Inside Blue Eyes. escrita por PrefiraTestralios


Capítulo 4
Grifinória.


Notas iniciais do capítulo

(Se é que ainda tem alguém lendo) Então, os três primeiros capítulos são meio que uma introdução. É meio chato né, mas se não tivesse não teria como entender a história. A partir dessa capítulo será narrada a vida de Astoria em Hogwarts, as dificuldades para manter o disfarce e principalmente deixar as emoções e a saudade de lado. E a busca pela irmã? Será que Dafne, assim como Astoria, realmente mudou de nome ou aparência?



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Capítulo 04: Grifinória.

McGonagall colocou um banquinho e gesticulou para que eu sentasse. Me senti meio ridícula num banco tão pequeno. A professora colocou o chapéu lentamente na minha cabeça e sorriu, me encorajando. Fiquei em dúvida se devia fechar minha mente, mas era tarde demais. Devia ser perigoso entregar todos os meus pensamentos a um chapéu, ele provavelmente conseguiria ler tudo. 

— Hmmmm. Interessante. — Sussurrou. Ele fez uma longa pausa que me pareceu durar meia hora. Então disse em voz alta — Grifinória. Com certeza Grifinória.

— Ótimo. — Exclamou a professora, aparentemente feliz. — Sou a diretora da casa da Grifinória e posso afirmar com certeza que irá se dar muito bem lá. Agora, se quiser me acompanhar, os primeiranistas devem estar ansiosos. Os monitores da Grifinória cuidarão melhor da sua recepção.

Enquanto descia até o salão principal, comecei novamente a reparar no castelo. Era...surreal. Incrível. Eu ouvi a descrição de Danny a vida toda, e depois a de Henry no trem, mas ver com meus próprios olhos a arquitetura do castelo me deixava sem palavras. Eu amaria ter estudado alí a vida toda. Pode parecer "traição" porque na verdade eu amava Beauxbatons. Muito, mesmo. Era uma ótima aluna, tanto no quesito notas quanto no quesito popularidade. Me dava bem com garotas mais velhas do que eu e tinha uma turma de amigos que não trocaria nem por toda a glória do mundo. Mas pensando bem... eu havia trocado. Pela possibilidade de vingança, justiça e honrar a morte do meu irmão. Era um preço. Tentei ao mesmo tempo aparecer, enxergar Dafne e ser discreta quando entrei no Salão Principal. Nem preciso dizer o quanto fiquei maravilhada com tudo. As quatro mesas de alunos, a mesa dos professores, a iluminação e o teto que parecia uma réplica perfeita do céu. 

— Senhorita, esses são os monitores da sua casa. Hermione Granger e Rony Weasley. — fui apresentada a um garoto ruivo, alto e uma garota de cabelos castanhos que parecia simpática. — Essa é Alyssa Rockfellery e veio da França. Acabou de ser selecionada para a Grifinória e espero que a façam se sentir em casa sem faze-la se sentir como uma primeiranista. Se me dão licença, tenho muito o que cuidar. 

Foi a garota que se adiantou, com um que de responsabilidade de monitora:

— Muito prazer, Alyssa. Espero que esteja gostando de Hogwarts. — E sorriu, me encorajando.

— O prrazer é meu, Herrmione. — Ah droga. Definitivamente não queria ter perdido meu sotaque tão cedo, estava começando a forçar demais. — É tudo tão charmant! Esperro que possa aprender muito. — sorri também. Henry estava na mesa da Grifinória também e não demorou a chamar minha atenção. Quando viu que não respondia, simplesmente resolveu interromper minha conversa.

— Obrigada Hermione, pode deixar que eu cuido dela. 

Aquilo me irritou. Muito. Meu pai não me dava ordens e nem se metia na minha vida desde... hm, sempre. Não era um garoto metido que iria faze-lo.

— O que você pensa que está fazendo? Eu estava conhecendo a monitora, como é que vou achar meu dormitório agora?

— Não seja boba. Vou te apresentar umas pessoas da nossa casa, você terá bastante tempo com Hermione, principalmente se for do tipo que não liga muito pro regulamento escolar.

Tentei memorizar os nomes na hora em que Henry me apresentou meus futuros colegas. Gina Weasley, uma garota ruiva, provavelmente parente do monitor, que estava no mesmo ano que eu. Roberta Mccarty, Lucy alguma coisa e então fui esquecendo os nomes dos outros. Ao que parecia, essa era a turma popular. Nenhuma das garotas alí se parecia com Dafne. Minha irmã tinha um truque no olhar que podia fazer você se sentir simplesmente resto. Aquelas garotas foram simpáticas e acolhedoras. Dei uma olhada nas mesas de outras casas, começando pela mesa mais longe. Garotas, garotos, garotas, garotos... epa. Aquela alí eu conhecia. Era Pansy Parkinson. A amiga de infância de Dafne que eu sempre odiei. Elas roubavam minhas bonecas. Meu coração deu um salto e continuei procurando, dessa vez ao redor da garota. Não havia muitas garotas alí. Parkinson parecia à vontade no meio dos garotos. E estava se jogando em cima de um garoto com cabelo louro e pálido. Ele não parecia muito feliz, mas não a afugentava. Droga. Eu havia sido colocada na casa errada. Devia estar lá, naquela mesa. Me enturmando não com as pessoas certas, mas com as que seriam meu passaporte para voltar a ser Astoria Greengrass. Ia ser difícil, mas teria que me enturmar com aquelas pessoas. Não era difícil pra mim ser sociável. Era difícil continuar sendo. Normalmente atraio as pessoas e depois me canso delas. Não todas, mas as superficiais, sem opinião ou princípios, ou seja, a maioria. Realmente não me importo que pensem diferente mas me importo que não pensem nada. Parkinson me reconheceria, mesmo disfarçada? Se sim, contaria a Dafne na hora e ela se esconderia muitíssimo bem ou então tentaria me matar enquanto durmo. Era melhor me aproximar do garoto. 

— Quem são aqueles? — perguntei com inocência à garota ruiva cujo nome já esquecera. 

— A turma idiota da Sonserina. Draco Malfoy, seus cachorrinhos Vicent Crabbe, não-sei-quem Goyle e a cachorra Pansy Parkinson. Acredite, os são insignificantes o suficiente pra não se precisar saber o nome deles. 

Draco Malfoy. Eu conhecia aquele nome. Droga, porque eu tinha que ter essa memória desgraçada? Eu era ótima pra lembrar coisas ruins, como detalhes da morte da minha mãe anos atrás, mas tinha que lutar com meu cérebro pra lembrar nomes de pessoas. Mas eu já ouvia aquele nome em algum lugar... disso eu tinha mais certeza ainda.


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