Inside Blue Eyes. escrita por PrefiraTestralios


Capítulo 11
Quebra de suspense


Notas iniciais do capítulo

Gente... to desanimando. As leitoras SUMIRAM, não dá pra eu ficar escrevendo pra mim mesma '-'se tem alguém que ainda lê isso pelamor, dê sinal de vida, do contrário abandonarei aqui e vou postar só no tumblr.



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Eu já estava em Hogwarts há três meses. Durante o dia eu fazia meu teatro, que incluia socializar com as meninas do meu dormitório, estudar para as NOMS com Henry e assistir as aulas que não conseguia matar. À noite, saía de fininho do dormitório e ia para a sala secreta. Encontrei pouca coisa sobre ela. Na verdade, apenas descobri o nome correto e confirmei o que já suspeitava. "A Sala Precisa, também conhecido como a Sala de Vai e Vem, é uma sala secreta dentro do castelo de Hogwarts, que só aparece quando uma pessoa está em grande necessidade disso. transforma-se em qualquer que seja o lugar que o bruxo ou bruxa precisa estar naquele momento, embora existam algumas limitações. Por exemplo, ela não pode criar alimentos, que é uma das cinco exceções à Lei de Gamp de Elementos da Transfiguração." Eu passava a noite lá e na hora em que deveria estar acordando para as aulas, estava chegando. Ainda bem que não estava realmente tentando passar nas NOMS, porque não teria a mínima chance. Mesmo que fosse, de certa forma, inteligente, eu não conseguia prestar atenção nas aulas. O sono me consumia e eu simplesmente não conseguia prestar atenção. Quando não pegava no sono no meio da aula, a preocupação me consumia. Henry havia mudado um pouco o comportamento. Continuava sendo o mesmo palhaço brincalhão de sempre, mas parecia que tinha um pouco mais de, hm, zelo. Às vezes, quando estávamos andando para a sala de aula, ele colocava a mão nas minhas costas, ou passava o braço pelo meu ombro, como uma espécie de abraço e meio que me guiava até a sala. Exatamente como os casais faziam na Beauxbatons. Parecia que estava tentando ficar de olho, garantir que eu não saísse de perto. Era meio assustador. A cada dia eu tinha mais certeza de que ele havia lido a carta, mas não entendia porque ele não comentava nada. Qualquer outra pessoa normal diria "sinto muito" mas ele não era nada normal.

Minha maior preocupação, no entanto, era com o veneno. Tinha um nome que eu mal conseguia ler e ingredientes de todo tipo e eu nem sempre sabia a diferença entre eles. Quando li os efeitos percebi o quanto era cruel. Matava realmente aos poucos, causando uma fibrose nos rins, fígado, estômago e todos os órgãos, misturada com uma sensação de estar queimando de dentro pra fora e somente depois de danificar todos os ossos e músculos, a substância atingia o coração. Mais que cruel. me dava agonia e enjôo quando pensava que essa poção poderia ter sido usada em Danny, e me dava mais enjôo saber que estava cogitando usá-la na minha própria irmã. Mas era um mal necessário. Eu precisava de justiça, vingança. Ou pelo menos me convencia de que era um mal necessário. Tanto faz, afinal, só teria que me preocupar com o quesito 'consciência' se realmente terminasse a poção.

— E é por isso que vocês vão ter que praticar esse feitiço dia e noite. Os examinadores do NOMS adoram. Talvez queira ser a primeira a tentar, senhorita Rockfellery

— Hã? —saí de meus davaneios percebendo que toda a turma me olhava.

— Confringo. — sussurrou Henry — Mande a almofada pelos ares.

— Se não se importa, senhor Richter, acho que a senhorita entendeu muito bem.

— Claro, estava até prestando atenção. — sussurrei em resposta. Fui interrompida pelo pigarro do professor Flitwick e dei em resposta um sorriso presunçoso. Eu fiz aquele feitiço pela primeira vez quando tinha dez anos, quando Danny estava me preparando para a escola. Claro que eu explodi a janela e tivemos que ir correndo devolver a varinha do meu pai, mas tanto faz.

— Confringo! — Explodi a almofada, fazendo penas voarem pela sala e deixando o professor boquiaberto.

— Dez pontos para a grifinória. Se dividam em pares e pratiquem.

— Como foi que você conseguiu tão rápido? — perguntou Henry enquanto pegava outra almofada e se preparava para tentar

— Não sei. Foi a adrenalina. — dei de ombros

— Espero ter adrenalina suficiente na hora do exame e... Ei, onde você vai?

— Vou matar o resto da aula, não estou com paciência hoje.

— Vai nada, quem é que vai me ajudar?

— Desculpa, eu te ajudo depois.

Peguei meu material e fui direto para a sala precisa. Enquanto estava na aula, comecei a pensar que talvez estivesse exagerando demais no cozimendo da ararambóia, deixaria menos tempo hoje. Quando cheguei ao corredor do sétimo andar, tive uma surpresa. Draco Malfoy, praticamente marchando, com duas garotinhas atrás dele. Ótimo, agora ele era pedófilo? Me escondi e observei. Então tive uma surpresa mais assustadora ainda: ele estava entrando na sala.

Será que ele havia me seguido alguma vez? Será que a sala era a mesma para ele? E se era diferente, a minha continuaria normal? Pensei nas duas garotinhas que pareciam estar vigiando... se elas me vissem entrando, conseguiriam me seguir? Contariam à professora McGonagall que eu estava fazendo experiências escondida? Talvez fosse melhor voltar outra hora. Mas não... eu não era tão covarde. Lancei um feitiço qualquer para distraí-las e corri para a sala.

Estava tudo na perfeita quase-ordem. Os vidros pela metade continuavam abertos, exatamente como os deixei. O caldeirão que havia derretido ontem ainda estava lá. Olhei para a planta mágica na qual havia testado a poção ontem e percebi que ela continuava igual. Estranha, se mexendo, cheia de pelos... e viva. Suspirei e recomecei o trabalho.

xx

— Olha só se não é aquela que ia me ajudar depois.

— Desculpe, Henry. O que está fazendo?

— Dever de casa. Alguém tem que seguir as regras por aqui. Aonde você estava afinal? Matando aula com Draco Malfoy outra vez?

— Prefiro me afogar no lago. — fiz uma careta. — Acho que vou dormir.

— São sete horas da noite, Alyssa. Tenho certeza que você nem jantou ainda. Você está estranha ultimamente...

— Estranha como? — peguei um jornal largado por alguém, sentei e comecei a ler, disfarçando.

— Não sei. Você some durante as aulas, está sempre com sono e quando chega de noite está sempre com um cheiro esquisito.

Tentei cheirar minha blusa sem que ele visse. Estava mesmo com um cheiro terrível.

— Quando é que você vai me contar o que está fazendo, afinal?

— Não vou contar nunca porque não estou fazendo nada. Você é desconfiado demais, Henrique. E é por isso que estou indo dormir, pra não ter sono durante a aula amanhã.

— Sei, e eu sou o papai noel também.

— Nossa, Henrique, quanta desconfiança. — É agora. Agora ele falaria sobre a carta e acabaria com o suspense. — Porque tudo isso?

Silêncio.

— Por nada. Desculpe, estou estressado por causa dos exames. E eles ainda estão longe.

— Tudo bem. — Covarde.

— E então, vai fazer o que no natal?

— Não sei. Provavelmente vou pra minha casa em Londres, ou ficar por aqui mesmo.

— Isso é triste. Ninguém deve ficar sozinho no natal.

— Eu não vou ficar sozinha... deve ter mais alguém que não consiga ir pra casa.

— Ou não. Ei, porque não vai pra minha casa? Meus pais são trouxas, como eu já te contei, vivem me dizendo pra levar alguém nas férias, mas Chuck nunca foi lá muito decente. Ia ser legal, você ia saber o que é comida de verdade...

Ops.

— Ah, esquece... — interrompeu — provavelmente você vai querer ficar com seu irmão.

Suspirei alto e cerrei os olhos. Droga, aquilo estava me matando. Eu via sinceridade nos olhos dele quando fez o convite, mas já não aguentava mais. A carta nem sequer tinha o meu nome, porque ele não falava logo sobre isso?

— Eu não posso ir ver o meu irmão, Henry.

— Porque?

— Porque... é muito longe. — senti algumas lágrimas escapando e virei de costas para secá-las na manga do uniforme.

— Desculpa Allie. Não devia ter tocado no assunto. Não é da minha conta.

— Não! — Ele se surpreendeu ao me ouvir gritar — não é. Porque você tinha que mexer no que não é seu?

— Eu sabia que a carta queimada era sua! Eu sabia muito!

— Tanto faz. — subi para o quarto, furiosa.

— Ei, volta aqui. Não passou pela sua cabeça que a sua carta tivesse me magoado?

— Claro que não! Porque magoaria? — Desci as escadas, mais furiosa ainda. — Foi você que teve o irmão assassinado e uma família destruída? Não precisa responder, deixa que eu faço isso. NÃO, não foi você. Eu fiquei destruída por meses e mais meses e a única coisa que eu queria era esquecer ou pelo menos deixar pra lá e agora a pessoa mais próxima de mim no momento me apunhalou pelas costas, droga, você devia ao menos ter me contado que leu!

— Como assim porque? Você acha que não foi difícil pra mim descobrir que você estava passando por tudo isso e nem passou pela sua cabeça me contar? E é claro que se eu contasse que li antes que você quisesse falar sobre o assunto ia reagir exatamente assim.

— É, tem razão, eu realmente não quero falar sobre isso. Talvez você possa sequestrar minha coruja.



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