Inside Blue Eyes. escrita por PrefiraTestralios


Capítulo 31
Uma Porta de Cada Vez.


Notas iniciais do capítulo

GENTE LEIAM AS NOTAS, dessa vez é importante mesmo hehe.
Bom, primeiro: Poxa vida bonitos, 15 leitores e só 3 têm deixado review. Eu sei que a minha fic não é a melhor do mundo, mas poxa, mesmo que vocês estejam atrasados, ou não tenham tempo, seilá, falem sobre o que vocês não estão gostando, ou só me dêem OI mesmo. Eu não mordo, nem sou antipática o/
Segundo: Bom, em uma parte do capítulo a coisa fica um pouco... bom, vocês vão ver. Se alguém leu as notas no início da fanfic vai ver que ela não tem censura porque eu acho que muitas meninas de 12 anos têm mais maturidade que as de 16, então eu deixo à critério. Usei uma escolha de palavras bem casual, mas vão ter outros capítulos assim pela frente então qualquer problema é só vocês passarem algumas palavras adiante, hehe.
BTW, é só isso. FALEM COMIGO GUYS, xoxo.



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Arranquei a folha do meu caderno, amassei e joguei torre abaixo. O desenho da minha vista estava simplesmente horrível, e eu já estava cansada de apagar e refazer. Acho que essa era minha pior fase desde que cheguei à Hogwarts. As cartas de Alison pararam. Henry estava ocupado demais com a namorada. Minhas notas não caíram, mas eu estava ouvindo muito por causa da minha frequência baixíssima. Acabei, num momento de depressão, desistindo da poção e eu não tinha um plano B. Essa era uma falha terrível. Saí de Paris com mil maneiras de fazer justiça, mas a possibilidade de usar uma poção cruel tomou minha mente e apagou todas as outras. Eu não tinha mais nada. Nem planos, nem amigos, nem cartas. A única coisa que me fazia feliz era o fato do frio estar diminuindo.

Eu passava quase o tempo todo com Draco Malfoy. No começo ele me decepcionou também. Sempre tinha algo a fazer e sempre ficava estranho quando eu falava sobre isso. Depois passou a abrir um sorriso quando me via e a fugir comigo sempre que eu pedia. Eu não me sentia culpada por tirá-lo de suas "obrigações", mas sim vitoriosa.

Já estávamos nos encontrando há muito mais que uma semana. Eu costumava dizer pra mim mesma que estava encarando tudo como uma missão, mas a verdade era que eu gostava da companhia de Draco. Quando estava com ele, não me sentia mais sozinha. E... bom, ele me atraía. Neguei isso desde a época que Henry ainda falava comigo e fez a apologia com as faíscas, mas não podia mais mentir pra mim mesma. Draco manteve sua palavra e não tentou nada comigo. Idiotice. Eu sucumbiria na primeira tentativa. Ele costumava chegar perto, pegar na minha mão, me abraçar por trás, mexer no meu cabelo ou sentar perto demais, mas se afastava logo em seguida. "Só precisa pedir". Definitivamente, ele sabia me deixar louca. 

Eu sentia muita falta de Alison. Eu contava simplesmente tudo à ela, e quando as opiniões pararam de chegar, fiquei completamente perdida. Não conseguia conversar com Henrique sobre isso porque Lyla estava sempre por perto. Eu era horrível demais por estar fazendo Draco se apaixonar por mim, quando meu plano era deixá-lo depois de alguns meses? Eu era fraca demais por estar gostando de tudo isso? Eu era fraca demais por estar deixando a Sala Precisa? Eu era irresponsável demais por não colocar toda minha energia em um novo plano? Comecei a prestar mais atenção nas pessoas. Pessoas que me deram atenção quando cheguei e me deixaram de lado depois. Talvez por me achar esnobe demais, ou desinteressada demais. De algum jeito (que provavelmente Aaron saberia explicar), consegui conquistar alguns "amigos". Estava começando a conhecer Robbie e Gina de verdade. Também Chuck, o amigo solteirão de Henry, e Luna, a garota das aulas de transfiguração. Eu até gostava de passar algum tempo com elas. Mas Luna estava sempre falando de coisas estranhas que saíam no jornal do pai, e Robbie provavelmente teria um repertório de piadas prontas se eu começasse a falar sobre Draco. 

— Sentiu minha falta?

— Não. — reclamei — Você demorou muito.

— Se você percebeu a demora, a resposta correta seria sim. 

Não respondi. 

— Você anda meio estranha. — comentou

— Eu sei. Não é culpa sua. Não dessa vez. 

Ele sentou do meu lado e permitiu que eu encostasse a cabeça no ombro dele. A proximidade era tentadora e ao mesmo tempo reconfortante. 

— Eu sei que não é culpa minha. É culpa dele. 

O tom de voz me deixou preocupada. Havia ódio demais alí. 

— Dele quem? — perguntei, inocentemente.

— Não se faça de desentendida, Alyssa, por favor. 

— Desculpa. 

Passou-se um grande silêncio. As engrenagens do meu cérebro estavam decidindo se aquilo era o começo de uma briga e se eu deveria me afastar.

— Sabe, isso não vai funcionar. Não se você ficar pensando nele quando está comigo. 

— Eu sinto falta dele. — confessei — mas não do jeito que você pensa. 

— Como assim? 

— Ele era meu amigo, Draco. Eu preciso ter com quem conversar quando você vai embora. 

Editei meus pensamentos, deixando de lado a parte em que tinha pesadelos com ele morto à noite e de que dormir com Henry como durante o feriado parecia tentador nessas horas.

— Sabe, a Sala Comunal da Sonserina não é assim tão longe da Grifinória. 

— Claro que é. — respondi, num tom divertido. — e nós não vamos ter essa discussão outra vez. 

— Porque você ficaria em apuros se fosse vista...

— Porque nós ficaríamos em apuros se fossemos vistos juntos. — corrigi — Você não quer estragar sua reputação sendo visto saindo com uma garota da Grifinória. 

— Então eu não preciso voltar para a Sala Comunal. — passou seu braço em volta das minhas costas, afastou meu cabelo com a mão livre e cheirou meu pescoço. Fechei os olhos e esperei que dessa vez ele realmente me beijasse. 

— Não podemos ficar nessa torre pra sempre. — disfarcei

— Porque não? Ninguém nunca vem aqui. 

— Porque aqui é frio à noite. E cheio de mariposas. 

Pronto. Além de não conseguir fazer Draco avançar o sinal, consegui acabar com o clima.

— Você tem que superar esse seu medo de mariposas. — Tirou o braço das minhas costas. — E podia começar superando hoje. 

— Não, obrigada. 

— Medrosa. 

— Não sou. Vai chover. 

— Que desculpa ridícula foi essa? 

— Não foi uma desculpa, Malfoy. 

A chuva era torrencial, e começou imediatamente. Nos ensopou quase na mesma hora. 

— Acho que é a nossa deixa.

— Sabe... eu sei de um lugar onde podemos ir. 

Sala Precisa. Eu já devia saber. Claro, não era a Sala que eu usava, muito menos a Sala que Draco usava. Estava diferente. Acolhedora. Estava na forma de um quarto pequeno, com uma cama de casal e uma lareira. Mais sugestivo impossível. Evitei olhar para Draco e simplesmente me joguei na cama, enquanto ele acendia a lareira. 

— Sabe, você podia ter me trazido aqui no inverno. Ou ter colocado uma lareira na torre. 

— Pra que? Só iria te privar da sua fonte de calor mais sensual. 

Ele tirou a capa e deitou na cama do meu lado. Aquilo era constrangedor. Ele estava com a camisa branca completamente grudada no peito e com o cabelo bagunçado. Aquilo foi o fim. Virei para cima dele e prendi seus braços com os meus. 

— Que tal você parar com essa birra? — sugeri. Minha aproximação nada convencional o pegou de surpresa. 

— Que tal você fazer um pedido? 

Deixei meu orgulho de lado e o beijei. Não iria pedir coisa nenhuma, eu preferia pegar à força. Bom, não tão à força, já que ele retribuiu. Vou confessar que um dos meus maiores receios era de que o beijo não correspondesse às expectativas exageradas. Mas foi muito melhor que o nosso primeiro. Ele me virou e continuou me beijando, dessa vez por cima de mim e com alguns toques meio inapropriados que, em vez de me deixarem irritada, me deixaram querendo mais. Desabotoei a camisa molhada dele, joguei-a no outro canto do quarto e ergui os braços para facilitar a tarefa de tirar a minha blusa.

Estávamos indo um pouco longe demais. Soube disso quando pude sentir o "amiguinho" de Draco Malfoy dar sinal de vida. Ah, droga. O que eu faria agora? Se eu fosse adiante, corria o risco de acabar grávida ou arrependida. Ou ambos. Mas... não ir parecia tão errado. O momento parecia tão oportuno, tão perfeito. E... ah, como era difícil pensar com Draco mordendo meu pescoço! Além da questão moral, eu não sabia como fazer. Pierre nunca tinha tentado, nem nenhum dos meus outros "namorados" menos sérios. 

Apesar do peso dos outros fatores, o que acabou com o calor do momento foi analisar a experiência que Draco parecia ter. Então ele já havia feito antes. Provavelmente com Pansy. Isso me deixou com uma sensação quase nova pra mim... ciúme. 

— Draco... 

— O que foi? 

— Acho que não posso fazer isso. 

Ele me soltou e me deixou sentar. Envergonhada e sem uma desculpa editada. Abracei minhas pernas e enterrei o rosto entre elas. 

— Eu fiz algo errado...? — perguntou, confuso e sentou do meu lado, parecendo tão sem graça quanto eu.

— Não! Você fez certo até demais. — reclamei.

— Então qual o problema? Você nunca...? 

— É claro que já! — menti — É que... não sei, nós mal nos conhecemos...

— Ah, qual é. Qualquer desculpa menos essa, Allie. Nós passamos um bom tempo juntos, essa desculpa não serve mais. Você sabe até em que mês da minha pré-adolescência eu comecei a ter pêlos pubianos. 

— Não foi isso que eu quis dizer. 

"Ah, não seja covarde.", disse para mim mesma, "você é ou não uma Grifinória?" Sentei sobre de joelhos espontaneamente e me virei para ele. 

— É que eu não quero fazer isso com você. Não agora. O que é que nós somos, afinal? Passamos semanas nos encontrando escondido com você me provocando e quando eu resolvo ceder você quer abrir todas as portas de uma vez só?

— Boa escolha de palavras. — rimos juntos — Desculpa. É que você parecia estar gostando... 

"E eu estava", pensei em responder. Mas desisti, quando Draco começou a roçar os dedos na minha nuca, me dando arrepios. 

— Eu não sei o que nós somos. — continuou — mas eu não quero continuar me escondendo. Já faz um bom tempo que quem persiste nessa ideia é você. 

Abri a boca para responder, mas fui interrompida. 

— Não diga que é por causa da Pansy. Não a vejo há muito tempo e você não tem medo dela que eu sei. E não me diga que é porque sou da Sonserina, porque também sei que você não se importa. 

Ah, que situação mais linda. Eu, Astoria Greengrass, garota prodígio em Hogwarts, dançarina e melhor aluna na Beauxbatons, aquela que não se intimida nem se abala, sem uma resposta concreta para dar a um garoto louro idiota. 

— Então você quer sair do escuro só pra poder ir pra cama comigo? — A melhor defensiva é sempre o melhor ataque. Acrescentei também uma cara feia.

— Claro que não! — ele pareceu realmente ofendido — Quer saber? Você venceu, Alyssa Rockfellery. Vou fazer seu jogo. 

— Como assim?

— Só irei pra cama com você quando você me pedir. 

— Boa sorte com isso. — sorri torto. 

— Mas não significa que irei parar de te beijar. Essa eu já venci.


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