Inside Blue Eyes. escrita por PrefiraTestralios


Capítulo 30
Pesadelos.


Notas iniciais do capítulo

Capítulo curtindo e meio sem sal. Como eu já disse, vão ter alguns assim até eu retomar a ação.
Xoxo ;)



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— EI! Ei, Alyssa, espera. 

— O que foi? — perguntei, meio irritada, sem parar de andar — Não pode ser saudade.

— Não, eu queria te perguntar sobre isso. — me estendeu o meu desenho, feito algumas horas atrás. 

— O que quer saber? Quem é o garoto inglês feio?

— Engraçadinha. Não, eu quero saber onde aprendeu. Isso é muito legal, Allie. De verdade. 

— Eu fiz umas aulas, mas abandonei um tempo depois. 

— Porque? Você disse que gostava de competir no que era boa e você é boa. 

— Porque era uma coisa que eu fazia por prazer e não por créditos escolares. As artes eram valorizadas demais no meu colégio. Eu fazia aula de dança e canto e isso me rendeu uma dispensa com notas máximas em matérias inúteis que eu sou obrigada a cursar aqui. Eu não queria que desenhar se tornasse uma obrigação.

— Você canta também? 

— Pode esquecer — ri. — eu não vou deixar você me ouvir cantando. Nunca. 

— Ah qual é. Eu já vi seu desenho, já vi você dançando… mesmo que não me lembre de tudo. Seria bom ter um pacote completo dos seus dons. 

— Bom pra quem? Ah, não me importa. Eu preciso ir.

— Pra onde? Suas aulas já acabaram. 

— Como você…

— Eu já disse que estudei os seus horários. 

— Eu estou com um buraco no estômago. Não comi o dia todo. 

— Então vem comer comigo. — pediu com a voz um pouco mais doce que o normal, depois pegou minha mão e me forçou a parar de andar. 

— Você por acaso enlouqueceu? Eu não vou sentar na mesa da Sonserina! 

— Não, eu estava pensando…

— E você não vai sentar na mesa da Grifinória, isso seria o "escândalo Hogwarts" do ano. 

— Nunca pensei que você fosse do tipo que liga pra escândalos. 

“Não, só quando estou disfarçada”, pensei em responder. 

— Você pediu segredo. Foi ideia sua, agora arque com ela. 

xx

Era uma praia. Eu sabia disso porque podia sentir o amado cheiro de maresia e a areia entrando nos meus sapatos. E era quente. Meus olhos percorriam o lugar desesperadamente a procura dele, mas viam apenas a escuridão. O cheiro e o barulho violento das ondas desapareceram. Tudo de repente ficou frio. E machucava. Não devia, mas machucava. A escuridão ainda era a mesma, mas eu agora estava mais desesperada. Eu corria, e batia em paredes que não podia ver. Só conseguia ouvir Draco chamando meu nome. Meu nome, Astoria. Com uma urgência que eu nunca havia ouvido em ninguém antes. De repente tudo ficou claro. Claro demais, a luz irritava meus olhos. Escuridão, luz e depois penumbra. E na penumbra eu o vi no chão, morto. Mais pálido do que costumava ser. Era tarde demais.

Acordei suando frio, com minhas três cobertas no chão. Sempre detestei pesadelos. Me atormentavam e me faziam virar na cama até acordar. Quando acordava, normalmente dormia logo outra vez. Mas esse pesadelo era diferente. Quando Daniel morreu, sonhei com ele muitas vezes. Alguns sonhos eram bons e me traziam paz por alguns dias. Outros eram terríveis e até me davam um pouco de medo. Mas não poderiam me afetar tanto porque o pior já tinha acontecido. O pesadelo com Malfoy me deu algumas tremedeiras porque poderia ser o futuro. 

Levantei, arrumei minhas cobertas e voltei para a cama. Que diabos eu ia fazer com Draco Malfoy? A única alternativa que veio a minha mente foi: Fazê-lo se apaixonar por mim e esquecer essa coisa de comensal, deixá-lo feliz por um tempo e depois terminar minhas pendências com Dafne e Pansy. Ele acabaria de coração partido por um tempo. Um bom tempo se eu o fizesse realmente feliz, mas ia superar. E eu? Bom, minhas duas opções mais prováveis eram: Presa, por assassinato se eu fosse bem sucedida; ou por tentativa se eu fracassasse. Ou fugitiva, que me parecia mil vezes tentadora. Mudar a aparência depois de inventar Alyssa Rockfellery seria fácil. E eu me arranjaria bem na América. Seguindo os passos do papai e vivendo como uma trouxa, usando a varinha nas horas livres. Não beberia mais, como prometi à Alison, mas também não entraria mais em contato para não colocar ninguém numa posição difícil. Meu coração permaneceria inteiro, intacto. Eu soube como não sofrer por Pierre e não sofreria por Draco. 


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