Diario De Um Mercenário - Hunter escrita por MarcusGC


Capítulo 6
Uma Batalha Diferente




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Quando se é Mercenário, um dinheiro extra nunca é pedir de mais. E as vezes, se descobre coisas que só vão te dar mais trabalho no fim das contas.

Hunter tinha acabado de abrir o Notbook que havia confiscado do pobre blogueiro que havia acabado de morrer. Apesar de tudo, era um homem corajoso. Falar tudo aquilo abertamente... Mesmo o Mercenário detestando bocudos, sempre gostou de pessoas corajosas. Mas aquilo não se meteria entre ele e uma maleta cheia de dinheiro.

Ele estava vidrado, parado olhando para a tela do computador, a única parte do seu corpo que se mechia era o dedo que deslizava para mecher a seta do computador.

Sem saber que o calega havia chegado, Jay saiu do quarto e viu o amigo virado de costas olhando para o notbook na mesa da sala.

Com as pontas dos pés, começou a caminhar para tentar assustar o amigo. Ao chegar a pelomenos 2 metros de distancia, Hunter deslizou a mão pela cintura e retirou a faca e logo a apontou para trás.

– Faz barulho de mais, se me assustar vai levar tapas! Deixe de brincadeira e venha ver isso. - Ele apontou para a tela do computando e em seguida guardou novamente a lâmina afiada na cintura.

Jay se encostou na cadeira que Hunter estava sentado e fez uma cara de espanto após passar os olhos pela tela.

– Tomou isso dele? - Ele apontou para a tela.

– Sim... Ligue pro seu amigo, e diga-o que o serviço está feito. E temos um bonûs, mas ele vai ter que molhar a nossa mão e pagar em doláres ao invés de reais dessa vez. - Ele voltou a fechar o notbook.

– Essa informação é muito importante concerteza. Vou marcar para encontra-lo o mais rapido possivel. Vá descançar.

– Descançar? Ah cara, hoje não estamos no Brasil ou esqueceu? Vou dar uma volta por ai, depois disso vou voltar para o Hotel, ou acha que vou dividir a cama de casal com você? - Ele abriu o celular e o relogio digital marcava 22:47.

– Tá legal, mas cuidado ok? Não podemos atrair suspeitas. E pega isso. - Ele jogou um óculos Rayban escuro de lentes grandes. - Usa isso ai esconde uma parte importante do seu rosto.

– Obrigado amigo, sempre se preocupando não é? Relaxa, ok? - Ele deu um tapinha leve no ombro do colega em seguida estendeu o punho fechado para ele, Jay o olhou e repetiu o gesto.

Hunter já ia saindo pela porta da frente quando Jay disse :

– Ah, e vê se não morre. - Ele pegou o notbook e o colocou debaixo do braço. - Vou esconder no fundo falso do armario da sala.

Hunter somente sorriu, em seguida saiu e subio na Suzuki negra. Deu partida na moto e o motor rugiu fortemente.

Começou a dirigir pela orla da praia, aquela hora da noite o movimento não era muito grande. Então cortava a avenida como um raio. Até que parou em uma boate do outro lado da avenida. Calculou que se continuasse reto, chegaria ao hotel então decidiu parar ali mesmo.

Boate Red, ele leu o letreiro e foi logo entrando. Pagou sua entrada e passou por algumas cortinas até chegar a um salão espaçoso em formato de O com dois niveis no de cima, cadeiras e mesas por todo lugar e um barzinho, e no de baixo ficava a pista de dança também em formato de O onde varias pessoas se aglomeravam dançando.

Não estou muito afim de beber...

Foi direto para a pista de dança onde varias pessoas ali dançavam ao ritimo das batidas da música eletrônica.

Hunter entrou pelo meio das mulheres e elas começavam a dançar ao redor dele. Naquele barulho todo mal conseguia ouvir seus pensamentos, so conseguiu ouvir uma parte.

As mulheres Brasileiras são as mais bonitas do mundo

Alguns podem pensar que é um pensamento precipitado, mas se tinha alguém que podia falar isso era Hunter já tinha ido a todos os lugares do mundo : Rússia, França, Italia, Estados Unidos, incontaveis e outros que não podem ser citados aqui, porque foram missões de sigilo.

Notou que estavam começando a formar um circulo, ajudou para que ele se formasse. No meio um homem de preto e capuz levantado fazia passos rapidos e precisos, o que Hunter reconheceu como Break.

– Haha... Esse negocio você não faz com a minha dança não! - Ele entrou na roda e esticou o dedo indicador para o homem e em seguida fez que não. - Ele falou, porém ninguem ouviu com o barulho da música.

Ultimamente, o Brasil estava sendo tomado por estilos músicais e ritimos de dança diferentes, de norte a sul, de ponta a ponta. Os ritimos que mais fazia sucesso eram o Break, o Free Step que era dominado pelos adolescentes e o Passinho, que foi invantado nas favelas do Brasil.

O emcapuzado parou e começou a fitar Hunter, esticou o braço e apontou para baixo, era um desafio.

Hunter olhou para os lados e algumas brasileiras apontavam para ele. Não ia deixar de tentar impressiona-las.

Se é isso... Vamos então.

Ele saltou para dentro da roda dando um mortal lateral perfeito, e caiu de pé. Bateu palmas sobre a cabeça e fez um sinal para que a galera ao redor se animasse.

Pulou para cima e caiu uma mão só no chão ao mesmo tempo começou a pular com a mão no chão e os pés estendidos para o ar em movimento para ajudar no pulo. Em seguida pulou e ficou em pé e apontou para o encapuzado.

Ele entendeu a deixa, entrou no meio e fez passos equilibrados, derrepente parou e do pulso escorregou uma monhequeira para a mão.

Tocou a mão com a monhequeira no solo e estendeu os pés para o ar, em seguida começou a girar com um pé estendido e o outro encolhido, Hunter de braços cruzados contava as voltas, uma, duas, três...

Quinze voltas, era algo incrivel. A galera ao redor foi a loucura, apontavam para o encapuzado e batiam palmas.

Hunter abriu a palma para o adversario como quem diz "Espere", em seguida entrou na roda correndo, pulou e deu um mortal para frente e parou na frente do homem e estendeu sua mão, o adversario a apertou e em seguida Hunter jogou as duas pernas para o ar e o braço para o chão, assim ficou segurando-se no chão e as pernas suspensas no ar jogadas atrás do pescoço. Em seguida desceu até o chão e começou a girar a perna direita e a passa-la por baixo da esqueda o movimento era conhecido como "Helicoptero".

E então foi até seu adversario e o cumprimentou de verdade. Então saiu da roda e foi até uma das brasileiras que estavam no canto. Ela era loira, usava um vestido que tinha até pouco acima dos joelhos azul.

– Qual seu nome!? - Ele gritou perto do seu ouvido.

– Luiza, porque? - Ela falou igualmente alto.

– Vem comigo! - Sem esperar resposta ele segurou a mão da garota e a puxou para fora, e em seguida a agarrou pela cintura e a beijou, ela retibuiu e seguiu o beijo. A loira passou os braços pelo pescoço de Hunter, em seguida ele saiu do beijo e ele foi até seu ouvido.

– Gostou?

– Gostei, mas tem um detalhe. - Ela apontou para um homem que vinha até ali puxando as mangas da camisa. - Eu tenho namorado, e gosto de ver uma boa briga.

– Como é o xingamento certo aqui no Brasil mesmo? Piranha! - Ele foi até o encontro do namorado da garota e colocou a mão em seu toráx segurando-o.

– Calma ai, amigo. A gente pode resolver isso na paz. - Gritou.

– Cala a boca, seu bostinha de merda. - O homem tentou soca-lo fazendo um movimento lateral. Em outras palavras, um cruzado.

Aproveitando a mão que estava no toráx do homem. Hunter se abaixou e deixou a mão do homem passar no vazio em seguida, pôs a outra mão junto a que já estava e empurrou o magrinho como se fosse uma pena. Ele foi parar 3 metros mais longe dali.

Ele se levantou meio atordoado, em seguida correu novamente contra Hunter e pulou com os dois pés tentando chuta-lo.

O Mercenário deu uma passada lateral e deixou novamente o homem passar reto, e ele caiu alguns metros a frente. Seguranças da boate seguraram o homem descontrolado, e outros dois vieram e seguraram os braços de Hunter que poderia simplesmente sair dali mas não queria causar mais confusão. Os dois foram conduzidos para fora, foram colocados sentados na parede. Alguns minutos depois a policia chegou e puxou o Hunter para perto do carro.

– Vamos resolver isso na delegacia, certo? - Ele abriu a porta da viatura.

– Ou podemos resolver isso aqui. - Ele puxou do bolso um bolinho de notas de dolar, 70 dólares, no momento não era muita coisa para ele.

– Acho que isso também serve. Vai ficar só com uma multa por hoje. - Ele pegou o bolinho de notas e escreveu em um papel qualquer "Vá Embora".

– Desculpem meu comportamento. - Ele se virou e caminhou até a moto e logo a ligou. - São as mais bonitas, mas também são as mais perigosas. - E baixou o capacete.


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