Parental Control - Parte 1 escrita por emilybrito_dark


Capítulo 5
Capítulo 5 - E pode ser real?


Notas iniciais do capítulo

Gentee, * *, mais leitoras... Vocês fizeram o meu dia. Eu realmente queria que mais pessoas olhassem, mas, por enquanto, eu já agradeço. Sério. Bem, confesso que eu nem percebi que o 4º capítulo parava bemmm no momento em que todo mundo quer ver! Sorry. Mas, eu tenho que arrumar umas, coisas, e por alguns dias, eu não vou postar, se não... A fic não vai pra frente... Bem, aproveitemmm ;)



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“– Edward. – Eu encarava aqueles lindos olhos.
- Sim? – Uma sensação de medo me tomou. O que ela diria?
- Por que estamos aqui? – Ela me encarava, confusa.
- Como assim...

Quando percebi, estávamos eu e Bella num parque deserto, não havia ninguém ali e parecia que iria chover.

- Eu acho que vinhemos dar um passeio, não? – Tentei brincar, mas sua feição não era a das melhores. Isso mostrou que algo estava errado. – O que está acontecendo, Bella?
- Eu não estava perguntando sobre o lugar. E eu queria dizer sobre este sentimento, como fomos tão longe... Eu acho que cometemos um erro.
- Um erro? Você tá querendo dizer que nossos sentimentos estão errados, e deveríamos esquecê-los, isso? – A olhei confuso. Não, não, ela não poderia dizer aquelas coisas, ela não...
- Eu acho que estamos sendo muito apressados, é muito intenso tudo que a gente viveu, eu concordo, mas...
- Diz, Bella, para de dar rodeios. Vá direto ao ponto. – E quebra meu coração, completei mentalmente.
- Eu nunca deveria ter aceitado aquele seu pedido depois do reality, Edward. Eu sinto muito, eu sei que estou cometendo mais um erro, agora. Mas, eu sinto que será o melhor para nós, futuramente.
- Será melhor? Só se for para você. Eu não quero me separar, eu não quero outra mulher comigo, eu quero você. Eu sempre tive alguém comigo, e Tanya foi a única que ficou por mais tempo. Mas, eu nunca a amei. A traí, sendo que eu nunca tinha feito isso, e traí com a única pessoa que eu queria: você.
- Eu nunca pedi nada, se é isso que você está insinuando. E outra, Edward, eu sei que Tanya está te rondando. Ela te quer de volta.
- Eu não insinuei nada, eu só quis te mostrar o que você faz comigo, me leva ao limite de tudo, e eu nem me importo! E se Tanya está me querendo ou não, problema dela, eu não a quero.
- E você só me quer? – Ela me olhou, e eu senti que ela não acreditava nisso.
- Por que você está desconfiando tanto? Estávamos perfeitamente bem à uma semana, e do nada, tudo isso agora. O que aconteceu, Bella? O que você sabe ou descobriu?
- Eu sei que você aceitou aquele convite de Londres. E eu sei que veio de uma “amiga” sua. – Seus olhos já estavam para transbordar de lágrimas.
- Sim, eu recebi a carta. Mas, eu nunca na minha vida, iria aceitar. E a Jane é minha amiga, pode parar de insinuar que eu estou te traindo.
- Eu vi você conversando com ela e aceitando, falando sobre a carta, Edward! Como você tem coragem de mentir? – Sua voz já estava aumentando, e eu senti que a chuva iria começar.
- Nada a ver! Eu estava aceitando um convite de ir numa festa, e levar V.O.C.Ê. comigo. Sobre a carta de Londres, foi depois e provavelmente, você saiu antes de escutar toda a conversa!

Seus olhos pareciam arregalados com esse meu argumento e eu me decepcionei.
Ela não confiava em mim? Ela não poderia ter me perguntado antes?

- Nossa, Bells, que incrível capacidade de confiar no seu namorado. Eu estava todo preocupado em te fazer feliz, dar o melhor de mim para você se orgulhar e agora eu tô vendo, que é tudo um dane-se para você. Nem confiança você consegue ter comigo!.

Ela começou a chorar.
- Edward, eu...”

- Filho, tá na hora. – Meu pai me chamou.

Acordei assustado.
O que aquele sonho queria dizer? Dava para entender que estávamos terminando...
Não, eu não posso deixar isso acontecer!

Edward, primeiramente, nem namorar vocês estão ainda! Segundo, isso acontece depois de um pedido que você a faz no reality! Lembra que Bella, no sonho, disse isso?

Eu levantei correndo, e fui tomar banho pensando nisso.
A Jane era um dos problemas, Bella estava com ciúmes... Eu comecei a sorrir, só de pensar que Bella poderia sentir ciúmes de alguma garota.
Ela era única. E eu somente a quero. Ninguém mais.
E esta carta de Londres? Era de qual faculdade? Oxford? Cambridge? Porém, igual ao sonho, eu não iria, se Bella não estivesse lá comigo.
Hoje é o dia! Tenho que pensar como vou voltar para casa, depois de ter me declarado para Bella com Tanya assistindo... Ah, Deus, por que erro tanto?
Eu nunca deveria ter tido algo com Tanya. Foi ela que começou a pressionar, a conversar bastante comigo, me chamava para ir a algum lugar... Por que eu cedi?

- EDWARD! DESCE AGORA! VAI TER QUE SER IGUAL ONTEM, É? – E essa era ninguém mais e ninguém menos que minha querida mãe Esme!

Preferi não piorar o estado de espírito da fera – se ela souber disso, eu tô morto da silva! – e desci correndo.
Estava de smoking, e sapatos de velho – mesmo, minha mãe tendo comprado... – E eu agradecia por ter que ir um pouco mais tarde para o programa, imagina ir assim à luz do sol? Que humilhação!

- Você não consegue arrumar seu próprio cabelo, filho?! – Minha mãe saiu de sua cadeira, na cozinha, e veio até mim.
- Mãe, assim tá bom! – Resmunguei, ela sempre implicava com o meu cabelo!
- Não, não tá! E você tem que estar maravilhosamente perfeito para nossa Bella! – Ela dizia enquanto tirava um pente da gaveta.
- Nossa Bella? – Indaguei curioso.
- Filho! Só porque ela será sua, não quer dizer que ela não faz parte da família Cullen, meu amor! Ela é nossa, e para de querer monopolizar minha nora! – Ela fez um cara de irritada. Eu ri.
- Uau, eu nunca imaginei que veria esse dia chegar, dona Esme. A senhora defendendo alguma garota, que ainda por cima, é aquela que eu amo? É, o fim dos tempos tá bem próximo, mesmo! – Gargalhei e quando ela terminou de arrumar meu cabelo, ela me bateu com tudo na cabeça!
- Para, Edward!
- AI! Mãe, você já foi lutadora livre, é? – Antes que ela batesse em mim, saí correndo em direção da garagem, torcendo para que fosse meu pai que me levasse hoje!
- EDWARD, VOCÊ NÃO PERDE POR ESPERAR! – Minha mãe gritou quando eu tinha acabado de bater a porta do carro, com um Carlisle dentro. Pela a cara dele, ele queria entender a ameaça de morte.
- Ah, eu só fiz uma brincadeira e ela ficou assim... – Torcia para que ele aceitasse a minha cara de inocente.
- Ah tá, que eu acredito nessa, Edward! Tanto faz, vamos e depois você se resolver com a sua mãe! Se conseguir! – Gargalhou e já estávamos em direção ao estúdio.

Meu pai me deixou de frente ao portão sete, e lá estava Stephenie novamente.

- Boa Noite, Edward! Está bonito neste smoking! – Ela sorriu. E sem nenhuma ofensa, pensei ter percebido que seu sorriso era malicioso... Aff, nada a ver! Eu tô ficando louco, mesmo!
- Boa noite, e obrigado! Tá todo mundo aí?
- Bom, Bella já chegou, Leah não precisava vir já que ela não teria que fazer nada hoje e Victoria está se arrumando em seu camarim. Para gravar a parte dela, enquanto vocês estão passeando.
- Ah... – A Bella estava aqui. Como eu ia encarar ela com um eu envergonhado por parecer um pinguim e por estar confuso com uma futura-ou-provável-não-briga-nossa que, claro, era um sonho meu?!?!
- Por aqui.

Segui Stephenie, e entramos num grande salão, eu diria assim.

- Bella! – Stephenie chamou a atenção dela. Ela estava... Estava...

Eu acho que babei um litro só de ver aquele-meu-Deus-me-ajuda de vestido que Bella usava.
Era longo e azul marinho. Tinha um leve decote e usava também scarpins pretos.
Alguém tem duvida que ela quer me matar aqui??

Ela me viu e sorriu. Mas, eu percebi que suas bochechas estavam coradas. Provavelmente, por ela perceber que eu estava analisando – ou secando, como desejarem – sua roupa.
A cada passo, minha vontade de agarrá-la aumentava, como fingir que eu não queria?

- Ah, oi Edward. – Ela sorriu envergonhada.
- Você está muito bonita, Bella. – A olhei com muito desejo.
- Eu...
- A Victoria chegou. – Stephenie disse.

Nem olhei para saber onde ela estava, mesmo que fosse óbvio o meu desejo, continuei encarar a beleza de Bella.

- Edward! Bella! Vocês estão magníficos!
- Obrigada, Victoria – Eu e Bella agradecemos juntos, trocamos um olhar de cúmplices. Victoria nem percebeu, ainda bem, né?
- Ah, vocês são uns amores! Mas, bom, vocês já devem ir, está quase na hora, né, Bella querida?
- Sim. – Ela sorriu para mim.
- A van está lá fora, esperando. Boa sorte e... Ah, deixa para lá. – Ela sorriu para mim e Bella, como se deixasse algum mistério no ar. Estranho...

Seguimos Stephenie e entramos na van.
Bella mordeu os lábios. Eu sorri.

- Está nervosa? – Eu me aproximei mais dela.
- Er... Um pouco. – Sorriu.
- Engraçado, deveria ser ao contrário, não? Eu nervoso com esse smoking e sem saber para onde estamos indo... – Sorri para ela. – Mas, tudo bem, não importa o lugar, já estando ao seu lado, eu estou feliz.
- Não fala essas coisas, Edward. – Ela me olhou triste.
- Por que não? – Estranhei. – É verdade, Bella, não estou te cantando.
- Mas, você tem namorada, já fizemos muita coisa errada por causa disso. Eu nem sei o porquê de estarmos aqui... Você traiu a Tanya... Eu... Me desculpa. – Vi que seus olhos estavam marejados.
- Não. Nada que está acontecendo entre nós é errado, Bella. Eu estou sentindo algo sério por você, algo que eu nunca sentirei por Tanya. Não é errado, quando o sentimento é sincero.

E o que eu vi, me fez perceber que eu não poderia jogar a verdade desse jeito. Como se fosse a coisa mais normal de tudo.
Os olhos dela me prendiam e passavam uma mensagem de: Eu espero que tudo seja uma enorme brincadeira.

- O que você disse? – Sua voz estava tão baixa, que tive que fazer um grande esforço para escutá-la.
- Bella, você sabe. Eu não estou mentindo. Desde o dia que eu te vi em minha casa, você não sai da minha cabeça.
- Mas, Edward, nós não podemos. Você é comprometido e eu sou...
- Você é o que, Bella?
- Nada. Simplesmente isso, sou uma grande nada, sem grandes coisas, não sou especial, não sou interessante. Uma simples pessoa comum. Por isso, eu sei que tudo que tá acontecendo agora é errado. Você já tem tudo certo em sua vida, e chego eu e destruo tudo... – Sua voz já estava embargada.
- Não. Eu não vou deixar você chorar.

Abaixei minha cabeça, para fita-la frente à frente, limpei suas lágrimas antes que destruíssem todo o trabalho que eu sabia que Bella tinha tido.

- E Bella, alguém já te disse o quão cega você consegue ser quando o assunto é sobre si mesma?
- Do que você me chamou? – Percebi que ela ficou meio indignada.
- Me desculpe, mas é tudo verdade. Você é única. Maravilhosa. Doce. Interessantíssima. Inteligente. Como uma mulher feito você, com todas essas qualidades, se diz: “Uma simples pessoa comum”??
- Edward... Você não sabe nada sobre mim.
- Eu tenho certeza que tudo que eu falei sobre você até agora não passa nada além da verdade. E outra Bella, eu escutei certo ou você se diz culpada por tudo que aconteceu entre nós?
- Eu não digo nada. Eu sei. Se eu não tivesse ido à sua casa, se eu soubesse andar sozinha por aí, nada teria acontecido. Eu não teria feito você trair sua namorada. Eu sei que você a ama.
- Absurda. Mais uma característica sobre você. Eu nunca, nunca, amei a Tanya. E você não é culpada, eu também quis. E se não fosse naquele dia, eu teria te beijado depois. Eu teria feito alguma merda, mas eu teria te beijado. Não somos culpados. Aconteceu, nos encontramos, e tudo fluiu. Não se escolhe quem vamos amar, Bella.
- Amar? Edward, você nem sabe quem eu sou, nos vimos esses dias, como você pode dizer que me ama?
- Eu estou no processo, Bella. Eu não consigo sentir mais nada pela Tanya, nem tenho vontade de vê-la. E outra, o que eu estou começando sentir por você, Tanya nunca conseguiu me fazer sentir por dois anos. Nenhum um pouco.

Ela abriu a boca, surpresa.
Eu queria dizer mais alguma coisa. Tentar me aproximar dela, tocar em sua mão. Qualquer coisa.
Mas o nosso tempo acabou. A porta da van se abriu. E meu coração começou a bater forte. O nervosismo tinha acabado de chegar.

Descemos da van. Eu percebi que estávamos de frente de um enorme casarão, estilo século 18. E pelo jeito tinha uma grande festa acontecendo lá dentro.
Uma festa?
Nossa, isso não tinha muito a cara de Bella.

- Uma festa? – Falei em seu ouvido. A câmera estava ligada, Tanya não deve ter gostado disso.
- Bom, pelo o que sua mãe falou, achei que podíamos curtir aqui um pouco. E outra, como é sua última saída do programa, podemos demorar mais um pouco.
- Bella, vou precisar ter algum talento? – Falei alto, será que ela lembraria do dia? Pelo sorriso que ela deu, ela sabia sim do que eu estava falando.
- Dançar. O pessoal daí adora um concurso de dança.
- Dança? – A olhei intrigado. – Pelo jeito, você sabe dançar, então.
- Aham. Ser dançarina seria minha segunda opção para fazer faculdade.
- Hum. – Me segurei para não dizer: “Com um corpo igual ao seu, e o seu doce jeito de ser, você seria uma incrível dançarina.”.
- Vamos entrar, está quase na hora.
- Ok.

Ela me puxou pela mão e adentramos aquele casarão tão majestoso. E mais atrás, estava a câmera, pegando todos os closes possíveis do local.
Bella conversou com alguns, me apresentou para alguns amigos dela.
Mike, Ângela, Jéssica, Sam e James.
Só não gostei do jeito que o Sam olhava para Bella. Pelo jeito, ele gostava dele.

- Edward! Vamos, os casais já estão reunidos. – Ela disse, enquanto a câmera pegava um belo close nosso.
- Tá bom. Espero que você não pise no meu pé!
- Tá mais para o contrário, mas tudo bem!

Ela pegou na minha mão.
E uma única coisa ficou vagando na minha mente. Ela falou que os casais já estavam reunidos. Então, também somos um casal?
Pensar nisso, me fez sorrir. Bastante.

Já estávamos no centro do grande salão, misturados com outros casais, uma de minhas mãos pegou Bella pela cintura. Enquanto a outra segurava sua mão.
Ela sorriu.

- Pelo jeito, eu não vou ter que te ensinar muito.
- Minha mãe me educou direito, e eu acho, que você já deve saber disso.
- Sua mãe é adorável.

Tanya deve estar jogando as maiores maldições que alguém pode mandar para Bella.

A música começou e nós flutuávamos. Um movimento meu e outro de Bella. Era como se soubéssemos o que o outro fará.

Eu acho que quando eu mencionei que estávamos ligados, eu não deveria estar brincando!

Seus olhos me encaravam de um jeito... Eu não sei por quanto tempo eu me aguentaria. Eu não podia beijá-la ali. Eu iria escolhê-la, mas teríamos que ter calma em tudo.

Igual o Jasper disse, eu teria que escolher aquela que me fizesse sentir algo grande, realmente grande. E fosse real.
E eu sabia quem fazia isso.
Minha escolha já estava feita.

Tinha o maior cuidado de não fazer nada de errado. Ela ia pro lado, eu ia junto, de um modo como se eu a seguisse.
Eu acho que estávamos fazendo um ótimo casal de dança.

Um tempo depois, a música acabou.

- É, você realmente tem talento. – Ela disse, sorrindo.
- Que bom não decepcionar você. E eu acho que você também tem talento. – Disse rindo.
- Ah, obrigada. – Ela disse sarcástica, antes de cairmos na gargalhada.

E assim, a outra música começou.
Bella colocou sua cabeça em meu ombro. Sentir seu aroma tão de perto, me fazia imaginar o que poderíamos ter.
Um futuro. Uns dois filhos, talvez. Morando numa grande casa, com um jardim que caberia um cachorro...
Sorri pensando nessas coisas.

- Você pensa muito, né? – Ela dizia baixinho.

Aproveitei que a câmera só pegava um close longe nosso. Eles não saberiam o que estávamos falando. Obrigado, Deus.

- É um efeito que você está me causando, Bella. – Disse perto de seu ouvido.
- Não diga uma coisa dessas, agora, Edward.
- Por que não? – Enruguei o cenho.
- Não posso criar expectativas. Eu não suporto cair na realidade, depois.
- Não estou criando nada. Queria que você acreditasse em mim.
- Igual sua namorada acredita em você?
- Bella, para sua informação, eu nunca tive uma namorada. Apenas ficantes, de um ou dois dias. Aí, a Tanya ficou pressionando, não saía mais da minha vida. Aí, eu decidi tentar algo com ela. Meu maior erro. E eu nunca traí garota nenhuma que ficou comigo, nem Tanya. Até te conhecer.
- Agora, você querendo ou não, está me culpando. – Ela me olhou séria.
- Não. Estou te mostrando que você abalou em tudo que eu construí sobre mim mesmo. Você acha que eu me importava com o que a Tanya gostava? Se eu dizia coisas bonitas à ela? Nunca fiz nada disso. Quando eu vi você, eu sinceramente mudei. Comecei a pensar em você. Sem relacionar algo sexual, como era com as outras. Você me conquistou pelo jeito de ser, e não pelo seu corpo.

Ela me olhava, talvez tentando absorver cada palavra que eu disse sobre ela.

- Eu sei que confiança vai ser nosso maior problema. – Eu não iria contar sobre o sonho, ela me chamaria de maluco. – Mas, eu acho que você consegue perceber que eu digo a verdade. – Ela suspirou, e eu tentei me conter, esperando suas palavras.
- É verdade. Dá para ver que você não está mentindo. Eu não sei explicar, mas eu sinto isso.
- Do mesmo jeito que eu sinto, que eu posso confiar minha vida em você. Sem problema algum.
- Edward, eu não sei como você... Eu não sei nem o que dizer.
- Bella, vamos aproveitar isso aqui? Como estamos dançando bem juntos, sentindo um perto do outro. Sinta.

Ela fechou os olhos. Eu também.
E eu não sei porque, mas uma sensação de felicidade e paz me tomou.

Tell me what you want to hear
Something that'll like those ears
Sick of all the insincere
So I'm gonna give all my secrets away
This time
Don't need another perfect line
Don't care if critics never jump in line
I'm Gonna give all my secrets away…

A música terminou uns instantes depois.
A câmera se aproximou. E ali estava eu, sorrindo para uma Bella que sorria para mim.
O homem deu sinal, ele precisava desligar o contato.

- Bom, Bella. Eu acho que tudo que precisamos esperar agora, é a minha decisão amanhã. E eu amei estar aqui, você sabe dançar, divinamente.
- Muito obrigado, Edward. Então, eu ficarei esperando até amanhã.

Dei um beijo em sua boceja e a câmera fora desligada.

- Vocês querem ir agora ou ficam por conta própria aqui? – O homem que segurava a câmera perguntou.
- Vamos ficar? Eu tenho dinheiro e pago o táxi. – Eu dizia, esperando que ela aceitasse.
- Ah, tudo bem.
- Você poderia dizer para Victoria que saímos com você? – Disse e assim, eu entreguei um maço de dinheiros a ele.
- Claro.
- Estou confiando em você.
- Fique tranquilo, ela não vai saber.
- Obrigado.

O homem se foi, e eu achei que fiz a coisa certa. Ficaria muito na cara, se ficássemos aqui e Victoria soubesse.

- Por que você fez isso? – Bella perguntou brava.
- Ele contaria a Victoria e você seria desclassificada do show, porque estaria na cara que temos alguma coisa.
- Então, que fôssemos embora junto com o pessoal do programa!
- Não, eu quero ficar aqui com você.
- Edward, eu não acho...
- Bella, para de fingir que não quer. Vamos aproveitar, porque daqui para frente, teremos Tanya para tentar estragar tudo.
- Ah, você já sabe o que ela fará?
- Eu tenho certeza, e pelo modo como você confia em mim, sem nenhuma ofensa, ela vai conseguir nos separar.
- Edward, você está escutando o que está dizendo? Eu nem sei o que...

Peguei seus braços e fiz com que ela ficasse bem colada em mim.

- Você não sente nada? – Eu disse olhando em seus olhos, profundamente
- Edward, me solta. – Ela falava baixo.
- Só me responde isso. Você não sente nada?
- SINTO. É isso que quer saber? Eu nunca senti isso por ninguém, não consigo parar de pensar na sua boca com a minha... Nas coisas que você fala para mim. Mas, eu não sei! Isso tudo é novo para mim, também.

Ela já começava a chorar.
E agora, eu entendia o que no meu sonho, Bella quis dizer com “Eu nunca deveria ter aceitado a sua proposta.”.
Por que estava na ponta da língua agora.
Eu iria propor para ela viver algo novo comigo. Viver esse nosso amor, sem pensar nas consequências.
Eu estava louco para dizer isso.

- Bella, olha para mim. – Disse seriamente.
- Fala, Edward. – Seus olhos me fitaram, estavam frágeis. Expostos pelo amor.
- Eu também nunca senti isso. Se você soubesse das maluquices que eu pensava quando eu me deixava pensar, por um pequeno instante, em você... Eu sei que não deveríamos, que é errado. Mas, eu acho que nós temos que dar uma chance. Uma chance para esse sentimento. Você pode confiar em mim. Porque eu confio em você, e nunca eu iria te decepcionar. Eu quero propor que tenhamos essa oportunidade. Se você achar que no fim, é errado. Acabamos. E você fará o que quiser.
- Edward.
- Se solte, Bella. Seja aquela mulher, com que eu dancei uns momentos atrás. Feliz, espontânea, livre. Escolha algo que fará bem para você. Que te deixe feliz.

Ela suspirou e sorriu para mim.

- Eu nunca pensei que diria isso à você, mas você me faz feliz. Muito feliz.

Escutá-la dizendo isso, destruiu qualquer resistência que eu criei desde o momento em que eu a vi com esse vestido hoje.
Soltei uma de suas mãos e puxei-a pela cintura. Assim, ficamos bem próximos.
Sua respiração na minha. Seu olhar preso ao meu.

- Não podemos fazer isso aqui. – Ela sussurrou, mas senti que ela encarava meus lábios.
- Por que?
- Alguém pode ver.
- Não quer que te vejam comigo?
- Edward, todo mundo aqui assiste o reality em que nós dois estamos, e tem gente aqui que me odeia. Não vamos arriscar, ok? – Ela se soltou de mim.
- Tá bom, se é assim que prefere.
- Não, eu não prefiro. Eu queria estar te beijando agora, mas estou me segurando.
- Bella, não fala isso, eu não me controlo assim!

Ela riu e pegou minha mão.

- Vamos, eu acho que vão anunciar as posições dos casais.
- Hum, vamos descobrir se eu e você somos extraordinários?
- Uau, Edward, sua humildade pode ser medida daqui.

Nós começamos a rir, e eu percebi que ela não me contou se tinha aceitado minha proposta.

Bom, futuramente, ela vai falar que se arrependeu. Então, de um jeito ou outro, você já sabe a resposta.

Era estranho supor que eu era um vidente da vida. Já sabendo o que iria acontecer.

Chegamos perto de um balcão recém-pronto no salão.
Bella procurou nossos nomes. E quando achou, sua boca se formou em um maravilhoso sorriso.
- E aí? Fomos bem? – Perguntei, nervoso.
- Bem? SUPER BEM!

E disso, ela pulou encima de mim.
Mesmo surpreso com o contato, a segurei pela cintura e a girei pela sua entonação. Pelo jeito, ficamos em uma ótima posição.

- Conseguimos, conseguimos, conseguimos!! – Ela dizia, toda feliz.

E com ela feliz, eu fiquei também.

- Então, qual posição? – Perguntei enquanto a colocava no chão, percebi que todos nos olhavam.
- 2º lugar, Edward! Chegamos na posição máxima para gente, que somos novos participantes!
- UAU, 2º lugar?! Pelo jeito sabemos mesmo dançar!
- É!

Nos abraçamos super felizes. Nem me importei se alguém estava vendo, eu queria aquele momento do lado dela.

- Por favor, os três primeiros casais ganhadores se preparem para a dança final.

Olhei para Bella. Será que era alguma dança coreográfica? Eu não sabia muito disso..

- Calma, Edward. É uma dança lenta.
- Ah, ok. Ficar bem colado à você, eu aceito.

Ela sorriu de lado, e me deu um empurrãozinho em meu ombro.

- Vem.

Peguei em sua mão, nos aproximamos dos outros dois casais, parabenizando-os. Eles fizeram o mesmo.
E quando a música começou a fluir, eu e Bella já parecíamos saber o que fazer.
Eu não sei o que estava acontecendo, mais ao lado daquela mulher, eu sentia como pudesse fazer qualquer coisa. Somente para ela ficar feliz.

You are the only exception
I've got a tight grip on reality
But I can't
Let go of what's in front of me here
I know you're leaving
In the morning, when you wake up
Leave me with some kind of proof it`s not a dream…

Ela me olhava de um jeito que eu entendia suas palavras.
Eu queria poder te mostrar como estou feliz por você estar aqui, ao meu lado.
Eu sentia que era essa mensagem que ela passava para mim.
E como uma sutil resposta, eu pisquei e depois sorri.

A música acabou.
E eu infelizmente percebi que eu devia ir embora.
Bella chegou à mesma conclusão.

- Edward, vamos chamar um táxi?
- Claro. Vamos.

Procuramos os amigos de Bella, eles nos parabenizaram e nos despedimos em seguida.
Eu não gostei nem um pouco do jeito como Sam falou com a Bella.

Já dentro do táxi, eu bufei enciumado.

- O que aconteceu, Edward? – Bella colocou sua mão sobre a minha.
- Esse Sam gosta de você, não é?
- O Sam? Por que você acha isso?
- O jeito como ele te olhava, como falou com você... Eu vi nos olhos dele, Bella. Você já sabia ou nunca percebeu? – Tentei soar tranquilo, mas uma raiva interior queria explodir.
- Não. O Sam... Deixa ele, Edward. Eu quase não o vejo, só quando o pessoal tá junto. Ele nem faz faculdade aqui. Ele mora na Inglaterra.
- Tem certeza?
- Tenho. E Edward?
- Sim?
- Pelo jeito você é do tipo possessivo, talvez eu devesse me lembrar disso, não? – Ela sorria para mim.
- Talvez eu tenha ciúmes da minha namorada e de seus amigos.

Bella me olhou triste e fez uma careta.
Eu entendi a mensagem.

- Eu nenhum momento eu quis dizer a Tanya, Bella. Quando eu te escolher no lugar dela, amanhã.. Você será a minha namorada, e nós ficaremos juntos. E eu já estou começando a saber de quem eu tenho que ficar de olho!
- Edward! Quem disse eu vou aceitar seu pedido?

Ela me olhava animada, eu sabia que ela estava brincando.

- Você já aceitou. Desde esse momento. – Eu me aproximei dela.
- Deste momento? Como assim?
- Veja.

Coloquei minhas mãos em seu delicado rosto.
Fui nos aproximando cada vez mais, até sua boca tocar a minha.
Arfamos de desejo.

E eu sabia que era isso que eu estava desejando. Nós dois, ali, juntos, sem medos, sem limites e sem, claro, problemas.
Beijávamo-nos como se nada nos impedisse, como se o mundo não existisse.

Eu fiquei assim, pelos próximos segundos adiantes.
Até que o táxi parou.

Eu não queria. Ela não queria, podia perceber pela tristeza de seus olhos quando nos separamos.
Havíamos chegado à casa dela.

- Está tudo bem. Nos vemos amanhã, certo? – Tentei sorrir, mas eu também não queria deixá-la.
- Mas... Edward, eu não acho que você deveria terminar com a Tanya por rede de televisão internacional! – Ela já estava fora do carro, e me olhava triste.
- Bella, por que você tem que preocupar só com os outros? E sua felicidade? Você merece ser feliz também. E eu quero ser o responsável pela sua felicidade.
- Edward, eu não acho que...
- Deixe os problemas para amanhã, aproveita o que aconteceu hoje, tá? Eu não quero estragar a noite maravilhosa que eu passei com você, na festa. – A interrompi, tentando fazer com que parasse de se preocupar, minha consciência já estava fazendo esse trabalho.
- Tudo bem. – Suspirou e depois, sorriu. – Boa noite, Edward.
- Tenha bons sonhos, Bella. Eu sei que eu terei. – Ela sorriu, e caminhou até sua porta.

O taxista ligou o carro. E agora, eu só esperava continuar vivo até amanhã.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, pleaseeeeee, me mandem reviews, falem com mais pessoas, por favor * * ??? Eu amo ler essas reviews, então, continuem mandando, ok? Beijos, e até o próximo!



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