Quase Um Sonho escrita por Karenine


Capítulo 2
Capítulo 2




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Cap. 2

 

 

Não sei por que estou me lembrando de tudo isso agora. Talvez seja por tudo que aconteceu na minha vida, a partir daquele momento. Lembro que eu fiquei um bom tempo sem coragem de entrar no orkut, apesar de estar louca para saber se ele tinha respondido. Mas perdia a coragem, assim que abria a página do login, e ficava naquela agonia do “E se ele não tiver me respondido?”. Porém, depois de muito lutar comigo mesma, minha curiosidade venceu meu medo, e entrei, pensando comigo mesma de que não fazia diferença para mim se ele tinha ou não respondido ao meu scrap. Afinal, eu nem o conhecia! Mas no fundo sabia que aquela resposta faria toda a diferença.

 

Suspendi a minha respiração, ao ver que tinha um scrap novo na minha página de recados. Naquela época o orkut não mostrava a janelinha do scrap, assim não dava para saber quem e o que tinham mandado. Então abri a página, esperando o meu pc lerdo com o coração na boca. Nunca me sentira tão ansiosa como naquele momento. Foi quando vi a foto dele. Mal podia acreditar! Ele tinha mesmo dando um sinal de vida, e eu fiquei tão ansiosa que nem me preocupei com mais nada, além do fato de que ele tinha me respondido. Passei os olhos rapidamente no scrap, e fiquei feliz porque ele não foi grosso, nem nada disso.

 

Oi Sakura!

Td bem s jah te add ^^

Bj

 

Meu coração batia tanto no peito que eu nem conseguia raciocinar direito, só sabia que ele tinha me respondido, que tinha me adicionado e me mandado um beijo! Apesar de eu saber que isso era completamente normal, já que sempre no final de um scrap costumamos mandar beijo. Só que naquela hora, tudo para mim era o máximo, e tratei de ver a hora que ele tinha mandado aquele scrap. Vi, rapidamente, que não fazia muito tempo, para ser mais precisa, uns 5 minutos, e resolvi falar algo para ele, dar um Oi, agradecer, dizer que estava On, qualquer coisa, mas não perderia aquela chance. Talvez fosse o destino dando um sinal, e eu precisava aproveitar.

 

Mandei qualquer coisa, não lembro bem agora, disse oi e perguntei se estava tudo bem, vocês sabem como são essas conversas. E ele continuava on para a minha alegria. Assim começamos a conversar e a nos conhecer melhor. Passamos praticamente o dia todo nos falando, e eu estava muito feliz mesmo naquele momento. Quando ele teve que sair por causa do horário, eu não consegui me conter e liguei para Hinata. Precisava gritar aquela felicidade, precisava falar dele e dele e dele... Finalmente, depois de muito tempo estava a pleno vapor, vamos dizer assim, e por isso precisava falar com alguém. Claro que Hinata seria minha confidente, já que a idéia tinha surgido dela. Sinceramente, eu estava feliz, imensamente feliz, e nada poderia me tirar isso.

 

Assim, se passaram algumas semanas, em que conversávamos muito no orkut e no msn, porque logo depois ele me pediu o msn, e eu, claro, não iria recusar, né? E foi assim que eu comecei, realmente, a me apaixonar por ele.

 

Que tola que eu era. Realmente, posso me chamar de burra, nesse momento, ao lembrar de tudo isso. Acreditei nele, como em todos os outros... Confiei nele, me apaixonei por ele, e olha só como estou agora! Estou aqui, chorando... Isso mesmo, chorando, e não sei se é de raiva ou de mágoa, mas sei que estou chorando, como todos esses dias em que tenho chorado, como todas as vezes que eu chorei por ele, e só por ele.

 

Sabe, eu tentei ser forte. Tentei mesmo! Fiz todo o possível, mas tenho que admitir nesse momento: eu não sou forte...

 

Quando marcamos o nosso primeiro encontro ao vivo, eu não sabia que roupa usar. Queria ficar linda, absolutamente linda, mesmo achando que eu não era nada disso, que tinha uma testa imensa, como todos diziam, mas Hinata me dizia que eu não tinha que ligar para o que os outros diziam de mim, e eu resolvi usar um vestido rosa como os meus cabelos com detalhes brancos. Ajeitei meus cabelos, curtos, tentando deixá-los apresentáveis, e saí de casa. Tínhamos combinado na pracinha perto do cinema da nossa cidade, porque era um local movimentado, e vocês sabem que não devemos nos encontrar com estranhos em lugares desertos, vai que era uma armadilha?

 

Me aproximei insegura, ansiosa, tensa. Tremia por dentro e por fora, de medo, de vergonha, de todas as sensações que vocês podem imaginar, mas continuei andando até a pracinha, vendo casais de namorados nos banquinhos, vendo mães com seus filhos brincando, vendo pessoas entrando no cinema, mas não vendo ninguém com as características dele.

 

Me sentei num dos bancos, e esperei. Tudo o que eu poderia fazer naquele instante era esperar, e se ele não aparecesse, iria para casa, decepcionada, triste, e sabendo que ele não era o cara para mim. E juro para vocês, acho que, agora, me lembrando de tudo, poderia até desejar que ele não tivesse aparecido naquele dia.

 

Já eram 16:00, e nada do Sasuke. Tínhamos marcado para nos encontrarmos às 15:00, e eu já começava a achar que deveria ir embora, quando senti uma mão tocar no meu ombro.

 

Confesso que gelei completamente. Meu coração acelerou tanto, que achei que teria um troço. Virei a cabeça lentamente para o lado de onde vinha a mão, e encontrei aqueles olhos. Meu corpo tremia, meus olhos se arregalaram, e eu me sentia uma criança indefesa, quando encarei aquele sorriso de canto, um sorriso muito enigmático e hipnotizador.

 

- Sakura?- ouvi aquela voz, que eu só tinha ouvido por telefone. Não sabia se chorava, se sorria, não sabia nem onde colocaria minhas mãos, e meus pensamentos me invadiram como um turbilhão. Senti que corava e baixei meus olhos um pouco.

 

- Sim... sou eu...- respondi, sem encará-lo.

 

Ele sorriu ao me ver daquele jeito. Lógico que ele estava sorrindo, eu era a presa, eu era a indefesa, eu era a garota boba que caía nas suas armadilhas. Mas como eu poderia evitar? Ele era tão lindo, tão encantador... Agora vejo como eu era idiota, e sabe, sinto raiva de mim por isso!

 

Ficamos conversamos a tarde toda naquela pracinha, depois fomos ao cinema, andamos pelas ruas, rimos, conversamos mais, porém não passamos disso, mas eu me sentia tão feliz, tão leve com ele. Sim, eu estava apaixonada, tava na cara isso, mas não me importava o que diriam de mim, eu estava feliz, completamente feliz. E era só nisso que eu queria pensar.

 

Sasuke me levou para casa quando já estava tarde. Eu sei que meu pai falaria muito por chegar àquela hora, mas não me importava, ele que falasse o que quisesse, eu não daria ouvidos, só conseguia pensar naqueles olhos, e quando já estava quase abrindo a porta de casa, senti uma mão segurar na minha, e encontrei aqueles olhos bem próximos dos meus.

 

- Sakura...- começou Sasuke com o rosto bem perto do meu.- Eu sei que hoje foi o nosso primeiro encontro... mas...eu quero fazer uma coisa...

 

Conseguia sentir a respiração dele se mesclando com a minha, e minhas pernas tremeram. Será que ele iria fazer aquilo que eu estava pensando? Ele me puxou mais para perto, encostando meu corpo ao dele, e eu não tive mais dúvidas, e nem meu coração me obedecia mais. Aquelas mãos suaves e precisas tocaram meu rosto... Fechei meus olhos... Ele segurou na minha nuca, e aqueles lábios tocaram os meus e se uniram aos meus num beijo longo e delicioso. Um beijo que eu nunca mais iria esquecer.

 

 

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Notas finais do capítulo

Sakure e Kirie-chan obrigada pelos coments o/ Obrigada pela força tbmm
tah aí mais um cap. p vcssss
bjsss ^^