My Life Inside Your Heart escrita por Babi


Capítulo 18
Atitude Hostil


Notas iniciais do capítulo

Ooooooi pessoinha lindas of my heart... tudo bem com voces ?! espero que voces estejam gostando da historia, espero mesmo...
estou dando uma passada corrida aqui no nyah pra postar o capitulo já que tenho uma festinha que vou e ainda nem me arrumei... e eu sou muuuito enrolada pra me arrumar, mas precisava postar pra voces lerem. uhuahuhashusuhuhs.
espero que voces gostem do capitulo. Queria agradecer a Sir que em ajudou em uns trechos aai da historia.
muuuito obrigada por me mandarem reviews, e acompanhar a fic.
xoxo.



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Os caras que haviam mexido comigo, estavam parando em frente a um bar nada amistoso. Caramba isso não ia dar em coisa boa!

-Allan!—eu gritei, mas Allan continuou andando. —ALLAN!—eu gritei de novo, mas ele não parava, só se aproximava. “DROGA!” eu pensei.

Eu estava com medo de que acontecesse algo muito ruim, quando eu vejo:

A figura preta

Eu engulo seco, eu não estava ficando fraca, talvez por ela não querer que eu fique fraca, mas eu fiquei com mais medo ainda, coisas pretas, eu sempre acreditei que poderiam trazer mau agouro.

E não sei se Allan seria páreo para aqueles homens. Eu já disse que Allan era super bom de briga, mas convenhamos, eles poderiam estar armados. DROGA, DROGA, DROGA! QUE MERDA!

E eu sabia que Allan não estava armado, pelo menos eu achava que não, eu esperava que não. Quando abracei Allan não senti nada, a não ser meu coração  batendo mais forte.

Olhei para onde a figura preta estava, o olhar dela estava focado em Allan, como se quisesse que ele fizesse aquilo mesmo.

MERDA! MERDA! MERDA!

Abri a porta do carro, a figura preta não estava focado em mim, então que se dane. Eu sai correndo em direção do Allan, ainda bem que ele ainda estava na metade do caminho, era um pouco afastado de onde a gente tinha parado.

Eu entrei na frente de Allan, mas ele não olhava pra mim, ele estava focado no lugar, mas mesmo assim ele parou.

-Allan, calma, não precisa fazer nada, é sério!—eu disse, mas nada aconteceu o ódio dele ainda estava ali presente nos olhos. —Allan olha pra mim!—eu pedi, estava quase suplicando.

Por alguma razão eu senti que se Allan olhasse pra mim aquilo tudo iria se desvanecer, como se aquilo que estava acontecendo com Allan era alguma influência da figura preta. Eu precisava parar ele.

Eu senti uma forte pontada no peito, me curvei pra frente, sem conseguir respirar, mas precisava achar força pra impedir Allan.

-Allan!—disse com dificuldade. —Por favor, olhe pra mim!—disse com mais dificuldade ainda. A pontada não passava, só ficava mais forte.

Peguei o rosto dele e coloquei sobre mim, e então o olho dele ficou verde novamente, para meu alivio. Mas a dor ainda não tinha parado, só estava ficando mais forte.

-Duda?!—Allan me chamou preocupado. —O que foi?!

-Só vamos sair daqui, por favor!—eu disse com dificuldade.

Allan me apoiou nele, e foi me guiando, eu me erguia pra frente.

Chegamos no carro, eu encostei minha cabeça no banco, respirando pausadamente para ver se a dor parava.

-Duda, o que foi?!—Allan perguntou.

-Só uma dor!—eu disse ainda com dificuldade.

-Só!? Você me diz”só”, se olhar pra sua cara, é evidente que você está com muita dor!—disse Allan.

-Já passa!—eu disse. —Só vamos sair daqui.

Allan deu partida no carro, e à medida que nos afastávamos daquele lugar a pontada diminuía, e sensação também.

-Está passando!—eu disse assim que o Allan pousou um olhar preocupado sobre mim.

-Tem certeza?!—perguntou Allan preocupado.

-Sim! Agora quero saber: o que deu em você naquela hora?!—eu perguntei.

-Me desculpe! Me descontrolei!—disse Allan ficando inexpressível.

-Allan, seus olhos ficaram totalmente pretos. —eu disse.

-Sério?!—perguntou Allan com um tremor na voz.

-Sim! Seus olhos parecia uma vastidão de ódio. —eu disse. —Eu não te reconheci na hora.

-Deve ter sido a adrenalina!—disse Allan.

-E você não pensou que eles poderiam está armados Allan! Você é louco?!—eu perguntei.

-Agi por impulso!—disse Allan parecendo irritado ainda. —Não pensei na hora, só fui agindo conforme meus instintos.

-E isso poderia ter te matado, poxa Allan!—eu disse indignada. —O que deu em você?! Eles não são o Henry.

-O que deu em mim?! Nem eu sei!—disse Allan com um tom meio hostil.

Aquilo estava me assustando, e não era pouco, mas eu tinha que colocar algumas coisas a par.

-Como não sabe?! Por que você foi se arriscar daquele jeito?!—eu perguntei.

-Só não sei, ok?! E fiz aquilo por eles estarem desrespeitando você. —disse Allan quase gritando. Me encolhi e fiquei quieta, não sabia mais o que falar. Então mudei de assunto que aquilo estava me assustando, Allan tinha ficado hostil do nada.

-Vamos almoçar ao invés de tomar sorvete!—eu disse, afinal já eram meio dia.

-Tanto faz!—disse Allan com frieza, àquilo fez com que eu encolhesse mais ainda, ele estava mesmo mudado.

-Faz o seguinte, dá meia volta, e me leva em casa!—eu disse com raiva e medo.

-O quê?! Por quê?!—ele perguntou surpreso com minha decisão.

-Você ainda me pergunta por quê?!—eu perguntei com indignação, raiva, medo, tudo misturado na minha voz embargada.

-É claro!—disse Allan hostil ainda.

-Ah! Então você não sabe!—eu disse.—Então vou te dizer: você ficou hostil do nada, ignorante feito uma mula, e eu não sei por que, se for pelo que eu fiz e as perguntas que te fiz, me desculpe, mas eu fiquei muito preocupada!—eu gritei, lágrimas de raiva desceram pela minha bochecha.

-Não precisa se desculpar!—disse ele com aquele tom hostil que estava me deixando cada vez mais com medo e com raiva.

-E quer saber de uma coisa?! Já que você não se toca?!—eu gritei.—Isso tudo está me deixando cada vez mais irritada com você e com medo. MEDO DE VOCÊ!—eu gritei mais alto, com a lágrimas descendo violentamente de meus olhos.

-Medo?!—perguntou Allan preocupado, encostando o carro no mesmo momento.

-Não! Felicidade Allan!—eu digo com o mesmo tom de hostil que ele estava usando agora pouco.—Eu estou irritada, magoada, e com muito medo. —eu gritei.

Allan olhou diretamente para mim dessa vez, e então a expressão dele foi se amenizando, ficando calma, então a calmaria deu espaço para culpa e preocupação.

-Duda!—exclama Allan estendendo a mão até meu rosto para acaricia-lo, mas antes que a mão chegue no meu rosto eu bato nela afastando-a.—Desculpa!—diz ele com um pouco de severidade na voz, eu bufo, mas ele corrige-se.—Me desculpa Duda!—diz ele com a voz suave.

-Não é tão simples assim Allan!—eu disse com a voz embargada. Estava quase amolecendo, mas não vale se dar uma de Marynne, facinho, facinho.

-O que eu posso fazer pra você me desculpar então?! Não sei se vou aguentar saber que você esta assim comigo!—disse Allan.

-Só me leva pra casa!—eu digo mais branda, mas sem muita emoção na voz.

Allan dá meia volta e vai indo pra minha casa, eu estava com muita vontade de chorar de novo, mas não iria chorar na frente dele, não mais. Eu pensava que conhecia Allan, mas não conheço, não depois dessas atitude dele.

Chegamos na minha casa, eu sai do carro rapidamente, batendo a porta com força, saio sem falar tchau, só vou em direção à porta de casa, meus pais obviamente não estavam em casa. Não olho em direção do carro do Allan que sei que ainda está parado. Só ouço um barulho de porta sendo fechada. Mesmo assim não me viro, estou abrindo a porta quando Allan me vira e fala:

-Duda, eu juro que não foi minha intenção te deixar com medo de mim, nem ter aquela atitude toda, se eu estivesse na minha consciência nunca teria sido hostil, só me deixou com raiva aquilo. —disse Allan.

-Deveria ter pensando nisso antes!—disse com dificuldade, evitando o olhar dele.

-Duda olha pra mim, por favor!—ele disse.

Eu balancei a cabeça negativamente. Então ele pegou me queijo obrigando eu olhar pra ele.

-Eu não quis te magoar, o que será que eu devo fazer pra você perceber isso?!—ele perguntou com a voz preocupada, ansiosa, e chateada, mas chateado com ele mesmo, isso já estava mais do que provado.

Eu me desvencilhei dele e abri a porta e entrei deixando a porta livre pra ele entrar caso ele queira. E é isso mesmo que ele faz, saio correndo pro meu quarto e me jogo na cama, com raiva, e indecisa do que eu faço. Não sei se desculpo logo de cara o Allan, não sei se isso mostraria que eu sou fácil.

Allan não entrou no meu quarto, nem chegou a subir as escadas. Droga! Eu tinha expulsado o menino, não tinha dado chance pra ele. Fui idiota. Fiquei preocupada de ele ter ido embora.

“Bem que ele mereceu aquilo” eu pensei, mas logo me senti culpada. Não deveria ter sido tão chata, acho que exagerei na hora de ser difícil.

Desci as escadas correndo, e cheguei na porta a tempo de ver Allan colocando as chaves na ignição.

-ALLAN!—gritei sem pensar. Allan parou abruptamente, e olhou na minha direção. Eu mandei um olhar arrependido pra ele. E fiz um gesto para que ele viesse até mim.

Allan veio, quando ele chegou eu abracei ele e disse:

-Como eu sou muito mole e sentimental eu te desculpo. —eu disse.—Mas eu também tenho que em desculpar! —eu disse com um tom de culpa.

Allan retribui o abraço surpreso, apoia o queijo no topo da minha cabeça e disse:

-Que bom que você é mole!—ele faz uma pausa pra dar uma risadinha fraca, e continua. —Mas desculpa pelo que?!—perguntou Allan.

-Por ter te tratado daquele jeito, mesmo que você tenha me tratado daquele jeito eu não deveria revidar do mesmo jeito. —eu disse me soltando do abraço.

-Foi merecido. —disse Allan.

-Não foi, não!—eu disse.—O jeito que você me tratou foi pelo calor do momento, o jeito que eu te tratei foi um ato vingativo. E meu pai já me disse que fazer algo vingativo nem sempre é a melhor saída. —minha voz deixava transparecer culpa.

-Seu pai é um homem sábio. —Allan comentou.—E eu te deixei com medo Duda, e foi ruim saber que deixei, você uma amiga que eu admiro tanto, com medo. —Allan acariciou minha face.

-Você foi errado, mas já pediu desculpas!—eu disse. Não sei se da pra perceber, mas eu sou um pouco orgulhosa.

-Já! Acho que é melhor deixar você entrar, não é mesmo?! Tchau Duda!—ele disse.

-Espera ai, você acha que vai embora depois do que me prometeu?!—eu arqueei minhas sombrancelhas.

-Que eu prometi?! O que eu prometi?!—ele perguntou muito confuso.

-Oras! Só o que me faltava, alem de ter sido hostil, você esqueceu da sua promessa?!—eu perguntei fingindo descrença.

-Desculpa Duda, mas não quis ser hostil, e nem esquecer da promessa.—disse Allan com a culpa evidente na voz do coitado. Cara! Eu era má, fazia ele se sentir mal toda hora. Coitadinho.

-Estou brincando Allan!—eu disse rindo.—Você disse que ficaria comigo o dia inteiro se eu quisesse.

-Ah! Isso! Pensei que depois daquilo você não iria querer mais, que estaria com medo de ficar sozinha comigo!—disse Allan.

-Se você não der um de hostil de novo não ficarei. —eu disse sinceramente.

-Que bom!—disse Allan sorrindo, entrando na minha casa.

-Bom! Tenho quase certeza que não tem almoço, então vou ter fazer, alias, primeiro vou ter que lavar a louça e depois fazer o almoço. Vem até a cozinha comigo. —eu informei o Allan.

Allan riu e perguntou:

-Desculpe a pergunta sem cabimento, mas vocês não têm lavador de louça?!

-Não! Todos estranham, mas não temos, porque meu pai não gosta de lava-louça. —eu respondi.

-O que teremos de almoço?—ele perguntou.

-Só hambúrguer, estou com preguiça de fazer um banquete pra te causa boa impressão, ainda mais que você só merece um arroz!—eu disse com o queijo erguido.

-Ah tá, entendi. Então você não me desculpou por completo?!—perguntou Allan.

-Não, e por que desculparia?!—eu perguntei.

-Porque eu não fiz por mal aquilo!—respondeu ele com um sorriso divertido na boca.

-Ah!—disse fingindo ironia.

Fui até a cozinha e comecei quando vi aquele mundaréu de louça gemi.

-Não acredito, só pode ser brincadeira. Eu falo pros meus pais: Pra que usar um copo pra beber água e o outro pra beber suco? Sendo que pode beber água no copo, e logo depois beber o suco. Pra que beber café puro em uma xícara, e beber café com leite em outro?! –eu me indago.

-E o que eles falam?!—perguntou Allan curioso.

-Não são eles que respondem, é Thereze, ela fala que é questão de classe. Poof! É questão de classe gastar mais água pra isso?!—eu disse com indignação, odeio gastar tanta água, e como não tinha ninguém pra lavar a louça ali, eu teria que gastar.

-Você é defensora dessas coisas?!—perguntou Allan.

-Sou! Por quê?! Você não é?!—eu perguntei.

-Não exatamente!—ele respondeu. —Eu perguntei mais por curiosidade.

-Por que você não defende?!—eu perguntei curiosa, não vejo porque não economizar água, e preservar a natureza.

-Não vejo o porquê fazer isso, respeito quem faz, mas não sei pra quê eu faria isso.—Allan disse.

-Será que é porque um dia seus filhos vão viver no mesmo mundo que você?! Que se você não cuidar eles irão sofrer as consequências?!—eu indaguei, sugerindo algumas opções. Tinha aprendido essas coisas com os meus pais.

-Um dia o mundo irá acabar Duda, todos irão morrer!—me disse Allan.

-Está começando a me assustar de novo!—eu disse estremecendo.

-Mas é a verdade!—ele disse.

-Mas não precisamos falar disso nesse exato momento, e cuidar do que é nosso enquanto temos!—eu disse.

-O destino é inevitável, não podemos fazer nada pra mudar isso. —Allan disse sombriamente.

-Allan já disse que você está começando a me assustar de novo!—eu disse pausadamente, e tentando não pensar muito no que ele dizia, mas aquilo ficava girando na minha cabeça, ele estava estranho hoje, depois daquilo que aconteceu, falando coisas ruins, e que davam medo.

-Do que você tem tanto medo Duda?! Medo do destino?!—perguntou Allan.

-NÃO!—eu abri a torneira com tudo para enxaguar alguns copos que eu havia ensaboado.—Eu tenho medo da sua mudança de comportamento.

-Me desculpe de novo!—ele disse surpreso com a minha sinceridade.—Mas mudando de assunto e de atitude, você lava a louça com uma cara de nojo, muito engraçada.

-Eu?!—perguntei surpresa e feliz por não estar mais no assunto de mundo acabar e o destino ser inevitável.

-É! Você faz cara de nojo quando pega alguma louça e passa sabão. —ele diz rindo.

-Não faço,não!—eu digo na defensiva.

-Ah faz sim!—ele disse.

-Você repara demais pro meu gosto. —eu digo fingindo orgulho.

-E daí?!—diz Allan divertido.

-Não vou falar nada!—eu digo.

Eu pego meu celular e começo a ouvir musica no fone de ouvido, Allan fica calado depois disso, eu estranho e falo:

-Allan, eu estou ouvindo musica, mas o fone está só em um ouvido, o outro está livre, ok?!—eu disse.

-Ah tá, só não estou com vontade de falar com você agora!—disse Allan com um tom divertido.

-O que você disse?!—eu afino minha voz.

-Isso mesmo que você ouviu!—Allan fingiu hostilidade.

-Ah, tem certeza?!—eu perguntei com a voz mais fina ainda. Comecei a encher de água uma vasilha funda que eu estava enxaguando.

-Tenho! E você não ficou com medo da minha hostilidade?!—zombou Allan.

-AAAAAAAAH ALLAN, você gosta de me provocar, né?!—eu disse, então eu joguei a água na cara dele, escorrendo até a blusa dele, ele piscou surpreso.—Isso é pra parar de me provocar, e causa medo em mim.

-Você, Maria Eduarda , gosta muito de me desafiar, né? Mas nunca consegue vencer!—ele disse.

-Te cata Allan!—eu disse rindo.

-Só não jogo sabão em você, porque sua roupa é muito bonita pra ficar molhada e suja. E porque você ainda tem que ir tomar sorvete comigo. —disse Allan.

-Traduzindo: “você venceu, pois se eu tentar pegar o detergente pra sujar você, você irá impedir fazendo algo, e eu vou sair pior do que já estou”- foi isso que você quis dizer Allan, mas é muito orgulhoso pra isso. —eu digo rindo dele.

-Interprete do jeito que você quiser, mas ainda te venço nisso.—disse ele. —você não perde por esperar. —diz ele num tom ameaçador.

-IIIIIIH! Me ameaçando, quem você acha que é?!—eu zombo.

-Eu sou eu, poxa Duda, sou o maioral.—diz ele com um tom divertido na voz.

-Poof! Vai lá maioral —zombei de Allan.

Meu celular para de tocar a musica que estava ouvindo, e começa a tocar uma chamada.

Eu olho o visor era a Elo.

-Oi florzinha!—eu digo.

-Oi amiga! Tudo bom?!—perguntou ela.

Antes que eu pudesse responder a ligação cai.

-Droga, deve ter acabado os créditos dela.

Liguei pra ela, quando ela atendeu a ligação caiu de novo.

-Mas que droga!—eu disse.

-Seu celular não é de linha?!—Allan perguntou.

-Não, quando era eu gastava demais, então meu pai tirou. —eu disse rindo.

-Quer o meu?!—perguntou ele.

-Não precisa não! Eu pego o celular da empresa do meu pai. —eu disse. Eu sempre pegava o celular que meu pai usava pra se comunicar com os empregado da empresa, caso desse algo errado, pra ligar pra minha amigas quando não tivesse colocado crédito no meu celular, isto é quando ele não estava em casa, eu pegava escondido.

-Seu pai deixa o celular da empresa em casa?!—perguntou Allan.

-Deixa, ele só leva o dele mesmo quando precisa sair de domingo. Mas ate sábado ele leva o celular da empresa pra todo lugar que vai, pode ser no velório.—eu respondo, indo pegar o celular no quarto do meu pai.

Casa dos pais: (http://www.google.com.br/imgres?q=quarto+de+casal+luxuoso&start=149&um=1&hl=pt-BR&sa=N&biw=1138&bih=555&addh=36&tbm=isch&tbnid=Z4nZHggmuz0MjM:&imgrefurl=http://assimeugosto.com/tag/quarto-de-casal/&docid=l2UAmmuPDsHzsM&imgurl=http://assimeugosto.com/wp-content/uploads/2012/03/Quarto-do-Casal.jpg&w=600&h=400&ei=NXx_T_LxDMfAtweNxKizBg&zoom=1&iact=hc&vpx=663&vpy=253&dur=236&hovh=183&hovw=275&tx=189&ty=126&sig=116583301503290196345&page=13&tbnh=153&tbnw=202&ndsp=14&ved=1t:429,r:12,s:149,i:155)

Peguei o celular que estava sobre o criado-mudo, e desci.

-Pronto!—disse para o Allan balançando o celular.

Disquei o numero da Elo.

-De novo com o celular da empresa do seu pai!—disse Elo.

-Meus créditos acabaram!—eu disse.

-E amanha você vai ficar com a orelha ardendo de tanto ele falar no seu ouvido.—disse ela rindo.

-Vou mesmo!—eu disse rindo.

-Mas Duda, como que a gente vai fazer amanha pra estudar, a gente não estudou nada semana passada. Precisamos estudar muito essa semana!—disse Elo.

-Precisamos mesmo amiga. —eu disse.

-A gente poderia ficar até as 20 e 30 na biblioteca da escola, o que você acha?!—perguntou Elo.

-Legal!—eu disse.

-Chama o Allan pra estudar também, ele e o Henry.—disse ela.

-Tá querendo se assanha pro lado do Henry e do Allan?!—eu perguntei brincando.

Allan olhou pra mim com curiosidade no brilho do olhar, estava obvio que queria saber sobre o que a gente conversava.

-Claro! Você acha que eu vou ficar só babando neles?!—ela zoa.

Eu rio, pensando se falo ou não que posso falar isso pra ele agora mesmo, já que Allan estava do meu lado, mas deixou isso quieto.

-Egoísta!—eu zombo.

-Aprendi com você! Pegando dois gatos ontem na festa!—ela rebate.

-HÁHÁHÁ! Engraçadinha!—eu falo com ironia.

-É a mais pura verdade!—diz Elo rindo.

-Te cata! Vai se ferrar Eloisa!—eu exclamei.

-Temos que nos concentrar na programação de amanhã, concorda?!—pergunta uma Elo focada nos estudos.

-Concordo amiga. Então fica assim, a gente vai pra escola e já fica direto pra estudar na biblioteca, ou então vamos pra casa de alguém.—eu digo.

-Que tal a gente ir na casa de Allan, hein?! Uma boa jogada pra você conhecer ele melhor, e dar o bote!—diz Elo com uma voz assanhada no celular.

Eu rio, se ela soubesse que eu já estive lá, ela iria me encher de perguntas e especulações.

-Eu não sou cobra pra dar bote Elo!—eu digo.

-Então está dizendo que está mesmo apaixonada por ele?!—especula Elo.

-Não estou dizendo isso! Mas estou dizendo que não sou uma cobra. —eu disse.

-Tanto faz! Mas seria uma boa jogada ir estudar na casa dele. Vamos?!—propôs ela.

-Nãos vamos estudar na biblioteca mesmo!—eu digo recuando à ideia, estava começando a ficar constrangida com aquela conversa.

Quando olhei o visor e vi que a gente estava se falando por mais de cinco minutos no celular, eu pensei:

PUTZ, to ferrada”

-Tá bom, pode ser, e a gente ainda tem que organizar aquele negocio do trabalho sobre Bullying!—disse Elo.

-É verdade! Eu estava pensando em fazer tipo de uma reportagem.

-Boa ideia!

-Elo, vou desligar, amanha meu pai vai pirar quando ver que eu conversei por dez minutos com você.

Desliguei antes de ela falar tchau, ela entenderia o porquê disso.

-Por que seu pai vai  pirar?!—perguntou Allan.

-Porque é  celular da empresa, e não uma coisa pra lazer. —eu respondi.

-Ah, entendo!

-E por que a Elo iria se assanhar pra mim?!—perguntou Allan.

-Ah é que a gente tava vendo de estudar, ai ela falou pra chamar você e o Henry.

-Ah tá entendi, então vocês estudam juntos?!—perguntou Allan.

-Sim, grupo de estudos. —eu disse. —Quer entrar?

-Por que não?!—Allan exclamou.

-Que bom! Amanha na escola até as 20 e 30. —eu disse.

-O QUE?! Tão loucos?! Escola não deve ser prisão!—ele disse.

-Mas se você quiser passar com uma nota boa você tem que se render à prisão!—eu disse.

-Af! Tá bom então. Ficarei até as 20 e 30 lá. —disse Allan.

Acabei de lavar a louça e fui colocar o óleo na panela em que eu iria fazer o hambúrguer, mas parei um pouco para conversar com Allan.

-Vai ser bom, você vai ver!—eu disse. —Quando a gente vê já passou o tempo.

-Pra vocês que gostam de estudar. —disse Allan.

-Quem disse que eu gosto de estudar?!—eu perguntei arqueando as sombrancelhas.

-Você não gosta?!—Allan perguntou confuso e surpreso.

-Mas é claro que não! Fazemos grupo de estudo só pra ter mais facilidade de estudar depois. —eu disse como se aquilo fosse obvio. Eu odiava ter que ficar estudando muito tempo, mas tinha que fazer. Fazer o que!

-Eu pensei que você gostasse de estudar!—disse Allan.

-Não sou uma Madeline da vida!—eu retruquei.

-Quem é essa?!—ele perguntou confuso. Não acreditei que Allan não havia conhecido ela, apesar dela ser uma nerd, ela era bem popular, e já que Allan era bonito, e estava bem falado, era de se espantar ele não a conhecer, sem dizer que ela é amiga da Marynne.

-Nossa, quer dizer que Marynne não falou dela pra você?!—perguntei.

-E deveria?!—perguntou Allan.

-Talvez! Não sei! Elas são amigas. —eu disse.

-Mas, por que você mencionou essa menina?!

-Porque ela é nerd. —eu respondi algo obvio demais.

-Caramba! Marynne tem amiga inteligente?! Essa é nova!—disse Allan com tom divertido, me fazendo rir.

-Tem sim! Por incrível que pareça. —eu disse rindo.

-Ela é bonita?!—perguntou Allan com uma voz maliciosa, o que não me deixou nada feliz.

-Não acho tudo àquilo que os meninos falam!—eu disse escondendo o ciúme.

-Hmmm! Mulheres!—exclamou Allan.

-O que tem a gente?!—eu perguntei na defensiva.

-Quando se trata de criticar outra mulher vocês enchem a boca pra falar, agora quando é pra elogiar vocês fazem o contrario, não admitem as qualidades. —disse Allan.

-Eu acho Elo, Mel, e Alicia muito bonitas e talentosas!—eu disse na defensiva.

-Não vale, elas são as suas amigas!—disse Allan com um tom divertido na voz. —Alguém que voe não gosta me fala uma qualidade dela.

-Vou falar uma qualidade da Marynne. Ela é bem fogosa, ela pode apagar o seu fogo!—eu sorri ironicamente.

Allan gargalhou com o que eu disse. Mesmo eu não tendo feito nenhuma piada, só falado a mais pura verdade.

-Não vale isso! Isso não é uma qualidade. —disse Allan.

-Depende do ponto de vista da pessoa que esta analisando. —eu disse. —É uma coisa muito relativa.

-Mas do seu ponto de vista isso é uma qualidade?!—perguntou Allan num tom estranho, que não consegui identificar qual era.

-É!—Está bem não era, mas eu não iria me render ao Allan, sem dizer que eu acho que Marynne não tem nenhuma qualidade.

-Por acaso, você é lésbica Duda?! Nada contra, mas pro seu ponto de vista ser esse!—Contra-atacou Allan, eu fiquei sem saídas.

-Está bem, não, esse não é meu ponto de vista!—respondi sinceramente.

-Então qual é?!—pressionou Allan.

-Ela é uma vadia, esse é o meu ponto de vista!—eu disse. E logo mudei de assunto. —Vamos pedir comida, ao invés de fazer?!

-Vamos! Mas você ainda não me disse nenhuma qualidade de alguém que você não goste. —Allan me pressionou.

-Bem, Madeline é inteligente. Tá ai uma qualidade!—eu disse.

-Você já tinha falado isso, então não vale!—Allan arqueou as sombrancelhas. Aquele joguinho estava me deixando aos nervos.

-Mas que Droga!—exclamei, estava sendo difícil essa, então logo me veio na cabeça, uma menina que não era do grupo da Marynne, mas que era uma tremenda babaca. —Hmmm, tem a Laica.

-Laica?!—perguntou Allan fazendo careta. —Isso é uma pessoa?!

-Idiota! É sim, ela desenha muito bem, e é um pouco bonita! —eu disse.

-Quero conhecer ela!—disse Allan com um sorriso malicioso no rosto.

-Não quer não!—eu disse com a voz sínica.

-E por que não?!—perguntou Allan.

-Ela não é muito confiável. —eu disse. —Agora eu vou pedir a comida pra gente. Gosta de comida chinesa?!—perguntei.

-Gosto!—Allan somente respondeu sem nenhuma pressão sobre qualidades de quem eu não gostava. Tinha que admitir ele estava certo, é meio difícil dizer uma qualidade de alguém que a gente não gostava. —Mas Duda segunda me apresenta essa tal de Madeline?!

-Não vai ser possível, não falo com ela, vai ter que achar outra pessoa pra fazer isso. —Até parecia que eu iria dar Allan de presente pra nerd da Madeline.

Disquei o numero do melhor restaurante chinês que tinha na região, e fiz o pedido, hoje eu iria almoçar com o Allan.


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Notas finais do capítulo

e aai gostaram ?! espero que sim...
o que acharam da atitude hostil do Allan? e esse negocio de a figura preta esta focado nele?!
Booom estarei esperando o review de voces. e desculpem qualquer errinho de portugues, ou se o capitulo ficou cansativo, e cumprido demais.
xoxo.
obrigada por tudo.