POV Matt

'Muitas coisas aconteceram na minha vida, mudando seu rumo, mudando o que eu conhecia, eu apenas não estava perdido por causa de quem eu fui conhecendo, de quem eu aprendi a respeitar, porem eu sempre teria um E Se na minha cabeça para todas as horas e momentos.'

Eu corria rapido, com Sam ao meu encalço atrás do misterioso cheiro que eu havia encontrado, como não sabemos o que pode ser Sam veio comigo checar, estava tão proximo, eu podia sentir, mas não conseguia ver, era como se fosse o ar, estavamos proximos da reserva Makah, o que significa que estamos nessa corrida já faz muito tempo, a floresta se diferenciava muito por onde passavamos era estranho. Eu não conseguia raciocinar, o que estavamos perseguindo? Afinal parecia estar do nosso lado nós acompanhando. Chegamos a um rio, enorme, não tão diferente como os de outros que passamos, mas uma coisa nos intrigou, ele irradiava uma luz verde do seu interior, parecia pequenas ondas, que chegavam até a margem onde enfraqueciam e deixavam de iluminar, era realmente bonito e incrivel, era fascinante e hipnotizante eu não conseguia parar de olhar o rumo varias e varias vezes do meio até as margens do rio, senti a vontade de toca-lo e entrar nele, Sam sentia a mesma vontade e chegou mais perto, porem ao chegar ainda mais perto sentimos algo nos tocando e nos fazendo recuar, na nossa frente uma florescente luz azul como uma alma em forma humana apareceu, tentando nós empurrar para trás e fazendo sinais com as mãos.

Demoramos um pouco pra descobrir o que aquele ser estava tentando dizer, descobrindo também que era dele que vinha o cheiro resultante de nossa chegada naquele local, ele estava tentando dizer que não podiamos e não deveriamos entrar no rio não dizendo o porque, parecia querer falar, mas não conseguia. Sam voltou a forma humana vestindo seu shorts e tentando se comunicar, não teve sucesso, até que outra florescente luz roxa aparece ao meu lado me fazendo pular, o mesmo cheiro que sentimos vinha desta luz, também parecia uma alma e na forma humana só que uma mulher, diferente da alma azul ela falava.

– Vocês não podem entrar no rio, a não ser que nunca mais queiram voltar! – Sua voz me assustou, parecia o vento sobrando em meus ouvidos, algo que quase não tinha sentido.

– Como assim? O que são vocês? - Sam dizia confuso, estava um pouco irritado por não ter conseguido resposta do homem a sua frente.

– Somos Soul's, os humanos nós chamam de fantasmas, este rio é a porta para o outro lado, você deve saber o que significa. - Eu havia entendido, estavamos quase entrando para nossa morte e nem tinhamos percebido. Eu voltei a forma humana agora, com minhas proprias perguntas.

– Por que esse rio é tão atrativo? Como se prendesse cordas em nós e puxava devagar. - Eu tinha perguntas melhores, porem essa foi a primeira a saltar da minha boca e o Soul azul tentou me responder, como não entendia seus gestos, a Soul roxa explicou.

– A morte tem suas duas caras. – Falou e tocou o rio com a mão que ao seu toque a cor verde foi escurecendo, e logo o rio ficou preto e vermelho, ao mesmo instante que o desejo de entrar dentro dele virou algo repulsivo, como o odor de um vampiro, tive a vontade de sair correndo o mais rapido possivel, me livrar deste odor que queimava meu nariz, era exatamente igual a de um vampiro, porem pior.

– O que vocês fazem fora do outro lado? Isso não está correto! - Dizia Sam, eu o entendia, queria saber se eram inimigos ou amigos.

– Não somos o que você pensa, nem o contrario, somos neutros, não machucamos os humanos e nem uma criatura viva, é sozinho e escuro tanto deste lado como do outro para nós, os sobrenaturais são os unicos que temos contato e sempre nós ignoram.– O luga tomou posse sombria, ainda mais com a luz que o rio agora tinha, eu diria que estavamos sendo filmados para um filme que seria futuristico, o vento agora era forte e gelado, o suficiente para me incomodar, a floresta ao redor estava congelando, os galhos finos e compridos junto com as folhas foram os primeiros a virar gelo. Assim como veio, se foi, o humor da Soul que fez aquilo acontecer.

– E por que motivo vocês foram até a reserva Quileute? - Sam se aproximou dela que não pareceu intimidada com sua reação, apenas olhou para ele estreitando os olhos, o outro Soul interviu no contato entrando na frente e puxando ela para dentro do rio onde afundaram completamente ao chegar ao meio. Logo tivemos que deixar o local após Sam tentar chama-los de volta, o rio tinha voltado a cor inicial e com o atrativo desejo de entrar nele, se eu não tivesse retirado Sam de lá, ele com sua raiva teria entrado no rio em busca da resposta. Na corrida de volta criamos especulações e uma regra, não iriamos contar isso a ninguem e ninguem chegaria perto do rio novamente, nem que Sam precise usar o comando de alfa para controlar todos da matilha. Uma chuva forte começou, fazendo sumir o cheiro dos Soul's.

Um problema a menos - Pensei em concordancia com Sam. Agora é afirmativo, temos que temer o mundo, pois só assim sobreviveremos a tudo, se eles realmente não mentiam sobre o rio, O Portal para O Outro Mundo e sobre eles não machucarem ninguem, imagino algo sobrenatural que faça o contrario deles, porem com um Portal pior.

'O começo de minha jornada aqui, não significa que o termino da que esqueci, não volte, e com ela o passado que me aterroriza e que eu tanto quero saber, uma parte incompleta de mim, não importa o que está ou aconteceu, isso nunca mudará, a não ser que eu descubra finalmente de onde eu vim e do por que estou aqui! O destino pode muito bem existir como esse mundo, não vai ser agora que desistirei de tudo.'