui minha cabeça e me fingi estar confiante, mas por dentro estava meio relutante. —Tragam o violão de Derek também.

Derek olhou para mim, que lancei um olhar de fica quieto, eu queria fazer aquilo depois de ter visto Allan com aquele olhar desgraçado. Chegaram com os violões, e então meu pai anunciou para mim:

–Pode escolher a musica filha, as partituras estão lá!—meu pai apontou para um canto, e vi um monte de papel. Bem, meu pai ele sabia tocar violão, cantar, tocar piano, violino, e sabia cantar. E eu?! Eu sabia tocar violão, cantar, tocar piano, e claro dançar, como meu pai, eu dançava: dança de salão, tango, valsa, e também, apesar do meu pai não saber, eu sabia Dançar Ballet, e jazz.

Fui até as partituras, eu fui folheando quando achei uma musica que eu amava, tinha certeza que meu pai já sabia qual eu iria escolher, e o porquê dela, e sabia também que ele com certeza saberia pra quem eu estaria mandando a musica. Peguei a partitura e dei aos músicos, e deixei uma para mim e para Derek.

–Enchanted?! —perguntou Derek.

–É! Por que não?!

–Sei lá, por nada, é só que eu não sabia que você gostava da Taylor Swift.

–Você gosta?!—perguntei surpresa ao ver que Derek sabia o nome da Taylor.

–Não, mas Brianna gosta!—ele me disse, e logo percebi que ele não era muito afim, mas mesmo assim iria tocar, ele colocou o violão na posição, e eu fiz o mesmo, eu e Derek quando crianças costumávamos a tocar, cantar juntos, dançar. Estava com saudades disso.

–Sabe tocar ainda?!—Derek me perguntou com um sorriso torto no rosto.

–Mas é claro!—eu disse. —só basta você também saber tocar.

Eu o desafiei, estávamos afinando as cordas do violão, eu estava com o violão da festa, acho que meu pai nem sabia onde eu enfiara meu violão. Comecei a tocar, eu e Derek, como a musica era feminina somente eu cantei. Comecei a cantar, no começo com um pouco de vergonha, mas fui me empolgando, trocando as notas, e concentrando para não desafinar, nem errar a letra da musica, muito menos errar as notas, que por ouvir tanto, e ver a partitura dela na internet já sabia de cor, Derek, no entanto tinha que ficar focado na partitura. Eu sempre que ouvia essa musica me prendia especialmente a uma parte, que achava que explicava tudo que eu sentia no momento, quando chegou nessa parte, procurei Allan, e fitando os olhos dele, fui cantando o verso:

This is me praying that this was the very first page
Not where the story line ends
My thoughts will echo your name until I see you again
These are the words I held back as I was leaving too soon
I was enchanted to meet you
Please don't be in love with someone else
Please don't have somebody waiting on you
Please don't be in love with someone else
Please don't have somebody waiting on you

Continuei a cantar, fechando os olhos, e imaginando como seria bom se minha vida fosse mais simples, não tendo toda a esquisitice da figura preta nela, queria me livrar desse mundo, e ter só Allan ao meu lado agora, mas o que adiantaria eu fantasiar sobre tal coisa, sendo que nem sabia o que ele sentia por mim? Cheguei na parte final da musica, abri meus olhos, e meu olhar encontrou o de Allan, e cantei hipnotizada por aquele olhar o ultimo verso:

Please don't be in love with someone else
Please don't have somebody waiting on you


Acabei a música, todos aplaudiram, desci do palco um pouco chateada por não poder dizer o que a musica dizia ao Allan, respirei fundo, e fui até as meninas, que estavam boquiabertas, eu ri e disse:

–O que foi?!

–Você nos pergunta o que foi! Acabei de ver minha amiga cantando e tocando violão, e muito bem, e eu não sabia desse seu talento. —disse Elo um pouco surpresa ainda, ela me mediu de cima a baixo, eu ri e disse:

–Não é nada demais, é só um hobbie.

–Derek também toca. Cara, que massa!—exclamou Mel, eu olhei pra ela desconfiada, arqueando as sombrancelhas. Ela logo corou.

–Fique esperta garota, ele é meu primo!—eu disse com o queixo empinado, fingindo ciúmes. Mel corou mais ainda, me fazendo rir.

–E daí que ele é seu primo?! Por acaso isso nos impede em alguma coisa?! O que importa ele é um GATO! – disse Elo me provocando com um sorriso maligno na sua face. Um sorriso que só Elo era capaz de fazer.

–Impede em tudo já que precisa da minha aprovação para ele fazer alguma coisa! – eu disse a desafiando, mandando um meio sorriso.

–Ah corta essa Duda, até parece que pra ele namora precisa do seu consentimento! – disse Elo tocado em um ponto crucial, ela duvidava que ele precisasse do meu consentimento, mas Derek sempre me falava do que fazia, e por incrível que pareça ele pedia meu consentimento.

–Sei que não vai acreditar, mas ele sempre me pede consentimento amoré! Pode perguntar pra ele. – eu mandei a real, parecia mentira até pra mim, já que ele era mais velho que eu.

–Então querida, poderia fazer o favor de chamar o gato? Ou eu vou ter que ir lá chamá-lo? – perguntou Elo fazendo uma expressão engraçada.

–Ok! – antes que Elo pudesse me impedir fui até Derek, e arrastei-o até Elo, o coloquei do lado de Mel e Elo, e olhei para elas e falei – Podem falar! Ele vai responder tudo. – Derek me olhou confuso, não entendia nada, havia interrompido uma conversa que ele estava tendo com um acionista, mas dane-se, o acionista que espere. Mel e Elo ficaram de boca abertas, e coradas, claramente surpresas pelo que eu havia feito, estava claro que elas não esperavam que eu fosse capaz de fazer isso. – O que foi? Vocês não vão dizer?! O sapo comeu a língua de vocês? – perguntei provocante, Derek entendeu que eu estava obviamente desafiando as duas a minha frente, e acabou rindo.

–É verdade que pra você namorar, a Duda precisa dar a opinião? – perguntou Elo ousadamente, mas com um pingo de constrangimento na voz. Derek olhou para Elo confuso, e depois para mim.

–Para de torturar suas amigas! – ele repreendeu-me, eu comecei a rir daquilo, ele não estava falando tão a serio, então não me importei, só fiquei esperando a confirmação, que estava demorando a chegar, só faltava a peste negar para não deixar minhas amigas pra baixo, mas Derek não era assim, ele nunca foi de mentir, nem de me sacanear, o que aconteceria caso ele resolvesse argumentar contra. – É verdade sim, tipo, não que ela tenha a decisão final, eu também tenho opinião própria, eu só pergunto o que ela acha, me falando eu vou analisando, e vendo se ela está certa. – Quando vi a cara de Mel e Elo depois da confirmação de Derek, dei um sorriso triunfante, elas tinham quebrado a cara. – Mas o porquê da pergunta?!

–Ah elas acharam você bonito, como qualquer outra menina, e eu comentei que pra namorar você precisa da minha opinião, e elas não acreditaram! – eu disse, deixando uma Mellany envergonhada, e uma Elo em choque, porém, Elo voltou ao normal, ela era mai espojada.

–Sério?! – perguntou ele surpreso e olhando para Mellany, cai na risada de novo, ele era muito cara de pau. Todas me olharam de rabo de olho sem entender nada, parecia que depois que eu havia me tornado uma esquisitona, eu conseguia ver o que as pessoas sentiam, primeiro com Clara e Bernardo, apesar de ter lido a mente dos dois, eu havia sentido algo, e agora com Derek, e Mel.

–Só não se ache por causa disso, você é bonitinho! – disse Elo não querendo entregar o jogo, Mellany deu um empurrão na prima e disse:

–Desculpe a grosseria da minha prima mal educada! – disse Mel lançando um olhar feio para Eloisa.

–Primas?! – perguntou Derek interessado e surpreso, eu não havia mencionado o detalhezinho que elas eram primas.

–Sim! – responderam as duas.

–Interessante! – disse Derek em um tom curioso, e meio que de investigador, eu fiquei olhando para ele com um sorriso, e arqueei as sobrancelhas.

–Para de ser assanhado Derek, elas são minhas amigas! – eu exclamei dando uma cotovelada no ombro de Derek.

–Para de ser chata Duda! – Elo fala com um sorriso malicioso, eu olho pra ela fingindo estar indignada. Mostrei a língua para ela fingindo um gesto bem imaturo para uma pessoa da minha idade.

–É Duda, se toca! – disse Mel sorrindo de orelha a orelha.

–Depois dessas patadas eu acho até que vou sair daqui! – eu disse fingindo estar chateada, Derek me puxou antes que pudesse me mexer, e me abraçou me aninhando em seus braços.

–Ciumenta! Fica aqui sua chata! Estava com saudades! – disse Derek amavelmente, e só não bagunçou meu cabelo por ele está preso, e nós estarmos no meio de um evento empresarial. – Você sabia que interrompeu uma conversa importante entre mim e o acionista?!

–É?! – me fingi de inocente e desinteressada. – Danem-se os acionistas!

–Que feio Maria Eduarda, tenha modos, onde já se viu?! Cadê toda a graça que você tinha? – Derek me provocou com um sorriso malicioso no rosto.

–Toda a minha graça se foi com a convivência com você! – eu rebati no ato, fazendo pose, e medindo ele de cima a baixo.

–Como assim Maria Eduarda?! Está me chamando de mal educado?! Se toca o tampinha! – disse Derek fingindo está ofendido.

–Ah esqueci que não pode desrespeitar os mais velhos, me desculpe! – eu o provoquei novamente, eu e Derek nos provocávamos direito, mas, claro que era somente uma brincadeira, e nunca nenhum dos dois saiu chateado. Nos entendíamos no mesmo momento, eu o chamava mais de irmão do que de primo.

–Agora está me chamando de velho?! Garota não me provoca! – Derek ameaçou como sempre quando ficava sem palavras e só restavam ameaças. Eu ri da cara dele, e abracei ele de novo, eu estava realmente com saudades daquele velho caquético.

–Senti sua falta seu caquético! – eu o provoquei como sempre.

–Tampinha, também senti, e muita, mas você não acha melhor resolver o problema com a sua paixão, eu sei que você esta fazendo de tudo pra não demonstra, mas você por dentro está sofrendo! – disse Derek baiinho no meu ouvido, em uma voz doce, suave e amorosa. Eu realmente estaria bem melhor se ele estivesse chegado antes, mas agora estou melhor, com ele ali me abraçando parece que uma parte dos meus problemas se vão, que eu fico mais aliviada, pois sei que terei alguém para falar o que eu realmente sinto que eu vou ter alguém para abraçar e chorar.

–Deixe que da minha vida amorosa eu cuido! – eu disse um tanto que travessa, sabia que Derek amava esse meu tom, sempre ria quando falava alguma coisa assim.

–Abusada, eu aqui, tentando te ajudar e você me chateando. Valeu Duda, você está bem chata, mudou muito, não era tão chata assim! – provocou Derek, saindo do meu abraço, mas eu sustentei o abraço, não o soltei, sabia que ele estava zuando. – Uou! Você está bem fortinha.

–Primeiro, eu estava brincando quando disse aquilo! Segundo nunca fui fraquinha! – eu disse empinando o nariz.

–Nós ainda estamos aqui, está bem! – exclamou Elo.

–Eloisa para de ser chata, eles estão revendo um ao outro depois de um bom tempo sem se ver. Bom vamos La com o Allan, parece bem solitário, tadinho! – Mel chamou a atenção de Elo, e me lembrou que Allan estava no mesmo local, e dando um de solitário sombrio, logo me veio a lembrança de Henry me falando que isso não era coisa de Allan, que ele não estava agindo por si só, e sim sendo influenciado, mas o que ele queria dizer com aquilo?! Sempre está surgindo mais perguntas, aquilo estava me constrangendo.

–Solitário nada olha lá ele dançando com a Érika! – disse Elo apontando sem nenhuma vergonha, quando mirei minha visão para Allan minha garganta se fechou, respirei fundo controlando a raiva dentro de mim, quase extravasando ela. Érika era filha de um acionista bem conceituado da cidade, e apesar dela não ser atirada, nem uma Marynne da vida, eu fiquei com raiva dela.

–Filho da... DESGRAÇADO! – exclamei entre dentes respirando fundo, cada vez mais difícil de controla a minha raiva. – Derek você quer dançar comigo?!

–Tá bom, vamos! – disse Derek com um sorriso, entendendo meu interesse repentino pela dança, nem tinha percebido que as pessoas estavam dançando. Derek me pegou para dançar.

Derek ia parar um pouco longe de Allan, mas eu o arrestei para perto, e comecei a dança, dois passos para direita, dois para esquerda, um para frente, outro para trás, um giro, e começamos de novo, eu e Derek sempre dançamos bem.

–Duda, acho errado o que você está fazendo! – disse Derek em um tom me repreendendo, não gostei daquilo, e logo o olhei incrédula. Eu não era a única errada nessa historia.

–Eu?! Eu estou errada?! – perguntei sinicamente, enquanto Derek me girava. – Então quer dizer que eu estou errada?! Pelo amor, né?! Ele que está brincando com os meus sentimentos e eu que estou errada?! – perguntei incrédula, lutando contra as lágrimas. Droga! Eu poderia estar errada, mas Allan também estava.

–Duda, ele não sabe dos seus sentimentos, como ele pode adivinhar que você gosta dele?! – Derek me disse, tentando fazer eu enxergar algo que não estava vendo, mas eu estava enxergando límpido e cristalino.

–Derek, ele já me magoou muitas vezes, eu não agüento mais isso, poxa, acho que ele poderia ser um pouco mais sensível! – eu retruquei contra Derek, nunca ficava sem palavras, sempre tinha algo a dizer. – E ir falar com ele?! Pra quê?! Pra me decepcionar de novo?! Acho que estou cansada de me decepcionar com ele. Se como amiga ele está sempre me magoando, imagine se eu dizer pra ele que gosto dele!

–Duda, você não sabe! Nunca tentou falar isso pra ele, tentou?! – Derek disse amavelmente, me girando junto com ele, e me pegando em seus braços, me abraçando, mas não saindo do ritmo da dança. Tinha que admitir Derek, às vezes, me superava.

–Não dá Derek, já estou cansada disso, toda vez que penso em falar alguma coisa eu me decepciono ainda mais com ele! – eu digo mostrando cansaço na voz, e fecho meus olhos impedindo as lagrima rolar sobre o meu rosto.

–Poderia dança com ela?! – ouço a voz de Allan que me fez sobressaltar, não sabia que ele estava ali, o olhei assustada, não havia percebido ele chegando, Derek pelo visto tinha percebido já que não se mostrou surpreso.

–Claro! – disse Derek concedendo-me a dançar com Allan, me segurei em Derek sem querer sair dali, sem ter certeza de ir ou não, estava com medo. Medo de ficar com muita raiva, de chorar na frente de todos, medo de me magoar, de sentir mais dor do que já estava sentindo. Medo de Allan!

–Duda?! – me chamou Allan, estendendo a mão, como se pedisse, implorasse algo, ainda relutei, o olhei com os olhos semicerrados – O que foi?! Está com medo de mim?! – perguntou Allan com um ar sinistro, eu não sabia se ele estava me provocando ou se estava preocupado, ele estava me deixando confusa, era como se conseguisse sentir minhas emoções.

–Eu?! Medo?! Tenha dó! Poof! – fingi desinteressada naquilo, e o olhei de soslaio.

–Então! – ele estendeu suas mãos. Eu ainda relutante a peguei, e me afastei de Derek, olhando para trás, eu e Allan estávamos nos afastando.

Encontrávamos-nos em um clima estranho, nem eu nem ele falávamos nada, eu particularmente estava olhando pra qualquer lugar menos pra Allan, e ele parecia está evitando me olhar.

–Quem era o almofadinha, que você estava dançando?! – perguntou Allan com um tom de nojo na voz pondo um fim no silencio constrangedor.

–O almofadinha era e ainda é meu primo, para o seu governo Allan! – disse secamente.

–Hmmm! A meu ver, vocês parecem bem íntimos, como se fossem algo mais que primos! – disse Allan em um tom que parecia ciumento, mas ultimamente não estava entendendo ele ao certo.

–E se formos?! O que você tem haver com isso?! – perguntei no ato secamente, e evitando olhar para ele, já que poderia me derreter pelo olhar dele, mas arrisquei olhar para ver a cor de suas íris, me surpreendendo ao ver que estavam verdes.

–Você tem razão, o que eu tenho haver com isso! Sou apenas um idiota que não pensa duas vezes antes de agir. – disse ele baixado a cabeça evidentemente arrependido, quase me desmancho e levanto a sua cabeça, mas me lembrei que ele havia me magoado muito. Allan pegou na minha cintura e a outra mão pegou minha mão, coloquei a minha outra livre em seus ombros, e começamos a dançar.

–Que bom que você saiba disso, não vou precisar dar meus motivos! – digo com o mesmo tom seco que venho usado com Allan. Não suportava mais aquilo, estava quase saindo correndo de lá. Allan me virou uma, duas, três vezes.

–Como faço pra você me desculpar?! – Allan perguntou parecendo sincero, mas não sabia se estava ou não pronta para desculpar mais uma vez aquela peste.

–Allan, acho que já desculpei demais! – disse com nariz empinado, e carrancuda, vi Derek me observando, e me enviando um sorriso preocupado, sorri para ele, tentando acalmar ele, meus olhos se encheram de água.

–Então, por que estamos dançando?! – Allan estava usando um tom desafiador para mim, aquilo foi a gota d’água. Quem ele pensava que era?!

–Não sei! Só sei que não te desculpei! – disse o encarando, uma coisa inédita da nossa recente conversa.

–Hmmm, mas Duda, por favor, me desculpe, olha não tem sido nada fácil ficar assim com você. – disse Allan quase suplicando, olhado bem dentro dos meus olhos, me deixando hipnotizada com a intensidade.

–É?! Pois é Allan, não tem sido nada fácil suportar essas suas idiotices. –eu disse grossamente, quase chorando, aquilo estava doendo demais, ficando difícil de respirar.

–Duda me diz o que você quer que eu faça para que você me desculpe?! – disse Allan olhando profundamente em meus olhos, quase suplicando, meus olhos estavam se enchendo cada vez mais de lágrimas. Não sei se saio correndo, ou então se eu fico ali e xingo ele, se fico quieta, de deixo a musica acabar para poder sair de lá, estou indecisa, com os sentimentos confusos.



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Notas finais do capítulo

e aaaaaaaai pessoinhas de my heart gostaram ?! O que acharam do capitulo? compensou a demora?! Espero que sim, ein?!
E os personagens novo? O que acharam deles?! O que acharam do começo do evento, do talento revelado da Duda, das roupas? Bom enfim, de tudo. E o que voces acham que a Dudica irá fazer ou falar a Allan?!
O que acharam da musica que a Duda cantou ?! Espero que tenham gostado, a tradução dela tá aqui: http://www.vagalume.com.br/taylor-swift/enchanted-traducao.html
ouçam a musica tambem, e imagine a Duda cantando que fofo!
Boom estarei esperando reviews de todos me falando o que acharam, e demorarei de novo para postar, mas enquanto isso eu tambem estou fazendo Blood Moon com a frozinha da Sirlene Moraes, se der, poderiam ler.
E bom irei demorar, pelo fato que essa semana como todas tem prova, talvez enquanto tiver indo pra SP possa escrever um pouco do capitulo, mas ainda assim irá demorar, nao sei se vai ser pouco ou muito, bom, até mais, esperando ansiosamente por reviews *-*
Kisses, e aguardem o capitulo 21 terá surpresas hihi.