My Life Inside Your Heart escrita por Babi


Capítulo 16
Descobrindo uma responsabilidade


Notas iniciais do capítulo

oooooi pessoas linda do meu heart.
o que estão achando da história de Duda e Allan?!
espero que todos estejam gostando...
aaah quero agradecer a todos pelos reviews.
e agradecer a Sirlene, por me ajudar a escolher os comodos da casa da Duda, aushashushahusauhsuh. muuuito obrigadaa.
espero que voces gostem desse capitulo, essa semana terá atualizações mais rapidas pelo motivo que graças a Deus nao tem aula.
É bem provavel que eu nao poste na sexta pois estarei na casa da minha amiguinha San san Andrade, ninguem a conhece aqui, a nao ser a Marina Carvalho, mas ela é beeem louquinha, como todos os meus amigos.
boooom vou parar de amolar voces com coisas desnecessárias,e deixar voces lerem
boa leitura.
xoxo.



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Quando consegui me acalmar chamei meu pai até o meu quarto, ele estava com um semblante preocupado.

-Desculpe pai, tinha que fazer a ligação, estava sentindo algo ruim. —eu disse.

-Melhorou depois da ligação?!—meu pai perguntou preocupado.

-Na verdade não! É como se aquilo estivesse mesmo acontecendo, como se eu soubesse que era um sonho, mas ao mesmo tempo eu tinha a sensação de que aquilo realmente poderia acontecer. —eu expliquei a sensação que eu senti para o meu pai.

-Como um tipo de premonição?!—meu pai especulou.

-Isso! Uma premonição muito ruim. —eu disse.

-Você quer falar sobre o sonho?!—meu pai perguntou com um tom compreensivo.

-Mas você não ia falar alguma coisa pra mim?!—eu perguntei.

-Vou, mas primeiro o seu conforto. Podemos deixar isso que eu tenho pra lhe falar para mais tarde. —meu pai disse.

Eu abracei meu pai, e comecei a contar o sonho inteiro, todos os detalhes, principalmente a parte em que eu me declarava para Allan.

-Pera ai! Você gosta desse Allan?!—perguntou meu pai.

-Talvez, não sei ao certo!—eu disse.

-Hmmm! Mas, essa figura preta de que você me falou, o que ela seria?! —meu pai perguntou. Se não fosse essa situação critica eu teria rido daquilo, ele estava parecendo um psicanalista.

-Também não sei! Foi a primeira vez que a vejo. —eu menti.

-Que roxo é esse no seu pescoço?!—meu pai perguntou desconfiado. Eu mordi minha boca e coloquei as mãos nos dois roxos.

-Nada!—eu respondi rápido demais.

-Maria Eduarda!—meu pai me repreendeu.

-Um chupão pai!—eu disse.

-De quem?!

-Do Allan!—eu disse.

-E por que ele te deu um chupão?!—ele perguntou com ciúmes e irritação na voz.

-Porque eu duvidei dele.

-Hmmm, então você mereceu, você sempre foi assim, sempre gostou de um desafio! E você ligou, e ele estava bem?—meu pai perguntou preocupado.

-Sim, estava. Ele vai vim aqui hoje pra me acalmar. Allan é legal, é um bom amigo. —eu disse.

-Só amigo, certo?!—meu pai me fez rir, por mais que ele tentasse não se mostrar ciumento, ele era.

-Sim pai! Infelizmente acho. —eu disse.

-Lógico que não! Felizmente.—meu pai disse com o ciúme explicito em sua voz.

Eu ri.

-É bom ouvir você rindo!—meu pai disse. —Faz uma semana que não falo com você, e nem ouço a sua risada.

Eu sorri.

-Estava com saudades de falar com você pai. —eu disse.

-Eu também, e estou muito orgulhoso de você. —meu pai disse.

-Por ?!—eu perguntei confusa.

-Por ter ajudado Marynne, mesmo não gostando dela. Você se mostrou muito responsável esses meses.

-Não tem o que se orgulhar, só sigo a sua educação, e da mamãe. —eu disse.

-Claro que tenho, nem todas as filhas são como você, e eu tenho que agradecer, e como agradecimento, não sei se você vai gostar, mas, eu te nomeei como um membro muito importante da empresa. —meu pai disse com um sorriso.

-Hmmm! Desculpe-me pai, mas o que isso significa?!—eu perguntei confusa.

-Significa que você agora será conhecida no mundo dos negócios, e poderá assumir meu lugar, só que você será um pouco prejudicada, me desculpe por isso, mas na hora que quis te dar algo bom não pensei pelo outro lado. —disse meu pai se sentindo culpado, o que eu não entendi, já que seria bom para mim me tornar alguém conhecida na empresa, e no mundo dos negócios.

-Pai não tem com que se preocupar, nem se desculpar, isso será bom para  o meu currículo, muito bom, garantira melhor meu futuro. —eu disse.

-Mas filha, sem querer, eu não pensei na sua vida de escola, pois quando tiver um evento você será meio que obrigada a ir, para representar a empresa. —meu pai disse.

-QUE OTIMO!—eu disse.

-Como assim filha?!

-Pai, eu vou poder faltar na escola, olha que maravilha!—eu disse fazendo meu pai rir. —Que garota não sonharia de faltar na escola, e ainda por cima ir a um evento?!—eu disse com os olhos brilhantes.

Meu pai riu e disse:

-Mas isso poderá te prejudicar, porque às vezes será preciso faltar mais de um mês na escola. —meu pai disse.

-PUTZ! Você quer mesmo acabar com minha felicidade, não é mesmo?!—eu disse.

-Não filha, mas vou tentar impedir que você falte muito. —meu pai disse.

-Muito obrigada pai. Obrigada mesmo!—eu disse o abraçando.

-Não é nada demais filha. —disse meu pai.

-Claro que é!—eu disse.

-Que bom que você acha isso. Essa semana tem como você não marcar nada filha?!—meu pai perguntou.

-Por quê?!—eu perguntei confusa.

 -Porque o seu trabalho como representante da empresa começa esse fim de semana. —disse meu pai.

-Pera ai pai eu vou ter que deixar de sair com meus amigos pra ir pra empresa todo sábado?!—eu perguntei ficando um pouco desanimada.

-Não, só terá que comparecer em eventos e em reuniões que eu não poderei comparecer. —disse meu pai.

-Mas como eu vou saber o que fazer na reunião?!

-Eu te deixarei anotações que eu for fazer, e planejamentos, e você também pode dar suas ideias, e opiniões. —meu pai disse.

-Ah entendi.

-Tem como você não marcar nada?—meu pai perguntou novamente.

-Tem sim! Mas o que eu vou ter que fazer esse fim de semana que vem?!—eu perguntei.

-Só terá que se cuidar, se arrumar e se programar, para os eventos.—meu pai me respondeu. Logo entendi o porquê dele ficar até tarde da noite no escritório esses últimos dias, ele estava planejando meu posto na empresa, e os eventos para me apresentar, e para que eu representasse uma empresa de bom porte.

-Ah sim! Poder ficar tranquilo pai. Mas que dias que serão?!—eu perguntei, tinha que começar a me programar, amava ir a eventos, mas esse seria mais importante já que nos outros eu só ia como acompanhante do meu pai.

-Sexta, sábado, domingo. E na outra semana também serão esses três dias. Serão três semanas de eventos. —meu pai me explicou. —Eu já comprei alguns vestidos pra você, e sua mãe.

Meu pai sempre comprava os vestidos, eu amava isso também, eu tinha muito vestido por causa desses eventos, e todos eram o meu estilo. Meu pai foi até a porta e arrastou algumas caixas que havia.

-Desculpe se não fizer muito o seu estilo filha, mas precisamos de algo mais sério nesses primeiros eventos. —disse meu pai.—Mas te prometo que quando se acostumarem com você, ou seja, daqui uns quatro ou cinco eventos você seu estilo de roupa. —disse meu pai.

-Sem problemas pai!—Na verdade aquilo estava começando a me dar medo, aquela responsabilidade toda.

Meu pai abriu a primeira caixa, nela havia um vestido preto que deveria ir até os joelhos de um ombro só, que valorizava os seios, pois tinha um trançado logo abaixo, era um pouco franzido, dentro dessa mesma caixa grande e rosinha clara havia um sapato vermelho de carmusa, uma bolsa de mão cinza, um anel um par de brincos pretos com strass dentro de uma caixinha transparente. Poderia ser sério, mas em partes fazia meu estilo, e era uma combinação perfeita, meu pai era bom nessas coisas.

-E ai o que achou?!—meu pai perguntou ansioso pela resposta.

-Gostei muito! É estiloso, e não é brega!—eu disse.

-Que bom! Vamos para as outras caixas. —disse ele contente.

Ele abriu uma segunda caixa, e nela havia um vestido azul bebe curto, com um ombro só também, e com uma parte do vestido enrolando à baixo dos seios, o que faria valorizar. Tinha também uma sandália de salto alto e fino, com tirinhas sobre todo o pé.  Uma bolsa de mão preta, parecia formar um lacinho sobre ela, uma pulseira de prata pura, um brinco e anel de prata pura também, o anel era feito em camadas, o brinco era grande, e tinha uns strass nele, que fazia uma forma bonita.

-Gostou desse também?!—meu pai perguntou confiante, e ansioso.

-Claro pai! Não se preocupe tanto. —eu disse.

-Vou abrir a outra!

Na terceira caixa em que ele abrira havia um vestido preto regatinha com um pequeno decote, com um laço na cintura, franzidinho. O sapato de salto que tinha lá, era de uma cor marfim, liso, simples, mas ao mesmo tempo incrementava muito bem aquele vestido. Havia um daqueles brincos que só se usa em uma orelha, era um estilo que eu amava, ele era de ouro tinha uma folha na ponta dele, também havia uma pulseira transada que tinha uma fita preta nesse trançado.

-Nossa pai amei o brinco!—eu exclamei com os olhos brilhando.

-Nossa, só o brinco?!—meu pai perguntou um pouco desapontado.

-Quer dizer, tudo! Gostei de tudo mesmo. —eu falei.

-Que bom! Eu comprei mais, mas ainda não chegou, quando chegar irei te mostrar. —ele disse. —Mas filha, me conte como você pretende ir para o primeiro evento?!—meu pai perguntou.

-Hmmm! Não sei, ainda não pensei.

-Qual vestido você vai querer usar primeiro?!—meu pai perguntou.

-Esse!—eu apontei pro primeiro vestido que ele tinha me mostrado, parecia ser o mais adequado para usar na primeira vez que fosse ser representante da empresa.

-Boa escolha! Agora eu sei que você gosta muito de ir com um coque, ou uma trança nesses eventos. —meu pai disse. —Que penteado você vai usar no primeiro?!

Eu ri e disse:

-Acho que vou com um coque de lado.

-E a maquiagem?!—meu pai perguntou.

Eu arqueei uma sombrancelha e disse:

-olhos preto esfumaçado. —eu disse.

-Que mais?!—meu pai perguntou.

Eu ri com o pensamento que tive e disse:

-Com batom vermelho.—eu disse.

-Ah tá! E no segundo evento, como você vai?!—meu pai perguntou um pouco interessado.

-Pai to começando a achar que você é homossexual, ou então bissexual. —eu disse rindo.

-Por quê?!—meu pai perguntou confuso.

-Pelo simples motivo de você estar querendo saber dessas coisas, e ainda dando sugestões de cabelo. —eu disse rindo.

Meu pai riu, e disse:

-Ah, não acredito que você descobriu meu segredo!—meu pai disse afinando a voz como se fosse homossexual, eu ri muito com aquilo.—Agora falando sério —meu pai voltou a voz normal.—Eu só estou fazendo isso só pra ver se você estará de acordo, filha, me desculpe, mas é que estou um pouco preocupado.

-Sem problemas pai, apesar de você está insultando meu senso de moda, e compreensão, eu te entendo. —eu disse brincando.

-Não estou querendo te humilhar, longe disso, sei que você sabe se vestir, mas é que você é muito importante para mim, e não sei se ficaria parado se ouvisse alguém falando mal da minha filha, acho que mataria um sujeito desse tipo. —disse meu pai. —Bem, agora vou me retirar. Se arrume e desça. —meu pai me deu um beijo na testa e saiu.

Fiquei um pouco quieta na minha cama vendo aqueles vestido, e sapatos, e anéis, e pulseiras, tudo de uma mulher responsável, e notável. Meu Deus! Será que estava preparada para representar algo tão importante para o meu pai?!

Estava com medo disso, insegura. Uma louca que via vultos, e figuras pretas, e tinha pesadelos com morte seria capaz de cuidar e representar a empresa do Senhor Calleb Boullevart Bittencourt quando ele não pudesse fazer isso?

Me joguei na cama, e me imaginei representando a empresa, eu não tinha pensado naquilo quando tinha me empolgado assim que meu pai havia dado a noticia, eu não tinha me preocupado. Não me via com todos aqueles vestidos e objetos de uma mulher com grandes responsabilidades.

Suspirei fundo, estava começando a sofrer por antecipação, isso não era comum, sempre fui segura, mas acho que naquele momento não era bem o melhor para se ter uma responsabilidade daquelas.

E ainda tinha aquele pesadelo, eu sabia que ele significava alguma coisa sobre mim e Allan, só não sabia o quê, e também sabia que não poderia contar pra ninguém essas sensação dele ter sido algum aviso.

Peguei meu celular, liguei para o Allan, ele atendeu no terceiro toque.

-Duda?!

-Oi Allan, se quiser vir, já pode vir. —eu disse.

-Eu já estou indo! Me passa o endereço. —ele pediu.

-Rua Main Street, 298726.

-Qual o numero da sua casa?!

-88!—respondi.

-Daqui meia hora estarei ai. —disse Allan.

-Sem pressa, não quer que eu explique como chegar aqui?!—EU PERGUNTEI.

-Não, obrigado.

-Nada! Tchau.

Desliguei o celular e fui me arrumar para ver o Allan, tudo bem que estava preocupada, mas precisava ficar bonita.

Fui até o closet, peguei uma blusa bege, um shorts jeans, um Oxford azul, e fui tomar banho. Coloquei a roupa, fui até o closet de Nov, e fui à parte em que eu guardava os acessórios, peguei um anel, e forma de cruz, um daqueles brincos que se usava em só uma orelha. Esse brinco no final dele, tinha um pingente que tinha tipo de um lápis, e uma folha escrito “Love”, prendi meu cabelo em um rabo de lado:

http://www.polyvore.com/romatiquinha/set?id=46531819

Passei meu perfume, e desci para comer pelo menos uma fruta, eram quase nove e quarenta da manhã. Não estava atrasada para um café da manhã.

Fui até a cozinha.

-Bom dia Jeanne!—eu cumprimentei a nossa empregada. Para ser uma empregada Jeanne era bonita, e jovem. Ela era loira, de olhos azuis, corpo magro, era baixinha, e era muito legal, deveria ser mais velha que eu uns sete anos, tendo uns vinte e quatro anos. Meus pais chamavam jovens para trabalhar, pois tinham mais energia.

-Bom Dida senhorita Duda!—eu já tinha falado para ela que era para me chamar somente de Duda.

Peguei uma maçã, e sentei-me à mesa da cozinha.

-A senhorita não irá tomar um daqueles café da manhã revigorante na sala de jantar?—ela perguntou.

-Mas claro que vai!—respondeu a governanta Thereze, elas tinham acabado de voltar de férias, pois é, meus pais sempre davam férias ao mesmo tempo para as duas, já que era mãe e filha. Thereze já tinha seus quarenta e sete anos, mas ainda era bonita e jovem, com algumas rugas de expressão, era morena, com um corpo mediano, alta. —Você quer ficar desnutrida?!

-Não, é só que eu estou esperando visita. —eu disse e fui dar um abraço nela, eu amava aquela pessoa.

-Dane-se a visita, se ela chegar antes de você acabar ela tem que esperar!—disse Thereze com um tom mandão. Eu ri, minha chegou à cozinha para ver como estavam as coisas.

-Concordo plenamente Thereze, onde já se viu não tomar café da manha?!—minha mãe disse.

Troquei olhares com meu pai que havia acabado de chegar, e com Jeanne que ria.

-NOOOOOOSSA! Está bonita desse jeito por que dona Duda?!—perguntou minha mãe.

-Um tal de Allan vai vim aqui, Duda ligou pra ele vim aqui!—meu pai respondeu por mim, falando o nome de Allan com nojo, eu olhei pra ele e comecei a rir pelo ciúmes besta do meu pai.

-Tem alguma coisa aqui em que nós as mulheres mais importantes dessa casa estamos por fora. —disse minha mãe compartilhando do momento com Thereze.

-E eu não gosto de ficar por fora disso. Por que esse nojo por falar o nome desse menino que você obviamente não conhece?!—perguntou Thereze.

-Duda está gostando dele!—disse meu pai rápido e com um tom meio que hostil.

-PAI!—eu o repreendi, eu queria que aquilo ficasse só entre nós dois.

-Você só conta pro seu pai?! E sua mãe aqui é deixada de lado?!—minha mãe falou indignada.

-Eu só falei pro papai porque eu tive que explicar o pesadelo que eu tive. —eu expliquei.

-Vão para sala de jantar, que vou levar o café da manhã da senhorita daqui a pouco. —disse Thereze.

Sala de jantar: (http://www.google.com.br/imgres?q=sala+de+jantar&hl=pt-BR&biw=1138&bih=555&gbv=2&tbm=isch&tbnid=F7uT5vBu9EKBcM:&imgrefurl=http://www.papodemulheres.com.br/%3Fp%3D10542&docid=FIzhafuBU6VcwM&imgurl=http://www.papodemulheres.com.br/wp-content/uploads/2011/09/05-Sala-de-Jantar-Fina1.jpg&w=400&h=304&ei=AX57T_6CFoXrtgeH1eG3CA&zoom=1&iact=hc&vpx=366&vpy=250&dur=109&hovh=196&hovw=258&tx=172&ty=102&sig=116583301503290196345&page=3&tbnh=162&tbnw=227&start=20&ndsp=12&ved=1t:429,r:5,s:20).

Eu fui para sala de jantar, Thereze foi colocando aquelas frescuraiada toda, de prato menor em cima de maior, aqueles negócios chatos de etiqueta, colocou na minha frente e outras coisas do meu lado.

-Thereze só tem eu pra tomar café, meus pais tomaram mais cedo que eu sei, não foi?!—eu a lembrei.

-Isso é caso a visita chegue antes de você comer. Fala sério Maria Eduarda, você nunca ouviu falar que é falta de classe não colocar um prato a mais?!—Thereze começou a me dar um daqueles sermões de etiqueta, mas dessa vez ao invés de presta atenção, eu comecei a dar risada, não aguentei, mesmo sabendo que ela odiava que rissem quando ela estava dando sermão, e isso sempre acontecia comigo e com a Jeanne, a gente sempre ria. Ainda mais que ela usou a expressão “fala sério”, eu nunca a ouvi falar isso antes.

-Não!—eu respondi.

-Como não! Esses jovens de hoje devem ter mais classe. —disse Thereze bufando.

Ela foi enchendo a mesa de coisas como suco, café, chá, cappuccino, croassaint, enroladinhos de presunto e queijo, queijo fresco, frutas como melão, melancia, abacaxi, jaca (eca!) tudo picadinho por Jeanne na cozinha. A campainha tocou, eu dei um pulo da cadeira, arrastando ela no chão.

-EU ATENDO!—gritei para todos.

-EI!—chamou Thereze, e como eu sabia que não se podia ignorar um chamado dela, eu esperei ela falar.— Não se pode arrastar a cadeira assim!-repreendeu Thereze.

-Ah ta Thereze, mas preciso atender a porta. —eu disse com pressa.

-Não, vá comer que eu atendo, onde já se viu uma casa com uma governanta e a dona abrindo a porta?!—questionou Thereze, apesar de Thereze só estar aos domingos em casa, ela gostava de fazer tudo direitinho.

-Thereze sobre o assunto de comer, eu já volto e como, não se preocupe!—A campainha tocou de novo, e eu acrescentei em seguida.—Precisa ser eu a atender a porta, por favor, você só está aqui de domingo, eu sei me virar no resto dos dias da semana sem ninguém, estou indo.

Eu sai correndo sem me preocupar com o sermão depois, minhas lagrimas estavam quase caindo, eu estava conversando e rindo há uns instantes com o pessoas daqui de casa, mas também pensara no pesadelo o tempo todo.

Fui correndo até a porta, porém Thereze deveria ter acabado de passar pano no chão, derrapei na virada da sala de jantar para sala de estar, quase caindo.

Sala de estar: (http://www.google.com.br/imgres?q=sala+de+estar+de+luxo&hl=pt-BR&biw=1138&bih=555&gbv=2&tbm=isch&tbnid=JNRBnBODXBgr0M:&imgrefurl=http://thalytadesigns.wordpress.com/2011/03/04/as-cores-na-decoracao/&docid=HezypomUfQwa0M&imgurl=http://thalytadesigns.files.wordpress.com/2011/03/black-wall-bathroom-designs-from-sc.jpg&w=600&h=394&ei=0Xx7T5iSFsS3tweQz63HCA&zoom=1&iact=hc&vpx=268&vpy=264&dur=159&hovh=182&hovw=277&tx=196&ty=185&sig=116583301503290196345&page=3&tbnh=134&tbnw=204&start=21&ndsp=14&ved=1t:429,r:10,s:21)

Meu pai riu junto com a minha mãe, abri a porta com tudo, quando vi o Allan parado na soleira da porta, não liguei mais para ninguém daquela casa, pulei em seus braços fortes, e me aninhei nele. Comecei a chorar de novo.

-Duda?!—ele disse surpreso pelo abraço, retribuindo ele na hora. Deu um beijo no alto da minha cabeça.

-Você está bem?!—eu perguntei preocupada.

-Estou sim, não se preocupe!—disse Allan.

-Tem certeza?!—eu perguntei.

Allan riu e disse:

-Tenho Dudinha, não fique tão preocupada. Mas e você está bem?!—ele perguntou.

-Estou sim!—eu disse fungando.

-Maria Eduarda entre com a visita, mande entrar, onde está a sua educação?!—gritou Thereze de dentro da casa.

Eu ri e mandei Allan entrar, que entrou hesitando.

-Allan esses são meus pai, Aisha e Calleb!—eu apresentei meu pais para Allan.

-Prazer!—Allan fez um aceno com a cabeça.

Eles acenaram e sorriram, minha mãe mais que meu pai, que já estava obvio que morria de ciúme do Allan.

-E eu sou a governanta da casa, Thereze!—Thereze como sempre se adiantou.

-Muito prazer senhora!—disse Allan pegando a mão de Thereze, e a beijando, se Thereze tivesse a minha idade, e não fosse casada, eu teria ficado com ciúmes. Parecia que ele adivinhara que Thereze era uma amante de etiqueta.

-O prazer é todo o meu!—disse Thereze.—A Duda estava indo tomar café, e pelo que fiquei sabendo ela ligou pra você, pra pedir que viesse aqui, sendo tão cedo, imagino que você não tenha tomado café ainda, então preparei o bastante para vocês dois.

-Não precisava se incomodar comigo, eu tomei uma xícara de café quando sai. —disse Allan.

-Mas não comeu nada, e acredite em Thereze quando ela diz que fez o bastante pra nós dois, ou seja, se você não comer eu serei obrigada por Thereze e Jeanne a comer. Então, seria um favor. —eu disse rindo. Sem dizer que eu queria saber qual era a sensação de tomar café da manha com alguém como Allan.

-Então se você está pedindo, eu aceito!—disse Allan com um sorriso maroto e malicioso ao mesmo tempo.

-Obrigada!—eu disse.

-Eu que tenho que agradecer!—disse Allan.

-Vamos parar logo com a melação de casal e vão comer, que já está na mesa. —Thereze disse.

Eu corei, e baixei a cabeça.

Nos sentamos, e nos servimos, Allan no começo um pouco acanhado, com certeza estava com vergonha, mas eu incentivei ele comer.

Quando na aguentávamos mais paramos de comer, ficamos um olhando pra cara do outro, Thereze apareceu e disse:

-Vocês vão jogar esse tanto de comida fora?!

-É muita comida Thete!—eu disse, Thete era como eu chamava Thereze desde pequenininha.

-Não interessa, o que vamos fazer com a comida?!—perguntou ela.

-Não sei! Que tal guerra de comida?!—eu sugeri.

-É a mesma coisa de jogar comida fora, mas com menos classe. —disse Thete.

-Ah! E quem aqui liga pra classe?!—eu perguntei.

Allan riu, e Thete olhou com cara feia comigo, como sempre que eu falava essas besteiras. De tão cheia que eu estava, eu não estava mais sentada, estava largada na cadeira da mesa.

-Sente-se direito! Onde já se viu uma menina bonita como você ficar sentada toda torta?!—ela perguntou.

-Sim senhora!—eu disse me ajeitando na cadeira.

-É Duda, onde já se viu?!—Allan brincou.

Eu e ele rimos, Thete deu um sorriso de aprovação para Allan.

-Thete, não tem como deixar pra mais tarde?!—perguntei.

-Não sei! Vou dar um jeito, vão subir, ou fazer algo de interessante na idade de vocês dois.

-Ok!—eu disse.

Quando eu estava subindo com Allan para o meu quarto meu pai me chamou:

-Duda!

-Sim pai?!

-Eu e a sua mãe vamos sair com a Thereze pra ver uns negócios para o evento, Jeanne vai ficar, qualquer coisa você pede pra ela fazer, se quiserem sair também não tem problema.—meu pai disse com aquele tom paternal. Mesmo sendo jovem, ele era bem centrado nas coisas, como se fosse mais velho.

Thereze alem de nos ajudar em casa, ela ajudava meu pai a organizar os eventos da empresa dele e do meu tio. Tinha alguns eventos que a Thereze ia junto da gente.

Eu e Allan subimos, e eu o guiei até o meu quarto.

-Este aqui é meu quarto, tá meio bagunçadinho,mas que menina não tem o quarto bagunçado?!—eu disse.

-Quarto legal!—disse Allan sorrindo. —Está bonita Duda, ia sair?!—ele perguntou.

-Não, estou um trapo hoje, graças ao pesadelo. —eu me joguei na cama, e comecei a chorar de novo, as imagens não saiam da minha cabeça.

Allan sentou na cama, e me deitou no colo dele.

-O que foi?!—perguntou ele com uma voz doce.

-As imagens não saem da minha cabeça. E são imagens ruins, que atormentam, qualquer um! Eu não sei o que esse sonho significa Allan, isso é o que mais me atormenta, o que me deixa aflita.—eu não cosegui segurar, o que eu tinha decidido não contar, era assim, perto dele, eu não conseguia esconder alguns detalhes.

Eu levantei e abracei Allan, ele retribuiu, e ficou ali, aninhou minha cabeça nos braços dele.

-Às vezes não significa nada!—disse ele.

-Mas eu tive a sensação de que isso iria acontecer, ou algo igual quando acordei, foi horrível, tive que ter certeza de que você estava bem!—eu disse.

-Eu estou aqui Duda, e estou bem, não se preocupe. Se quiser eu fico aqui com você o dia inteiro. —disse Allan.

-Se não for atrapalhar eu gostaria!—eu disse fungado.

-Não irá atrapalhar de modo algum!—disse Allan.—A gente poderia ir tomar um sorvete quando aquela montanha de comida parar de fazer efeito na gente!—ele disse rindo.

Eu ri roucamente. Quando eu chorava geralmente eu ficava rouca.

-Mas é muito boa aquela comida!—eu disse.

-É mesmo!—a voz grave e suave ao mesmo tempo de Allan estava conseguindo me acalmar, não sei como, mas estava.


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Notas finais do capítulo

e aaai o que acharam?! era o que voces esperavam?!
ficou muuuuito grande, mas precisava colocar tudo isso nele já, me desculpem se ficou muito cansativo...
estarei esprando por mais reviews. se quiserem me mandar sugestões podem mandar, irei pensar com carinho nelas.
xoxo.