Shot me out of the sky! escrita por Daughter of Eris


Capítulo 20
Pista de Skate


Notas iniciais do capítulo

Nos últimos dias eu to me sentindo uma maquina de escrever Hahaha É praticamente um capitulo por dia Hahaha Aproveitem!



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POV Sam

Abri os olhos. Não estava mais no quarto do Lou. Me sentei na cama e olhei em volta. Será que alem de medrosa eu to virando sonâmbula? Me perguntei. Levantei, desci as escadas e fui até a cozinha.

-Cadê todo mundo?! – já estava imaginando que estava no meio de um apocalipse zumbi e eu era a única sobrevivente... Mas não. Em cima da bancada tinha um bilhete – Que digno não acha Babão, pelo menos um bilhete eles deixaram!

“Sam,

Acho que esquecemos de falar, mas temos uma entrevista em uma rádio. Se você acordou e não encontrou ninguém em casa, é porque nós já saímos... Ou estamos tirando uma da sua cara (esteja pronta caso seja a segunda opção).  Nós escondemos uma chave reserva no armário de casacos ao lado da porta de entrada... Só não lembramos aonde. Tem uma do lado de fora também, em um dos arbustos ao lado da porta, caso queira buscar mais coisas pra trazer pra casa.Então, aproveite o dia de paz, sossego e tranqüilidade.

-P.s: Não faça nada que o Harry não faria –torci o nariz- P.s.s: Desconsidere o ‘p.s’ anterior, já que o que o Harry faz não é parâmetro para ninguém! Em poucas palavras comportes-se! como assim comporte-se? Sou comportada! Pensei - ... Com amor, Harry, Niall, Zayn, Louis e Liam.” – terminei de ler o bilhete – Que beleza... Uma casa gigantesca só pra mim... yeeepy! – fingi animo – Sabe Babão, isso é como esqueceram de mim!

Andei de um lado pra o outro pensando no que fazer. Bom... Não vou até em casa pegar caixas pesadas, melhor esperar Valle voltar do ensaio, ai ela me ajuda, não sou burro de carga.

Abri a porta da frente, peguei o jornal, li as criticas de cinema e de teatro. Li também o meu horóscopo.

“Gêmeos: A semana promete grandes e boas surpresas...

-Até o jornal é irônico comigo – suspirei – O que vamos fazer Babão? Babão?! – legal, até meu cachorro arrumou alguma coisa pra fazer e eu não! Babão estava brincado de “Hoje eu consigo pegar o cretino do meu rabo” – Certo... dez e meia... – olhei para o balcão, passei o dedo por cima. Uma pequena camada se acumulou na ponta do meu dedo – Puxa, isso aqui ta sujo! Melhor limpar! - eu literalmente limpei a cozinha de cima a baixo! – Pronto... terminei! E são só... ONZE HORAS! Ah para! O que faço agora?

Se estão pensando que eu limpei a casa inteira porque não tinha nada melhor pra fazer... É! Estão certos! Depois de ter limpado a casa inteira do andar superior ao andar de baixo. Os quartos, todos eles! E até os banheiros!

-Pronto... Chega... Cansei! – ofeguei me jogando no sofá – Deu pra mim! E ainda são... Uma hora da tarde! – eu estava deprimida, não tinha nada pra fazer! Liguei a televisão e passei por todos os canais. Suspirei.

-O que você ta fazendo ai jogada no sofá? – alguém falou atrás de mim.

-VALLE!!! Nunca pensei que fosse ficar tão feliz de olhar pra essa sua cara branquela e metida! – falei pulando por cima do sofá e abraçando ela.

-OH GAROTA! VOCÊ COMEUCASTANHAS DE NOVO?! VOCÊ NUNCA PASSA MUITO BEM QUANDO COME CASTANHAS! – ela berrou me empurrando.

-Não meu bem! Eu to com o tédio a flor da pele!!! – falei praticamente me ajoelhando na frente dela.

-Ah! Então cheguei na hora certa! – ela riu – Eu sai mais cedo do teatro e passei em casa – ela abaixou e pegou uma caixa – Eu peguei seus livros, DVD’s e CD’s. Tem outras caixas lá fora. Me ajuda?

-Claro! Como você entrou?- falei indo até a porta.

-Harry me mandou uma mensagem dizendo onde eles escondem a chave reserva – ela sorriu.

-Nossa... Você trouxe a casa toda? – me abaixei para pegar uma caixa.

-Quase! – ela riu – Só falta trazer nossas roupas, meus quadros e os moveis... O que vamos fazer com ele?

-Acho que vamos ter que vender, é o jeito!

-Se minha mãe souber ela nos mata! Esqueceu que foi ela que nos deu o dinheiro pra comprar depois da gente insistir bastante! Bom, pelo menos vamos ter uma graninha extra!

Levamos tudo para o quarto de hospedes, tentamos organizar tudo o máximo possível. Voltamos para casa, desmontei minha estante de livros, decidimos que esse ia ser um dos poucos móveis que não iríamos vender, já que Valle disse que não agüentaria ver meus livros jogados pra lá e pra cá.

-Já detesto seus livros na estante, imagina em uma pilha em algum canto! Vô fica doida!

-Mais?! – ri. Levamos mais coisas pra casa dos meninos. Valle ia passar a noite lá comigo, pelo menos não ia ficar sozinha.

Já era final de tarde e os meninos ainda não tinham chego. Continuamos arrumando as coisas.

-Olha só! – Valle exclamou – O vídeo do nosso ultimo ano no colegial!

-Achei que tinha deixado isso na Espanha!

-Bom, pelo jeito não! – ela riu – Vamos assistir! – Valle correu para a sala.

Ela colocou o vídeo no DVD. Cara! Que saudade! Tinha me esquecido de como era legal a escola, aquela turma toda. Lembro que na ultima semana de aula nós fizemos uma ‘semana de saco cheio’, cada dia íamos vestidos de um jeito: pijama, fantasia, o dia do ‘troca’ e estilos musicais... Esse com certeza foi o melhor dia. Cada sala do terceiro ano foi vestido como um estilo musical. Como eram quatro salas, nós tínhamos roqueiros, coloridos, pagodeiros... e nós ficamos com o funk... Se fosse pra escolher não teríamos escolhido o funk, mas como foi um sorteio...

No nosso colégio, todos os eventos dos alunos eram na quadra. Pra alegria dos alunos dos outros anos, cada sala se ‘apresentava’ separadamente, então, uma sala descia as escadas para a quadra, se apresentava e dava lugar à outra. Talvez seja porque nossa sala fosse formada por um bando de bagunceiros, mas nós éramos sempre os últimos.

-É nessas horas que eu tenho vergonha de ser brasileira! – Valle disse quando começou a tocar ‘Como é bom ser Vida Loka’ e os meninos da nossa sala apareceram – Não acredito que vocês me convenceram a ir a caráter nesse dia. Devia ter ficado em casa.

-Ah! Para! Você se divertiu! – ri – Lembra?! - ‘A loirinha tá que ta! Ela ta que ta!‘. Começou a tocar. Levantei e comecei a dançar só pra irritar Valle.

-Para com isso! Você sabe que eu odeio funk! – Valle torceu o nariz – Eu me diverti ali! – Valle adiantou o vídeo – CANCUN!!! Lembra de Cancun?! Ah! Quero voltar!

-Quero voltar, mas não consigo! Quero voltar, mas não consigo! – cantamos juntas rindo.

-Que bonitinhas! Cantando em... espanhol?! – Zayn falou apoiado no encosto do sofá.

-Que susto menino! Não faz mais isso! – Valle disse afobada – Não! Isso é Português!

-Puxa! Desculpe-me se ofendi! – ele levantou os braços em redenção.

-Nem vimos vocês entrarem! – falei.

-Somos ninjas! – Harry mostrou a língua.

-O que vocês estão vendo? – Liam perguntou.

-O vídeo da nossa viagem de formatura. Fomos para Cancun!

-Que legal! – Lou disse – México não é?! Devem ter se divertido!

-Você não imagina o quanto! – ri.

-Imagino sim! – ele apontou pra TV.

A imagem mostrava nossa sala saindo pulando e cantando do avião e entrando no ônibus para ir pro hotel. Depois, nós correndo nos corredores pra achar os quartos.

-Chega vai! Essa nostalgia toda vai me fazer chorar! – Valle levantou e desligou o DVD.

-A não! – Niall choramingou – Eu quero ver!

-Quem sabe outro dia! – Valle sorriu malévola.

Meu celular começou a vibrar. Não reconheci o numero.

Ligação On.

-Alo...

-Sam?!

-Jean?!

-Oi!!! Como esta?

-Eu vou bem... E você? – perguntei séria.

-É... como posso dizer? Levando – ele suspirou.

-Hum...

-Sam, você pode me encontrar na pista de skate em, mais ou menos... uma hora? Quero conversar...

-Claro, eu te encontro lá!

-Vou te esperar!

Ligação Off.

-Onde você vai?! – Lou perguntou.

-Era o Jean? – Valle perguntou.

-Quem é esse? – Lou perguntou de novo.

-Ele é filho da falecida Madame C., é um amigo nosso! – Valle explicou.

-Não é meio velho pra você Samantha? – Zayn riu.

-Para a sua informação... Ele só tem vinte e três! – me virei pra Valle – Ele quer conversar. Vou encontrar ele na pista. Trouxe meu skate?

-Que pista? Você anda de skate? – Liam perguntou.

-Uhum... Se eu surfo, eu curto skate – pisquei – Trouxe? – perguntei pra Valle.

-Acho que sim... Ah não! Trouxe sim, me lembro de ter subido ele! – ela respondeu.

-Beleza! Vou tomar um banho e vou sair – subi as escadas, separei uma roupa, e fui tomar banho. Sequei o cabelo, me troquei, não me maquiei. Pequei meu long e desci.

-Você vai assim? – Harry perguntou apontando pra mim (Look)- Não quer uma carona?

-Não, a pista é perto, vou de skate mesmo – respondi sorrindo.

-Manda um abraço pra ele – Valle pediu.

-Pode deixar – falei e sai.

Quando eu já estava a uns dez metros da casa alguém me chamou.

-Sam! Sam! – Lou veio correndo na minha direção.

-O que foi Lou? – me virei.

-Você vai ficar bem? – perguntou.

-Vou! Porque? – ri.

-Ah... Nada só pra saber! Tem certeza que você não que uma carona?

-Tenho Lou, obrigado! – Sorri e me virei.

-Não esquece que amanhã é sexta e vocês tem que terminar a mudança!

-Tudo bem, não volto tarde!

Coloquei o skate no chão subi e dei o primeiro impulso. Desci a rua e fui até a pista. Lá, Jean já me esperava.

-Demorei?

-Não, eu acabei de chegar! – ele sorriu.

-Bom, você disse que queria falar comigo...

-É, eu quero. Vem – ele subiu no skate dele e estendeu a mão pra mim – Vamos andar um pouco – segurei a mão dele e ele deu um impulso, me puxando – Fazia tempo que você não vinha aqui, não é?

-É, depois que eu comecei a trabalhar ficou difícil ter um tempo pra andar de skate... Senti saudades.

-É – ele riu – eu também. Eu te conheci nessa pista, lembra?

-Uhum! Eu ainda estava em um hotel com a Valle. Vinha aqui pra não ter que dar na cara dela – ri.

-É meu bem... quem disse que isso não relaxa – ele brincou.

-Jean... – ele me olhou por cima do ombro – Como você esta? Sabe, em relação a sua mãe.

Ele respirou fundo e deu mais um impulso.

-É complicado. Dói! Muito! E meus irmão não ajudam nada, só pensam neles mesmos! Acham que só porque eu sou o mais novo não tenho muita idéia do que ta acontecendo... Que idiotas, ainda acham que eu sou criança! A Nessa esta arrasada, elas eram bem próximas! A Nat, nem se fala, ela ta tentando assumir o papel da minha mãe... É estranho sabia, não sou muita mais velho que a Nat... Acho que sou o que melhor sabe o que ela esta sentindo.

-É bom pra ela ter você por perto – dessa vez fui eu que dei o impulso, ficando na frente dele – Sua irmã não vai ter muita cabeça pra ajudar a Nat... Coitada. É muita coisa pra alguém tão nova. Não saia do lado dela por um bom tempo, ela vai precisar bastante de você. Bom... pelo menos eu no lugar dela precisaria - ele riu. Virei o skate pra para e fiquei de frente pra ele – Que foi?!

-Nada! – ele coçou a nuca. Levantei uma sobrancelha – Por acaso tem alguma vez que você não saiba o que falar?

-Ah! – ri – Olha, até tem uma vez ou outra que eu não sei... Mas logo passa! – gargalhei.

Ele andou até mim e parou bem perto de mim. Fico da altura dela quando estou em cima do skate. Ele mexeu em uma mecha do meu cabelo , enrolando ele nos dedos. Olha... Agora eu tenho que me explicar! Quando eu cheguei em Londres, Valle e eu procuramos apartamentos por um tempo, enquanto não encontrávamos, ficamos em um hotel perto da pista. Toda a tarde eu descia e andava um pouco nas rampas e tudo mais, foi lá que eu conheci o Jean. Na verdade ele me derrubou sem querer um dia, obvio que eu fiquei furiosa! Mas ele foi legal comigo, ficamos amigos... Namoramos um tempo. Graças a ele nós fomos morar naquele apartamento.

Aqueles olhos cinzas me encaravam de perto. Eram olhos realmente lindos, sempre tive um fraco GIGANTESCO por olhos claros. Encostei minha testa na dele. Fechamos os olhos. Sua mão estava na minha nuca. Meus braços em volta do seu pescoço.  Suspiramos.

-Sabe Sam... – ele sussurrou – Quando estávamos juntos... Eu estava tão bem! Porque terminamos?

-Porque somos muito amigos?! – ri.

-Isso não é um bom motivo! – ele também riu – Não é porque você foi ‘morar’ com a minha mãe?

-É... pode ser – sorri.

Eu podia sentir a respiração dele, podia sentir as batidas do coração dele. Eu gostava muito do Jean, ele é praticamente o cara perfeito! Simpático, compreensivo, gosta de escutar, não de falar. E como se não bastasse isso, ele ainda tem um sorriso maravilhoso e olhos lindos... Mas tínhamos um problema, ser parecidos demais. Isso me incomodava...

-Mas, pelo que eu me lembro foi você que terminou comigo! – falei me afastando e sorrindo.

-É... Não da pra sempre fazer as escolhas certas – ele torcei o lábio – E depois disso nos tornamos amigo? – concordei com a cabeça – Que pena não é... Acho que perdi uma namorada ótima, com um sorriso fabuloso, uma carinha tão focinha, um corpo maravilhoso! – ele falou colocando as mãos na minha cintura e me balançando suavemente.

-Perdeu né... Fazer o que! – mostrei a língua.

-Perdi né... Então ta... – ele se virou. Mas voltou rápido roubou um beijo meu e saiu correndo.

-SEU IDIOTA! – berrei e corri atrás dele. É estranho, mas meu relacionamento com ele não mudou praticamente nada depois que terminamos, alias, ficamos ainda mais amigos depois que terminamos – VOLTA AQUI SEU VIADO! VOU MATAR VOCÊ!

-O que acha de antes de me matar comer um lanche enorme com batatas fritas! – ele berrou longe.

-A lanchonete de sempre? – perguntei sorrindo.

-A lanchonete de sempre! – peguei meu skate e dele pegou o dele – Quem chegar por ultimo paga o jantar!

-BELEZA!!! –berrei quando passei por ele.

-ASSIM NÃO VALE! VOCÊ COMEÇOU ANTES! – ele riu e foi atrás de mim.

Já disse que amo lanches monstruosos  com bacon e batata frita?! Pois é... Esse foi meu jantar! Sintam inveja Niall e Valle! 


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Notas finais do capítulo

Por favor não peguem raiva da Sam Haha Ela tem deficit de atenção... então nem sempre pega as coisas mais obvias Hahaha O que acharam? Me contem! :D