Inside Blue Eyes. escrita por PrefiraTestralios


Capítulo 14
Vulnerável.


Notas iniciais do capítulo

Ae ae gostei de ver, agora sim minhas leitoras apareceram o/ Continuem opinando gente, me deixa feliz da vida hehe.
Kisses.



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P.G. Não era precisava quebrar a cabeça para sacar quem era. Parkinson-Greegrass. Elas não eram muito inteligentes... considerando que apareceram no dormitório no meio da noite, com três garotas que serviriam de testemunha (ok, elas estavam dormindo, mas ainda era alguma coisa) e ainda deixaram um bilhete de lembrança. 

Dormi tão mal e acordei tão distraída que fui tomar café com a blusa abotoada errado e com uma sombrancelha dois tons mais claro do que a disfarçada. Torci para que ninguém tivesse percebido. Já era demais para lidar. Alguns alunos... tudo bem, vários alunos na mesa da grifinória estavam me encarando. Claro que Henry não fora o único a ouvir os meus gritos. Eu poderia parecer louca, mas ainda tinha que parecer Alyssa Rockfellery. Não podia correr o risco de começarem a perguntar o que tem de errado. 

— Pratiquem em pares. Weasley e McCarty, Adams e... — Mandou o professor Snape. Eu era boa em defesa contra a arte das trevas, mas se me colocassem com um par maldoso eu provavelmente acabaria com uma costela quebrada, considerando que nem sabia qual feitiço deveriamos praticar. — Rockfellery e Richter. Vocês tem meia hora, comecem. 

Comecei a pegar minhas coisas e tentar matar a aula mais uma vez.

— Não vai querer fazer isso. — declarou Henry

— E porque não? 

— Porque ele vai ver. Você não vai conseguir ser muito discreta hoje. 

Bufei. Joguei minha mochila no chão ao lado da carteira e peguei a varinha.

— O que estamos praticando mesmo?

— Desarmamento.

— De novo? 

— Nós ainda não tivemos isso. Nem todo mundo teve um professor particular a vida toda. Expelliarmous

Minha varinha nem se mexeu. Fui até lá e ajeitei o braço dele na posição certa, tentando deixar o insulto de lado. 

— É, e nem todos tiveram a sorte do professor particular morrer. Tenta de novo, e melhora a entonação do 'u'. 

— Expelliarmus. — Dessa vez, minha varinha subiu pelos ares. — Desculpa Alyssa.

— Tudo bem. Continua praticando. 

Ele ficou na posição que eu indiquei, se preparou e... acertou de novo. Errou algumas vezes, mas estava ficando bom nisso. 

— Então... o que aconteceu ontem? 

— Não sei. — dei de ombros. Não deixava de ser verdade.

—  Hm.

— Está fazendo errado de novo. Mexeu demais o braço.

— Por hoje chega. — interrompeu o professor. — quero dois pergaminhos sobre o capítulo quatro para a próxima aula. 

Peguei minha mochila e saí da sala, apressada, direto para o sétimo andar. Eu não me importava com o que a professora McGonagall iria dizer se não me visse na transfiguração. Eu estava atrasada demais na poção. 

— Ei, Alyssa. — Henry me alcançou correndo. — Vai matar aula outra vez?

Uau, agora ele me chamava pelo primeiro nome outra vez. 

— Não estou com muita paciência hoje, Henry.

— Eu estou mal na matéria... senão iria com você. 

O encarei. Óbvio que queria me dizer alguma coisa, eu conhecia aquele tom.

— Desculpa Allie... — virei a cara, tentando controlar as emoções. Tudo estava desmoronando, eu não precisava de alguém sendo legal agora... provavelmente acabaria chorando. Me sentia tão vulnerável, exposta que era capaz de contar tudo a ele só para desabafar. Ele ignorou e pegou minha mão. — Por ter lido a sua carta, por ter sido hostil e ter me metido na sua vida. Sinto muito. Eu devia saber que você falaria sobre isso comigo quando estivesse pronta. 

— Eu nunca estou pronta. — libertei minha mão e continuei andando. Ele veio atrás, claro. — Não é você Henrique... é difícil falar sobre isso até com a minha melhor amiga porque... porque eu não superei. Eu era criança e só tinha ele. Agora eu não tenho ninguém. Não se preocupe, está desculpado. — continuei andando.

— Espera Allie. — me virei e percebi que ele veio atrás de mim, de novo. — Vai ter que me desculpar por mais uma coisa. 

Engoli em seco. Será que ele seguira meu conselho e sequestrara minha coruja?

— Eu... eu ouvi você pirar ontem à noite. E eu falo francês. 

Empalideci. Com essa eu não estava contando. Pensei em lhe dar outra bronca, mas as palavras não saíam. 

— Como assim você fala francês?

— Desde criança. Não muda de assunto.

— Eu estava sonhando, eu...

— Não se procupe... pode falar sobre isso quando estiver pronta também. Eu tenho que ir pra aula. Até a sala comunal.

Droga, mais essa agora. 

Matar a aula de transifiguração foi completamente inútil. Bati o recorde e consegui explodir nada mais, nada menos que quatro caldeirões e derreter um, tudo isso em tão pouco tempo que desisti e fui para os jardins. Sentei embaixo de uma árvore e decidi me distrair fazendo o dever de feitiços. 

Estava frio, ventava muito e eu estava congelando, mesmo com meu melhor casaco. Larguei o livro e fiquei lá, pensando e passando frio quando o vi se aproximando. 


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