Inside Blue Eyes. escrita por PrefiraTestralios


Capítulo 10
Amor fraternal.




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Droga. Senti que estava ficando pálida de medo. Como eu era estúpida, cometer um erro bobo desses logo agora. Logo com Henry. Eu me sentia culpada por mentir mas não tinha intenção nenhuma de contar a verdade, nem hoje e nem amanhã. Se ele havia lido a carta, era bem possível que eu tivesse que correr para o dormitório e arrumar as malas depressa. 

— Nossa, você estudando. Tá doente?

— Doente? Isso é culpa dos NOM's, esse exame está me fazendo pirar. 

— Hm. 

Fui, sorrateiramente, até a poltrona onde estava sentada e me larguei lá, teatralmente, tentando agir normal. Quando coloquei a mão na carta e...

— Alguém deixou aí. — Henry disse, sem tirar os olhos do livro — Veja se tem nome. 

— Não... devem ter esquecido, não parece coisa importante. — Amassei a carta e a atirei na lareira. 

— Porque fez isso? Talvez fosse importante pra alguém

— Era só um bilhete, Henry. Eu vou dormir, boa noite.

— Boa noite, princesa. 

Quando cheguei ao dormitório, estava tremendo. Tirei de dentro do malão uma bolsa e dentro dela guardei o essencial. Galeões, a caixinha com os meus "tesouros" e umas peças de roupa. Agora eu tinha mais um para me preocupar. E dessa vez, na minha casa. Eu teria que dormir com um olho aberto. 

Matei a aula de adivinhação no dia seguinte e fui direto para a sala secreta. Ainda não havia pesquisado sobre ela, nem perguntado à Hermione mas agora não podia me dar ao luxo de perder mais tempo com isso. Eu já estava em Hogwarts há tempo suficiente para me misturar e parecer apenas uma aluna normal, intercambista. A não ser por Henry e Pansy, meu disfarce estava perfeito. Era hora de agir. 

Abri um dos livros da sala e tentei decifrá-lo. Percebi que por mais que tivesse avançado, poderia levar um tempão para preparar o veneno. Partes da Ararambóia, Ovos de Cinzal, tudo estava alí, na minha frente e eu não sabia por onde começar. Comecei seguindo a receita à risca.

xx

POV: Pansy Parkinson.

— Ela está aprontando, Daf. Não podemos brincar com a sorte. 

— Eu sei que ela está aprontando, porque mais ela viria até aqui? Eu devia saber que seria o alvo. Parece que ela realmente sabe o que aconteceu naquela noite. 

— Ela sabe. Não viria até aqui se não tivesse certeza. Eu quero matá-la, Dafne. Ela está me irritando, praticamente se joga pra cima do meu namorado 

— Ele não é exatamente seu namorado, Pansy...

— Então agora você a defende? Vai ficar do lado de alguém que quer te matar ao invés de alguém que te acolheu quando você não tinha nem onde morar?

— Eu não estou defendendo ninguém. Eu só não quero que você se machuque no fim das contas. Draco Malfoy não é exatamente o partido carinhoso do ano. 

— Não importa. Eu sou sangue-puro, isso deve bastar. Ele é meu, isso deve bastar pra sua irmã deixa-lo em paz também. 

— Resolva isso com ela. Eu não posso exatamente ir lá e dar conselhos à minha irmã mais nova, esqueceu? 

— Ela é um saco. Mas vou mostrar a ela o seu lugar, você vai ver.

Dafne estava estranha hoje. Silenciosa. Ela costumava me apoiar no que diz respeito ao meu quase namoro com Draco Malfoy, mas agora parecia mole. Como se tivesse morrendo de vontade de ir lá conversar com a irmãzinha. 

— O que eu queria saber... — continuei — é porque ela ficou na Grifinória. 

— Daniel ficou lá quando estudou aqui. Deve ser uma ligação genética idiota. Se ela estivesse aqui seria muito mais fácil acabar com isso. Eu não precisaria trocar de identidade também. Eu odeio isso. 

— Mas você precisa, querida. Precisamos ficar de olho nela, você sabe.

— É claro que eu sei, mas não é você que está dormindo, comendo e vivendo no meio dos grifinórios nojentos o tempo todo, Pansy. 

— É o preço. Ao menos que você prefira logo dar a cara a tapa. Mas, você sabe...

— Sei de que, exatamente, Pansy?

— Sabe que ela não vai ouvir nada do que tem a dizer. Sabe que ela vai voar em cima de você na mesma hora, na frente de todos. Foi pra isso que ela veio. 

— Eu sei. — Dafne suspirou alto

— E o que vamos fazer, querida?

— Vamos ser mais rápidas que ela.

Sorri maliciosamente. Aquela sim era Dafne Greengrass. 


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