–Preciso mesmo ir? – Perguntei pela milésima vez.

–Sim, e para de perguntar. – Sai cabisbaixo dali indo me trocar, hoje Seko, eu, Embry, Quil e Seth iriamos a uma balada na reserva, na verdade eu fui forçado a ir, cheguei em meu quarto ainda cabisbaixo e me troquei já eram onze horas daqui a uma meia hora iriamos para reserva e de lá para a balada, Argh! Por que eu tenho que ir? Se fosse para paquerar somente...

Mas Seko acha que eu devo sair, a maior parte do tempo eu fico aqui no hotel só saio para ronda ou quando Emily nos chama para ir em sua casa, eu ainda me sinto desconfortável de ficar perto das pessoas eu ainda não me controlo muito bem, por parte todos me apoiam mas dizem que se eu não tentar eu nunca vou me controlar. Agora já estava pronto e Seko também então decidimos ir para a casa da Emily eles devem estar nos esperando lá.

–Sorri um pouco Seko, vamos nos divertir hoje. – Fiz uma careta que o fez rir e acabei rindo junto.

–Vou tentar. – Falei depois de um tempo e ele sorriu em resposta e voltamos a andar em silencio até chegar na reserva.

–Finalmente. – Falou Embry quando nos aproximamos estavam os três em frente a casa da Emily.

–Podemos ir agora. – Seth estava empolgado não era sempre que ele ia em uma balada, por conta da mãe e da irmã.

–Com essa animação toda não acredito que conseguiram nos esperar. – Falei e Seth revirou os olhos.

–Vamos. – Pronunciou Seko e todos nos fomos nos dirigindo a balada que não era tão longe dali. No caminho conversamos tanto e rimos também que nem notei quando chegamos perto da balada, o que me trouxe de volta foi o suspiros das mulheres que estavam entrando no local, não era tão grande mas atraia muita gente parecia ser um bom local e a musica era boa também.

Quando entramos eu me surpreendi com a quantidade de gente que estava ali, bebendo e dançando, eu e Seth fomos para uma mesa próxima a pista de dança e ficamos bebendo enquanto os outros foram dançar, nos dois nos divertíamos com as palhaçadas e as cantadas que eles davam, apesar da musica alta e varias pessoas conversando conseguíamos ouvir o que eles falavam e era cada coisa... “Meu nome é Arlindo, mas pode me chamar de Lindo, porque perdi o Ar quando te vi.” E outras coisas como: “Faça sexo com segurança! Prazer, Segurança.” E “Você prefere morango ou cereja? É pra saber o que você vai querer comer de manhã no meu quarto.”

Acho que eles leram o livro “(In)Úteis Cantadas” eu mal acreditava que eles estavam falando isso, e a reação das garotas também não eram as melhores. Eu e Seth também nos arriscávamos algumas vezes mas só ficávamos nisso, dançamos também mas o tempo voa e já era perto das cinco horas da manhã e o local estava se esvaziando então decidimos ir embora.

Saímos todos juntos e depois todos foram para suas casa e eu e Seko fomos para o hotel, Seko estava vendo alguma casa aqui na reserva para nos dois, mas isso ainda demoraria mais algum tempo então ficaremos mais algumas semanas no hotel.

A volta para o hotel foi silenciosa era incomodo para mim mas não puxei assunto não sei se era por causa do silencio mas comecei a ficar agitado como se algo fosse acontecer não consigo dizer se é bom ou ruim mas é como se eu pressentisse que algo aconteceria.

Estávamos perto do hotel quando o vento trouxe o melhor aroma do mundo me inebriando totalmente e me fazendo parar bruscamente não me incomodava ficar ali décadas ou séculos somente sentido esse perfume mas algo dentro de mim gritava para eu achar a fonte dele.

Olhei para direita, não havia nada, olhei para esquerda e... meus olhos encontraram os seus, verdes claros, lindos, seus cabelos dourados caiam em formas de ondas até chegar em seus ombros, suas feições típicas dos Quileutes mas nada me importava além de seus olhos que pareciam penetrar minha alma de tão profundos.

E de repente me senti a deriva como se nada me segurasse a terra como se a gravidade perdesse força foi então que senti como se alguém fosse me puxando, me puxando de volta a Terra era forte e intenso e nada mais me importava a não ser esse alguém me puxando, nada mais me importava a não ser ela.

Minutos que pareceram segundos se foram e depois de corar, provavelmente pela intensidade que eu a olhava, virou e continuou seu caminho, aquilo de alguma forma me doeu vê-la partir era como tentar segurar água com as mãos isso me deixava frustado.

–Matt... – Seko me chamou mas eu não olhei fiquei observando a estranha indo embora e me deixando novamente a deriva ou quase, ainda sentia algo me puxando de volta mais não era com a mesma intensidade.

–Matt! – Seko chamou novamente e eu o olhei, seu olhar era receoso talvez até medo o que eu não entendi.

–Aquilo foi um...

–Imprinting – Falei e voltei a olhar o local onde aquela bela moça estava a algum tempo atrás. Eu queria correr e pega-la em meus braços senti-la perto de mim e essa necessidade estava me assustando, mas não do jeito que pensei que seria, era assustador mas não de um jeito ruim. Seko suspirou pesadamente e depois falou:

–Vamos, no hotel conversamos. – Eu não queria ir eu tinha medo de nunca mais encontra-la mas se eu fosse agora a sua procura o que eu faria? Falaria: “Oi, eu sou um monstro que por algum motivo tive uma magia chamada imprinting por você e agora estamos predestinados a ter uma vida juntos seja como melhores amigos, irmãos ou namorados.” Não isso seria inútil, contra minha vontade fui para o hotel rezando para que nos encontrássemos mais uma vez e eu tenha a coragem de pelo menos falar um oi e começar as coisas com calma.