Shot me out of the sky! escrita por Daughter of Eris


Capítulo 5
Minha amiga desmaia de felicidade.


Notas iniciais do capítulo

Eu sei! Eu sei! Demorei muito, muito mesmo pra posta esse capitulo. Desculpem.



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Harry fez um bico triste pra mim. Mal sabe ele que isso não funciona comigo, Valle sempre tenta.

–Pode pelo menos ligar o viva-voz? – ele disse com uma voz baixinha de criança – Por favor?

–Ta, eu deixo.

Atendi e coloquei no viva-voz, antes não tivesse feito isso. Valle deu um berro que só não me deixou surda por milagre.

–Onde. Você. Esta! – ela berrava no telefone.

–Ai! Olá pra você também!

–Não me venha com essa de ‘olá’! – ai! Odeio quando ela faz isso. Me lembra minha mãe falando – Você se esqueceu que dia é hoje? SEXTA-FEIRA! E sexta-feira é a Noite das Garotas, lembra?! – Harry falou um ‘Noite das garotas’ silencioso, como se estivesse pensando o que seria isso.

–Lógico que lembro! Fui eu que criei a Noite das Garotas! Bom... Isso não vem ao caso.

–Como não vem ao caso! Olha se você não vier pra casa eu juro que...

–Olha, tenho quase certeza de que você não vai querer que eu vá pra casa. – eles olhavam pra mim com uma expectativa de fim de campeonato. Niall abriu a boca para falar alguma coisa, mas Zayn colocou a mão na frente e fez sinal para que eu continuasse – É, com certeza que você não vai quere que eu vá pra casa. Eu passo pra te pegar. Você tem meia hora!

–O que?! Ta de brincadeira não ta?

–Pior que não! Ah! Você vai gostar. Confia em mim?! – ela fez um ‘uhum’ não muito animado seguido de um suspiro - Vou entender isso como um sim. Você tem meia hora! Beijos!

Assim que desliguei o telefone quase fui sufocada pelo abraço coletivo que ganhei. Não vou dizer que não gostei, foi ótimo! Mas eles exageram na força!

–Certo certo galera! Agora eu quero respirar... –finamente consegui falar – Podem me soltar agora. – quando consegui um pouco de fôlego falei – Então... quem vai me levar?!

–O Louis leva! – Harry e Zayn falaram em coro. Aquilo me assustou um pouco.

Olhei para Louis que parecia meio contrariado. Ele trocou o peso nos pés como se estivesse pensando se me levaria ou não. Por um momento achei que ele falaria ‘não’.

–Ta, vamos! – ele disse tirando as chaves do bolso.

–Nós cuidamos do jantar! – Harry gritava enquanto saímos – Não precisam se preocupar!

–Tenho até medo do que eles podem fazer – Lou disse ligando o carro. Comecei a rir, ele olhou pra mim com um sorriso bobo – Sério! Você nunca comeu a comida deles! Tenho pena do Niall que é sempre a cobaia. - continuei rindo por um tempo, toda vez que pensava neles cozinhando eu começava a rir, Louis ria toda vez que eu tinha uma nova crise de risos. Ficamos nisso por alguns minutos até que consegui parar.

Já tínhamos percorrido uma boa parte do caminho até meu apartamento. Adoro Londres à noite, ela parece muito mais interessante e misteriosa. Um arrepio correu minhas costas, não era de frio, como se fosse um desconforto, talvez fosse o silencio.

–Então... – ele finalmente falou – Se incomoda se eu ligar o rádio?

–Ãhn... Não! – quase falei ‘O carro é seu, você liga se quiser!’, mas achei já tinha sido estúpida o suficiente por uma noite.

Na primeira estação tocava uma musica lenta, como musica de elevador ou coisa do tipo. Ele me olhou de canto de olho, mas eu fingi não ver. Na segunda estação tocava Misery do Maroon 5. Adoro essa musica, sem falar que o Adam Levine é uma delic...desculpem, exagerei, rs. Comecei meio cantarolando, até chegar o refrão, e eu tinha que cantar o refrão! Até ai tudo bem, é super normal cantar no carro. Mas, isso só deixa de ser normal quando tem um cara relativamente famoso cantando do seu lado! Olhei pra ele meio espantada, ele cantava calmamente, como se fosse realmente muito normal. Quando paramos em um farol ele olhou pra mim com uma jogada de cabelo ‘sexy’. Começamos a cantar mais alto, e mais animados. Olhei de novo pela janela, as pessoas olhavam pra nos da rua como se fossemos dois retardados no carro... foi realmente hilário!

Louis Pov’

Eu estou muito acostumado a fazer idiotices, é bem ‘normal’ pra mim isso. Só que fica muito mais legal quando se tem alguém pra fazer idiotices junto com você.

–Você viu a cara das pessoas no farol?! – ela falou animada.

–É, eu vi – disse rindo – já to acostumado com as pessoas me olhando assim quando eu faço palhaçada.

–Rs, isso me lembra quando eu e meu pai saiamos na rua, olhavam assim pra gente enquanto fazíamos brincadeiras. – ela voltou a olhar pela janela, mas com um sorriso no rosto.

–Ele já...

–O que? Morreu? Não! Meus pais se separaram quando eu tinha 11 anos – ela disse calma, como se aquilo fosse alguma coisa banal.

–Mas você não...

–Se fiquei triste? Sim! Muito! Deve ter sido a pior fase da minha vida... – ela continuou me olhando provavelmente esperando que eu perguntasse mais alguma coisa, na verdade eu queria perguntar algumas coisas, mas, alguém tinha que atrapalhar... Harry! Ele estava me ligando.

–Pode falar Curly.

–Não quero falar com você! Passa o telefone pra ela!

–O que?!

–Você me ouviu! Passa logo!

Olhei para o telefone pensando ‘serio mesmo?!’ então olhei pra ela.

–Ãhm... é pra você – Sam pareceu tão espantada quanto eu – É o Harry.

–Alo?! Aham... Não! Provavelmente.... – só eu não estou entendendo nada? – Bom, japonesa, italiana, mexicana... ta pode ser. Ãhm? Espera. – ela me olhou – Ta sim – ela riu – Faço sim, pode deixar!

Ela desligou e me entregou o telefone, não falou nada, só me deu o telefone.

–Então? ... – perguntei.

–Então o que?

–O que ele queria?

Ela deu um leve sorriso.

–Coisa minha e do Harry!- ela me olhou com aquele sorriso maldoso, como se soubesse o que eu estava pensando, era alguma coisa como ‘O QUE?! COM O MEU HARRY NÃO!!!’.

Paramos em frente a um apartamento na frente de um parque, perto do canal. Era um prédio antigo, não era luxuoso, mas era elegante. Tijolos escuros com portas e janelas brancas, o segundo andar era o único que tinha varanda, pelo visto quem morava lá gostava de plantas.

Ela saiu do carro antes que eu pudesse ser abrir a porta pra ela. Quando entrei no prédio e vi as escadas imaginei que Samantha iria desistir no primeiro lance... Só pensava, ela chegou lá em cima antes de mim... isso porque ela ainda estava com dor! Paramos em frente a uma porta branca com o ‘2’ em metal envelhecido.

–Duas coisas! – ela começou – Primeira, a casa deve estar uma bagunça, não espere muita coisa. – será que ela não viu onde ela estava? A casa dos meninos é provavelmente na maior zona do mundo! – Segundo, não sei como a Valle vai reagir. Até porque ela sempre foi mais fã do que eu... mas, ela piraria mais se fosse o Harry em vez de você.

–Por quê?

Ela sorriu enquanto procurava as chaves na bolsa.

–Porque ela era LOUCAMENTE apaixonada por ele.

Não tive tempo de dar minha opinião nada favorável sobre este assunto pois ela já tinha aberto a porta e entrado.O apartamento, que parecia ser pequeno pelo lado de fora, tinha uma das salas mais aconchegantes que eu já vi. Era como voltar pra casa, só que minha casa.

–Que cheiro que baunilha – observação genial da minha parte.

–Obrigado – ela respondeu tirando o suéter – Sempre ascendo incensos de baunilha, alem de plantar na sacada.

Então, um ser gordo, de nariz molhado e cara de poucos amigos apareceu com uma cenoura de borracha, daquelas que fazem barulho quando você aperta.

–Babão! Meu garoto! – Samantha ajoelhou no chão e começou a brincar com... ãhm, o‘Babão’ – Não seja tímido, – ela se virou pra mim – o Babão é um doce – Sam fez sinal pra me juntar a ela. Sentei no chão ao seu lado. Ela já tinha parado de brincar com ele. Babão se levantou e me olhou, foi muito estranho, eu estava sendo ‘analisado’ por um cachorro. Depois de alguns segundos ele correu para pegar a cenoura de borracha, recebi uma cenoura completamente babada.

–Ele gostou de você. – Sam finalmente falou.

–Como você sabe?

–Ele nunca da à Nora pra um estranho.

–Nora?

–É, a cenoura. – ela apontou pra cenoura melecada na minha mão – foi o primeiro brinquedo que demos pra ele, é o xodó dele, nenhum estranho chega perto dela, ele só deixa pegar a Nora quem ele gosta. – teríamos ficado a noite inteiro nos encarando se não tivéssemos sido interrompidos, de novo.

–Acho bom você já ter chego!!! –a voz veio de algum lugar no apartamento.

–Vem! – Sam se levantou tão rápido que eu mal vi. Ela me puxou pelo braço e me empurrou até a varanda – Fica aqui até eu falar que é seguro. – O que ela quis dizer com seguro?!

Uma garota loira, alta apareceu na sala com uma cara nada feliz. Ela era bonita, muito bonita! Não dava pra falar o que se destacava mais, o cabelo, os olhos ou o fato dela estar no mesmo lugar que você.

–Ei Valle! Como você tá! – acho que Sam tentou disfarçar minha presença o Maximo que pode. Valle a olhou de cima a baixo.

– Oi... O que você ta escondendo de mim? - disse ela franzindo o cenho.

–O que te faz pensar que estou escondendo alguma coisa de você? Que besteira.

–O que me faz pensar isso? Só o fato de te conhecer uma vida inteira! Anda fala logo!

–Ta! Mas promete que não vai pirar? Nem gritar?

– Ta! Prometo! – essa deve ter sido a pior promessa que eu já vi. Não me convenceu.

–Jura juradinho? Com mindinho e tudo? – Sam estendeu o dedo para a amiga. Nem eu nem Valle seguramos um sorriso.

–Sim, eu juro juradinho com meu dedo mindinho.

–Certo, pode sair Lou! – raramente fico tímido em um lugar, mas dessa vez era impossível não ficar.

Entrei na sala com um sorriso meio sem graça. Valle parecia que tinha visto um fantasma de tão pálida que ficou. Olha, sei que sou lindo, mas não é pra tanto!

–Ãhm, oi? – falei.

Valle deu um passo pra frente, olhou, olhou, não falou nada. Estendeu a mão e cutucou meu peito.

–Você? – ela falou olhando pra mim como se ainda não acreditasse – Onde...

–Longa historia, uma hora eu te conto. Bom, acho que ainda temos um jantar – Sam se virou pra mim, acho que ela queria que eu convidasse ou comentasse alguma coisa.

–É – eu disse – Os meninos e eu gostaríamos que vocês jantassem com a gente e ...

‘BUM!!!’

Eu não sei se foi o que eu falei ou como falei, mas... a ultima coisa que eu queria era uma garota bonita desmaiando na minha frente.

–É... não era o que eu esperava mas... – Sam olhava a amiga caída no chão – Você sempre causa isso nas pessoas? – Rimos um pouco, foi engraçado – Ta, me ajuda a colocar ela no sofá.

Valle era meio pesada... não, não to chamando ela de gorda! Vou apanhar se uma delas ouvir isso! Finalmente colocamos ela no sofá, Samantha e eu sentamos com Valle entre nós.

–Acho que vou me trocar. Você cuida dela? Provavelmente ela não de trabalho.

–Bom, não deve ser mais difícil que cuidar do Harry.

–É, a Valle pelo menos costuma usar roupas.

Não tinha como não rir de um comentário como esse. Bom, pelo menos eu não estava sozinho em um lugar estranho, tinha uma garota desmaiada comigo. Eu acho que ainda vou fazer muita gente rir dessa historia.


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