A Dustland Fairytale escrita por Cherrybomb
Notas iniciais do capítulo
Agora sim a historia realmente começa.
Sempre que um capítulo se passar nos tempos atuais e não nos anos 60 avisarei.
Boa leitura e nos vemos lá em baixo.
Sabe quando você tem vontade de socar ate a morte um idiota do seu trabalho? Não? Pois eu sei, e como sei. É simplesmente chocante a facilidade com que esses idiotas conseguem acabar com meia tonelada de morangos frescos por pura irresponsabilidade. Pelo amor de Deus como pode uma pessoa em sã consciência esquece de vedar o celeiro de armazenamento quando seu sustento e de mais sete bocas depende desses mesmos morangos? Respirei fundo tentando manter a calma.
– Jared, por favor. – As mãos já naturalmente tremulas de Grigori estavam quase que em convulsão. – Não diga ao patrão, ele irá me demitir tenho certeza.
– Como vou poder esconder meia tonelada de morangos podres? – Praticamente gritei e logo me arrependi. Grigori se encolheu tanto que mais um pouquinho e sumiria.
Uma dor me atingiu no peito e me senti um completo lixo. Grigori já era um homem de idade, por volta de seus 65 anos, mas continuava na ativa para poder sustentar todos os filhos e a esposa. Passei a mão pelo cabelo e suspirei.
– Darei um jeito. – Foi tudo o que disse e fui em direção a enorme caixa d’agua que era praticamente o point de todos os jovens que trabalhavam na plantação do Sr. Charlotte.
Não irei mentir a vida aqui nessa cidade era uma porcaria, mas aí você me pergunta se tenho vontade de sair daqui e minha resposta é a seguinte: Não.
Por algum motivo essa porcaria de cidade me deixa feliz, era como se algo impedisse a minha partida. Suspirei pesadamente e passei pelos jovens, eles devem ter entre 16 e 18 anos, filhos de carpinteiros ou empregadas, sonhando em ter um futuro digno correm para a plantação de morangos do Sr. Charlotte e isso só causa uma coisa: Mais incompetentes trabalhando e me atrapalhando.
– Jared! – Parei bruscamente observando a aproximação do filho mais novo do Sr. Charlotte.
Apesar de não conhecer muito bem o resto da família, descobri por meio de conversas que o Sr. Charlotte tem dois filhos e uma filha, Jonathan, ou Jonny, é o filho mais novo e possivelmente o mais elétrico. Na margem dos seus dezessete anos a sua única preocupação é se eu estarei aqui no dia seguinte.
– O que você quer Jonny? – Ele parou bruscamente.
– O que está acontecendo? – Olhei para o armazém e voltei a encarar o garoto.
Seus cabelos negros estavam sempre bagunçados, iguais aos meus e seus olhos negros pareciam esconder vários enigmas, alguns dizem que era parece muito com o irmão mais velho, mas por causa do seu jeito elétrico não há um enigma ou segredo que ele consiga guardar.
– Você sabe da novidade?
– Não, mas acho que você irá me contar.
Voltei a andar em direção a imensa casa bege na frente da plantação, apesar de ser a parte de trás da mansão da família Charlotte não deixava de ser bela, alguns dizem que ela está em pé há várias décadas, outro dizem que quem construiu foi o próprio Sr. Charlotte para o sua amada, que morreu uma semana depois, obrigando-o a casar-se com a Sra. Charlotte, mas a única verdade é que se a notícia sobre o armazém não chegar aos seus ouvidos por mim, sua fúria vai ser indomável.
– Meus irmãos estão chegando! – Jonny pulou sobre dois degraus e se desequilibrou, segurei o seu braço e o encarei com uma pitada de raiva.
– Não piore a minha situação rapaz.
– O que aconteceu? – Olhei para a porta de madeira de cerejeira soltei um longo suspiro.
– Perdemos meia tonelada de morangos. – Jonny perdeu o fôlego, mas logo abri seu maldito sorriso travesso.
– Meu pai não vai gostar nada disso. – Passei a mão pelo cabelo e bati a minha cabeça de leve na coluna de madeira.
– Eu sei, apenas, não piore as coisas.
Segurei com força a boina quadriculada de tons diferentes de bege, não havia mais para onde correr, ou eu enfrentava isso agora ou teria que ouvir a bronca duplicada mais tarde. Abri a porta de cerejeira, deixando Jonny falando sozinho, esfreguei o sapato sobre o tapete e entrei na casa.
– Senhor Leto! – A senhora Sofie abriu um longo sorriso e arrumou o quadro do Sr. Charlotte.
– Olá Sofie. – Abaixei a cabeça e fechei a porta.
– O que lhe traz aqui?
– Grigori trouxe alguns prejuízos para o Sr. Charlotte. – Sua expressão foi dominada pelo espanto.
– O que aquele homem fez? – Olhei para a boina.
– Estragou meia tonelada de morangos. – A pobre mulher veio até mim ainda horrorizada.
– Corra querido, Sr. Charlotte está com humor bom, sua doce filha está vindo, se dizer isso agora não haverá maior escândalo.
Assenti e subi a longa escada, o escritório do Sr. Charlotte fica no final do corredor, longe de todos os quartos, dessa forma ele pode gritar com os funcionários e ninguém ouvirá. Tentei relaxar os músculos e fui lentamente até a porta de madeira escura, a maçaneta dourada destacava-se e pela primeira vez na vida o medo de abrir a porta me domou.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Cherrybomb: Primeiro de tudo queria agradecer a juliethoppus_, a Srta Calça Quadrada e a Lilly Houston. Vocês são os motivos de eu esta postando. Muito obrigada pelos reviews, queridas.
Segundo estava pensando se alguem gostaria de betar a historia. A Ramona esta sem internet e eu sei que tem alguns erros de concordancia na historia mas não tenho tempo de arrumar (serio mesmo, eu estudo das 7h30 às 17h de segunda a sexta) e uma pessoa para da uma revisada seria perfeito.
Terceiro e ultimo gostaria de perguntar como vocês querem os capítulos:
1) Do tamanho que esta sendo postado e com rapidez
2) Maiores (Mais ou menos 3 mil palavras) mas com demora de uma a duas semanas para ser postado???
Respondam por favor isso é importante.
Ps: Gostaram do Banner?n Ele vai ser usado em todos os capítulos ate que eu arrume outro -q. E o Jared é o nosso old Jay, a Katy linda e muito Cindy nessa foto *-*
Falando em Cindy ela aparece no próximo capítulo!!!
Beijos, Cherry